Inocência



Todo aquele clima de casamento despertava uma felicidade excessiva em todos da família Weasley. Sim, pois agora não só Harry, mas Hermione também faziam parte dela.

O tempo passava bem rápido quando está se divertindo e era exatamente assim que Harry estava, se divertindo. Até se esquecera que um dia sofreu com pesadelos terríveis sobre Voldemort e seus pais.

Gui e Fleur estavam de lua-de-mel no Caribe, o Sr. E a Sra. Weasley não podiam estar mais felizes, Fred e Jorge estavam namorando Angelina Johnson e Katie Bell, o que aumentava a felicidade da Sra. Weasley, que viva convidando as garotas para jantar n’A Toca. Quanto a Rony e Hermione, esses dois eram só amor... Harry e Gina também não se desgrudavam.

Gina era uma garota incrível, carinhosa, meiga, mas forte e incrivelmente persistente quando necessário e isso encantava cada vez mais Harry. Ele sabia do risco que a garota correria estando com ele, mas como ela mesma lhe disse nas férias, os riscos seriam maior se estivessem separados, e isso o sustentava, a amava muito e lutaria até o fim se preciso para tê-la contigo. Nem Voldemort, nem ninguém tirariam essa garota do seu lado, e ela dizia o mesmo.

Certa noite Harry encontrava-se em sua cama de armar, no quaro de Rony, realmente inquieto, os roncos do amigo contribuíram, e muito, com o que já parecia uma certa insônia, então resolveu descer até a sala, ficar um pouco sozinho e talvez descansar um pouco.

Acomodou-se me uma das poltronas bem em frente a lareira, que se encontrava em desuso, estava uma noite bem quente pra falar a verdade. Harry ficou lá mirando o vazio da lareira. Lembrou-se de seu terceiro ano na escola, quando viu o rosto de Sirius pela primeira vez, assim, bem de relance, pela lareira do Salão Comunal da Grifinória. Uma profunda tristeza invadiu seu coração. Tristeza e raiva, raiva de Bellatrix, como pôde, matar alguém de seu próprio sangue...

O garoto estava tão perdido em seus pensamentos que nem ao menos reparou que Gina se juntara a ele. Ao sentir aquele perfume adocicado que tanto amava, despertou de sues devaneios.

- Oi Gi, não tinha te visto...

- Tudo bem, eu desci para tomar um copo d’água, mas quando te vi aqui resolvi lhe fazer companhia. Você estava pensando em que, assim tão sério?

- Obrigado, estava pensando em Sirius... Na primeira vez que o vi, na lareira da Grifinória, no meu terceiro ano... – disse o garoto tristemente.

- Ah Harry, não fica assim, Sirius não gostaria de te ver desse jeito...

- Eu sei Gi, mas é difícil, parece que todos que me amam morrem. Primeiro foram meus pais, depois o Sirius, agora teve o Dumbledore...

- Mas eu estou aqui, sempre estive e sempre estarei.

- Esse é o meu medo. Estando perto de mim, você corre muito perigo...

- Ah Harry, pode parar com esse papo de herói, eu já lhe disse que seria pior sem você!

- Mas Gina...

- Mas nada, caramba, eu te amo! Sempre te amei, desde a primeira vez que te vi naquela bendita plataforma, antes mesmo de saber seu nome, sua história... Te amo e SEMPRE te amarei, não importa o que ocorra. – eles se encaravam profundamente.

Harry via agora dentro daqueles olhos castanhos toda a força e garra daquela garota que aparentava uma fragilidade angelical. Essa era a Gina: garota nos traços, mulher no jeito e na maneira de ver a vida.

- Eu também te amo Gina. Te amo muito e temo por você.

- Não me acontecerá nada quando estou com você! – e assim se beijaram.

Ficaram um bom tempo naquele sofazinho em frente à lareira, olhando para o nada. Harry tinha Gina em seus braços, acariciava seus longos cabelos ruivos. A garota por sua vez, abraçava-o fortemente.

De repente Harry pára com o carinho, o que faz a garota levantar os olhos para ver o que seu namorado pensava. Ao cruzarem o olhar, amos sentiram um enorme arrepio, que passava por todo o corpo, estavam hipnotizados um com o outro. Harry não conseguia mais controlar seus pensamentos, assim como Gina. Eles não sabiam o que havia acontecido, mas tinham plena consciência do que poderia acontecer se continuassem ali.

Harry então abraça Gina mais fortemente em seus braços e beija-lhe os lábios. Agora eles realmente não controlavam mais nada em seus corpos.

O garoto começa então a tirar o casaquinho que Gina usava sobre a camisola, fazendo com que uma das alcinhas da mesma caísse do ombro da garota. Gina desabotoava cuidadosamente a camisa do garoto. Estavam nervosos, mas procuravam não demonstrar, tinham a respiração ofegante e o coração acelerado.

- Te amo muito Gina... – disse Harry ao seu ouvido

- Eu também te amo Harry – respondeu a garota num sussurro.

Harry estava desamarrando o laço a camisola de Gina quando sua cabeça começou a doer, sentiu medo, mas não era um medo seu. Sentia o medo de outra pessoa.

Tentou esquecer aquilo, deu-lhe um outro beijo, mas foi em vão. Sentiu uma dor lacerante em sua cicatriz, tal qual, ou até mesmo pior, que a dor que sentira na casa de seus tios. Parou o beijo imediatamente e caiu de joelhos no chão.

- Harry, você está bem? – perguntou Gina, preocupada – o que houve?

- Nada não Gi, é só minha cabeça... AHHHHHHHHHHHHH – a dor era muito forte, impossível de agüentar.

Harry respirava com dificuldade. Harry se viu numa sala escura, com correntes que pendiam do teto. Ao seu lado esquerdo havia uma mesa grande e bem velha cheia de lanças, chicotes e ferros, ao lado da mesa, uma lareira acesa continha ferros em brasa. Harry reconheceu o local como uma câmara de tortura.

Bem ao fundo o garoto viu um grupo vestindo capas pretas com capuz. Reconheceu-os imediatamente como comensais da morte. Pareciam torturar alguém, mas quem?

- Diga logo, cadê o garoto?

- Não falo! – respondeu o homem.

Harry conhecia aquela voz arrastada, mas porque os comensais torturariam um aliado?

- Ora Severo, não tente bancar o espertinho conosco! Diga onde ele está e tudo ficará bem, será melhor pra você, caro amigo...

- Amigo que nada, nunca fui amigo de nenhum de vocês. Bando de nojentos, inescrupulos...

- CRUCIUS! – gritou o primeiro homem

Snape tinha os pulsos e os tornozelos acorrentados, estava muito machucado no rosto, sua expressão estava totalmente desfigurada, tinha o nariz quebrado e um dos olhos muito roxo. Fora aparentemente espancado e também chicoteado, pois tinha as roupas rasgadas em certos pontos e cortes muito profundos nesses lugares. Estava muito mais pálido que o normal, mas mesmo assim se relutava em dizer o que lhes ordenavam.

- Não seja idiota homem, diga-nos logo onde está o garoto, ele não cumpriu a missão que lhe foi dada, ele tem que morrer! Ao contrário de você, que sempre nos ajudou quando necessário...

- Nunca direi onde Draco está! Mas sim Zambini, fui de muita ajuda, mas não para vocês!

- Está louco homem? Ainda acha que aquela gente se importa com você? Você matou Alvo Dumbledore! Isso é mais que o suficiente para ser exilado daquilo que você chamava de mundo bruxo...Não seja burro!

- Parece que o único burro aqui é você Zambini! Não é por causa de um mero garoto que vocês estão me torturando, eu sei disso! Eu vejo isso em você!

- CRUCIO! – gritou Zambini – nunca mais pense em invadir minha mente, seu sangue-ruim nojento!

- Não preciso invadir sua mente pra saber que vocês estão ferrados!

- Não estamos ferrados coisa alguma – disse um outro comensal que até então só ouvi a conversa.

- Estão sim!Toda a Ordem sabe quem vocês estão na ativa, caçando aqueles malditos Horcruxes para seu mestre, que nada faz por vocês!

- Pelo menos ajudamos Severo, não somos traidores!

- Muito menos eu! Eu nunca traí meu verdadeiro mestre, ALVO DUMBLEDORE!

- Bela maneira de mostrar gratidão, matando o velho – todos da roda riram.

- Zambini meu caro, seu intelecto nunca lhe permitiu fazer grandes esforços... Sempre fui aquilo que os trouxas chamam de “agente duplo”

- Um o que?

- Espião, seu idiota! – interrompeu Goyle.

- Isso mesmo Goyle. Sempre fui um espião da Ordem e lhes garanto, vocês estão ferrados! Todos seus segredos e esconderijos, táticas de ataque, TUDO já é de conhecimento da Ordem!

- E por que você resolveu nos abrir o jogo agora?

- Vou morrer de qualquer jeito, prefiro que saibam a verdade.

- Não adianta nada, para seus “amigos”, você morrerá como um assassino.

- Não me importo.

- Morrerá sozinho, sem amigos nem reconhecimento algum pelo seu “grandioso ato” – disse Grabbe agora, ironizando, o que fez todos rirem novamente – traidor!

- Sim Grabbe, sou um traidor, mas sou aquele que sabe o paradeiro dos dois últimos Horcruxes!

- O que? – pelo to das vozes, Harry pôde perceber que estavam espantados com a notícia. Ele mesmo estava espantado com tal notícia.

- Sim meus caros, encontradas e bem guardadas...

- Você está blefando

- A troco de que? Liberdade? Sei que não me dariam. Minha missão está feita, tudo que combinei com Dumbledore foi cumprido, não tenho o porque continuar aqui e, ao contrário do que você disse, não morrerei como um assassino, pois serei sempre lembrado como aquele que fez o “Lorde das trevas” de palhaço, dando-lhe pistas falsas sobre Harry Potter e a profecia!

- Seu idiota! – Zambini estava irado, começou a bater em Snape com tamanha fúria que acabou deixando-o desacordado, fazendo com que Harry voltasse ao normal.

Ao abrir os olhos Harry não estava mais no chão da sala. Toda a família Weasley estava reunida em volta do sofá onde o garoto se encontrava, ainda sem camisa.

- Harry, você está bem? – perguntou a Sra. Weasley aflita, ao ver que o garoto abrira os olhos.

Harry por sua vez, ainda não conseguia assimilar o que lhe era dito, tamanhas as informações que recebera há pouco. Snape estava sendo torturado por comensais da morte, mas será que era verdade aquilo?

De repente tudo veio à tona, a conversa com Dumbledore antes de sua morte, a briga que Hagrid escutara entre o diretor e Snape, tudo se encaixava perfeitamente e o professor utilizada do mesmo método que voldemort à dois anos atrás: entrou na mente de Harry, assim conseguiu contar-lhe tudo aquilo sem que nenhum comensal percebesse!

- Mas é claro! Ele é um ótimo Oclumente, deve ser também um bom Legiminente, como não percebi isso antes?!

- Do que você está falando Harry? – perguntava Gina.

Mas ele não respondia, as perguntas antes sem respostas começavam a ficar cada vez mais claras.

- Harry responda, pelo amor de Deus! – suplicava a garota. Ele estava deitado no sofá com os olhos arregalados, não mexia um músculo sequer.

De repente, com um impulso levantou do sofá, todos se espantaram com tal movimento tão brusco.

- Ele é inocente, era tudo um plano!

- Inocente? Do que você está falando? – perguntou Hermione.

- Snape! Ele é inocente!

- Mas ele matou Dumbledore!

- Sim, mas era tudo um plano!

- Um plano, como assim, um plano? – Rony não entendia absolutamente nada do que o amigo dizia.

- Um plano pra AHHHHHHHHHH!

Aquela dor voltara novamente e Harry mais uma vez perdeu os sentidos, mas desta vez, não via nem a sala, nem Snape.

N/A : GENTE, DESCULPE A DEMORA, MAS COMEÇARAM MINHAS AULAS E AGORA VAI FICAR COMPLICADO PRA FICAR POSTANDO OS CAPÍTULOAS, AINDA MAIS ESTE ANO QUE TEM VESTIBULAR... MAS EU VOU FAZER O POSSÍVEL PRA POSTLOS NOS FINAIS DE SEMANA..

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