O primeiro encontro
Capítulo XI – O primeiro encontro
Harry já ia se aproximando quando ouviu aquela voz tão tranqüila e aconchegante.
- Não com tanta pressa Harry – disse o quadro de Dumbledore e os três na sala se sobressaltaram. – creio que não haja nada de interessante dento dela, creio que não haja nada nela, as lembranças estão naquele armário – disse apontando para um armário meio escondido no meio da estante.
Era um armário não muito grande, mas cheio de vidrinhos com substancias prateadas, nem líquidas nem gasosas que Harry logo indentificou-as como lembranças.
- Estão organizadas por ordem cronológica, desde antes de você nascer, creio que gostaria de saber como seus pais se conheceram, acompanhar momentos marcantes na vida deles para poder entender a sua...
- O senhor quer dizer que tem lembranças dos meus pais aqui?
- A maioria delas – respondeu a imagem de Dumbledore com um sorriso no rosto – gentilmente cedidas ao decorrer dos anos e algumas logo após a morte. Mas começaremos pelos momentos felizes. Pode pegar o primeiro vidrinho, por favor.
Harry abriu o armário e pegou o vidrinho que se intitulava: 1971 – Primeiro encontro ; e mais que depressa despejou o conteúdo na penseira.
- Pode ir Harry – disse Dumbledore
- Vá Harry, estaremos aqui te esperando – disse Gina com carinho.
- Quero que venham comigo
As garotas trocaram um significativo olhar e consentiram. Postaram-se então ao redor da penseira e mergulharam os rostos, os braços e finalmente entraram por completo na lembrança.
Estavam na estação King’s Cross, o Expresso Hogwarts começava a soltar grandes nuvens de fumaça, então Harry viu, em meio à multidão, uma cascata de maravilhosos cabelos vermelhos e lisos, balançando suavemente ao vento, era sua mãe, Lílian Evans, aos 11 anos de idade; lembrava muito Gina, que logo percebeu a semelhança e segurou a mão de Harry.
Hermione, que observava os demais, deu um leve cutucão em Harry e apontou para o outro lado da estação, passando pela plataforma se encontrava um garoto magricela, com cabelos extremamente negros e rebeldes, acompanhado por um casal com expressões felizes em seu rosto.
- Tiago, pelo amor de Deus, filho, se comporte, não vá se meter em encrenca.
- Tá bom mãe, eu sei me comportar né... – dizia o garoto meio emburrado.
- Vai querida, deixe o Tiago em paz, ele vai se comportar, não é filho?
- Você mima demais esse garoto... – disse a mulher com um sorriso no rosto.
O trem solta mais uma enorme nuvem e um apito soa.
- Vá querido, vá senão você perde o trem – e dizendo isso, a mulher deu um longo beijo na bochecha do garoto.
- Tchau pai, tchau mãe, nos vemos no Natal!
Harry, Gina e Mione seguiram Tiago até o trem, entraram e seguiram o garoto até o mesmo encontrar uma cabine. Ao mesmo tempo em que Harry queria estar com seu pai, procurava sua mãe em meio à multidão de estudantes. Não foi difícil encontra-la, seus cabelos eram únicos, e os olhos verdes também. Para a emoção de Harry, estava bem próxima de seu pai, quando...
- AI GAROTO! CUIDADO COM ESSE MALÃO!! – gritou a garota, que estava no chão, com o malão de Tiago sobre um de seus pés, e o próprio Tiago estatelado ao seu lado.
- Descul...pa – estava hipnotizado com a beleza da garota.
- O que foi? Tá, mas será que dá pra tirar esse malão do meu pé?
- Ah...?? O que?
- O MALÃO! SERÁ QUE VOCÊ PODERIA TIRAR ESSA COISA DE CIMA DO MEU PÉ? ESTÁ COMEÇANDO A MACHUCAR – Lílian soletrava cada sílaba, como se Tiago fosse um completo ET que não entendia o que a garota falava.
- Ah... sim, claro, o malão – e mais que depressa retirou o mesmo do me da garota que logo se levantou e rumou para uma cabine – a propósito, me chamo Tiago.
- Obrigado, me chame de Evans, Lílian Evans.
- Lilly... – pensou alto.
- Não, pra você é Evans – e assim dizendo entrou em uma cabine, sozinha e fechou a porta.
- Boa Tiago, muito bem, seu idiota... – disse o garoto, dando um tapa na própria cabeça.
Estiou por um momento se deveria entrar na cabine com a garota, mas acabou mudando de idéia, quando ouviu alguém às suas costas.
- A Lílian é assim mesmo, não ligue – disse uma garota morena de olhos amendoados – meu nome é Penélope, estudava com ela na escola trouxa.
- Ela é filha de trouxas?
- Sim, por que, você se importa?
- Não, nenhum pouco.
- Ok Tiago, é esse seu nome né – o garoto confirmou com a cabeça – pois bem, a deixe sozinha por um estante, toda essa história de ser bruxa mexeu um pouco com ela.
O garoto continuou seu solitário caminho pelo corredor do trem quando, finalmente encontrou uma cabine aberta, porém não vazia, tentou arriscar, entrou...
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