Confissões




- Harry! Aparatou muito bem, deixa-me ajuda-lo... – era Carlinhos Weasley, irmão mais velho de Rony. Harry pouco via o rapaz, pois esse morava na Romênia, criava dragões lá.

- Valeu Carlinhos.

- Harry querido, não sabia que você viria por aparatação! Pensai que usaria a rede de Flu...

- Ah? – interrompeu Rony – como isso seria possível mamãe? A tia do Harry é trouxa, sua lareira não é conectada à rede de Flu, ou está? – e dizendo isso, lança à mãe um olhar desconfiado.

- É lógico que não Ronald Billius Weasley! Como ousa desconfiar de sua mãe?! – bradou Sra. Weasley se espantando com o olhar inquisitorial que o filho lhe lançara.

- HARRY!!!! – Gina acabara de passar entre Ferd e Jorge e vinha correndo em sua direção. Os lisos cabelos escarlates na altura de sua fina cintura balançavam graciosamente - que bom vê-lo!

- Olá Gina! – e soltando o que possuía nas mãos, abriu os braços bem a tempo de recebe-la neles.

- Estava com tanta saudade!

- Eu também Gina... eu também.

E assim se beijaram.

- Hum... desculpe interromper, mas preciso falar com você em particular Harry... – era o Sr. Weasley

- Oh, claro! – respondeu Harry, corando levemente. Esquecera completamente que estavam sendo observados por todos os Weasley.

Harry e Arthur seguiram para a cozinha e se sentaram frente a frente.

- Harry, você sabe como Dumbledore era um homem extraordinário... – começou o Sr. Weasley

Harry fez sinal afirmativo com a cabeça.

- E também sabe que ele não deixa escapar nem os mínimos detalhes.

Harry novamente confirma com a cabeça.

- Muitas vezes achei que ele tinha o poder de prever o futuro, pois na minha época em Hoqwarts, teve uma noite em meu sexto ano que eu acordei de madrugada e saí do meu dormitório para encontrar com Molly na Sala Precisa e Dumbledore... HUM... o fato é que DUMBLEDORE SABIA QUE IRIA MORRER.

- O que? – disse Harry que novamente prestava atenção na conversa.

- Sim, quero dizer, não tenho certeza, mas desconfio. Antes de morrer ele passou ordens muito estranhas para os membros da Ordem. Disse para não sairmos do plano e esquecermos Severo por um tempo. Entregou uma carta para cada um de nós e me deu esta para entregar a ti, aqui está.

O Sr. Weasley tirou um envelope do bolso interno da capa e entregou a Harry. A caligrafia fina em prata era inconfundível, realmente era uma carta de Dumbledore.

- Obrigado Sr. Weasley.
- Por nada Harry – dizendo isso se levantou. Quando estava próximo à porta. Harry fez uma pergunta.

- Sr. Weasley, quando Hermione chega?

- Creio que no final da semana. Por que Harry?

- Por nada, obrigado.

E assim ambos retornaram a sala. Harry guardara a carta no bolso de sua jeans.

- Harry vamos arrumar suas coisas, assim nos livramos do malão.

- Claro.

- Vou com vocês – disse Gina abraçando o garoto que passou um de seus braços pela fina cintura de Gina, dando-lhe um carinhoso beijo nos lábios.

Rony subiu na frente resmungando algo que Harry não entendeu, mas que deixou Gina com muita raive, dando assim um dolorido peteleco na orelha do irmão, que inchara na hora. Harry abafou um riso e segurou Gina pelo braço, fazendo que a distância de Rony até ele s aumentasse.

- Gina, eu disse no ano passado que a gente não poderíamos ficar juntos, mas quando cheguei aqui e te beijei, me senti culpado por você pensaria que só quero me divertir e...

- Que besteira toda é essa Harry? Eu te amo! Eu que te beijei na sala e se existe algum culpado nessa história toda esse alguém sou eu. Eu seu que você só quer me proteger, mas será que você não percebe que sem você eu fico vulnerável?

- Gina...

- Será que você não confia em mim? Deixe-me ficar ao seu lado. É a MINHA VONTADE!

- Gina, eu não suportaria te ver...

- Me ver morrer? Harry, você realmente acha que eu vivo em você? EU TE AMO! Afinal de contas, estamos em guerra caramba, todos corremos o risco de morrer! Desculpe, mas Dumbledore não era seu namorado e morreu...

Harry não pôde deixar de sorrir e admirar tanta bravura. Não se conteve e beijou-a instintivamente, apaixonadamente, carinhosamente.

- Desculpe se te fiz sofrer Gina, desculpe se te magoei. Estamos juntos agora. Eu te amo tanto!

- Eu também te amo.

Harry não soube quanto tempo se passou até que Rony desse por falta deles, retornou e viu Harry lá, encostado na parede, abraçado a Gina.

- Muito comovente, sério, mas será que vocês poderiam se desgrudar por um momento e virem até aqui?

Os três subiram até o último andar da casa e entraram no quaro do Rony.

- Então, o que diz?

- Do que? – perguntou Harry sem entender

- Do que.. Oras Harry, da carta de Dumbledore!

- Ah... Não li ainda..

- Então leia... Oras bolas!

- Rony – interrompeu Gina – você não acha que está sendo inconveniente demais? Se a carta é para Harry, deixe-no em paz!

- Ah Gina! Que diferença faz se Harry contará o que ela diz pra mim e pra Mione?

- Ah!!! – disse Gina aborrecida e sentando-se ao lado de seu namorado e encostando a cabeça em seu ombro (o que fez Rony revirar os olhos).

- Então... – disse o amigo meio aborrecido.

- Sim... – disse Harry, abrindo o envelope que tirara do bolso de sua calça e lendo a carta voz alta.

Caro Harry,

Você deve estar se perguntando o motivo de tal carta. Pois bem, ninguém melhor que você para entender o momento em que o mudo bruxo se encontra, então, escrevo apenas para pedir favores relacionados a isso. Sim, Harry, FAVORES.

Primeiramente gostaria de pedir que você voltasse com os encontros da Armada Dumbledore, mas não precisa se esconder em salas ocultas para isso. Minerva explicará tudo corretamente no início do ano. Recrute e treine o maior número de pessoas, não apenas para uma batalha, mas para a vida! (para isso você terá que retornar a Hogwarts, logicamente).

Em segundo lugar, gostaria de lhe pedir para ter paciência, compreensão para com seus rivais, as pessoas mudam. Creio que chegou a hora de você saber sobre todo seu passado e quero que saiba também que a Penseira estará sempre disponível sempre que for precisa para responder “perguntas pendentes de sua vida”.

Para finalizar lhe informo que suas suspeitas são verdadeiras, ela não está louco e estará sempre presente quando você precisar desabafas com alguém e sim, ela te ama muito, não renegue este amor tardio que tanto te fortifica.

“A franqueza do oponente não te fortalece, seus medos não te deixa mais corajoso e seus atos, errados ou não, não lhe permite ser juiz, exceto de nós mesmos” É o que sempre digo...

Afetuosamente

Alvo Wulfrico Brian Percival Dumbledore

- Caramba! – Gina estava boquiaberta.

- Realmente – disse um Rony mais boquiaberto – esse é o nome completo de Dumbledore? E eu reclamava do meu...

- Rony, você nem ao menos prestou atenção na carta, não é? – disse Gina.

- Claro que prestei, ele quer que voltemos com a AD, mas e daí?

- E daí que ele quer nos prevenir! – crispou Gina, ficando estranhamente parecida com a Sra. Weasley.

- Eu sei Gina!

- Mas não parece, pois em meio a uma carta com tantas informações a única coisa que você repara é o nome de Dumbledore! Você é tapado demais!!

- Olha aqui Ginevra, não me desrespeite!

- ELE SABIA QUE IRIA MORRER! – Harry gritava mais alto para poder ser escutado
- O que? – disseram Rony e Gina juntos – como você sabe?

- Sei lá, é o jeito que ele escreveu, passando ordens, como em uma despedida.

As férias na casa dos Weasley eram sempre divertidas, passavam as tardes jogando quadribol, quando não, aparatavam para o Beco Diagonal (Gina ia abraçada a Harry, o que provocava Rony, pois os dois sempre aparatavam longe do combinado, apenas para passarem mais tempo sozinhos).

A semana passou rápida e na manhã de Sexta-feira, Hermione aparatou n’A Toca trazendo além do malão, uma enorme pilha de livros.

- Olá queria! Nossa quantos livros! – disse a Sra. Weasley sorrindo para a garota.

- Olá Sra. Weasley, pois é, Harry quem pediu... Estou ajudando-no em um trabalho fora da escola.

- Ah..

- E por falar nele, onde estão todos?

- Provavelmente no banho, sente-se querida, logo sirvo o café. Na parte da tarde iremos ao Beco Diagonal comprar os novos materiais – disse a doce senhora mostrando grossas cartas de Hogwarts.

Não demorou muito para os garotos e Gina entrarem na cozinha, tomarem um delicioso café da manhã e aparatarem para o Beco Diagonal (desta vez, Harry e Gina aparataram no local marcado).

- Bom, como este ano vocês se formam, precisarão de novas roupas a rigor e ah... Gina querida, você também!

- Legal! Vamos até Madame Malkins.

Uma hora depois Rony saia da loja com novas roupas de festa e também com um aspecto aborrecido pelo vestido escolhido pela irmã, que era um tomara-que-caia vermelho queimado, longo, com um racho do lado esquerdo que terminava na linha da coxa e com um véu inteiramente bordado com fios dourados que saía do meio das costas terminava na linha da barra, prendia-se nos dedos médios das mãos, o que dava a impressão da garota possuir asas. Hermione optou também por um tomara-que-caia lilás, com uma saia bufante; era inteiramente bordado com fios prateados e a saia, com detalhes em branco era toda brilhante. O vestido possuía um enfeite de cetim que realçava o busto da garota. Harry não comprou outra roupa, possuía seu smoking.

Após um exaustivo dia de compras, retornaram À Toca. Harry foi com Hermione, Gina e Rony para o quarto e lhes contou tudo o que aconteceu, desde os sonhos até o transe de tia Petúnia e sua estranha mudança no comportamento.

- Por isso dos livros Harry? – perguntou Hermione

- Exatamente.

- Harry, mas você não acha que ELE estava na casa dos seus tios, né? – perguntou Rony com ar preocupado.

- Não sei mais o que achar Rony. Pode ser, pode não ser.

Passaram noites a fio pesquisando nos livros de Hermione um significado para as palavras de tia Petúnia. Nada...

As férias estavam acabando, era a última semana, Harry estava organizando seus novos livros em seu malão quando viu algo diferente, uma corrente com um medalhão estava sobre suas roupas, ao abri-lo caiu um bilhete, uma estranha sensação passara pelo seu corpo, lembrara-se da falsa horcrux...

No medalhão havia uma foto dos pais de Harry e um pequeno bebê nos colos de sua mãe, era ELE. O garoto pegou o bilhete e leu.

Harry,

Achei isto em meio as coisas de sua mãe à uns anos atrás, creio que agora pertença a você, afinal de contas, são seus pais, desculpe tê-lo por tanto tempo e nunca ter-lhe dado.

Sua tia,

Petúnia E. Dursley

Harry colocou a correntinha em seu pescoço e adormeceu profundamente. A mais de duas semanas não tinha pesadelos. Estava em paz, por enquanto...

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