O sonho... A visão!




Fazia muito frio naquela noite de Julho, ao contrário do que se esperava. A névoa pairava por todas as casas, não se sabia ao certo porque tamanha mudança no clima. Poucos se importavam com esse fato, muitos dormiam sossegados em suas casas afinal de contas, já passavam das duas horas da manhã; muitos exceto um garoto.

Harry Potter permanecia acordado em seu quarto na Rua dos Alfeneiros, seu abajur era a única fonte de luz do bairro inteiro, nem ao menos os postes estavam funcionando... Teve a estranha sensação de ser observado, mas a imensa escuridão o impedia de ver muita coisa.

Ficou por um tempo fitando seu reflexo pelo espelho interno de seu guarda-roupa. Estava mais magro, mais pálido, negras olheiras se encontravam agora sob seus verdes olhos, que agora possuíam um aspecto cansado. Não era pra menos, Harry não dormia direito à dias.

Após o que lhe pareceu meia hora, abriu a porta de seu quarto e desceu as escadas ao final do corredor, a fim de ir a cozinha tomar um copo d’água. A dor em sua cicatriz era tremenda.

A única coisa que se escutava era os roncos tenebrosos do tio Valter. Ao chegar na cozinha, bebeu a tão querida água e ficou observando o jardim enquanto massageava sua testa, querendo pôr fim à terrível dor que sentia. Sua mente remoia em pensamentos confusos. Tivera mis um daqueles sonhos que mesmo não fazendo sentido, Harry sabia que significavam algo importante.

No sonho Harry via sua mãe, ela repetia frases que Harry não compreendia...
- Proteja-o por mim, você consegue, você é poderosa, muito mais poderosa do que imagina...
- Mamãe sou eu, Harry!
- Harry? Isso... HARRY!

Então o rosto de sua mãe se transformava no rosto de Voldemort, e ele vinha em sua direção. Harry recuava, mas não tinha pra onde ir, estava encurralado...

Durante dez dias teve sempre o mesmo sonho, mas era sempre acordado pelos terríveis roncos do tio Valter, mas não naquela noite, ele iria morrer...

Voldemort ia se aproximando, Harry percebeu que aquilo não era um mero sonho, ele deveria ter praticado mais Oclumência, ELE REALMENTE IRIA MORRER...

Queria sua varinha, mas não estava com ela, já sentia a fria e cortante respiração do Lorde se aproximando de seu rosto quando de repente, uma luz extremamente clara surgiu e Harry teve que proteger os olhos com as mãos para não ficar cego.

-Mas o que está acontecendo?

Não sentia mais a respiração nem a presença de Voldemort. Ainda estava no chão quando duas mãos com dedos finos e compridos o puxaram, deixando-no de pé, mas antes que pudesse ver o rosto da tal pessoa, acordou...

Agora a casa estava muito quieta, nem mesmo os roncos do tio Valter ressoavam pelos corredores. Harry voltou a olhar através da janela quando algo o assustou; viu dois olhos vermelhos ao longe, mas na sua direção, dois olhos que mais pareciam fendas, mas que do nada sumiram!

Harry sentiu uma enorme fisgada em sua testa, como se tivessem colocado um ferro em brasa sobre sua cicatriz. A dor era tanta que chegava a cegá-lo. Virou-se para voltar ao seu quarto quando foi agarrado e prensado contra a parede. Ele piscou com o intuito de clarear sua visão, em vão... Mas aqueles dedos finos e compridos que o seguravam lhe eram familiar.

A dor em sua cicatriz foi aos poucos diminuindo e então ele viu...

-MAS COMO...?

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