*inacreditável*



Harry entrou no castelo e ouviu um miado. Virou e viu a Madame Nora. Lembrou-se do dia em que ele, mione e rony foram pegos no corredor do terceiro andar em seu primeiro ano, sorriu sozinho com a lembrança. Atrás dela estava vindo Filch.
-Quem é você? O que faz aqui?-perguntou o zelador com a mesma ignorância que tinha quando Harry estudava ali.
-Olá Filch. Sou eu, o Potter. Como vai a sua amiga? A Umbridge?
-Olha aqui seu moleque, só porque agora manda no seu próprio nariz não quer dizer que vou deixar falar comigo como quiser. Diga logo o que quer.
-Falar com a Minerva.
-Professora Minerva, Potter.
-Não sou mais aluno, ela não é mais professora, para mim.
-Como é arrogante. No meu tempo...
-Os alunos eram acorrentados nas masmorras de cabeça para baixo e recebiam chicotadas. Não é? Todos os alunos já ouviram suas lamentações sobre as mudanças de castigos. Agora se me permite.- Harry, sem esperar resposta do zelador, seguiu em direção a sala de Transfiguração. Estava vazia, obviamente os alunos estavam tomando café. Subiu até a sala da professora que ficava no final da sala de aula. Bateu na porta e ouviu a familiar voz da professora.
-Entre.
Harry entrou, a professora estava escrevendo uma carta, pelo que parecia, portanto não se preocupou em levantar a cabeça para ver quem entrara.
-Professora?- disse Harry, tentando demonstrar o máximo de educação que podia.
A professora levantou os olhos e olhou Harry com espanto.
-Potter.- disse e deu um sorriso.- O que quer?
-bom, gostaria de falar com Dumbledore.
-Potter, está bem? Sabe que o professor Dumbledore morreu. Há muitos anos.
-Sei. Mas o quadro dele está lá. Gostaria de falar com o quadro dele.
-Claro, mas por que? Será que não poderia ajuda-lo?
-Se a senhora souber de algum segredo de minha mãe, poderá me ajudar sim.
Minerva o olhou com o mesmo olhar que dera quando ele, hermione e rony disseram que sabiam algo importante sobre a pedra filosofal. Aquele olhar que demonstrava que Harry havia descoberto algo importante.
-Não. Não sei, potter. Mas por que está interessado nisso?
-Digamos que Lupin deixou escapar que minha mãe tinha feito algo há alguns anos. Como não quis me dizer o que era, imagino que seja algo que a senhora sabe mas também não quer me dizer.
-Potter, eu sei sim que segredo é esse. Mas não posso lhe contar. Quer falar com dumbledore, não quer? Venha comigo.
Ela levou ele até a gárgula.
-Galho de mandrágora. – disse Minerva.
A escada surgiu e eles subiram. A sala estava do mesmo jeito que há anos atrás. Minerva s;o adicionara alguns pertences pessoais. Harry olhou para o canto da sala e viu a penseira.
-Harry. – disse uma voz que ele conhecia bem, mas não ouvia a anos.
-Professor Dumbledore.- disse caminhando até o quadro.
-Fiquei muito orgulhoso quando chegou a mim que destruiu os horcruxes e a voldemort. Parabéns Harry.
-Obrigada. Professor, quero saber se existe algum segredo que eu não saiba.
-Não. Mostrei todos os segredos que existiam sobre você e voldemort e ...
-Não. Não sobre eu e Voldemort. Mas sobre minha mãe.
Dumbledore olhou para Harry do quadro.
-Existe.
-Qual?
-Minerva, vá naquela gaveta, abra-a e pegue uma garrafa intitulada L.E.
Minerva obedeceu.
-O que faço com ela, professor?-perguntou Minerva.
-Despeje na penseira. Harry, veja você mesmo o que sua mãe disse.
Minerva despejou e Harry entrou na penseira. Caiu numa sala desconhecida. Um casal entrava na casa com uma mala.
-Thiago, esqueci minha bolsa lá.
-Depois Lupin lhe devolve.
A moça ruiva, Lílian, mãe de Harry, segurava algo entre seus braços, um bebê. Harry viu que era ele. Já havia nascido, então seus pais estavam próximos da morte. Olhou para os pais. Estavam ali, mas ao mesmo tempo não estavam.
-Lílian, se acalma, você não fez nada de errado. Foi em legítima defesa, o próprio Ministro disse que não precisava se preocupar.
-Thiago, tem algo que não lhe contei, não contei a ninguém mas teremos que contar.
-O que, Lílian?
-Eu matei aquele comensal sim, mas, tinha lido sobre uma coisa um tempo antes e resolvi fazer, quem sabe dá certo. Bom, deu certo, está escondido, eu escondi.
-O que você fez Lílian?
-Eu criei uma horcruxe. Não sei direito onde eu a guardei, mas isso não importa, crie uma pra você Thiago.
-Não. Você cometeu um assassinato praticamente obrigatório, mas não vou cometer um assassinato proposital.
-Thiago, por favor.
-Não. Lílian, sabe que mesmo que Voldemort nos ache e nos mate, você continuará viva, fraca, mas viva. Conte ao dumbledore sobre isso, pois se for ao St. Mungus depois ele irá entender. Está bem protegido? O horcruxe?
-Bom, fiz uns feitiços de proteção, mas é por isso que preciso de Dumbledore. Mas o importante é o diário. Ele é a chave para achar a localização do Horcruxe, se voldemort conseguir colocar as mãos no diário, estará tudo perdido.
-Amanhã, falaremos com Dumbledore.
-Ok.
Harry ficou mais um tempo ali. Voltou.
-Harry.- disse a voz de Dumbledore. – Quero que saiba que eu nunca cheguei a ouvir essa lembrança, consegui ela com a sua avó, mãe do Thiago, que estava na casa no dia, mas que foi logo embora. Foi na noite do morte dos seus pais que essa lembrança aconteceu. Agora, me diga. O que dizia a lembrança?
-Minha mãe tem uma horcruxe, Dumbledore. A chave é o diário que Lupin me entregou. Tenho que acha-la e protege-la.
-Harry, onde está, se está conservada até agora, está segura, e sem voldemort para acha-la, quem se importará com isso, o diário está com você, a chave para encontra-lo está com você, e todos acham que sua mãe está morta. Eu mesmo achava.
-Onde ela está? No St. Mungus?
-Não sei, se chegou lá está fraca, por que senão já teria nos procurado.
-Dumbledore, há hospitais antigos perto da antiga casa dos meus pais?
-Há. Há um sim. Não sei o nome, mas existe.
-Dumbledore, na noite em que me deixaram na casa dos meus tios, acharam o corpo de minha mãe?
-Não, não estava embaixo dos destroços, mas não achamos estranho, porque sabíamos que Voldemort não deixa testemunhas.
Harry não respondeu, correu até Hogsmeadge e aparatou em frente ao lugar onde costumava ficar a casa de seus pais, não havia nada ali, apenas os velhos destroços. Olhou ao redor, uma senhora, que morava vizinha a antiga casa dos Potter, saia de casa.
-Senhora.-disse Harry aproximando-se da velha.
-Sim, meu jovem.
-Há quanto tempo mora aqui?
-Desde que nasci.
-Conheceu os moradores da casa que existia aqui?
-Sim. Os potter. Ótimas pessoas, a Sr. Potter, não lembro o nome dela é Lívia, Lika...
-Lílian.-corrigiu Harry.
-Isso, Lílian. Mas então, Lílian sempre ia me visitar. Era uma boa moça. Me ajudou muito. Mas por que quer saber rapaz?
-Sou filho dela.
-Filho? Impossível, todos os Potter foram encontrados mortos em casa.
-Não. Eu não estava em casa. Estava com a minha avó. Mas obrigada.
-De nada meu, filho.
Harry olhou em sua volta e a velha recomeçou a andar.
-Senhora...
-Meu nome é Ellen Gowenia.
-Sr. Gowenia, sabe de algum hospital antigo por aqui?
-Antigo? Tem um que inaugurou há doze anos.
-Não. Tem que ter vinte e seis anos.
-Tem, há duas quadras daqui. Rua das rosas, 44. É grande, irá vê-lo logo que estiver na esquina.
-Obrigada.
Harry correu. Entrou todo esbaforido no hospital. Chegou na recepção e perguntou a moça que estava ali.
-Senhora, gostaria de saber se Lílian Potter, uma moça ruiva de olhos verdes está aqui, ou apareceu aqui há muito tempo.
-Rapaz.-disse alguém atrás dele.- Pode me descrever de novo a moça que procura?
-Ruiva de olhos verdes, é minha mãe.
-Venha comigo.
Harry nem pensou duas vezes, seguiu o doutor.
-Ela apareceu aqui há muitos anos. Sozinha, fraca. Perguntamos se tinha alguém para comunicarmos que ela estava aqui, e ela disse quatro nomes: Sirius Black, Remus Lupin, Alvo Dumbledore e Petúnia Dursley. Procurei o telefone dos quatro mas só achei um, a da tal Petúnia. Perguntei se ela conhecia alguma moça ruiva de olhos verdes e ela apenas me respondeu muito grosseiramente: “o senhor está brincando comigo? Essa mulher está morta, não torne a ligar pra cá, ouviu?” E nunca mais tentei ligar. Ela ficou aqui, tinha medo de ir na rua, parece que tentaram assassina-la e ficou com medo das pessoas da rua. Trabalha aqui, na maternidade. Quer vê-la?
-Qual nome dela?
-Depois de um mês ela tomou confiança em nós e nos disse seu nome, foi quando disse para quem devíamos ligar, ela se chama Lílian.
-É ela.
-Venha.
Harry seguiu o médico. Olhou do vidro a maternidade. Tinha um pai olhando sua filha, que estava sendo segurada por uma enfermeira, que acabara de nascer. Harry olhou para a enfermeira e viu quem ela era.
-Vou chama-la.
Harry ficou ali no corredor. Virou de costas para tentar respirar.
-Olá.-disse Lílian
Harry virou-se e deu de cara com a mãe. Abraçou-a. Chorou.
-Meu rapaz, quem é você?
-Harry, mamãe.
-Não. Meu filho faleceu a anos.
-Não. Eu estou aqui. Eu sobrevivi mamãe. Esses anos todos a senhora nunca ouviu falar em “o Escolhido” ou “o menino que sobreviveu”?
-Me afastei do mundo da magia com medo de que me reconhecessem e você-sabe-quem viesse atrás de mim.
-Ele morreu. Eu o matei.
-Meu filho.-e abraçou Harry.- A única coisa que me fez lembrar o nosso muindo foi um prisioneiro que há muito tempo tinha fugido da cadeia, passou na tevê dos trouxas, Sirius Black. Quando ouvi o nome na tevê lembrei de um colega meu da escola.
-Meu padrinho.
-Como você sabe?
-Me contaram. Era ele mesmo. Morreu também, há muito tempo.
-Que pena. Pedro, como está?
-Foi ele que denunciou vocês a voldemort. Ele está em Azkaban.
-Lupin.
-Vivo. O vi hoje.
-Você?
-Feliz. Não acredito que esteve viva esse tempo todo e nunca me procurou, nunca procurou a Dumbledore.
-Fiquei com medo de me reconhecerem, de algum comensal me reconhecer.
-Fique tranqüila. Eles não são mais problema. Venha comigo. Vou te levar pra minha casa.
-Onde mora?
-Na casa de Sirius, ele deixou a casa para mim quando morreu.
-Muito generoso da parte dele!
Harry e sua mãe foram para o Largo Grimmauld.
-Mãe. Quer ver o Lupin? Chamo ele aqui se quiser.
-Quero sim meu filho.
Harry mandou uma carta para Remo. Quinze minutos depois ele apartou no hall.
-Lílian.- ouviu ele gritar do hall.
-Remo.- respondeu Lílian com lágrimas nos olhos.
Lupin entrou no quarto, e Lílian e ele se abraçaram.
-Lílian, por que não nos procurou esses anos todos?
-Lupin, deixe ela descansar, lhe contarei tudo depois.-disse Harry.
-Sim. Claro. Sirius teria gostado tanto de vê-la.
-Senti tanto a falta de vocês. Como está dumbledore?
-Dumbledore morreu, há muitos anos.-disse Lupin.
-Morreu? Como?
-Foi assassinado.- corrigiu Harry.
-Quem foi capaz de tamanha crueldade?- perguntou Lílian.
-Severo, Líli.- respondeu Lupin.
-Ranhoso?
-Sim. Ele virou um Comensal da Morte.
-Mas na última notícia que tive dele ele trabalhava em hogwarts como professor.
-Trabalhava, enganando todo mundo.- explicou Lupin.
-Ele foi seu professor Harry?-perguntou Lílian.
-Foi. Tornou os meus sete anos em Hogwarts um inferno, mas tudo bem, está em Azkaban. Quem está rindo agora sou eu.
Lílian o olhava, encantada.
-O que foi?- perguntou Harry.
-Cresceu. Está tão parecido com seu pai. Menos os olhos, tem os meus olhos. Harry, onde ficou esse tempo todo?
-A tia Petúnia e o tio Valter me criaram. Mas me trataram como um verme.
-Minha irmã nunca gostou de mim, é lógico que iria descontar em você a raiva que sentia. Ela nem quis saber sobre o que era a ligação que falava de mim, disse que eu tinha falecido e não ouviu nada. Mas no fundo, ela queria que eu estivesse morta, não suportava a idéia de ter fracassado e eu não.
-Em que?
-Em magia. Ela foi para Hogwarts, se apaixonou por seu pai, mas quando eu comecei a sair com ele, ela ficou uma fera e esqueceu a magia e tudo que tivesse ligado a ela, inclusive eu. Uma bobagem. Minha irmã sempre foi muito infantil. Bom, mas o que importa é que você está bem. Graças a Dumbledore. Se eu encontrar o ranhoso na minha frente, sou capaz de mata-lo.- disse Lílian.

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