Tomando a Iniciativa - Parte I



Parte 12 - Tomando a iniciativa * Parte I

_ Entre, por favor, Harry, e não repare na bagunça.

Harry já estivera naquela sala à época dos seus quatro últimos ocupantes, mas a da Profª. Krustin era de longe a que mais parecia com o que ele imaginara que fosse a sala de uma professora de DCAT. Grande parte das estantes estava coberta de livros (“Mione ia gostar daqui...”) e o restante estava apinhado com grande variedade de detectores de magia negra (“Uau!Esse é o maior bisbilhoscópio que eu já vi em minha vida!”) e sobre a escrivaninha estavam arrumadas atividades de alunos para corrigir, diplomas, penas, pergaminhos e uma porção de fotos-bruxas (“Como foi que senhora conseguiu uma foto minha?”). Em volta da lareira estavam dispostas várias poltronas e almofadas de veludo negro e mais adiante ele divisou uma porta que provavelmente daria acesso aos aposentos dela, mas essa parte ele preferiu não bisbilhotar. Even se sentou em uma das poltronas e fez sinal para Harry sentar-se na poltrona em frente.

_ Então, Sr. Potter, por que está com ódio, com raiva, chateado, preocupado e confuso, tudo isso ao mesmo tempo? _ela olhava para Harry de um jeito que só os amigos sabem fazer. Harry olhou para ela como se decidisse se falava e o que falava. Por fim, tomou fôlego e disse:

_ Estou com ódio de Snape, raiva dos comentários sarcásticos de Snape, chateado pelos pontos que Snape tirou da Grifinória, preocupado com o jogo contra a Corvinal na sexta-feira e confuso porque não sei como convidar uma garota para o baile de sábado. (N.A.: alguém aí percebeu q metade dos comentários eh sobre meu morceguinho? rsrs)
Even sorriu.

_ Quanto ao Snape, eu não posso fazer nada. Aquele ali pediu para nascer ruim e abusou do direito. - Harry riu - Em relação ao jogo, apenas posso lhe dizer que é completamente normal ficar nervoso. Sirius me contava que era preciso dar uma poção calmante para seu pai antes de todo jogo porque se não ele tinha um colapso nervoso. E por fim, sobre convidar uma “certa garota” para o baile, eu posso lhe dar uma mãozinha. Principalmente se essa garota for certa ruivinha do 5º ano...

Harry olhou desconcertado para a professora.

_ Está tão evidente assim?

_ Está escrito em letras de forma na sua testa “EU GOSTO DE GINA WEASLEY”. Mas se pretende convidá-la para o baile, acho melhor fazer isso o mais rápido impossível (N.A.: é impossível mesmo, porque só o “possível” não dá conta do recado). De preferência hoje ainda na primeira oportunidade que tiver de ficar a sós com ela.

_ Sabe o que é professora, eu não sou muito bom em desenvolver uma conversa romântica com uma garota. Não sei por que, mas a última garota com quem saí gritou para toda a Hogsmead ouvir o quanto eu sou insensível - ele conseguia ser sarcástico até quando não queria ser.

_ Huummm... Bom Harry, o que você tem que saber é que as mulheres adoram bancar a difícil. Por isso, não chegue dizendo “Oi e aí, tudo beleza? Quer ir ao baile comigo?” porque com toda certeza vai receber um NÃO beeeem grande. Primeiro convide-a para passear, comente sobre o baile, pergunte se ela já tem par e depois, com todo amor, carinho e charme que Mérlin te deu, pergunte se ela lhe daria a honra de ser seu acompanhante no baile de Natal. Ah, não deixe de dizer que nada poderia lhe fazer mais feliz, faça-a se sentir importante.

Harry olhava para ela boquiaberto.

_ Bom, é tão simples, não?! - começou ele sarcástico - Vocês mulheres deveriam vir com manual de instruções para nós aprendermos.

_ Harry, Harry... Mulher não se aprende, se decora.
Os dois riram muito do comentário dela. Foi quando ouviram alguém batendo com urgência na porta. Even foi abrir e deparou-se com ninguém menos que...

_ Ora, ora... Severo Snape em carne, osso e muito sarcasmo. O que o traz a minha sala? Com certeza não foi por causa da minha beleza.

_ Com certeza que não. - sibilou Snape entre os dentes, com o olhar fixo em Harry - Eu preciso falar com a srtª. em particular.
Pelo olhar que Snape lhe lançou, Harry teve certeza que ele estava usando toda sua criatividade para imaginar o porquê de Harry estar SOZINHO com Even, por isso deu um jeito de se mandar o mais rápido possível, antes que o professor lhe petrificasse ali mesmo.

_ Bom, profª. Krustin, tenho que ir andando, sabe, treino de quadribol.

_ Tudo bem Potter, terminamos nossa conversa em um outro instante.

_ OK.

Levantou-se e tratou de se afastar o mais rápido possível da sala, parecia Rony fugindo das aranhas. Voltando a sala, Even fechou a porta, voltou a acomodar-se em uma poltrona e virou-se para encarar Snape.

_ Bom Snape, agora que já terminou com a “ceninha de ódio recíproco Potter X Snape” poderia me explicar com mais detalhes o que veio fazer em minha sala? Não tinha mais nenhum aluno indefeso no castelo pra você assombrar, não?

_ Já vi que a srtª. é muito espirituosa. E se o “garoto indefeso” ao qual se refere for o Potter, o Weasley ou o Longbotton, seria melhor dar uma passadinha urgente no Saint Mungus para um curandeiro avaliar sua sanidade.

_ Ora seu...

_ Mas respondendo a sua pergunta - cortou Snape - vim aqui para falar-lhe sobre o dia do Torneio de Duelos.

_ C-co-como assim? - gaguejou Even. Será que ele viera falar-lhe sobre o abraço que lhe dera antes de desmaiar? Era bom de mais pra ser verdade...

_ A verdade Profª. Krustin, é que já foi a segunda vez que começamos um duelo e deste não sai nenhum vencedor. Gostaria de deixar explicito que isso não me agrada nem um pouco.

Foi como se um balde de água caísse sobre a cabeça. “Então era isso?”

Even fez uma cara de desdém idêntica à de Snape.

_ Desculpe se desapontei o “Todo-poderoso-mestre-de-poções”. - disse pesando o sarcasmo em cada palavra.- Já ouviu falar que vencer não é tudo?

_ Concordo plenamente. Vencer não é tudo... É preciso também humilhar o adversário.

_ AH, que bom que você sabe disso, assim você se acostuma com a idéia.

Even se levantou bruscamente e ele também.

_ Não me provoque Krustin, ou então...

_ Ou então o quê, Snape?

_ Não responderei por meus atos.

_ Mas é claro, olha como eu estou mortalmente preocupada com isso!

A distância entre os dos era perigosamente pequena.

_ Você não acha que eu sou muita areia pro seu caminhãozinho não Snape?

_ Não tem problema. Eu levo de duas viagens.

A distância entre os dois agora era de pouco mais de 1 cm. O coração de Even batia descompassado, podia sentir a respiração dele. “AI MEU DEUS! Ele vai... Eu vou...”
TOC! TOC! TOC!

Os dois se afastaram muito constrangidos. Even foi até a porta e quando a abriu deparou com a figura imponente de Dumbledore.

_ Desculpe Profª. Krustin, atrapalho alguma coisa? - disse Dumbledore com os cantos da boca tremendo, lançando uma olhar divertido de Even para Snape que estavam corados.

_ Imagine diretor, o professor Snape já estava de saída, não é mesmo professor?

_ Para falar a verdade professora, o assunto que me trouxe até aqui é de interesse de ambos - disse Dumbledore com os olhos cintilando para os dois.

Even olhou para Snape, depois para Dumbledore, afundou em uma poltrona e pegou um copo de wísk-de-fogo.
“Ai Merlin! É hoje que minha cabeça dói.”

N.A.: OK axo que vcs jah perceberam que nós gostamos de um capitulozinho mais extenso neh? Hehe Entaum aproveitem e postem coments tbm quilométricos tah?
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