A Hora e Vez do Sr. e Sra. Mal
Capítulo 17: A Hora e Vez do Sr. e Sra. Malfoy
N/A: Tava sem idéia pra título então meio que me copiei de Guimarães Rosa em Sagarana, o conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga” . O que um vestibular não faz com as pessoas...
-Devido a todas as evidências apresentadas neste tribunal no dia de hoje e por unanimidade do júri, eu declaro Simas Augustus Finnigan culpado, tendo que cumprir uma pena de 10 anos na prisão de Azkaban! –a sentença foi dada.
-NÃO!!!!!!!!!!!!!!!! –gritou Simas, tentando se soltar das algemas que o prendiam à cadeira.
Draco sacou a varinha para fazê-lo se calar, mas Arthur foi mais rápido:
-Estupefaça! –bradou com vontade –Pronto, podem levá-lo daqui. –o Ministro ordenou.
-Belo feitiço, sogrinho. –Draco elogiou, satisfeito e recebeu um sorriso de Arthur.
-Nem acredito que esse pesadelo chegou ao fim. –Gina disse aliviada, abraçada ao marido.
-Sim, anjinho, ele nunca mais vai te tocar. –garantiu a ela, de maneira complacente, depositando um beijo no pescoço dela.
Gina olhou para o pai, que observava ela e o loiro, e ficou vermelha:
-Papai, se importa se eu e o Draco formos indo já?
-Não, querida, podem ir. –beijou o rosto da filha e apertou a mão de Draco.
Saíram abraçados do tribunal:
-Draco, eu preciso falar com você. Algo que eu ainda não tive tempo de falar de ontem para hoje.
-Não é de se estranhar. Estivemos bem preocupados sobre o julgamento. Aliás, que eficiência! Não poderia esperar outra coisa do meu sogro. Não ia deixar aquele cafajeste impune.
-Mas não aqui. –ela murmurou, vendo as pessoas que passavam pelo corredor.
O loiro colocou um sorriso maroto nos lábios e indagou:
-Tem certeza que é conversar o que você quer?
Gina ficou da cor dos cabelos e deu-lhe um tapinha no braço:
-Draco! Eu estou falando sério.
O loiro deu de ombros, nada iria estragar seu bom humor:
-Está bem, Gina. Onde você quer conversar?
-Pode ser na Florean Fortescue? –e sem perceber fez um leve bico com os lábios, o que Draco adorava –Faz tempo que não tomo sorvete.
-Ah, não sei... –fez charme –Não estou com vontade de tomar sorvete...-falou vagamente, como quem convida a ser persuadido.
Ela parou em frente ao elevador. Enquanto esperavam, ela tentava convencê-lo:
-Por favor, Draco. –passou o dedo indicador pelo peito dele, subindo e descendo e com um olhar que mesclava malícia e inocência.
-Ah, não sei...O que eu ganharia em troca?
A ruiva cessou a carícia e cruzou os braços:
-Mas é um completo sonserino mesmo. –reclamou, emburrada –Eu vou até a sorveteria com ou sem você. Apenas não garanto que não arrumarei nenhuma companhia pelo caminho... –deixou no ar.
Foi a vez de Draco fechar a cara:
-Se você pensa que... –e respirou fundo –Eu só queria te provocar. Mas pelo jeito o feitiço virou contra o feiticeiro.
Ela deu um sorriso vitorioso:
-Enquanto você gosta de me deixar brava, eu gosto de te deixar com ciúmes. E consegui.
-Eu não estou com ciúmes. –retrucou.
-E eu sou a mulher de Merlin. -desdenhou
-Não sabia que me admirava tanto a ponto de me chamar de Merlin.
A ruiva revirou os olhos e ao ver que a porta do elevador se abria, entrou seguida do marido. Ficou aliviada ao constatar que havia mais quatro pessoas no elevador. Dessa maneira, ela e Draco não continuariam a discussão e nem fariam algo que teria como conseqüência outra bronca do Ministro da Magia de como se portar.
A mão dele roçou a dela. Virgínia ofereceu um tímido sorriso e entrelaçou seus dedos nos dele. Ainda de mãos dadas, atravessaram o átrio até a área em que estavam localizadas as lareiras. O loiro fez um gesto com a mão em direção à lareira, dizendo:
-Primeiro as damas.
A ruiva sorriu pelo cavalheirismo dele e então pegou um pouco de pó-de-flu. Acenou para ele antes de dizer:
-Beco Diagonal!
Gina tirou as cinzas de si com um feitiço e poucos instantes depois Draco também saía da lareira. Ela fez o mesmo feitiço que tinha feito em si:
-Obrigado. –ele agradeceu –Malfoys não podem andar por aí com fuligem pela pele e roupas. –não pôde deixar de dizer.
-Estava demorando para você dizer algo sobre o seu sobrenome.
-Nosso. –ele corrigiu.
-Verdade, nosso. –concordou.
-Mas isso é uma reclamação? –indagou, erguendo uma sobrancelha –Quem foi que prometeu me amar do jeito que eu sou?
-Oh, meu gatinho manhoso. –apertou uma das bochechas dele –Eu não estava reclamando. Depois de me conhecer até o jeito que você fala da sua família é adorável. Você é uma pessoa melhor graças a mim. –sorriu, satisfeita.
Ele revirou os olhos:
-Sua convencida. Pior que se eu te contradisser, estarei mentindo.
-Ainda bem que você admite. –riu da cara que ele fez para em seguida entrelaçar seus dedos nos dele.
Obviamente repararam no espichamento de pescoços que as pessoas realizavam para observar os dois. Podiam apostar que falariam deles, mas não ligavam. Danem-se as fofocas e intrigas da sociedade bruxa. Estavam novamente juntos e esse era o importante. Quando chegaram à sorveteria, Gina pediu a Draco que arrumasse lugares pra eles e que ela faria os pedidos. Algum tempo depois ela voltou, com um sorriso misterioso e sentou-se à frente de Draco na mesa que ele tinha escolhido.
-Não precisava comprar pra mim também. Eu me contentaria com um pouco do seu.
-Não, não. Além do mais, e se eu não quisesse dividir?
-Uma grifinória não querendo compartilhar? Nossa, no que eu te transformei, Virgínia?
-Bobo! –mostrou a língua pra ele e em seguida ficou séria –Tinha esquecido do assunto...
-Que assunto? –perguntou, tentando ler a mente dela, mas claramente Gina o estava bloqueando –Está me deixando preocupado.
Olhou em volta para ver se havia alguém muito próximo e então focou seus olhos nos azuis acinzentados do marido:
-Lembra da história de eu ter ido pra cama com o Simas? –perguntou um pouco apreensiva e assistiu o loiro fechar a cara –Draco, não me olhe assim, por favor. O Simas me confessou que era mentira. Ele disse que fez com que eu pensasse que tinha acontecido pra tentar me impedir de casar com você.
-Mas é um filho da...
Gina colocou a mão na frente da boca dele, impedindo-o de continuar:
-Esquece isso, Draco. É passado. Mas então, eu fiquei tão feliz por saber que eu não tinha te traído. –segurou as mãos dele –E mesmo não sabendo disso, você ainda queria ficar comigo. –os olhos dela brilharam –Eu nunca...Nunca poderia ter escolhido para marido alguém melhor que você. Eu sei que temos nossas brigas em grande parte do tempo, mas também sei que elas alimentam a intensidade da nossa paixão. Obrigada, Draco, por me deixar te amar e não ter desistido de mim.
As bochechas dele estavam coradas:
-Não fale essas coisas assim, Virgínia. Alguém pode ouvir...
-Eu não me importo. Eu tenho vontade de gritar pra todo mundo.
Ele revirou os olhos:
-Sei que sua intenção é boa, Virgínia...Mas por Merlin, não faça uma coisa dessas. É tão anti-Malfoy. –reclamou.
Antes que a ruiva pudesse responder, as duas taças de sorvete tinham chegado. Draco ao reparar o que ela havia pedido estava dividido entre sorrir com malícia ou fazer um comentário espirituoso sobre a escolha da ruiva. Assim que o buxo que trouxe os sorvetes se afastou, ele comentou:
-Com vontade de realizar aquele sonho, ruiva? Não posso pensar em outra razão para ter escolhido justamente sorvete de menta com chantilly e morangos.
Ela ficou vermelha e desviou o olhar para sua própria taça, começando a comer o sorvete.
-É assim, é? –ele perguntou –A ruivinha ainda fica envergonhada por essas coisas...Tadinha...Vou te dar muito para ficar vermelha ao lembrar-se, querida.
-Por favor, Draco. Não fica falando essas coisas. Alguém pode ouvir. –advertiu-o.
Ele sorriu, por ela quase o ter parafraseado. Começou a comer de sua taça e mantinha seus olhos fixos nos dela...E não era à toa.
“Ok, você pode não querer que eu fale. Mas quanto a pensar...Você sabe que sinto a sua falta, não sabe? Aquela cama ficava tão fria e espaçosa sem você...” pensou, deixando sua mente o mais aberta possível.
“Draco, não comece...”
“E por que não? Assim nem parece que você sentiu falta de partilhar a mesma cama que eu. Ontem eu te deixei dormir em paz. Você parecia muito cansada e não tinha passado por um dia fácil. Mas hoje...sem desculpas Virgínia Molly Weasley Malfoy.”
“E quem disse que eu estou procurando desculpas?”
“E não está? Mas é o que está parecendo...”
“Ah, mas discutir sobre isso me deixa encabulada, você está cansado de saber disso.”
“E é por isso que eu acho tão divertido, hehe. Espero que tenha descansado o bastante na noite passada, moranguinho...”
“Sem comentários.”
“Por quê?”
“Porque eu estou tentando tomar o meu sorvete, mas você não está ajudando.Se eu errar a boca e me sujar, a culpa vai ser toda sua. E se você quer saber...Sim, eu pedi esse sorvete pensando no sonho. Mas se eu vou realizar a outra parte que não tem a ver com o sorvete já é outra história...Tudo vai depender do seu comportamento, gatinho.”
“Chantagista.”
“Aprendi com o melhor.”
“Se você largar esse sorvete, posso te ensinar mais coisas do que chantagens...”
“Você não está se comportando...”
“Que saco, Virgínia! Nós não transamos desde a véspera do nosso casamento! Já faz um mês! E você não dá a mínima! Tenho uma mulher que não gosta de ir pra cama comigo, não é ótimo?”
Ela revirou os olhos.
“Não seja idiota, Draco. Você está fazendo tempestade num copo d’água. Será que você não percebe que eu te amo e te acho muito gostoso?!?” corou loucamente “Acontece que algum de nós precisa ser o cérebro do casal. Eu me controlo, se você não percebe... Então pare com a estupidez de pensar que você não me satisfaz ou algo do tipo.”
“Hum...”
“Te deixei sem palavras, foi, loirinho?”
“De certa forma...” ele parecia um pouco desconfortável “Eu sou mesmo um idiota?”
“Sim. Você é o meu loiro, sonserino, adoravelmente idiota. Você sabe que eu te amo mesmo com os seus poucos defeitos.”
“Hey, quem faz as ironias por aqui sou eu!” reivindicou, o que a fez rir.
Ela revirou os olhos antes de voltar sua atenção inteiramente para sua taça. Assim que acabou o sorvete, olhou para o marido e ele também já tinha terminado. A diferença consistia no olhar perdido que ele ostentava, mirando um ponto cego na rua.
-Draco. –ela chamou, acenando com a mão à frente dele, o que funcionou para fazê-lo sair do transe.
-O que foi?
-Eu é que pergunto o que foi. Você parecia estar em outra galáxia.
-Estava apenas pensando... –deixou no ar.
-Pensando no quê?
-Sabia que perguntaria. –sorriu –Acontece que acho que precisamos comemorar. Agora o Finnigan foi preso, o seu pai parece me aceitar e nós estamos bem novamente. Não acha que são motivos suficientes? –ela fez que sim –O que acha de jantarmos num restaurante novo que abriu em Hogsmeade? É um cinco estrelas e...
-Não, Draco.
-Não? –perguntou, incrédulo.
-Eu queria ir a uma boate trouxa. –disse, timidamente.
-Agora sou eu quem diz não! –respondeu, firme.
-Por que não? –fez biquinho.
-O que a gente faria numa boate trouxa, Virgínia? Que coisa mais sem classe e...
-O que faríamos? Dançar te diz alguma coisa? Vai, Draco, por favor. Se você não for eu vou sozinha.
-Você não vai sozinha, nem que eu te amarre na cama. –falou seriamente e ao perceber o que falara, sorriu maliciosamente.
-Nada disso, Draco Malfoy. Se você não for comigo vai dormir no sofá. –ameaçou.
-Quero ver você me obrigar. –desafiou.
-Está duvidando das minhas azarações? Já esqueceu o quanto sou boa nelas? –não se deixou intimidar.
-Me dê um bom motivo para mudar de idéia. –cobrou e nesse ponto ela sabia que só faltava um empurrãozinho (ou seria incentivo?) para que ele acabasse cedendo.
-Não teria que dormir no sofá e usufruiria os benefícios disso. –e após isso, Gina podia dizer que tinha ganhado, a não ser que muito se enganasse.
O loiro fez cara de pensativo e após alguns segundos respondeu:
-Está bem, você me deu um bom motivo. Mas saiba que eu vou cobrar, moranguinho.
-Seu bobo. –ela falou e deu um selinho nele em seguida.
Draco pagou a conta e logo depois ambos aparataram na Mansão Malfoy. Narcisa os esperava:
-E então? Como foi o julgamento?
-Ótimo. –Draco respondeu –Finnigan teve o que mereceu.
-E você vai morar aqui, não vai, Virgínia?
-Sim, Cissy. –a ruiva respondeu, feliz.
-Seja bem-vinda de volta. –abraçou a nora.
-Obrigada. –agradeceu sinceramente.
-Vou pedir para os elfos porem o lanche-da-tarde na mesa. –a loira avisou.
-Não é necessário, mãe. Acabamos de tomar sorvete, não estamos com fome. Além do mais, eu tenho outros planos para agora.
-Draco! –Gina e Narcisa exclamaram em uníssono.
Ele revirou os olhos:
-Depois eu é que sou o malicioso dessa família...Venha, Virgínia. –acrescentou, puxando a esposa pela mão.
-Draco, estamos indo para o quarto? Você disse que...
-Vamos entrar na piscina, você precisa pegar um biquíni e eu uma sunga.
-Isso se você me pegar! –ela soltou-se dele e saiu correndo para fora da casa.
-Isso não vai ficar assim, Virgínia! –Draco gritou antes de correr atrás dela.
-Crianças. –Narcisa comentou, mas não alto o suficiente para que eles ouvissem.
Os dois ficaram correndo à beirada da piscina, até que o loiro lembrou que poderia aparatar e então aparatou na frente da ruiva, a chocou-se consigo. Ele acabou por desequilibrar-se e na tentativa de não cair na piscina, agarrou-se a mulher. No fim, os dois acabaram caindo na água. Assim que a ruiva emergiu, gritou:
-DRACO!
-Foi você quem começou. –ele defendeu-se e então olhou mais atentamente para a ruiva.
A roupa molhada e colada ao corpo dela, eram tentadores, sem contar a transparência que a água conferia ao tecido. Pelo olhar dele, Gina adivinhou o que ele poderia estar pensando mesmo sem ler os pensamentos. A água no corpo dele também revelava formas. Gina abraçou-o:
-Sabe do que estou lembrando agora?
-Não. –confessou.
-De quando você me beijou na piscina daquele hotel na Itália quando ainda procurávamos o elixir.
***Flashback***
Hotel The Best Of Coliseum, cerca de um ano atrás
“Isso é relaxante, apenas duas pessoas na piscina. Seria melhor se a outra pessoa além de mim não fosse o Malfoy. Mas não vou deixar ele me chatear”. Ela pensou e então emergiu.
-Mas que decepção! Ficou tanto tempo debaixo d’água, achei que tivesse morrido. –Draco se lamentou.
Gina o ignorou, ficou boiando olhando para o teto perdida em pensamentos. Estava tão absorta que nem se deu conta de quanto tempo passara ou se estava imóvel ou em movimento. Acabou descobrindo tarde demais que não estava nem no mesmo lugar que antes.
Draco estava nadando e de repente viu Gina boiando em sua frente. Então pegou-a nos braços como se fosse carregá-la, levantou-a até uma certa altura e jogou-a para o lado (de volta na água):
-Pra que fez isso Malfoy? –Gina perguntou irritada ao subir de volta a superfície.
-Você estava na minha frente e do meu lado da piscina. –ele explicou.
-Seu lado da piscina? Mas que absurdo! Desde quando esse lado ou qualquer outro dessa piscina é seu?
-Desde quando você entrou nessa piscina, porque você sabe que o aconselhável é mantermos a máxima distância possível.
Gina revirou os olhos:
-Não tem mais nenhuma reclamação? –o loiro perguntou e Gina nem se deu ao trabalho de responder –Então, com licença.
Ao dizer isso Draco puxou Gina contra si e beijou-a enquanto a puxava para baixo até os dois estarem completamente cobertos pela água. Ela ficou muito surpresa quando Draco fez isso e então deu um tapa nele, mas ela não viu nem aonde pegou porque estava com os olhos fechados. Mesmo assim continuaram o beijo.
“O Malfoy realmente é um idiota! Se ele não parar logo com isso eu vou morrer afogada. Não posso respirar! Por que estou beijando esse idiota?” Gina pensou já com uma boa dose de desespero, apesar de ainda estar correspondendo o beijo.
Para o alívio dela (ou não?), logo após esse pensamento, Draco levou-os de volta a superfície e separou seus lábios dos de Gina. A ruiva encarou zangada os olhos de Draco enquanto respirava profundamente o oxigênio que seus pulmões necessitavam.
“Sempre quis saber como era beijar debaixo d’água. Puxa, como eu queria fazer isso de novo”. o loiro pensou olhando para os profundos olhos castanhos de Gina.
A próxima coisa que Draco viu foi a mão de Gina voar em direção ao seu rosto e acertar um tapa bem estalado.
-Isso é por você pensar em fazer de novo! –ela disse de cara fechada.
-Eu não estava pensando nisso! –Draco tentou mentir, mas era inútil.
-Ah! Não me faça rir, largue de ser mentiroso. Queria fazer de novo sim! Eu li esse pensamento.
-Está bem. Eu queria, mas não quero mais. O que quero é saber como pôde ler um pensamento meu.
-Agora é a minha vez de dizer: A sua técnica de Oclumência deve estar decaindo. –ela disse virando-se para ir embora.
***Flashback***
Ela percebeu que o loiro tinha ficado um tanto tenso com a menção do elixir:
-Desculpe, Draco. Eu não deveria ter mencionado o elixir.
-Tudo bem, não é hora de pensar no que poderia ter sido. Estou melhor assim. Tenho um bom emprego, sou rico e lindo e tenho uma mulher maravilhosa.
-Pára de se achar, Malfoy. –ela reclamou e calou-o com um beijo.
Em poucos instantes o frio da água foi esquecido e só o que era percebido era o calor que os corpos emanavam. Draco enlaçou a mulher pela cintura e suas mãos procuravam tocar a pele quente dela por debaixo da blusinha branca. Gina abria a camisa azul de Draco o mais rápido que conseguia. Antes que pudesse concluir a tarefa, ouviram:
-Hem, hem. –soltaram-se imediatamente.
Narcisa Malfoy estava parada à beira da piscina e olhava desaprovadoramente. A seu lado estavam Arthur e Molly Weasley:
-Olá mamãe e papai. –Gina murmurou, constrangida.
Draco acenou com a cabeça, não sabendo o que dizer. Ele e a ruiva dirigiram-se para a borda, com a intenção de sair da piscina.
-Me desculpem por presenciarem tal tipo de cena. –Narcisa falou –Eu não sabia que...
-Não precisa se desculpar, Narcisa. –Arthur falou –Do jeito que eles são, essa não será a última vez que acontecerá uma situação como essa.
-Olha, Arthur... –Draco começou a falar, mas foi cortado.
-Não, não. Eu não estou bravo e não me deve uma explicação sobre isso.
-Eu tenho uma reclamação sobre isso. –Molly interrompeu o marido e encarou Draco e Gina, já fora da piscina e pingando água –Virgínia Molly Weasley Malfoy, essa foi a educação que eu te dei?
A ruiva baixou a cabeça:
-Desculpe, mamãe... –murmurou, envergonhada.
-Molly, a culpa foi minha... –Draco começou a dizer, mas a Sra. Weasley o interrompeu.
-Será que vocês dois não conhecem colloportus? –perguntou indignada –Não quero mais te pegar em cenas assim. Se querem privacidade vão a algum lugar que tenha um porta que possa ser trancada. Entenderam?
-Sim, mamãe.
-Sim, Sra. Weasley.
-Ótimo então. Apenas viemos avisar que amanhã à noite haverá um jantar em família na Toca e estão intimados a comparecerem.
-Estaremos lá mamãe, não é Draco?
-É. –ele respondeu, tentando esconder o desânimo de sua voz.
Arthur apertou a mão de Draco:
-Hoje está dispensado do trabalho, mas amanhã não. Cuide bem da minha filha, Draco.
-Pode deixar comigo, Arthur. –respondeu.
-Isso mesmo. –Molly concordou, dando um beijo no rosto do genro.
-Eu não sou nenhuma criança. –Gina reclamou.
-Pra mamãe você vai sempre ser.
A ruiva revirou os olhos ao comentário da mãe. Arthur sacou a varinha e secou as roupas de ambos:
-Agora não poderão alegar gripe ou pneumonia para não ir amanhã à noite. –comentou, em tom de quem sabe das coisas –Os meus filhos não vão te morder, Draco, eu garanto.
O loiro deu um sorrisinho sem graça. E assim que os sogros tinham ido embora, Draco pediu licença à mãe e puxou Gina até o quarto deles. Fechou a porta. O olhar da ruiva se deteve em um ponto da mesa de cabeceira, onde estava um porta-retrato com uma foto deles no casamento. Caminhou até lá. A Gina da foto sorria largamente e parecia tão feliz que não parava quieta, beijando o Draco da foto ou então acenando para a verdadeira. O loiro posicionou-se atrás da mulher, abraçando-a enquanto apoiava seu queixo no ombro dela:
-Olhei todos os dias para essa foto. Me deu forças para não desistir de você. –ele confessou.
-Eu fui uma idiota. Eu obviamente desaprovei o fato de você ter levado uma qualquer pro nosso quarto na lua-de-mel, mas no fundo eu sabia que você estava sendo sincero ao dizer que não tinha ido até o fim. E eu posso ter ficado muito magoada por você ter me chamado de prostituta, mas eu deveria saber que você tinha falado da boca pra fora porque estava muito nervoso na hora. E depois eu não conseguia te perdoar, te tocar...Maldita Uno!
-Calma, moranguinho. –e beijou o pescoço dela, fazendo-a estremecer –Está tudo bem agora. Mas do mesmo jeito, eu sinto muito por ter te chamado de prostituta, você não merecia.
Ela virou-se de frente para ele:
-Eu te perdôo. –e sorriu antes de subir na ponta dos pés e beijá-lo.
Ela foi empurrando o loiro até a cama e caiu por cima dele. Passou a beijar o pescoço de Draco e enquanto isso ia desabotoando os botões da camisa dele. O loiro adorava quando ela resolvia deixar a vergonha de lado e partia pro ataque. Acariciava o abdômen dele, fazendo movimentos circulares e ia descendo de maneira lenta e torturante. Quando chegou onde começava a calça dele, brincou com o cinto, ameaçando abri-lo, mas não o fazendo de fato.
-Mas que indecisão, Sra. Malfoy. –ele comentou, divertido.
Virgínia encarou-o profundamente:
-Mas que pressa, Sr. Malfoy. –devolveu e finalmente arrancou o cinto da calça dele.
Passou as mãos, provocante, por cima do tecido que cobria as pernas dele e ao invés de abrir a calça, tirou os sapatos e as meias (tanto os seus quanto os dele). Quando ela terminou de fazer isso, Draco inverteu as posições. Ergueu a blusinha branca que a mulher vestia e sem grandes dificuldades, arrancou-a. Passou a beijar o topo dos seios da ruiva. Gina levou as mãos aos cabelos claros e macios, bagunçando-os. Conforme ele intensificava as carícias com a boca, mais Gina arfava, o que só servia para excitá-lo em níveis crescentes. Quando o loiro estava para arrancar o sutiã dela, ouviram um barulho e uma vozinha fina em seguida:
-Sr. E Sra. Malfoy, a Srta. Lovegood está aqui e pede uma entrevista para sua revista, o Pasquim. –era um elfo doméstico.
Draco teve vontade de açoitar o elfo e lançar uma cruciatus em Luna. Saiu de cima da esposa, resmungando:
-Mas que merda! Será que a Lovegood não poderia ao menos uma vez ser educada e mandar uma carta para marcar uma visita?!?
Gina depositou uma mão sobre o ombro dele:
-Calma, Draco. Depois nós terminamos isso, eu prometo. –garantiu a ele.
Ele respirou profundamente:
-Diga a minha mãe que faça sala para a Lovegood e que logo mais desceremos. –disse ao elfo, que fez uma reverência antes de desaparecer.
O Malfoy enterrou o rosto nas mãos:
-Merlin me ama. –murmurou, irônico –Quer testar o limite da minha sanidade.
Gina revirou os olhos:
-Eu também não queria ser interrompida, mas o que podemos fazer? Vai, Draco, ânimo. Levanta dessa cama, temos uma entrevista a dar.
Resignado, o loiro levantou-se, calçando os sapatos e vestindo novamente a camisa. Gina também se compôs. Deu um selinho no marido e o puxou pela mão para fora do quarto.
A entrevista foi mais longa do que haviam previsto. Quando Luna tinha ido embora, a ruiva foi logo falando:
-Draco, temos que tomar banho e nos arrumar para sair.
-Tomar banho, é? Me parece uma ótima idéia...
-Não, Draco. Nem venha com esses seus pensamentos, nós precisamos ir logo. Não quero chegar lá muito tarde. –explicou com paciência.
Ele revirou os olhos:
-Gastaríamos muito melhor o tempo no quarto, eu garanto.
-E eu não duvido disso, amor. Mas você tinha prometido pra mim... –encarou-o com um olhar pedinte e fez um leve bico –Por favor.
Ele deu um suspiro cansado:
-Que seja. Mas então não demore pra se arrumar, porque eu quero voltar logo.
-Ah, nem vem, você vai acabar se divertindo.
-Não sei não...
-Bem, chega de conversa. Eu vou tomar banho no banheiro do nosso quarto, você escolha outro, assim vai mais rápido. –e foi logo subindo as escadas, em direção ao quarto deles.
Uma hora depois, a ruiva estava pronta. Foi até a sala de tv, onde o marido e a sogra assistiam a um programa no aparelho trouxa. Riu internamente com a ironia, se não visse com os próprios olhos, não acreditaria que havia coisas trouxas na Mansão de uma família que se orgulha tanto de seu status puro-sangue.
-Podemos ir? –a ruiva perguntou e os dois olhares cinzentos se voltaram para ela.
Gina vestia uma calça jeans azul bem escura e apertada. Nós pés calçava um tamanco preto de salto alto. A blusinha que vestia era roxa, deixava ver pouco de sua barriga, tinha um decote considerável, mas não exagerado e vários detalhes prateados. O cabelo dela estava preso num rabo de cavalo, mas deixara duas pequenas mechas soltas na parte da frente. No pescoço usava uma corrente prata, assim como os brincos, e que tinha a inicial de seu nome.
-Está muito bonita, Virgínia. –Narcisa comentou.
-Obrigada. –ela murmurou, um tanto tímida.
Draco levantou-se e aproximou-se da mulher:
-Não acha que essa calça está colada demais e que essa blusa deveria ter menos decote?
Gina revirou os olhos:
-Draco, eu me arrumei pra você. É demais esperar um elogio e não críticas?
Após alguns instantes, encarando-a seriamente respondeu:
-Você está linda, Gina. Por isso mesmo que o primeiro cara que lançar um olhar com segundas intenções na sua direção...
-Ciumento!
-Eu não, apenas cuido do que é meu. –retrucou.
-Já vão começar a brigar? –Narcisa interrompeu-os –Pensei que estivessem com pressa.
-Vamos de uma vez, Draco. Você dirige?
-Sim, seria muito mais fácil aparatar, mas você tinha que escolher um lugar trouxa...
-Hunf! –bufou –Accio bolsa. Até mais, Cissy. –e dirigiu-se para a porta frontal.
-Não nos espere acordada, mãe. –o loiro avisou e deu um beijo numa das bochechas dela –Até amanhã.
Fizeram trajeto em silêncio. Apenas quando a ruiva avistou um letreiro em néon onde estava escrito “Night Life Club”, pediu a Draco que parasse. O Malfoy entregou o carro a um manobrista. Pagou por duas entradas e logo estavam dentro da boate. A pista de dança era iluminada por luzes coloridas e flashes que pareciam dançar junto com as muitas pessoas que lá estava. Mantendo a mulher bem segura perto de si, ele foi até o bar.
-Draco! Eu quero dançar! –falou próximo do ouvido dele, para que ouvisse.
-Daqui a pouco. –ela leu nos lábios dele.
Gina sentou-se em um dos bancos. Draco ficou em pé, a seu lado, com uma mão pousada em sua cintura. Chamou o garçom e pediu duas batidas de morango:
-Especialmente pra você, moranguinho. –sussurrou no ouvido dela.
Ela encarou-o.
“Muito tocante da sua parte, mas eu quero dançar, Draco.”
“Mas que teimosia, Virgínia Malfoy.”
O garçom trouxe as bebidas e de raiva, a ruiva tomou a sua de uma vez só. Assim que Draco terminou a sua achou que era melhor fazer a vontade dela ou ela poderia ter algum ataque histérico ou pior. Dessa vez foi ela quem o conduziu e assim que achou um lugar que considerou bom, começou a dançar. O loiro mexia pouco o corpo e balançava os pés no ritmo da música agitada. Durante várias músicas, Gina não comentou, mas isso logo mudou:
-EU SEI QUE VOCÊ FAZ MELHOR QUE ISSO!
Draco deu um sorriso torto:
-ENTÃO VAMOS FAZER DO MEU JEITO!
Aproximou-se mais e ficou satisfeito pelo estilo de música ter mudado para um que parecia combinar melhor com o que ele queria fazer. Os trouxas chamavam de música black, mas o loiro não tinha como saber disso. Desceu as mãos pelas laterais do corpo de Gina, enquanto ela dançava sensualmente em sua frente, rebolando de uma maneira que o deixava com água na boca. Agarrou a cintura dela e ditou o ritmo do requebrado dela, para que acompanhasse seu próprio quadril.
Ele mordeu o lábio inferior e o brilho de seus olhos expressava desejo claramente. A ruiva ergueu os braços e moveu-os de maneira lenta, sobre a cabeça, enquanto sentia as mãos de Draco sobre sua cintura. Quase tinha vontade de fechar os olhos, mas não queria perder de vista aqueles orbes azuis acinzentados. Em seguida levou suas mãos, até o peitoral, subindo e descendo as mãos numa carícia lasciva e tudo isso sem perder o ritmo. Passou suas mãos pelo pescoço dele e descansou-as um tempo por lá, para depois descê-las pelas costas dele. Draco passou a descer o corpo, mexendo os quadris de uma maneira que nem a ruiva lembrava que ele podia fazer e puxou-a junto para baixo. Logo soltou sua cintura e ela já sabia o que ele queria. Ela abaixou-se mais, ainda rebolando, com uma perna dele entre as suas, roçando ocasionalmente na perna dele como se fosse sentar. Não muito depois, o loiro puxou-a bruscamente para cima e virou-a de costas para si. Aproximou o corpo dela o máximo que pôde do seu, abraçando-a pela cintura e ainda dançando no ritmo da música. Gina pela pouca distância podia sentir que o deixara excitado:
-Viu o que faz comigo, moranguinho? –falou ao ouvido dela, roucamente.
Gina arfou, era demais pra ela:
-Vamos embora.
-O quê? Não era você quem queria dançar? –pareceu confuso.
-Eu preciso de você, Draco. Agora!
Ela não precisou dizer duas vezes. O loiro conduziu-a para a saída o mais rápido que pôde. Draco quase deixou a chave do carro cair no chão enquanto tentava abrir a porta com a mulher o agarrando por trás e passando as mãos pequenas e delicadas pelo corpo dele. Ordenou a si mesmo que se concentrasse e então conseguiu destrancar a porta. Em seguida foi para o lado do motorista e também abriu a porta. Quando estava sentado e colocando o cinto de segurança, Gina começou a abrir sua camisa:
-Mas que pressa, Virgínia. –comentou, ligando o carro e então arrancando sem deixar de cantar os pneus.
Gina aproximou seu rosto e depositou um beijo na curva do pescoço do marido, o que fez com que ele guinasse o carro demais para a esquerda sem que percebesse. Ouviram uma buzina de um carro que vinha na mão contrária e então ele voltou para o lugar certo.
-Virgínia! Eu estou dirigindo. Quer que eu bata o carro? –ele reaprendeu-a.
-Homens. –ela resmungou –Nunca conseguem prestar atenção a mais de uma coisa por vez.
-Haha, quero ver se fosse você no volante se seria diferente. –defendeu-se.
-O que te fizer dormir melhor.
-Está muito abusada, ruivinha.
-Você não viu nada, loirinho.
-Mas você nem bebeu tanto assim para estar falando essas coisas. –surpreendeu-se.
-Eu sei que não. Apenas estou dizendo abertamente o quanto te quero. –e suas bochechas ficaram um tanto (pra não dizer muito) coradas.
Draco pisou fundo no acelerador e concentrou-se o máximo na estrada. Tinha demorado pouco mais que a metade do que o tempo da ida. Deixou o carro na garagem e Gina abraçou-o, fazendo uma aparatação acompanhada para dentro da mansão. As luzes da mansão estavam apagadas. E os dois estariam em completa escuridão se não fosse a luz da lua que entrava pelas grandes janelas do saguão de entrada. O Malfoy pegou a esposa no colo e subiu as escadas:
-Será como começar de novo. –disse a ela –A começar pelo dia em que nos casamos. Vamos consumar o nosso casamento.
Estava tão acostumado a andar por aqueles corredores que não teve dificuldades em encontrar o quarto deles. Abriu a porta da melhor maneira que pôde e dessa vez tomou cuidado para que a cabeça de Gina não batesse no batente. Deitou-a na cama e em seguida realizou feitiços de tranca e de impertubabilidade, além de um anti-aparatação:
-Agora duvido que seremos interrompidos. –o loiro piscou-lhe.
Gina levantou-se da cama, descalçou os tamancos e caminhou até o marido. Agora que estava sem salto, ficava bem mais baixa que ele. Arrancou a camisa dele sem cerimônia alguma. Assim o loiro também se sentiu no direito de despi-la. Depositou as mãos na cintura dela e beijou o decote. Foi deslizando as mãos para a frente da calça dela e abriu-a. Olhou-a nos olhos e recebeu um sorriso. Baixou a calça dela com delicadeza. A despeito da suavidade do gesto de Draco, a ruiva puxou-o bruscamente contra si, levantando-se nas pontas dos pés e buscando os lábios dele. Beijaram-se de maneira intensa e Virgínia aproveitou para arrancar o cinto do marido e abrir as calças dele. Separaram os lábios. Gina livrou-o das calças e Draco subiu sua blusa com calma, como se estivesse encantado com a visão de cada pedacinho da pele que estava sendo descoberta. Assim que ele terminou de tirar a peça, Gina, num gesto impaciente, atirou a blusa para um canto.
-Oh, a minha moranguinho está com bastante fogo hoje. –comentou, com um sorriso matreiro.
Ficando vemelha, disse:
-Cale a boca, Draco.
-Com prazer. –e voltou a beijá-la, mas dessa vez erguendo-a pelas pernas e carregando-a até a cama.
Inclinou-se sobre o corpo dela. Estava sedento do corpo dela, mas queria eternizar o momento e por isso tentava controlar sua ansiedade e prolongar aquelas sensações o máximo que podia. Sentia as mãos dela, passeando suavemente por seu corpo...Até que ela passou a arranhar suas costas. Um gemido mal contido escapou dos lábios dele, surpreso pelo repentino gesto. Gina riu e Draco puxou-a para cima, deixando ambos sentados:
-Acha engraçado, Sra. Malfoy? –perguntou, numa perfeita imitação de seriedade de quem está pronto para punir.
Ela não se intimidou pelo olhar cinza e penetrante, deu-lhe um selinho, antes de responder:
-Muito. Incentivador. Sedutor. – dava-lhe um selinho a cada palavra.
Ele começou a mordiscar o pescoço da mulher, ao mesmo tempo em que desabotoava o sutiã da mesma. Assim que terminou, deitou-a novamente. Deslizou seus dedos pelo contorno dos seios dela, assistindo ao rápido endurecimento deles. Beijou um, continuando as carícias no outro. Deliciou-se ouvindo a respiração de Virgínia tornar-se mais e mais ruidosa. Até que ela começou a gemer baixinho. Draco trocou de seio e sua outra mão desceu, indo parar dentro da calcinha dela. A ruiva engoliu em seco. Logo seus gemidos estavam do jeito que o loiro gostava: altos, longos e acompanhados de suspiros e palavras desconexas. Quando a ruiva estava à beira da satisfação, Draco parou as carícias e beijou-a com sofreguidão. Assim que quebrou o beijo, Draco saiu de cima da mulher e retirou sua cueca e a calcinha dela. Pegou as mãos dela e beijou-as, mas dedicando maior atenção ao dedo anelar da mão esquerda que ostentava a aliança:
-Diz que é minha, moranguinho. –ele pediu.
-Sou sua, Draco. Toda sua. Vem pra sua moranguinho, gatinho.
Ele inclinou-se sobre ela, posicionando-se. Beijou-a novamente, enquanto puxava o corpo dela contra o seu, encaixando-os. Gina abraçou-o com força ao senti-lo dentro de si. Ao término do beijo, o loiro encarou-a. A ruiva exibia nos lábios um sorriso sincero. O Malfoy tomou esse gesto por aprovação e passou a se mexer lentamente.
-Oh... –a ruiva deixou escapar, expirando longamente.
Foi a vez de Draco sorrir. Ele mordia o lábio inferior e se segurava enquanto realizava movimentos lentos de vai e vem. As unhas de Virgínia encontravam-se firmemente pressionadas contra as costas do marido. Sabia que aquilo deixaria marcas posteriormente, mas não se importava. Queria marcá-lo, trazer-lhe prazer. Ele era seu homem e pensar nisso a tirava do sério.
Aquela baixa velocidade dele era torturante, mas Virgínia não se daria por vencida. Seu orgulho grifinório não deixaria que fizesse isso. Agüentou bravamente até que ele desistisse.
“Sua grifinória teimosa.” Ele pensou.
“Sonserino perverso.” Pensou em resposta.
“Agora você vai ver só, Virgínia.”
Gina passou as pernas ao redor da cintura do marido, o qual finalmente aumentou a velocidade. A profundidade e intensidade aliadas à velocidade, originavam prazeres crescentes em ambos. Era escusado dizer que os gemidos não mais eram contidos e que a conexão que tinham era perfeita. Sabiam muito bem como satisfazer o outro na cama e grande parte disso era devido à legiminência. Quanto a outra parte...pura química e intuição.
Draco levantou os braços da ruiva e segurou os pulsos dela por cima da cabeça. Ao ter as mãos imobilizadas, o prazer que a ruiva sentia pareceu dobrar. O seu corpo encontrava-se completamente rendido ao dele.
Nunca imaginaram poder sentir tanto prazer. O fato de estarem a um mês sem desfrutarem as maravilhas do sexo, terem passado por tantas provações e ser a primeira vez após estarem casados, parecia ter um quê de especial.
Entregaram-se completamente às luxúrias que seus corpos demandavam e juntos atingiram o ápice. A expressão no rosto de Draco quando atingia o orgasmo, durava apenas alguns instantes, mas permanecia pregada na mente da ruiva por um longo tempo. Ficava realmente feliz em ser capaz de provocar no loiro sensações que ocasionassem aquela expressão facial.
O Malfoy desabou ao lado de Virgínia na cama. Ela puxou a cabeça dele para cima e posicionou-a entre seus seios. Os dois respiravam aceleradamente. A ruiva acariciava as madeixas loiras, tirando-as da testa úmida de suor:
-Eu morri e fui pro céu. –ela comentou.
-Digo o mesmo. –confessou, com um sorriso bobo a brincar em seus lábios –Você é demais, moranguinho. Eu poderia fazer amor com você a noite inteira.
-Duvido.
-Ah é? Vou fazer você se arrepender de ter duvidado.
Riu e mais uma vez respondeu ousadamente:
-Duvido... –foi tudo o que conseguiu dizer antes de sentir os lábios de Draco novamente sobre os seus.
N/A: Plz, comentem e digam o que acharam, tá?
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