Pressentimentos sombrios
Capitulo 19
A senhora Weasley acabava de pôr o Peru na mesa e outras coisas deliciosas daquela quadra festiva. Hermione e Gina tinham decorado a árvore de Natal e arrumavam os presentes, quando Rony, Harry, Fred e Jorge, entraram animados a conversar sobre Quadribol. Logo seguidos por Dumbledore que também tinha sido convidado e Artur Weasley, cujo semblante parecia tranquilo. Os filhos mais velhos da família só marcariam presença na Passagem de ano devido ás suas profissões. No entanto a casa estava cheia de gente.
- Harry você está gelado! – Gina tagarelou arrepiada, quando ele lhe beijou o pescoço ao passar por ela e depois subiu as escadas a correr para ir arrumar o casaco.
Todos riram divertidos, inclusive os pais de Gina, que notavelmente se tinham resignado e aceite aquela aliança de sentimentos verdadeiros, assinalados pelo destino.
Alguns minutos depois a professora Mcgonagall, aterrava de forma delicada na lareira da sala. Apresentando algumas manchas de cinza na cara, mas com um sorriso animado lhe floreando os lábios.
- Você sempre veio Minerva! – Saudou a senhora Weasley.
- Consegui arranjar um tempinho.
- Que bom amiga!
- Só preciso ir no banheiro e passar uma água no rosto.
- Fique à vontade... – Moly murmurou afável - …e você Gina me leve este tabuleiro para a cozinha. E me traga mais um prato, pois está faltando um.
- 0.k. mamãe. Estou indo. – A jovem acatou com um sorriso.
E atravessando a cozinha dum jeito descontraído, parou deslumbrada observando através da janela os infinitos flocos brancos de neve caindo lá fora. Numa cadência plácida e silenciosa.
Não tinha passado nem um minuto, quando sentiu dois braços carinhosos a envolvendo.
- Que está fazendo aqui tão quieta e pensativa? – Harry perguntou com o rosto entre os seus cabelos.
- Estava olhando a natureza espontânea que compõe o mundo lá fora. – Declamou filosófica.
- Está muito poética hoje!
- Tudo parece tão calmo, tão sereno…seria tão bom que fosse sempre assim. – Murmurou com um lamento sôfrego, como se antevisse algo obscuro.
- Gina tenho consciência que o nosso destino não tem sido e nem vai ser nada fácil, mas agora estamos juntos… – Declarou complacente.
- Eu sei Harry… – Ela se voltou com um olhar doce - … é por isso que eu não tenho medo. Você me dá a força que eu preciso. – Sorriu resplandecente. – Já lhe disse o quanto eu o amo?
- Já…mas gostaria que me dissesse de novo. - Sussurrou com ternura.
Tal como Harry usualmente fazia e à sua semelhança, ela traçou um caminho agradável pelo pescoço dele, deixando um formigueiro reminiscente até atingir os seus lábios. Ele suspirou afectado e ajustou o corpo dela ao seu, desfrutando de forma intensa, o prazer fervoroso dos beijos e da boca de Gina.
- Eu lhe falei Mione, esses dois entram em combustão em qualquer lugar… – um outro casal entrava na cozinha.
- Rony querido, você está esquecendo das coisas loucas que você faz comigo! – Hermione advertiu divertida.
- Bom…eu… – o jovem Weasley gaguejou atrapalhado.
Harry e Gina se afastaram rindo, enquanto as faces de Rony tingiam de vermelho.
- Viemos chamar vocês…- Mione explicou dum jeito alegre -…já estão quase todos à mesa, só faltamos nós.
- Esperem está faltando uma coisa. – Gina lembrou abrindo o armário e alcançando o prato que a mãe lhe pedira. – Já podemos ir.
- Vamos então. – Harry murmurou, sentindo levemente uma pontada estranha no peito e a cicatriz a latejar.
Facto que ocultou de todos para não estragar a noite festiva, que só cessou com a partida de Dumbledore e a professora Minerva era já madrugada.
Porém na manhã seguinte, quando desciam para tomar o pequeno-almoço, o rosto de Harry traduzia o transtorno nocturno vincado por olheiras profundas e Gina que apesar de não sentir dor, antevia a adversidade obscura do oculto, por causa da sua ligação mágica com Harry, e registava à sua semelhança uma palidez acentuada.
- Você está pressentindo o mesmo que eu? – Ele perguntou baixinho.
- Sim desde ontem à noite... – Respondeu conturbada. -…você acha que Vold... que ele anda…por perto?
- Não sei…mas alguma coisa ruim está acontecendo.
De facto não precisaram aguardar muito tempo pelas respostas. Mione recebeu o Profeta Diário ao meio da manhã. O qual noticiava o desaparecimento da Gema do Poder Sagrado, dum dos Departamentos mais importantes do Ministério da Magia. E ninguém conhecia os autores do seu descaminho, pois os guardiães desse sector tinham sido encontrados já defuntos.
Artur Weasley trocou um olhar preocupado com a esposa e Harry percebeu a angústia disfarçada, patente naquele gesto. E estremeceu agoniado enquanto Gina lhe apertava a mão.
- Essa Gema do Poder Sagrado…nunca ouvi falar…- Rony declarou espantado.
- Eu li em qualquer lugar… – Mione divagou com sabedoria. - …Que esse é o nome da Poção mais poderosa até hoje inventada. Ela remonta de milhares de anos atrás e foi criada por um Mago poderoso e inigualável, que antes da sua morte concebeu nesse Soluto Encantado todos os seus poderes paranormais e complexos da magia. Deixando esse legado a alguém com a capacidade de usufruir desses poderes. E que saiba decifrar as características especiais especificadas na campânula que o alberga. Através dum Ritual de coligação na feitiçaria.
- Ritual? – Fred perguntou atordoado. – Mas existem inúmeros rituais de coligação na feitiçaria. - Constatou com firmeza.
- O problema está aí…
- Como assim? – Gina questionou confusa.
- O Mago criador, jamais entregaria os seus poderes irreflectidamente. Já que quem for detentor deles, se tornará no maior Mentor e dirigente do mundo. E talvez por isso tenha ponderado um pouco da sua personalidade escorreita nessa poção, que só funcionará com os predicados semelhantes aos seus. E que por sua vez os confirme através do ritual.
- Aposto que muitos lhe querem deitar a mão. – Alvitrou Jorge.
- Talvez por isso muitos experimentaram e acabaram ficando sem memória. Para não falar naqueles que morreram algumas horas após a sua ingestão. – Acrescentou Mione.
- Quer dizer que…? – Rony engoliu com dificuldade.
- Quer dizer que…Querer a Poção e ser detentor dela pode ser uma Glória ou uma Maldição. Depende da sabedoria de quem conseguir decifrar o que se pede e ter os predicados para o seu resultado. Porém nunca ninguém conseguiu até agora.
- Mas quem no seu perfeito juízo se arriscaria a roubar um Poção com essas características e correr o risco de falhar na sua resolução? – Rony perguntou pensativo.
- Voldemort. – Harry declarou sem hesitar.
E todos olharam chocados para ele.
(CONTINUA…)
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NOTA: Peço desculpa pela dimensão reduzida deste capitulo, mas ando sem tempo e tão distraída, que apaguei este capitulo à pouco e tive do voltar a escrever.
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