Dragões adormecidos



- O que fazemos? – perguntou Rony, aflito.

- Vamos voltar para Hogwarts – respondeu Hermione – Não, Harry, não adianta, ele se foi. Vamos embora, temos que falar com o Hagrid para irmos até o ninho de unicórnios. Luna, venha.

Em pouco segundos, todos aparataram ao lado da cabana de Hagrid, que estava sentado na porta, com seu arco na mão.

- Ah, já não era sem tempo! – disse, levantando – Como está, Harry?

- Ãhn...

- Luna, Neville, corram, avisem a professora Minerva para refazer o feitiço de proteção na escola. Hogwarts não pode ficar desprotegida por muito tempo... – ordenou Hermione, e os dois saíram correndo em direção à escola, indo o mais rápido que podiam.

Hermione viu Ron vindo a uns dez metros adiante, pois aparatara errado. Parecia zangado consigo mesmo e andava chutando as pedras. Hagrid observou-o, mas resolveu mudar de assunto, para não deixá-lo ainda mais constrangido quando chegasse perto.

- Bom, a professora McGonaghall me disse o que aconteceu. Então estavam lá... Naquele lugar mesmo? – Hermione fez que sim com a cabeça, enquanto Ron chegava limpando a terra das calças – Já estou sabendo dos unicórnios também, Harry. Venha, vamos entrar, lá dentro eu explico como chegaremos lá. Temos que ter muito cuidado, muito cuidado mesmo...

- Er, Hagrid? – disse Hermione, e todos pararam e olharam para trás.

- O quê?

- Antes precisamos lhe contar umas coisas.

- Hermione, nem pensar...

- Harry, pára! Você sempre teve implicância com ele e em todas as vezes você estava errado!

Hagrid assistia à briga sem entender nada.

- Como assim eu estava errado? – gritou Harry, limpando o suor da teste e indo em direção à amiga – Ele matou Dumbledore!

Hermione abaixou a cabeça e mordeu os lábios. Seu pé batia agitadamente no chão.

- O quê? – sussurrou Hagrid, enquanto Harry levava a mão à nuca, nervoso – Snape? Mas... Quando? Onde?

- Snape estava lá no cemitério – explicou Rony, calmamente – Mas é melhor não falarmos disso aqui fora.

Todos concordaram e resolveram entrar. Canino tentava insistentemente lamber a orelha de Harry, em uma tentativa frustrada de animá-lo. Rony, no entanto, deu ao cachorro a oportunidade de deixar alguém com as orelhas molhadas. Hermione sentou à mesa junto com Hagrid e Ron e Harry sentaram em um banco mais adiante. Todos estavam sérios e Hagrid, agora estava preocupado.

- Então, vão me contar o que aconteceu?

Hermione olhou para Harry, que continuava nervoso, mas seu silêncio lhe deu o aval para que a menina explicasse tudo. Ela contou a Hagrid tudo o que Snape lhes dissera e ele ouviu atentamente, em meio a bufadas de raiva de Harry, que agora andava de lá para cá, apenas esperando Hermione terminar a história.

- Impressionante – disse Hagrid, quando ela contou tudo.

- Pois é – respondeu Ron, que ficou em silêncio durante toda a conversa – A gente não sabe em quem acreditar. É a palavra dele contra os fatos.

- O professore Dumbledore sempre confiou no Snape – disse Hagrid, tentando encontrar uma solução para o problema - Mas ele o matou... Não sei se devemos confiar nele...

- Oras, mas é claro que não! – gritou Harry, impaciente – Onde será que vocês estão com a cabeça? Ele matou Dubledore! Não há qualquer justificativa no mundo que faça eu pensar que ele não é um traidor!

- Harry, foi combinado...

- Isso foi o que ele disse, Mione... Eu não acredito, vou até o fim com isso! Nunca acreditei nele e agora temos a prova: Dumbledore está morto!

- É, e você acha que se ele fosse realmente um traidor ele nos ajudaria? Ajudaria você, Harry? – disse Hermione levantando e batendo com a cadeira no chão – Ele provavelmente iria denunciar nosso paradeiro à Voldemort, não? Mas estamos aqui, Harry, e ele foi cumprir o papel dele! Temos que lhe dar um voto de confiança, ele não tem motivo para mentir!

- Dumbledore está morto – disse Harry afinal, andando em direção à porta – Não tenho como saber.

- Dumbledore – disse Hagrid calmamente, colocando sua enorme mão no ombro de Harry e quase fazendo-o cair agachado – nunca deixará esta escola enquanto houver gente aqui fiel à ele.

Por mais nervoso que estivesse, Harry fora tocado pelas palavras de Hagrid. Sentia dor no corpo todo – ainda não se recuperara do que aconteceu na sala dos troféus e no cemitério. Mas eles poderiam estar certos, ele pensou. Afinal, Snape poderia tê-lo matado inúmeras vezes, inclusive no cemitério... Mas não, ele lhe deu uma poção e salvou sua vida... Não, não era possível. Era tudo muito esquisito. Talvez ele quisesse, pensou, apenas ganhar sua confiança para tê-los nas mãos quando Voldemort precisasse... Sim, com certeza era isso, não tinha a menor dúvida...

- Alguém escutou alguma coisa? – disse Ron, e todos foram rapidamente olhar pela janela os jardins da escola.

- Não pode ser... – disse Hagrid.

- O quê? O que foi? – disse Harry, que não conseguiu chegar à janela à tempo para enxergar entre Rony e o enorme corpo de Hagrid.

- São... Comensais!

- O quê? – disse Harry, abrindo espaço forçosamente pela janela e olhando através. Sim, pareciam Comensais: um grupo de no mínimo dez pessoas andando encapuzadas em direção à escola.

- Snape! – gritou Rony.

- O quê?

- Foi ele! É claro! – disse – Ele contou à Voldemort que viríamos pra cá!

- Não pode ser... – disse Hermione, preocupada.

- Pode ser sim – disse Harry – Mas não podemos ficar aqui parados... Com ou sem Snape, não podemos deixar que nada aconteça à escola.

- Eles não podem entrar, a escola está protegida novamente – disse Hermione.

- Tudo bem, mas nós precisamos ir até lá – disse Harry – Hagrid, você sabe como podemos entrar?

- Claro, sou o guarda-caças pra isso... Existe uma entrada logo atrás da torre de adivinhação que só eu posso entrar.... Er, coisas do Dumbledore – explicou, quando todos olharam surpresos – Mas temos que tomar cuidado. Não podemos ser vistos.

- Mas se o Snape estiver junto? – disse Rony – Ele sabe que você está aqui.

- Exatamente – disse Hermione – Ele teria vindo aqui, e não veio. Isso significa que ele não está entre os Comensais e, talvez, não esteja envolvido nisso.

- Mione, não acredito...

- Harry, não sabemos. Vamos entrar na escola simplesmente e contar à professora Minerva o que está acontecendo. Precisamos tirar os Comensais daqui e não podemos deixar de jeito nenhum que eles entrem.

- Vamos em silêncio, garotos – disse Hagrid, pegando seu grande arco – Canino, você fica aqui.

Os quatro saem discretamente pela porta da cabana de Hagrid e percebem que os Comensais estão a centenas de metros deles. Caminham rapidamente pela mata rasteira até chegarem na direção oposta, quando encontram a entrada de Hagrid e passam para o interior da escola. Ao passarem pela entrada, Ron, Harry e Hermione vão correndo em direção ao salão principal para avisar a professora McGonaghall a tempo. Eles a encontram com Filch e Madame Nora saindo do salão ao lado de Luna e Neville.

- Professora, venha depressa – disse a aflita Hermione, puxando a professora para o portão principal.

- Mas o que foi?

- Há Comensais em Hogwarts – disse Harry, e a professora colocou a mão no peito – Precisamos selar a escola o mais rápido possível!

- Não se preocupem, eu já fiz isso – disse ela, livrando-se das mãos de Hermione, que a puxavam pela manga do vestido – Em todo o caso, reforçarei o feitiço e ninguém poderá entrar ou sair de Hogwarts com ele.

A professora subiu as escadas em direção à sala do diretor, provavelmente, mas todos os outros continuaram onde estavam.

- O que vamos fazer? – perguntou Hermione.

- Esperar, acho – disse Hagrid. Todos estavam olhando ao redor, esperando ver algum Comensal entrando pela menor fresta que houvesse no castelo, preocupados.

- Comensais em Hogwarts, nossa... – disse Neville – O que eles querem aqui?

- Deve ser aquela maldita taça naquela sala – disse Filch, cuspindo pela boca – Eu sempre disse ao Dumbledore que deveria ter dado um fim naquilo, mas não, ele disse que poderia ser importante... E agora vejam só, vieram buscá-la! Bah!

Madame Nora deu um pulo e seguiu Filch, que saiu andando pelos corredores. Um grande baque assustou a todos, que viraram para o portão novamente. Eles estavam tentando entrar.

- Você acha que conseguirão? – disse Rony aflito, para Hermione.

- Não – ela respondeu – A professora Minerva sabe selar o castelo. Não há a menor possibilidade de eles entrarem.

BANG!

- O que eles estão fa-fazendo? – disse Neville assustado, indo para trás de Luna.

- Devem estar estuporando a porta todos juntos, mas não vão conseguir. Como são burros! – disse Luna, roendo as unhas.

BANG!

- O barulho está cada vez mais forte!

- PAREM! – disse Hermione, virando para trás zangada – Eles não vão entrar, já disse, estão fazendo isso só para nos assustar!

- E estão conseguindo – disse Rony, olhando desesperado para a porta do castelo.

O medo tomava conta de todos, mas ainda assim estavam com a varinha nas mãos, esperando para dar conta deles, caso entrassem. Não eram tantos assim e se Snape estivesse entre eles, Harry pensou, seria o primeiro. O barulho na porta foi ficando cada vez mais alto e forte, assim como as batidas dos corações de todos eles. Hagrid, inutilmente, continuava com sua flecha apontada para a porta, como se ela fosse evitar algum feitiço, se eles entrassem, mas mesmo assim continuava ávido, esperando para defender a escola. Até mesmo Neville agora saíra de trás da Luna e ficara ao lado de Harry, empunhando sua varinha. E, da mesma forma que veio, o barulho parou. Um silêncio sepulcral pairou sobre a escola.

Todos olharam em volta, esperando alguma coisa acontecer, mas nada se mexeu ou fez qualquer tipo de ruído. Parecia que os Comensais tinham simplesmente desaparecido, ou melhor, nem estiveram ali.

- O que está acontecendo? – sussurrou Rony, quebrando o silêncio, enquanto Hermione ia em direção às escadas.

- Venham, as janelas!

Ela corria pois as janelas mais próximas estavam nas escadas, e de lá poderiam ver todo o jardim de Hogwarts, até a cabana de Hagrid. Ela pôde avistar, logo ali, um ponto luminoso vermelho. Pouco a pouco, a luz foi aumentando, ficando cada vez mais intensa...

- FOGO! – gritou Neville – A cabana do Hagrid está pegando fogo!

- O que está acontecendo? Eles já se foram? Ai, meu Deus...

A professora Minerva acabara de voltar do andar de cima, aparentemente exausta pelo feitiço de proteção que fechou a escola para os Comensais, e fora arrebatada pela visão da cabana de Hagrid pegando fogo.

- Canino! – gritou Hagrid desesperado, correndo em direção à porta – O Canino está lá dentro!

- Hagrid, não! – gritou Minerva – Você não pode sair, irá quebrar o feitiço!

- A professora está certa, Hagrid, você não pode sair! – gritou Hermione desesperada, indo em direção a ele – Os Comensais poderão entrar se algum de nós sair, lembra? Ninguém entra e ninguém sai!

- Mas o Canino está lá, no fogo! – disse Hagrid chorando, desesperado – Eu tenho que ir!

- Hagrid, não!

Os gritos de todos foram em vão. Hagrid abriu com sua força gutural os portões da escola e foi depressa em direção à sua cabana, que agora se desintegrava pelo fogo. Não havia mais tempo de selar um novo feitiço; Hogwarts estava de portas abertas para os Comensais...

Harry alertou a todos para que pegassem suas varinhas e esperassem; os Comensais obviamente conseguiram o que esperavam. E muito antes do que pudessem pensar, uma figura negra entrava pela porta com uma máscara e um enorme capuz, que não era o suficiente para cobrir seus longos cabelos platinados.

Lúcio Malfoy, assim como outros, tinha escapado de Azkaban e entrava na escola seguido de cerca de quinze Comensais. Hogwarts estava tomada e eles eram poucos. Não havia alternativa senão darem suas vidas àquela luta.

- SECTUMSEMPRA! - gritou Harry, e logo o corpo de Lúcio Malfoy caiu no chão, ironicamente como o de seu filho há cerca de um ano, pelo mesmo feitiço. Os Comensais lançavam uma rajada de feitiços atrás da outra, e assim faziam todos para rebater.

Hermione lutava agora com Bellatrix, que quase a acertara com um feitiço que ela não conhecia, mas que fez um estrago bastante grande na estátua que fica perto da escada. Luna e Minerva estuporavam mais de quatro Comensais ao mesmo tempo, enquanto Ron e Neville lançavam seus feitiços avidamente contra qualquer um que aparecesse pelo caminho. A escola tinha virado palco de uma grande batalha em meio a luzes vermelhas, azuis, de todas as cores. Harry andava entre eles, procurando Snape, mas não o encontrara em lugar nenhum.

- Expelliarmus! - Ron gritou, salvando a vida de Harry, quando Rodolfo Lestrange lhe apontava a varinha pelas costas. Harry agradeceu com a cabeça mas logo se virou para estuporar outro Comensal. Eram muitos, não sabia por quanto tempo resistiriam...

- NÃO! – gritou Hermione do outro lado do salão, mas Harry não conseguiu ver o que tinha acontecido, pois havia muitos Comensais entre eles. Ao se aproximar, pôde ver ao lado de Lúcio Malfoy mais três pessoas, entre elas, Ron. Ao seu lado, Hermione chorando e sem sua varinha, olhando com raiva para Bellatrix, provavelmente a autora do feitiço que levara Ron ao chão.

- Desista agora, menina, não seja idiota...

Harry não teve dúvidas. Ao seu redor, Comensais destruindo seus amigos. Eles não tinham a menor chance enfrentando aquele número muito maior deles, por mais que a maioria já estivesse caída com os feitiços que lançavam. Bellatrix levantou a varinha na altura do rosto de Hermione, que estava sem a sua – provavelmente caíra longe dali, e a garota estava indefesa. Harry chegou perto, cada vez mais perto... E, vendo Ron caído no chão, juntou toda a sua raiva, todas as suas forças e gritou:

- CRUCIO!

A maldição atingiu Bellatrix em cheio, exatamente como ela fizera com os pais de Neville há tantos anos. Ela pôde sentir na pele o que eles sentiram: seu corpo contorcia-se de tanta dor. Hermione não pôde deixar de olhar assustada, mas logo encontrou sua varinha e foi ajudar os outros com os Comensais que restavam. Tudo aconteceu muito rápido, e só o que viram foram os Comensais pegando os corpos dos que estavam caídos e indo embora, como se algo os tivesse amedrontado. A professora Minerva estava caída no chão, pálida, como se tivesse desmaiado, mas na verdade foi apenas o efeito da mesma maldição que assolara Bellatrix; outro Comensal deve tê-la atingido de jeito. Todos estavam cansados e com marcas da luta que acabaram de travar. Os corpos dos Comensais que estavam no chão foram levados pelos outros e Ron estava estirado no chão, desacordado, coberto pelo sangue.

- Ele está vivo – disse Harry, sentindo seu pulso – Mas precisa de ajuda imediatamente!

Neville se prontificou a ir até a ala hospitalar buscar Madame Pomfrey, que a essa altura já deveria ter acordado, com o barulho da entrada dos Comensais. Hagrid subitamente entrou pela porta, atordoado.

- Vocês viram isso?

- O quê?

- Venham, aqui fora!

Todos seguiram Hagrid para fora do castelo e olharam para o céu. A visão que tiveram encheu a todos com uma imensa sensação de paz, a qual jamais tinham sentido antes. Era como se toda a tristeza saísse de suas almas e lhe restasse somente o que tinham de mais feliz no mundo. Uma enorme marca branca em forma de fênix iluminava o céu sobre o castelo. Ninguém sabia o que significa, mas todos olhavam sorrindo para cima; tudo estava claro como se a noite tivesse virado dia. Harry pensou em Fawkes, mas depois lembrou que a marca deveria ser fruto do feitiço que Minerva selou no castelo. Na verdade, não queria pensar em nada, apenas queria contemplar aquela visão maravilhosa, aquele pássaro com as asas abertas e as penas flutuando, em paz, no céu.

- Peraí – disse Luna – O Rony ficou sozinho lá dentro?

De repente todos voltaram ao normal e lembraram que, com a agitação, acabaram deixando Rony desmaiado no castelo. Hermione saiu correndo e foi a primeira a entrar no salão. Ele continuava desacordado, ao lado de Madame Pomfrey, que estava com Neville desesperadamente colocando panos sobre os cortes.

- Não pára de sangrar – ela disse – Desse jeito ele vai perder todo o sangue do corpo! Precisávamos de uma poção que...

Sua explicação foi interrompida por uma linda canção, que parecia tomar o mundo. Harry reconheceu imediatamente como a canção da fênix e, ao olhar para trás, viu o lindo pássaro branco entrar pelos portões de Hogwarts. Era a materialização da marca branca que viram no céu agora há pouco. A fênix planava pelo ar entoando a mais bela canção que todos já tinham ouvido, suas asas leves como bailarinas e um brilho intenso iluminando por onde quer que voasse. Todos observaram maravilhados a ave dar uma volta pelo salão principal e então abriram espaço quando ela pousou perto de Rony e Madame Pomfrey.

- Sim, lágrimas de fênix contém propriedades curativas! – disse Harry, com a mesma alegria de cinco anos atrás, quando Fawkes salvara sua vida na câmara secreta – Mas... De onde veio essa fênix? Não é a Fawkes! É muito maior e...

- Shhhh! – disse Hermione, brava para que o amigo ficasse quieto – Veja.

Madame Ponfrey saiu de perto e deixou a fênix se aproximar de Rony, que continuava desacordado e sangrando muito. Seu rosto agora estava muito branco, não só porque estava quase sem sangue em seu corpo, mas pelo brilho da ave que chegava a cegar quem olhasse diretamente. Ela passou suas asas ao seu redor, pegando-o no colo, e seu brilho se intensificou. Todos observavam curiosos porém boquiabertos, tanta era a beleza do animal. Mesmo Hagrid parecia surpreso, justo ele que já tinha visto todo tipo de criaturas diferentes.

Ron foi, aos poucos, parando de sangrar e seus ferimentos se fecharam, tamanho o poder de cura da fênix naquele momento. Devagar, ele foi abrindo os olhos. Viu um intenso brilho branco e, lentamente, suas pupilas foram se acostumando com a claridade.

- Não pode ser! – exclamou Hagrid, enquanto os outros estavam sem fala.

Quando Rony finalmente abriu os olhos, ele viu que estava curado. Não sentia mais nenhuma dor – pelo contrário. Uma sensação imensa de paz lhe tomava todo o corpo, como se nada de ruim jamais tivesse lhe acontecido na vida. Tudo o que sentia era uma enorme capacidade de amar. E, quando deu por si, olhou ao redor, contemplando seus amigos, que estavam maravilhados. Ele estava nos braços de ninguém menos que Alvo Dumbledore.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.