O que acontece quando um Earns
O que acontece quando um Earnshaw morre
Amèlie estava em seu pequeno e simples apartamento em Londres.Tudo bem, não era exatamente pequeno para os padrões normais, e muito menos simples.Confortável, na medida que o seu dinheiro podia torná-lo, mas incrivelmente chato.Morava sozinha, ao contrário de sua república Parisiense.Sentia falta de companhia.Esperava ansiosamente a vinda de Annebelle no verão.Ou então suas férias juntas.Tinha um enorme carinho pela sobrinha, elas se ajudavam mutuamente em sua solidão.Ela poderia facilmente encontrar um namorado, mas apenas uma pessoa a interessava.Por obra do destino, sua campainha tocou no exato momento.
Desde sua visita na semana passada, Snape não parava de pensar nela.A cada momento lembrava-se da sensação de suas peles se tocando e seu corpo quente contra o dele.Sua mente se direcionava automaticamente para aqueles olhos azuis, principalmente ao ver um par exatamente igual nas suas aulas.
Ela dissera que estava morando em Londres, mas onde?Só se fosse...Sim, naquele apartamento que se despediram há tanto tempo.Quando se deu conta do que estava fazendo, já estava em frente à porta dela.Tocou a campainha e esperou.
Quem seria uma hora dessas?Sua pergunta foi imediatamente respondida ao olhar pelo olho mágico.Surpreendeu-se.O que ele estava fazendo ali?Abriu a porta e o encarou por longos minutos, que pareceram vidas inteiras.
Ela estava ali, na sua frente, olhando-o nos olhos.Impossível resistir.Controlou-se até ela tomar alguma atitude.
Já era tarde demais para voltar atrás.Vira tudo o que precisava nos olhos dele.Para que palavras, elas só complicavam mesmo.Preferia gestos.Pegou a mão dele e foi sua vez de guiá-lo para dentro.
Ela adormecera ali, junto a ele.Parecia um sonho, do qual gostaria de jamais acordar. Brega?Sim.Fora dos padrões sonserinos?Sim.Apaixonado?Com certeza.Tomou-a nos braços e a carregou até a torre de grifinória.Mas não sabia a senha.Acariciou seu rosto de leve para fazê-la acordar.
-Anne?
-Hum?
-Qual é a senha?
-Rabo córneo...
O quadro virou e deixou a mostra uma passagem.Estava na sala comunal da grifinória.Vazia, pois já era mais de meia noite.Não poderia levá-la até o dormitório, então a deitou em uma poltrona.Admirou sua prima por alguns instantes e foi dormir.
Annebelle acordou torta e com torcicolo.Como viera parar ali?Lembranças da noite passada foram voltando.O lago, ela caindo, Draco a resgatando, Draco a beijando...Sorriu e foi trocar-se para o café.
Ficou totalmente sem reação quando o menino sentou-se ao seu lado na mesa da grifinória.
Ele murmurou um “Bom dia!” e sorriu.Ela retribuiu o sorriso, aos olhares dos seus amigos, que se indagavam o que teria acontecido na última noite.Na hora de irem para as aulas, Draco disse:
-Te vejo na aula de poções.
Sem esperar a resposta e bem no meio do saguão, encostou levemente seus lábios nos dela, que por sua vez o puxou para um beijo mais profundo.
-Hum, Mi, to pensando em ir para a biblioteca.Vamos nos despedir?-Disse Ron, fazendo todos rirem e Draco e Anne corarem.
Os meses se passaram rapidamente.Nas férias de inverno Anne foi para a casa da avó junto do primo.Tiveram um natal ótimo juntos, o melhor dos quais se lembravam.A avó era a única, com exceção de Amèlie a saber que estavam juntos.E transbordou felicidade ao receber a notícia.Era realmente raro vê-los separado.Ela não se recuperou imediatamente, e sim com pequenas evoluções dia a dia.A presença de Draco era algo vital a sua felicidade, mas mesmo assim às vezes se pegava pensando em Andrew, ou seus pais.As férias de verão se aproximaram rapidamente, e com ela, as provas.No dia da última, o casal andava pelos jardins, comentando sobre os resultados.
-Acho que até fui bem, sabe...A ajuda de Hermione foi realmente importante.
-Como se você não fosse inteligente por natureza...
A garota corou e riu.Isto estava se tornando bem freqüente.Andaram mais um pouco e lá estava.Limpo e claro, a chamando.Soltou sua mão da de Draco.
-Eu tenho que entrar nele, mas não sei se vou voltar.
-O que você quer dizer com isso?
-Não sei, mas qualquer coisa, se eu não voltar em cinco minutos, saiba que eu te amo, primo.
Não esperou pela resposta dele.Foi em direção ao lago e entrou.
“Tem que escolher”
“Entre o que?”.
“Não sabes?”.
“Andrew?”.
“Quando um de nós morre, Anne, se ele tiver feito um ato condecorável e tiver vivido uma vida justa, é dada a ele a chance de juntar-se ao céu, ou seja, virar uma estrela. Como você enfrentou a si mesma, adquiriu a chance se tornar uma. Se recusar, correrá o risco de perder a vaga que conquistou, Anne”.
“O que eu ganho com isso?”.
“Pense. Eternidade. Glória. Apenas aos vitoriosos essa opção é oferecida. Pense, Anne. Pense em qual é o seu lugar. Uma vida normal e esquecida ou o reconhecimento nos céus?”.
A garota pensou e fez sua decisão.
Seis minutos, e ela continuava lá.Deixou uma lágrima escapar.Por pouco tempo pensara que tudo ficaria bem, seriam felizes juntos.Mas agora ela longe dele, e nem ao menos tivera a chance de respondê-la, de falar o que sentia por ela, o quanto a amava.Talvez seu destino fosse ser triste, com um amor que só viveria na memória dele.Já estava se conformando por ao menos ter tido a chance de conhecê-la, estar junto a ela, demonstrar o quanto gostava dela, mesmo sem nunca lhe ter dito quando sentiu uma mão em seu ombro.
-Eu te amo, Belle.
Ao ouvir isso, ela teve certeza.Ali era seu lugar, ao lado de quem amava.
-Es finito!!!!!
Há, ainda tem o epílogo, o fim tah meio bestinha, eu sei!
Alguém leu até aqui?Alguém gostou?Odiou?Please comentem!
Até próximo capítulo, espero!
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