Sangue do meu Sangue



Capítulo 46
SANGUE DO MEU SANGUE

De volta mais uma vez, àquele grande salão principal de Hogwarts onde Harry tinha passado grandes momentos de sua vida. A varinha de Voldemort estava sobre a mesa de RAB que, mesmo depois de dois dias da última batalha, ainda tinha que se sustentar com a ajuda de uma pequena bengala.
Todos os alunos de Hogwarts e professores estavam ali, além também dos aurores, da Ordem da Fênix (isso é, todos os Weasley), de representantes do Ministério da Magia, de Girassol, de Representantes de jornais e revistas importantes (o que incuia Rita Skeeter – ainda vigiada por Mione – e os Lovegood) e de todos os outros funcionários de Hogwarts.
Harry nunca vira o salão comunal tão cheio como naquele momento, nem quando os pais dos alunos estavam ali. RAB tinha chamado todos para um pronunciamento final onde a varinha de Voldemort seria quebrada como representação do fim definitivo de todas as trevas no mundo bruxo.

- Todos nós, adultos aqui presentes, – Disse RAB finalmente levantando-se quando o alvoroço de vozes cessou. – vivemos temos dificeis durante a primeira guerra que começou a mais de trinta anos... Foi uma guerra maior... Mais difícil e que, como sabemos, durou até o dia trinta de Julho de 1990, quando Harry Potter faria um ano. Nesta data Tom Riddle – autonomeando-se Voldemort - caiu. Mas ele deixou servos e discípulos disfarçados como as famílias Malfoy, Pettigrew, Goyle, Crable, McNair, Lestrange, Greyback... Foram esses que os ajudaram a se reerguer dez anos depois e tentando, ano a ano, retornar. Usou de artifícios como a Pedra Filosofal que lhe daria vida eterna e as memórias de seu antigo Diário que lacravam um sétimo de sua alma. Uma vida medíocre.

RAB nesse momento fez uma pausa e todos olhavam para ela perplexos porque muito daquilo já tinha se tornado mito ou simplesmente não tinha sido revelado. Harry revia aquelas lembranças tão nitidamente que preferia não estar ouvindo RAB.

- Mas ele falhou nas duas tentativas porque, mais uma vez, Harry Potter, unido-se aos amigos Hermione Granger e Rony Weasley deteu o avanço dele. No terceiro ano de Harry, tivemos a fuga de Sirius Black de Azkaban, condenado a anos de prisão pela delação o segredo dos Potter. Infelizmente, o pobre Sirius só foi inocentado após falecer dois anos mais tarde... Mas enquanto o mundo bruxo se preocupava em caçar Sirius com seus dementadores nojentos e depois fazia uma festa tribruxo achando que o mal estava longe, os servos de Voldemort agiam no escuro usando todos os artifícios para fazê-lo voltar. E no final do ano de 2003, ele voltou.

Harry estava sentindo-se um pouco incomodado com aquela história que ele conhecia de cor e com detalhes. RAB percebeu que deveria adiantar a história e então resumiu o seu final.

- No princípio, o mundo bruxo decidiu não aceitar a volta dele porque era o caminho mais fácil, e só veio a aceitar quando finalmente as trevas chegaram ao Ministério da Magia. O mundo voltou a se alarmar, mas era tarde... O mal já tinha voltado a agir e o mundo bruxo teve perdas importantes como a de Alvo Dumbledore. Mas neste ano, Harry Potter uniu-se num grupo de amigos chamado o Elo da Rosa Branca. Um grupo desconhecido fora de Hogwarts, mas que pouco a pouco foi corajosamente minando as forças do Lord das Trevas até exterminá-las a dois dias atrás. Por hora, isso é tudo que posso lhes contar... Mais detalhes serão ditos ao longo do tempo, mas faço um apelo: Não incomodem Harry Potter e seus amigos com suas perguntas inúteis e detalhes do que aconteceu. Tudo é muito recente e eles não são obrigados a relembrar o que houve, e isso é tudo. Podem comemorar: as trevas cairam de vez.

- Não esperem! – Gritou um homem corpulento e com a barba malfeita que se adiantou indo em direção a mesa dos professores. – Sou Philip Gorgonbelt e sou representante do Ministério da Magia. Aproveitando que a imprensa está aqui, nós fazemos um convite: queremos nomear você, Orquidea Valaruk Baron, ao cargo de Ministra da Magia!

Todos entreolharam-se muito assustados e animados com a idéia de uma Ministra da Magia, principalmente sendo RAB! A imprensa então tomou a frente e começou a tirar várias fotos de RAB o que deixou a todos muito felizes e animados, mas Mione e Harry eram os únicos que pareciam intrigados com aquilo.

- Orquidea do quê? – Indagou Mione para seus amigos, mas principalmente para Harry.

- Engraçado... Acho que já vi esse nome... – Disse Harry remechendo na memória. – Não me é estranho.

Harry então olhou para Denetra na mesa da sonserina e a menina parecia estremamente preocupada olhando para a avó. Harry então olhou para RAB: a professora também estava muito preocupada, mesmo que desse alguns sorrisinhos quando os jornalistas tiravam fotos.
Harry então olhou fixamente para a professora: ele já a tinha visto em algum lugar. Orquidea... Tudo então veio num segundo a cabeça de Harry. Lembrou-se da fotografia de seus avós por parte de pai... A mulher que carregava muitos colares e brincos... Eram as mesmas bijouterias de RAB! Harry então lembrou-se dos nomes de seus avós...

- James e... ORQUIDEA! – Gritou Harry, mas só seus amigos puderam ouvir devido ao alvoroço que havia no salão principal.

- O que foi, Harry? – Indagou Gina preocupada com o namorado.

- Orquidea Valaruk Potter era o nome da minha avó... Da mãe do meu pai...

- Calma Harry... – Disse Gina tremendo levemente os lábios. - Tudo vai ser explicado aos poucos...

- O que você sabe sobre isso, Gina? – Harry agora olhava a namorada e percebeu que ela sabia mais que todos sobre tudo aquilo.

- Mas o último nome dela é Baron... E o nome dela é Orquidea Valaruk ou Raviola Arqueduk? – Perguntou Mione ainda mais confusa, mas foi Rony quem matou a charada.

- É um anagrama! Orquidea Valaruk e Raviola Arqueduk são o mesmo nome com letras embralhadas!

Harry conferiu então a teoria de Rony e as coisas começaram a ficar mais confusas em sua cabeça. Harry olhou Gina, que não conseguia encarar o namorado nos olhos. Ela esconde alguma coisa!, pensava Harry consigo mesmo. Harry olhou de novo para RAB que agora o encarava com lágrimas nos olhos.
Harry voltou seu olhar para a mesa da Sonserina procurando por Denetra, mas ela não estava lá. Denetra surgiu ao lado de Gina, de pé, e chamou pelo garoto.

- Nós precisamos falar com você, Harry... – Disse Denetra referindo-se a Gina, RAB e ela.

Harry viu seu mundo girar, girar e... Tudo voltou a ficar escuro. RAB é Orquidea Valaruk? RAB é sua avó? Harry então perdeu a consciência e fechou os olhos.

***

Quando abriu novamente os olhos, Harry estava na ala hospitalar e Madame Ponfrey cuidava de um pequeno ferimento em sua cabeça que doia um pouco. Mione, Rony, Denetra, Gina e RAB estavam ali em volta da cama olhando Harry gemer um pouco enquanto a enfermeira pressionava um pano contra o ferimento de Harry.

- Você teve uma fraqueza, Harry. – Informou Mione apressadamente logo que o amigo abriu os olhos. – E desmaiou.

- Nós ficamos assustados quando você caiu da própria altura e bateu de leve a cabeça na mesa. – Disse Rony em um tom de riso como se tivesse achado a cena levemente cômica.

- Há muitas explicações que eu te devo, sabe Harry... – Disse RAB para o garoto.

- Acho que a minha vida é sempre cheia de revelações... Quando será que eu vou saber todo o meu passado? Sem mistérios...

- Agora, Harry... – Consolou-o Gina que segurava carinhosamente uma das mãos do namorado.

- Vocês também sabiam? – Indagou Harry referindo-se a Rony e Mione, mas eles negaram.

- Só a Gina sabia Harry... – Informou Denetra olhando para Harry. – E não faz muito tempo que ela soube, mas tivemos um motivo forte para contar antes pra ela...

Deu-se uma pequena pausa incômoda no que Harry aproveitou para olhar o cenário da janela do outro lado da ala hospitalar: os dias estavam mais limpos. O céu de verão era um céu de brigadeiro, azul com pouquíssimas nuvens. O sol voltara a raiar como antes.

- Quando eu tinha vinte anos, Harry, eu me casei com um homem bonito, sério e vice-ministro da magia. O nome dele era James Potter... Com ele eu tive uma vida infeliz, porque eu o amava, mas ele era muito sério e passava a maior parte do tempo trabalhando... A única felicidade da minha vida com ele foi ter tido um filho a quem dei o nome de Thiago James Potter.

- O meu pai... – Disse Harry engolindo em seco enquanto Mione e Rony pareceram perplexos com a história.

- Eu não queria que você tivesse descoberto tudo através daquele homem do ministério da magia... Eu ia te contar tudo hoje... Na verdade, quando Lupin me contou que você estava com a foto das famílias, eu achei que você fosse descobrir o anagrama idiota que eu inventei...

- Mas eu não descobri.

- Você só não descobriu porque não teve tempo. Os seus problemas esse ano como N.I.E.M., horcruxes, além de problemas pessoais o deixaram com a cabeça cheia...

- Você estava contando...

- A criação do seu pai foi muito difícil, porque ele era uma criança que se tornou muito bagunceira e travessa... Eu acho que isso aconteceu porque ele nunca teve um pai... Nunca teve uma figura masculina em casa que o ensinasse a respeitar... Que o disciplinasse... Em parte, o fato de seu pai ser tão travesso foi minha culpa porque eu sempre dei a ele tudo o que ele quis. Afinal nós eramos de uma família rica...

- Você trabalhava em Hogwarts, não é?

- Sim... Eu dei aula de feitiços no tempo em que seu pai estudava aqui. O fato Harry é que eu trai o seu avô com um homem chamado Victor Baron. Victor era presente e demonstrava amor por mim, diferente de James... Quando seu pai entrou para a escola eu já tinha me separado de James para ficar com Victor e tinha até uma filha pequena com ele que se chamava Victória Baron. Victoria já tinha quatro anos e Thiago tinha onze. No começo eu disse a James que Victoria era filha dele, mas quando ele descobriu que não era...

- Então meu pai vivia com esse Victor, você e Victoria?

- Não... Quando me separei de seu avô, Thiago não aceitou e continuou a morar com o pai... Eu respeitei a decisão dele, mas isso só serviu para afásta-lo mais ainda de mim e torná-lo um adolescente travesso como você sabe que ele era. O tempo passou e Thiago completou dezessete anos... Como seu pai já era maior de idade eu não tinha mais porque ficar na Inglaterra e aceitei a proposta de Victor para se mudar com ele para o Brasil.

- Victoria é a mãe da...

- Denetra... isso mesmo... – Disse RAB olhando para Denetra. – Eu continuava me correspondendo com seu pai por cartas e as vezes eu vinha visitá-lo. Vim quando ele noivou e quando ele se casou com Lilian. Nesse época Thiago tinha vinte e seis anos e Victoria tinha dezenove...

- Mas Denetra tem a minha idade...

- Sim... Victoria tinha um namorado chamado Pedro Lopez, no Brasil... Aqui seria Peter Lopez... No mesmo ano que Lilian engravidou, Victoria também engravidou... Nasceram no mesmo dia trinta de Julho os meus dois netos: Denetra e Harry.

- Denetra é minha prima então...?

- Digamos que sou uma prima de segundo grau porque temos só uma avó em comum.... – Riu-se a menina olhando para Harry.

- Seu avô, James, faleceu antes de você nascer, Harry... Lilian estava grávida nessa época... Victor faleceu um pouco mais tarde... Mas Denetra não se lembra dele porque ela tinha três anos quando faleceu.

- E porque nunca veio me visitar? Dizer que existia...

- Assim como Girassol, eu tive minha razões... Eu te visitei muito enquanto você morava com Thiago e Lilian, até porque, lá do Brasil eu ajudava Dumbledore na Ordem... Mas depois que você foi morar na casa dos seus tios tudo ficou mais difícil. Primeiro porque eles não me deixavam visitá-lo, mas mesmo assim eu ia te ver uma ou duas vezes por ano... Mas você não tinha nem quatro anos, não tem como se lembrar...

- E depois dos meus três anos... Porque não continuou a me visitar nem que fosse uma vez por ano...

- Eu não tive como... Assim que Victor morreu, os pais de Denetra ficaram muito doentes e chegaram a um estado terminal e nesse estado até o ano passado, quando faleceram...

- Você me disse...

- Pois é... Denetra, assim como você, era muito nova... Eu não podia deixar o Brasil porque Victoria e o marido podiam falecer a qualquer momento... Além disso eu era a única pessoa no mundo que podia cuidar de Denetra, Harry... Mas assim como Girassol eu não deixei um minuto de lhe escrever cartas que, obviamente, Válter nunca permitiu que chegassem a você. Eu não podia saber nem se você estava bem...
- Mas quando entrei pra escola...

- Esse foi meu alívio, porque na escola Dumbledore podia te vigiar para mim e me mandava cartas semanais sobre absolutamente tudo o que estava acontecendo com você... Me mandava lembranças de penseira para que eu pudesse te ver e ver que estava bem...

- Mas não pode me visitar nenhuma vez...

- A vida não é tão fácil, Harry... Com a morte de Victor e os pais de Denetra no hospital a única pessoa que podia trabalhar para o sustento de Denetra era eu. Eu trabalhava dia e noite sem tempo para nada... O meu salário ia todo na escola de Denetra e para manter os pais dela no hospital que era muito caro... Dumbledore por vezes teve que me ajudar financeiramente para que eu pudesse pagar as contas de casa... Sem tempo e sem dinheiro eu não podia vir para cá, Harry... E não queria te mandar uma carta dizendo: Olá, Harry, eu sou sua vó, mas não posso te ver. Não! Eu queria te contar tudo por mim mesma, assim como estou fazendo agora...

- No começo do ano... A senhora me disse que os pais dela estavam em estado terminal e faleceram e, como Alvo era muitíssimo seu amigo, ele te convidou para vir morar com minha neta aqui, mas na semana seguinte Dumbledore faleceu...

- Nada disso deixa de ser verdade... O fato é que quando os pais de Denetra faleceram eu não tinha mais nada que me prendesse ao Brasil... Mas continuava sem dinheiro para voltar a Inglaterra... Foi aí que Alvo me convidou para morar com ele aqui em Hogwarts... Ele me arranjaria um emprego por aqui e me deixaria viver no castelo...

- Mas ele faleceu logo depois...

- Sim, mas Dumbledore, de alguma forma, sabia que seu fim estava próximo e queria garantir que eu viesse para a Inglaterra. Num testamento a parte ele me deixou todo o seu dinheiro, o que não era pouco. O dinheiro foi suficiente para que eu voltasse para a Inglaterra e vivesse aqui com Denetra, mas Dumbledore foi melhor ainda: ele me deu, por um ano, o cargo de diretora para que eu pudesse te proteger e estar perto de você quando o fim chegasse...

- Mas você continuou a esconder a verdade de mim.

- O nome RAB foi inventado a partir de um anagrama do meu nome como o nosso querido Rony descobriu... Eu o criei para que Voldemort não soubesse quem tinha realmente pego a horcrux dele, mas como você sabe... a falsa caiu nas suas mãos...

Harry então lembrou-se exatamente da versão de Orquidea para os fatos envolvendo a horcrux que ela contara no começo do ano: Eu estava ajudando Alvo a descobrir a localização das horcrux. Então, desconfiei que caverna dos Inferi fosse um lugar ótimo para guardar uma, uma vez que foram encontrados na casa de Malfoy muitos livros que falavam da caverna e de como ela era escondida. Fui então à caverna acompanhada de Denetra. Enquanto ela tacava fogo nas figuras infernais, eu bebi o líquido. Minha neta, muito talentosamente, criou um círculo de proteção que impediu que os Inferi subissem na ilhota. Depois, ela me obrigou a beber o resto do líquido e pegou o medalhão. A partir de uma gota do líquido que tinha sobrado na cúpula, Denetra repôs o líquido e fabricou um Chrono Equalium do medalhão, colocando o bilhete que eu tinha escrito dentro dele. No entanto, os pais de Denetra morreram no dia seguinte e Alvo me mandou a carta de convite. Assim, eu preferi deixar para mostrar o que sobrou do medalhão para Dumbledore quando viesse para a Inglaterra. Eu queria fazer uma surpresa. E o resto você pode imaginar... Só queria que não me culpasse, Harry! Eu não podia imaginar que Dumbledore também ia desconfiar da caverna e com isso deixaria Hogwarts vulnerável àqueles ataques. Harry então foi percebendo como tudo se encaixava.

- Ao ler o bilhete que fiz para o lord das trevas, você passou a me conhecer como RAB... Todos sabiam qual era meu verdadeiro nome, mas para os alunos preferi manter o disfarce... Os Weasley e todos os professores sabiam que eu era sua avó e que meu nome nunca foi Raviola.

- Tudo pra me enganar...

- Não diga isso, Harry... Eu queria achar o momento mais propício de te falar e achei que teria que ser depois que tudo terminasse... Porque se acontecesse alguma coisa comigo eu não queria você tivesse mais problemas do que já tem... Eu queria deixar tudo terminar...

- E se não terminasse... E se eu tivesse morrido na Guerra como quase aconteceu...

- Alguma coisa em mim dizia que isso nunca ia acontecer e, mesmo se acontecesse, eu já sabia sobre os planos de Gina da segunda Marca de Amor... O que aumentavam as suas chances... Na verdade eu nunca achei que Voldemort fosse vencer... As pessoas cometem erros, Harry... Espero que você perdoe os meus.

- E Gina... Como você ficou sabendo?

- No dia em que eu e a Denetra brigamos, Orquidea sabia que a culpa não era sua e de Rony... Sabia quer era minha culpa... Eu e o meu ciúmes bobo... Isso obrigou-a a contar sobre quem ela era e quem era Denetra... Depois que eu entendi que o amor de Denetra pra você era de prima, eu não tive mais ciúmes... Desculpe, Harry... – Gina abraçou o namorado e deitou-se ao seu lado no leito da ala hospitalar.

Tudo fazia sentido, mas Harry ainda ia demorar um tempo para aceitar e entender as grande mudanças pelas quais estava passando. Sentia o corpo de Gina próximo ao seu e via seus amigos perto dele. O mal tinha acabado e era hora de recomeçar uma vida, Harry tinha que estar pronto.

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NOTA DO AUTOR: Gente, vim aqui pra pedir que vocês não desistam! Todos os segredos já foram revelados e o último capítulo vai ser só um fechamento de tudo. AINDA NÃO ACABOU!!! Não deixem de COMENTAR MUITO, VOTAR SEMPRE e INDICAR PARA TODOS OS SEUS AMIGOS QUE CURTEM FICS PÓS EDP!

Um Grande Abraço,
O_arteiro

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