A Fonte
Capítulo 22
A FONTE
Nos últimos tempos, Harry Potter estava muito tenso. Outubro tinha chegado e o verão já estava no fim. As folhas secas que começavam a cair já denunciavam a chegada do cenário de outono: seco. Como não tinham conseguido encontrar mais nada sobre possíveis horcruxes, como a culpa pela morte de Draco e Belatriz ainda incomodava um pouco e como Gina não estava dando a menor bola para ele, Harry tinha decidido treinar Quadribol cada vez mais.
O time de Quadribol estava cada vez melhor. Rony tinha perdido muito da sua insegurança, porém os reflexos do final do namoro com Mione ainda o deixassem um tanto abalado. Peakes e Cookes estavam muito bons como batedores e, a cada treino, mostravam cada vez mais suas novas técnicas para enganar e usar os balaços. Demelza e Dino ainda jogavam bem, mas quem se destacava na artilharia era Gina que parecia estar transformando toda sua raiva em técnica.
O único que realmente fracassava nos treinos era Harry. A cada treino ele se sentia pior e chegou a perder o pomo em alguns dias e por isso marcava cada vez mais treinos que, realmente, melhoravam o desempenho dos jogadores, mas não adiantavam nada pare ele.
Não bastasse isso, na aula em que ele era melhor: Defesa Contra Artes das Trevas, ele estava cada vez pior. O feitiço Refleccis de Denetra era cada vez melhor e Mione e Rony já tinham conseguido fazer. Até Neville já estava melhor que Harry na prática do feitiço e isso fazia com que Harry se sentisse um lixo.
Flitiwick e Minerva não ajudavam: os relatórios de feitiços elusivos e transformações humanas eram cada vez maiores, mais cansativos e mais complexos de modo que Harry não conseguia uma nota razoável em nenhum deles. Godwin não passava lições de casa, mas estar na sala com ele era meio incomodo para Harry.
Harry Potter estava um Lixo!
Rony e Mione tinham voltado a se falar embora não estivessem mais namorando. Harry inclusive acreditava que eles só tinham voltado a se falar, para ajudar Harry nesse momento de crise, mas ele não parecia querer ser ajudado.
- Calem-se! Ninguém pode me ajudar!
Naquela manhã o grande salão estava como sempre naquele ano: vazio, mas alegre, embora para Harry parece triste e confuso. As corujas voltaram a invadir o salão trazendo cartas de pais e parentes preocupados com os alunos, mas nada de Edwiges.
Você não tem pais, Harry! Não tem quem te mande cartas!
Mas então Rony entregou a Harry um envelope que tinha vindo junto com Pitch, que nesse momento lutava contra Bichento que queria pegá-lo. A carta era de Molly, a segunda mãe de Harry.
“Harry querido,
Você está bem? Rony acha que não.
Querido, não fique triste. Eu sei que você deve estar pensando: “Para alguém de fora é fácil dizer para não ficar triste”, mas Harry você precisa se levantar. Não mostre suas fraquezas, meu querido. Faça delas sua força. Há muitas pessoas aqui fora que te amam e te querem bem.
Amavelmente,
Molly.
Obs. Há uma pessoa aí dentro que te ama: Gina não para de falar em você em todas as cartas!”
Harry ficou um pouco mais feliz. As cartas de Molly Weasley sempre lhe eram reconfortantes e saber que Gina não parava de falar nele era um conforto para Harry. Mas o que o deixou realmente feliz foi o anúncio de RAB. A professora levantou-se de sua cadeira do meio e pediu gentilmente para que todos fizessem silêncio, ao que todos se calaram instantaneamente.
- Caros alunos. Tenho o grande prazer de anunciar que eu e a professora Minerva preparamos uma surpresa para todas que veio a ficar pronta hoje, para minha grande felicidade. Ao lado aqui da mesa dos professores, há um grande pano cinza que esconde a minha surpresa para todos vocês.
Harry olhou para o lado direito da mesa dos professores. Ao canto, um Grande pano cinza preso por cordas escondia algum objeto grande que Harry não tinha reparado até agora. A minha tristeza me deixou cego, pensou Harry. Mas logo a tristeza de Harry ia se esvair. A um sinal de RAB, levantaram o pano que revelou uma fonte de concreto.
A fonte era muito bela, toda pintada de branco. Tratava-se de uma grade com folhas esculpida no gesso que derramava água em um grande vaso. Mas ao centro da grade e rodeado pelos fios de água que caiam estava uma grande porta retratos em forma de Quadro com a imagem cinzenta de Alvo Dumbledore dando uma gostosa gargalhada e depois piscando para a pessoa que tinha tirado a foto.
A foto de Dumbledore estava lá, sorridente ao meio de uma bela fonte de gesso.
- A água, meus queridos, era um dos elementos que Dumbledore mais gostava. Por isso eu mesma fiz em homenagem a Dumbledore uma fonte colocando no centro uma foto cedida por Minerva. Nós ampliamos a foto e emolduramos-na fazendo então um pequeno templo para Dumbledore. Aqui, as pessoas mais ligadas a ele podem falar com o professor. Não falar diretamente como eu estou falando com vocês agora... Talvez vocês falem e não ouçam a resposta. Talvez vocês falem e a resposta esteja aqui – Apontou para seu peito – em seus corações.
Harry olhou mais alguns instantes para o templo de Dumbledore. Era lindo e era um jeito que ele tinha de estar mais perto do professor principalmente naquele momento tão difícil para ele. As aulas daquele dia se arrastaram. Harry não via a hora de ir ver de perto o memorial de Dumbledore. A última aula do dia era feitiços e embora fosse a última aula sobre o Chrono Equalium, Harry não estava nem um pouco interessado:
- Professor Flitwick?
- Sim, Sr. Potter? – Disse o professor com sua voz fina e infantil.
- Se eu fizer um Chrono Equalium muito bom, o senhor me deixa sair da aula mais cedo.
- Mas ainda faltam meia hora até o fim da aula, Sr. Potter.
- Por favor, professor.
- Bom, que seja... – Concedeu o professor.
Harry concentrou-se. O desejo de ir até a fonte naquela tarde era maior que qualquer um no mundo e embora os relatórios de Harry estivessem péssimos, na prática ele estava conseguindo bons resultados com o Chrono Equalium. Harry então arrumou seu material certo de que estava prestes a sair daquela sala para ver a fonte de Dumbledore.
Apontou sua varinha para o centro da sala e concentrou-se. E só girar no sentido horário dizendo claramente as palavras:
- CHRONO EQUALIUM - Gritou Harry. Um estampido brilhante saiu da ponta da sua varinha e o chão do centro da sala de feitiços encheu-se de fumaça. Ao que esta se dissipou revelou um perfeito e impecável Harry Potter de mentira caído do chão.
O professor Flitwick ficou realmente impressionado com o feitiço de Harry que tinha superado muitas vezes a mágica de Mione. Desse modo o professor disse a Harry poderia sair desde que fizesse depois um último relatório sobre Feitiços de Imitação.
Harry então saiu correndo da sala abandonando o seu eu de mentira ali no centro da sala. Pegou o material e foi até o Grande Salão que estava completamente vazio já que todos os alunos ainda tinham meia hora de aula e os professores, por sua vez, estavam dando aulas.
Harry aproximou-se vagarosamente da fonte depois de abandonar seu material de qualquer jeito em cima de uma das mesas. Harry então ficou por vários minutos observando a água que escorria pelo Gesso esculpido em torno na foto de Dumbledore e caia no vaso. Ele não quis colocar a mão na água: aquela fonte passara a ser sagrada para ele.
Dumbledore!
As palavras de RAB ainda estavam na cabeça de Harry: Talvez vocês falem e a resposta esteja aqui em seus corações. Harry então ajoelhou-se diante da fonte e da foto de Dumbledore que dava gargalhadas. Harry sentia muitas saudades do professor e por isso seus olhos marearam-se:
- Sabe, professor... – Disse Harry com as palavras engasgadas. – Eu tenho amigos. Sei que tenho. Tenho à Rosa, mas às vezes parece... Que eu não tenho ninguém. Às vezes parece que tenho meus sete amigos, às vezes parece que estou completamente só. Nesse momento, parece que estou só.
Harry então fechou os olhos e quando os reabriu viu a foto de Dumbledore piscando. Mas não piscando como sempre, piscando para ele! Harry então ouviu a voz do professor dentro de si: um homem não pode viver só. Se o homem está só, é porque ele o escolheu assim. Não deixe a rosa se partir, Harry. Se a rosa se partir, reconstitua-a. Não deixe a Rosa se partir.
- Harry. – Disse uma voz atrás de Harry ao que ele se virou. Era RAB – Harry, venha comigo.
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NOTA DO AUTOR: nhaaaaa! Espero q estejam gostando, gente!
Espero muitos COMENTÁRIOS... E não deixem de VOTAR ok?
Grande abraço,
o_arteiro
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