O Retorno da Fênix
Capítulo 16
O RETORNO DA FÊNIX
- A sala de Dumbledore – Harry deu um longo suspiro e então começou a observar o aposento.
A sala continuava igual sempre foi. Redonda e grande com livros abarrotados nas prateleiras e os quadros dos antigos diretores de Hogwarts. Harry então pensou na possibilidade de pintarem um quadro de Dumbledore pra que ele pudesse conversar com o professor, mas antes disso R.A.B. olhou de esguelha para ele. Ela não tinha óculos como os de Dumbledore, mas seu olhar era igualmente penetrante:
- Um montão de coisas vai mudar sabe, Harry?
- É... Já mudaram...
RAB percebeu então o tom triste na voz de Harry que agora examinava o vazio poleiro de Fawkes, a fênix do professor. Harry então começou a examinar cada coisa naquela sala até que seu olho bateu na penseira. A penseira que revelava memórias perdidas no cérebro, mas guardadas num fio de prata:
- Fiz questão que não se mudasse nada nesta sala... Nada. Deixei tudo exatamente como Dumbledore deixava...
- Por que? Ele nem esta mais aqui...
- Ah, mas quanta crueldade, Sr. Potter! A mesma crueldade do seu p... – RAB então tapou a boca como se percebesse que falara demais.
- A senhora conheceu meu pai?
- Digamos... Que sim – RAB viu os olhos de Harry perderem-se no líquido da penseira. – Eu não gosto muito de penseiras, sabe Harry... Elas nos dão a possibilidade de sofrer novamente aquilo que já sofremos um dia...
- Mas podemos usá-las para relembrar de coisas importantes.
- Sim, ela tem lá a sua utilidade. Mas, na vida prática, acho que tem... certas coisas... Que tem que ficar esquecidas...
- Está se referindo a que?
- A Dumbledore.
- Está pedindo pra que eu esqueça o professor Dumbledore? – Disse Harry com a voz agressiva.
- Não, meu querido. Mas quando vi você olhar a penseira, percebi... Que você sentiu o desejo de olhá-la para rever Dumbledore em suas lembranças... – Harry não olhava para o rosto de RAB mas ambos sabiam que ela tinha razão. – No entanto, acho que você não deveria usar a penseira para esse meio, Harry. Ela vai ser tão prejudicial a você quanto foi para aqueles que definharam diante do espelho de Ojesed. Nem sempre ver o que queremos ver é bom...
- Mas Dumbledore era meu amigo...
- E é exatamente por isso, Harry. A lembrança daquele homem magro, de chapéu pontudo e óculos meia lua não deve ser procurada aqui, – Apontou para a penseira – mas aqui... – E apontou para o coração de Harry. Depois de uma longa pausa encarando-o ela retomou. - O mundo dá muitas voltas, Harry. Dumbledore foi pego pelo destino, mas ele tinha um último desejo... - R.A.B. fixou Harry com o olhar e suspirou - Só você sabe o que fazer.
- Está se referindo... Ao elo?
- Sim, ao Elo da Rosa Branca. Um grupo de amigos com valores diferentes que se complementam. Cada um dos componentes da Rosa Branca tem um valor necessário a você Harry. Cada um deles tem uma arma que você vai precisar no fim de tudo! Rúbeo Hagrid e Rony Weasley têm a amizade e com ela, os dois farão de tudo para te proteger. Denetra Lopez tem uma habilidade de feitiçaria incrível que vai te ajudar no momento certo. Hermione Granger tem um conhecimento que se mostrará necessário para que você entenda certas coisas esse ano. Luna Lovegood é mais que uma boa aluna: tem um pai influente que te ajudará a manter seus inimigos distraídos. – manipulação da informação, Harry! O Neville... Ah o Neville... Esse garoto tem uma coragem incrível mostrada no seu primeiro ano de escola e além disso o passado dele dará força para que esse menino lute. E além dessas seis pessoas fantásticas, tem...
- A Gina.
- Gina Weasley. A ruiva tem muitas qualidades, Harry. Mas não são as qualidades dela que vão te ajudar... Mas o amor... – Harry parou um instante. Ele não entendia o que RAB queria dizer com isso. – Você está vivo até hoje, Harry, por uma marca de amor que ficou impregnada em você. O amor é a terceira arte mágica antiga. Os bruxos antigos desenvolveram a capacidade de transformar seu amor numa proteção tão poderosa, que é capaz de devolver a vida.
- Foi isso que minha mãe fez? Ela usou na última hora uma arte mágica antiga que me marcou e me protegeu da morte?
- Não propositalmente... Mas foi exatamente isso que ela fez. Deu a você uma segunda vida.
Harry ficou parado uns instantes. O céu estava muito mais limpo sobre Hogwarts do que sobre a casa dos Dursley ou mesmo A Toca. Harry ficou ali digerindo as palavras de RAB e percebeu que ela também sabia muito sobre ele, assim como...
- Denetra. – Disse RAB lendo os pensamentos de Harry. – Eu sei tanto sobre você e suas aventuras quanto Denetra Lopez. Uma vez que eu sou a avó dela.
- Avó? – Indagou Harry um tanto atordoado.
- Sim... Eu e ela viemos do Brasil no mês retrasado. Eu sempre quis que ela estudasse em Hogwarts, mas ela nunca quis. Ela ama Brasil. Mas aí tudo aconteceu muito rápido. Os pais dela estavam em estado terminal e faleceram e, como Alvo era muitíssimo meu amigo, ele me convidou para vir morar com minha neta aqui, mas na semana seguinte o nosso querido Dumbledore faleceu.
Harry observava o pátio de Hogwarts, já escuro, através da janela da sala de RAB. Viu então que alguns bruxos estavam parados do lado de fora. Bruxos de capa preta parecendo guardiões postados nas entradas da escola. “Aurores”, pensou Harry, ao que RAB confirmou. Segundo ela o Ministério “emprestou” dez aurores para se revezarem na proteção dos terrenos da escola.
RAB disse também que o fato de Godwin, Lupin e Tonks interarem o quadro de professores não era um acaso, porque Godwin e Tonks eram aurores e Lupin também tinha grande conhecimento de artes das trevas. “Quanto mais aurores na escola, mais proteção para os alunos”, disse o Ministério. E então os pensamentos de Harry fixaram-se do medalhão, na horcrux.
- Bom... – Disse RAB – Chegamos enfim no fato que trouxe você até aqui. O medalhão.
- Você o destruiu?
- Sim. E guardei o que sobrou dele.
RAB foi até a escrivaninha e tirou da gaveta seis partes quebradas e contorcidas de um pequeno objeto de metal.
- Bom, Harry. Aqui chega a merda da parte da história onde você talvez ache motivos pra me odiar: eu fui uma das responsáveis pela morte de Dumbledore.
- Você o quê?
- Sente-se, vou contar tudo... – Mas Harry preferiu não se sentar, ele estava muito inquieto. - Eu estava ajudando Alvo a descobrir a localização das horcrux. Então, desconfiei que caverna dos Inferi fosse um lugar ótimo para guardar uma, uma vez que foram encontrados na casa de Malfoy muitos livros que falavam da caverna e de como ela era escondida. Fui então à caverna acompanhada de Denetra. Enquanto ela tacava fogo nas figuras infernais, eu bebi o líquido. Minha neta, muito talentosamente, criou um círculo de proteção que impediu que os Inferi subissem na ilhota. Depois, ela me obrigou a beber o resto do líquido e pegou o medalhão. A partir de uma gota do líquido que tinha sobrado na cúpula, Denetra repôs o líquido e fabricou um Chrono Equalium do medalhão, colocando o bilhete que eu tinha escrito dentro dele. No entanto, os pais de Denetra morreram no dia seguinte e Alvo me mandou a carta de convite. Assim, eu preferi deixar para mostrar o que sobrou do medalhão para Dumbledore quando viesse para a Inglaterra. Eu queria fazer uma surpresa. E o resto você pode imaginar... Só queria que não me culpasse, Harry! Eu não podia imaginar que Dumbledore também ia desconfiar da caverna e com isso deixaria Hogwarts vulnerável àqueles ataques.
- Mas e o bilhete? Tem a palavra “morto”.
- Sim. E com essa palavra eu pretendia duas coisas. Despistar Voldemort para que ele pensasse que RAB era um homem e evitar que ele viesse me procurar pensando que eu já estava morta. E antes que você me pergunte, o nome de Denetra não está no bilhete, apesar de ter sido ela que me salvou naquela caverna... Pois eu não podia arriscar revelar a identidade da minha neta. Denetra ainda tem um papel a cumprir, Harry. Ela tem que ajudá-lo no Elo.
- Mas... Como você sabia dos anéis, da Rosa Branca e... Como sabia que eu ia dar o anel a ela?
- Eu sabia dos anéis porque Dumbledore sabia. Ele me contava tudo e me disse que nesse sétimo ano, ia pedir que Sirius te entregasse a caixa... Que era preciso porque agora você já era maduro o suficiente para entender o que há dentro dela. Então eu sempre soube dos anéis, e quanto a Denetra... Bom. Minha neta é uma ótima atriz. Ela não contou nada sobre a minha identidade nem sobre a horcrux pra você, Harry. Ela sabia que eu queria contar a você. Mas ela aproveitou o tempo que estiveram juntos para mostrar o quão boa ela era em azarações. Ela conhece mágicas que vocês só virão a aprender esse ano. PMCT que aqui vocês chamam de DCAT sempre foi a matéria preferida da minha neta... – RAB deu um longo suspiro, ao que Fawkes entrou pela janela e postou-se em seu poleiro – A fênix voltou, Harry. Voltou trazendo o testamento de Dumbledore para mostrar a você que nem tudo está perdido e que há muita coisa ainda que precisa ser concluída e compreendida nesse ano. Mas agora acho que você deve ir dormir, já é tarde.
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NOTA DO AUTOR: ESPERO Q ESTEJAM GOSTANDO DA RAB E PRINCIPALMENTE DA FIC, MAS VOLTO A REPETIR Q QUERIA E MEUS LEITORES COMENTASSEM MAIS!!!! PRECISO SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO, OK?
GRANDE ABRAÇO,
O_ARTEIRO
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