Surge Nova Esperança
Capítulo 7
SURGE UMA NOVA ESPERANÇA
Harry foi dormir cedo naquele dia e, apesar de não estar satisfeito com o que tinha acontecido, ele estava mais calmo. Ele ainda não podia ficar com Gina, mas pelo menos agora a caçula Weasley tinha entendido que ele não era um crápula totalmente sem coração. Harry não esperou a festa acabar, congratulou Fleur e Gui e, em seguida, foi para a cama.
Não conseguiu dormir, no entanto. Ficava pensando em Gina e nos muitos problemas que teria que enfrentar se quisesse ficar com ela. E foi naquela noite, que parecia tão vazia, que Harry Potter tomou a decisão mais importante de todas: Ele ia destruir as Horcrux e destruir o Lord das Trevas nem que isso custasse sua vida. Pode parecer óbvio, mas para ele, essa decisão mudaria seu destino.
Ele tinha que agir! Em todos os outros anos suas atitudes não tinham partido diretamente dele como agora. Ele sempre agira por vingança ou porque alguém o tinha impulsionado, mas não dessa vez... Dessa vez Harry Potter tomara a decisão mais importante de sua vida até aquele momento.
Ele não esperaria para lutar só se fosse atacado, porque aquela posição passiva o tinha feito perder pessoas muito queridas. Ele não podia mais ser tão passivo. Dane-se o que a Sra. Weasley, Lupin ou qualquer um pensasse. Ele ia agir quer as pessoas quisessem ou não e, se Hogwarts reabrisse, voltaria pra lá e usaria a escola como proteção para que, enquanto isso, pudesse finalmente destruir as Horcrux.
Mas então, veio a ele uma lembrança. Uma coisa da qual ele quase se esquecera. Harry pulou da cama e foi direto ao malão. Desfez o encantamento que Mione tinha lançado sobre a pesada mala – já que ainda estava “menor” que o normal - e começou a tirar as coisas de lá de dentro. Depois que seus livros, caldeirão, frascos e roupas já estavam bem bagunçados e espalhados no chão ele achou o que queria.
Pegou sua capa da Grifinória e começou a apalpar-lhe os bolsos. De dentro de um deles, tirou um pequeno pedaço de pergaminho onde estavam escritas as seguintes palavras:
Ao Lorde das Trevas
Sei que há muito estarei morto quando ler isto,
Mas quero que saiba que fui eu quem descobriu o seu segredo.
Roubei a Horcrux verdadeira e pretendo destruí-la assim que puder.
Enfrento a morte na esperança de que, quando você encontrar um adversário à
altura, terá se tornado outra vez mortal.
R.A.B
R.A.B. Quem quer que fosse, pensou Harry, era um aliado que, apesar de já estar morto, tinha destruído uma Horcrux. Era uma pessoa que, provavelmente, tinha esperança de que Voldemort tivesse morrido, mas que Harry não conhecia.
As iniciais R, A e B não eram comuns a ele, mas tinha certeza que sua investigação deveria começar a partir daquele pedaço de papel. Se R.A.B. sabia onde estava uma Horcrux, poderia saber onde encontrar as outras. Seu primeiro impulso foi mostrar o pedaço de papel a todos. A Ron e Mione primeiramente que talvez se sentissem um pouco tristes por Harry não ter mostrado isso antes.
Harry guardou o papel de volta no malão. Se tinha uma data em que as pessoas não tinham que se preocupar com Voldemort, era aquele dia. Harry ia esperar acabar a festa. Ia contar sobre R.A.B. só no dia seguinte e, então, resolveu se deitar.
Quando Harry acordou, o quarto estava bem mais cheio do que quando se deitara. Além de Rony, também tinham dormido ali Carlinhos, Lupin, Percy e os gêmeos. “Ainda bem que Gui já tinha sua própria casa”, pensou Harry. Harry acordou bem cedo, afinal fora dormir quando não eram nem nove horas, e então, resolveu descer.
“Ninguém está acordado”, disse Harry para si mesmo, afinal a festa deve ter acabado bem tarde. Mas então viu que uma pessoa já estava acordada. Ela estava ali, sentada sobre o sofá e olhando o sol através das janelas d’A Toca. Harry procurou ser o mais simpático que pôde.
- Bom dia, Rebecca.
- Bom dia Potter. – Ela respondeu. Harry sentiu uma pontada, pois as únicas pessoas que o chamavam de “Potter” eram seus maiores inimigos como Lúcio, Draco ou Snape.
- Só “Harry”, por favor, se não for incômodo... – Ele avisou. Ela pareceu não se importar. Harry sabia que Rebecca não gostava muito dele por ele ser bruxo então preferiu não arriscar nenhum comentário que pudesse magoá-la – Está bom o dia hoje?
- Mais escuro... – disse ela contendo o máximo de palavras.
Harry viu que não conseguiria fazê-la falar com aquelas perguntas bobas e decidiu ir direto ao assunto por mais arriscado que isso fosse.
- Você já melhorou não é?
- Sim. Estou bem melhor. Parece que a mágica resolve mesmo a vida de muita gente.
- Mas também destrói, sabe... – Disse Harry tentando consolá-la.
- Destrói? Você se refere àqueles bruxos que nos atacaram?
- Não só a eles, Rebecca, mas a todos.
.
- Existem mais bruxos como eles? – Disse ela inocentemente.
Harry deu um longo suspiro. Pelo visto, Rebecca tinha menos noção da dimensão do problema que os Granger. Harry então decidiu que tinha que contar tudo a ela. E quando disse “tudo”, quis dizer tudo mesmo.
- Você sabe por que eu tenho essa cicatriz?
- Não. Hermione disse que você tinha desde pequeno, mas nunca explicou o porquê... Foi um acidente?
Harry então começou contando desde quando Dumbledore o tinha deixado na casa dos Dursley. Contou sobre Voldemort e a morte de seus pais. Contou depois sobre como descobriu que era bruxo, como conheceu Mione e Rony. Contou, passo a passo sobre os incidentes com a Pedra Filosofal, com a Câmara Secreta e o diário de Tom Riddle. Explicou a ela sobre como descobriu que Sirius era seu padrinho e sobre como o ajudou a fugir. Depois sobre os acontecimentos na Copa do Mundo de Quadribol, o Torneio Tribruxo e o retorno de Voldemort – e nessa parte Rebecca ficou muito interessada.
- E você e o menino,– Dizia ela referindo-se a Cedrico – escaparam dele com a chave de portal, então?
- Eu escapei, mas Cedrico...
Depois contou sobre a nova Ordem da Fênix e a mansão dos Black. Contou sobre os caprichos do Ministério para negar a volta dEle e sobre as maldades de Umbridge. Contou sobre a Profecia e a ida ao Ministério da Magia e, nesse ponto, Rony chegou na sala. O menino ruivo e alto tinha cara amassada de quem tinha ido dormir super tarde e parecia um zumbi andando em direção à cozinha, pensaram Harry e Rebecca, que riram dele por não perceber a presença dos dois ali. Harry então resolveu provocá-lo.
- E aí Sr. Weasley? Ficou dançando tudo o que não dançou no quarto ano?
- Ah! Harry! Não tinha te visto aí... – Ignorando o comentário do garoto e voltando-se ao dois. – Ah... Bom dia, Rebecca...
- Bom dia, Weasley – Disse ela com educação.
- É melhor não chamar ninguém de “Weasley” por aqui... – Disse ele em voz baixa – Nós somos muitos, sabe?
Rebecca riu. Era a primeira vez que a tinha visto sorrir. Então, mais uma pessoa desceu as escadas e veio correndo direto na direção de Rony. Sem perceber Harry e Rebecca, Mione veio correndo e abraçou Rony dando-lhe um grande beijo na boca!
- Existem muitos Weasley, mas o meu é o melhor...
Os queixos de Harry e de Rebecca caíram no chão. Rony e Mione? Desde quando? E o que mais impressionou Harry foi a intimidade com que ela o tratou! “O meu é o melhor”... Ela já estava chamando Rony de “dela”! Mas então, quando Mione se virou e viu Harry conversando com Rebecca, sua expressão ficou mais séria e corou. Rebecca levantou-se na presença da irmã. Ela não queria briga e Harry tinha percebido isso...
- Mione, acho que precisamos conversar...
Mione baixou o olhar. Ele e Rony sabiam exatamente no que a amiga estava pensando: Rebecca nunca a tinha chamado de “Mione” nesse tom carinhoso. Mas eles sabiam que, depois de tudo o que aconteceu, ela estava disposta a conversar com a irmã. Mione aceitou com a cabeça e as duas foram conversar fora d’A Toca deixando Rony e Harry sozinhos.
Harry estava muito curioso para saber o que elas iam conversar, mas estava ainda mais curioso com outra coisa. Ele encarou o amigo que estava com um sorriso de orelha à orelha. Rony estava tão vermelho quanto seus cabelos e Harry o lançou um olhar de “O.K. desde o começo”.
- Bom, Harry... Eu e a Mione... Você sabe...
- Não senhor Weasley, eu não sei... – Disse Harry rindo – pode contar tudo...
- Bom... Ela estava linda não é, Harry? Mas eu não estava do lado dela porque queria alguma coisa de verdade... Digo... De namoro... Só achei que ficaríamos juntos na festa, mas bom... Ela é minha amiga, não é? – Rony ficava cada vez mais corado ao contar – Daí você e a Gina sumiram durante a festa e nós ficamos rindo e falando mal das meninas da Beauxbatons... Daí... – Nesse momento a cor no rosto de Rony tinha ficado ainda mais rubra que antes – Harry, eu poderia esperar isso de qualquer menina, mas bom... Mione sempre foi meio nerd.
- Meio? – Disse Harry rindo-se. Rony dizia isso, provavelmente, porque eles estavam namorando... Mas “meio nerd” era apelido para Hermione Granger...
- O.K.! Ela sempre foi nerd e eu nunca esperava aquela atitude dela... Daí ela me segurou e disse: “Ronald Weasley, por que você não pára de ser bobo e confessa que me ama logo de uma vez?” Eu não sabia o que dizer Harry, mas quando eu disse “Mas...” Ela me beijou... Mione é a mulher mais maravilhosa do planeta... Pena que eu não percebi isso antes...
Harry estava feliz pelo amigo. Finalmente Rony e Mione estavam juntos depois de anos de implicância, ela tinha tomado alguma atitude. Mas em seguida Harry sentiu uma pontinha de inveja... Inveja por Rony poder ficar com quem ele gosta e ele não. Mas não quis dizer isso: ele não tinha o direito de acabar com a felicidade do amigo. Em seguida Harry pediu detalhes e Rony começou a contar que estavam namorando e era sério e etc...
Nesse momento Mione e Rebecca entraram na sala. Harry percebeu que já tinham feito as pazes porque Rebecca já tinha entendido muita coisa durante a conversa com ele. Então, depois de um “e aí, sobre o que estavam conversando?” de Mione, Harry continuou a contar a Rebecca sobre os últimos acontecimentos.
- E então veio o sexto ano, – Contou ele – e Snape começou a dar aulas de Defesa Contra Artes das Trevas, passando a aula de Poções pro retardado do Horácio Slughorn...
- E o Snape finalmente conseguiu o cargo que queria... – Concluiu Rebecca.
- Sim... Estava nos ensinando feitiços mudos... – Disse Rony desapontado – Mas eu nunca aprendi...
- Bom, mas o fato é que eu achei um livro de Poções que pertencia ao “Príncipe de Mestiço”, ou seja, a um tal de Príncipe meio bruxo, meio trouxa. E esse livro tinha dicas interessantes não só para o preparo de poções, mas feitiços criados por ele próprio... Então descobri que o Príncipe era o Snape! Ele sempre foi um bruxo das trevas e sempre esteve ao lado de Voldemort.
- E as Horcrux, onde entram nessa história? – Perguntou Rebecca totalmente interessada.
- Durante todo o ano passado, Dumbledore me levou à penseira, várias vezes, a mesma que já te expliquei... Nela ele me mostrou memórias de toda a vida de Voldemort. Dumbledore então me explicou que Voldemort tornou-se tão poderoso e imortal porque dividiu sua alma em sete partes. Cada uma das seis partes que estão impregnadas em objetos mágicos são o que chamam de “Horcruxes” e a última parte... é a alma que habita o novo corpo dele
- Só o Diário foi encontrado? – Perguntou ela.
- O diário de Tom Riddle foi encontrado e destruído. Esse era uma Horcrux. Além dele temos o anel de Slytherin, que Dumbledore destruiu. – Terminou Harry.
- Mas ainda restam quatro Horcruxes. Uma delas é uma taça de Helga Hufleppuff e a outra é um medalhão... – Completou Mione.
- E daí vem a parte que nem Rony nem Mione sabem – suspirou Harry observando Ron e Mione que estavam abraçados numa grande poltrona. Eles encararam Harry um pouco decepcionados – Desculpem amigos... Mas eu não tive oportunidade nem como... Contar...
Harry percebeu que Rony e Mione tinham ficado um pouco tristes. “Eu devia ter contado”, pensou ele. Rebecca estava inquieta, queria saber logo o resto da história. Rony suspirou fundo e engoliu.
- Não se preocupe, Harry... Você teve os seus motivos...
Harry ficou imensamente agradecido. Não sabia se era o namoro com Mione ou qualquer outra coisa, mas Rony tinha tido a atitude mais madura que ele já vira na vida. Então, ficou mais tranqüilo quando Mione sorriu e disse “é Harry... Não se preocupe”. Bem mais calmo, Harry sentou-se e começou a recontar.
- Naquela noite, Dumbledore me chamou para ir com ele atrás do medalhão que estava, supostamente, numa caverna. Eu avisei Mione e Rony de que se preparassem para o caso de eu não voltar e saí. Em seguida, eu e o professor Dumbledore aparatamos numa praia e entramos numa caverna. Depois de alguns “testes” impostos por ele para impedir que chegássemos à Horcrux, nós a encontramos numa ilhota rodeada de mortos-vivos.
- Até aí nós sabemos, Harry – Disse Rony feliz por descobrir que não estava totalmente alheio a tudo.
- Sim... – Disse Harry retomando – Quando chegamos em Hogwarts, Draco tinha possibilitado a entrada de Comensais na escola.
- E os alunos saíram feridos? – Perguntou Rebecca.
- Não, – Disse Rony – eu, a Mione, o Neville, a Gina e os professores da escola conseguimos evitar que os Comensais chegassem aos outros alunos.
- Vocês foram os únicos alunos que ajudaram, por causa da A.D. do quinto ano? – Perguntou Rebecca.
- E por causa de umas gotas de sorte – Brincou Rony lembrando-se e explicando a Rebecca sobre a poção Felix Felicis.
Então, Rony ficou por quase uma hora contando de como fora sua gloriosa luta contra os Comensais que não conseguiam atingi-lo com nenhum feitiço. Enquanto isso, os Granger, Molly, Arthur, Lupin e Tonks acordaram um a um. Conforme passavam pela sala davam um “bom dia” sonolento e iam tomar seu café enquanto Rony contava empolgado de suas acrobacias mágicas.
Depois, Harry narrou a sua chegada em Hogwarts, do como Dumbledore persuadiu Draco a não matá-lo e, por fim, da traição de Snape. Mas finalmente, quando terminou de contar, Mione surgiu com uma dúvida.
- Harry... Acontece que, até aqui, eu e Rony sabemos de tudo... O que então você deixou de contar?
- A Horcrux que eu e Dumbledore quase morremos pra recuperar era falsa. Pelo visto, uma cópia perfeita da original. E, dentro do medalhão, eu encontrei isso.
Harry então mostrou o pergaminho com a mensagem de R.A.B ao que Gina entrou na sala e, sem olhar para Harry, foi em direção à mesa. Os adultos que estavam tomando café na mesa pararam para ouvir Mione enunciar a carta de R.A.B. em voz alta. Quando Mione terminou, todos estavam boquiabertos (inclusive os Granger que não tinham noção do que aquilo se tratava). Molly então aproximou-se de onde Harry, Mione e os outros estavam.
- Por que não nos contou isso antes, Harry?
- Desculpe Sra. Weasley. A morte do professor Dumbledore, me fez ficar um pouco tonto com tudo... Só me lembrei disso agora, mas... Eu não tenho noção de quem seja esse R.A.B...
- Eu acho que eu sei quem é, Harry... – Disse Lupin, levantando-se da mesa – Quer vir à mansão Black essa noite comigo?
Os olhos de Harry encheram-se de esperança. Lupin parecia saber quem era R.A.B. e ele ainda teria a chance de voltar à mansão Black! Harry abriu um sorriso. Ele tinha ganho o dia!
As horas que se seguiram n’A Toca foram um pouco silenciosas. Gui e Fleur já tinham ido morar em sua nova casa e os gêmeos Weasley mal acordaram e já foram a’O Beco Diagonal para cuidar da sua loja de logros e brincadeiras. Percy também já tinha voltado ao seu trabalho no Ministério da Magia e Carlinhos mal acordou e já voltara para a Romênia.
Arthur estava em casa. Ele, Molly, Lupin e Tonks ficavam o dia inteiro discutindo coisas em segredo que, pensava Harry, ter a ver com a Ordem. E o que mais o irritava era saber que, o que estavam discutindo, tinha a ver com ele e ele não podia participar. “Tenho que dar um basta nisso” pensou ele. Se quisesse mesmo destruir Voldemort, os “adultos” tinham que compartilhar com ele os segredos da Ordem.
Então, naquela tarde, chegaram sete corujas que ajudaram a quebrar o silêncio d’A Toca. A primeira trazia o Profeta Diário que, para variar, não trazia nada de novo ou nada do que interessasse a eles. A segunda e a terceira corujas Harry nunca tinha visto. Eram para Mione. A primeira delas trazia o Pasquim com uma notícia de capa que deixou Mione satisfeita: Casa de Trouxas é Destruída por Comensais.
Ficou óbvio que a manchete se referia a casa dela e, nesse momento, Mione ficou agradecida por assinar o O Pasquim do Sr. Lovegood. Mione rapidamente mostrou a notícia a todos:
“Na noite de ontem (catorze de julho), uma casa de trouxas do Sul foi destruída por Comensais da Morte, provavelmente a mando Daquele-Que-Não-Se-Deve-Nomear. Nossos investigadores descobriram que na casa vivia uma aluna de Hogwarts de nome Hermione Granger, amiga de Harry Potter e ligada a instituições secretas que combatem o Lord das Trevas. Obviamente, Aquele-Que-Não-Se-Deve-Nomear fez isso na intenção de atingir Potter e as instituições a que a vítima é ligada. Para a segurança de todos, os trouxas vizinhos a casa dos Granger já foram devidamente Obliviados, mas não pudemos, no entanto, encontrar os Granger em sua casa. Um informante disse que os Granger estão numa viagem familiar ao Havaí.
- Pelo menos o Pasquim está divulgando os ataques dos Comensais – Disse Tonks inconformada com as falhas da notícia.
- Eu pensei que O Profeta tivesse entendido que Ele voltou. Por que não divulgam nada...? – Perguntou Mione.
- Eles entenderam Hermione, mas você sabe... O Profeta continua sob intervenção do Ministério e Scrimgeour é o Ministro... – Disse Lupin que foi logo interrompido por Harry.
- O Scrimgeour é um escroto – Disse Harry com nojo. – Todo aquele Ministério é escroto.
Arthur tossiu e então Harry se lembrou que ele ainda trabalhava lá. Harry então pediu desculpas ao Sr. Weasley, que fez sinal de que não tinha se importado e que estava só brincando. Mas não foi ao Sr. Weasley que a segunda coruja de Mione atingiu... Foi o Rony. Era uma carta de Vítor Krum!
- Por que esse panaca está te mandando uma carta? - Perguntou Rony esbravejando. Na verdade, Mione também não sabia por que Krum tinha enviado aquela carta. Então, quando ela e Ron abriram, viram uma carta toda melosa e carente de Krum pedindo que Mione voltasse pra ele. Ron ficou com tanto ciúmes que lançou um feitiço de “incêndio” na carta que a fez virar cinzas e escureceu o teto do andar de baixo d’A Toca.
A próxima coruja trazia o jornal de trouxas que anunciava mais duas crateras “aparecendo repentinamente”. Então Mione explicou que Pellagium era uma maldição antiga de destruição que criava grandes vazios e destruía construções. Harry pensou nunca ter ouvido falar de uma outra maldição que não fossem as imperdoáveis, mas aí se lembrou que o Morsmodre também era considerado uma maldição. “Existem muitas maldições, Harry”, lembrou Lupin “as imperdoáveis só são três delas”.
A outra coruja trazia uma carta do Ministério para Harry. Ao abrir, Harry leu:
- “Sr. Harry Potter,
Soubemos que o senhor continua fazendo feitiços fora da escola e isso é errado porque o senhor ainda não tem dezessete anos.
Ministério da Magia”
Harry mostrou a carta a Lupin e Arthur que, depois de se entreolhar, caíram na gargalhada. Ao perguntar o motivo da graça, Arthur explicou:
Essa carta mostra a mediocridade da administração de Scrimgeour, Harry. Veja... Antigamente, as cartas chegavam poucos minutos depois do incidente. Elas continham a hora do acontecido. Eram mais repressoras e continham a assinatura do bruxo responsável pelo Departamento em questão... Com a desordem atual... As cartas do Ministério são medíocres... Eles não têm mais controle sobre absolutamente nada! É tudo um grande absurdo.
Harry concordou. A carta realmente refletia a incompetência da administração de Scrimgeour, mas, por outro lado, agradeceu por ser assim. Ele não ia querer participar de um inquérito por ter se defendido de Belatriz e Greyback e ter que encarar a cara amassada de Umbridge.
As outras duas cartas eram de Hogwarts. A primeira estava endereçada a Gina: era os resultados de seus N.O.M.s! A segunda carta era de Minerva e estava endereçada a “Harry e Amigos”. Na carta, Minerva tentou ser o mais sucinta possível:
Harry e Amigos,
Fawkes voltou. Surge uma nova Esperança para Hogwarts. Vou me encontrar com vocês até o fim das férias na Ordem.
Atenciosamente,
Minerva
P.S. Minha senha é “Animaga Transformação”
É verdade que Minerva nunca tinha sido muito criativa, mas “Animaga Transformação” era a pior senha que Harry tinha visto até agora. Mas naquela hora não estava preocupado com isso. Já era tarde e estava finalmente chegando a hora de Lupin levá-lo a Ordem e ele poder finalmente rever a Casa que Sirius tinha deixado pra ele. E agora mais do que nunca queria revê-la, porque segundo Minerva... Surgira uma nova esperança.
N/A Bom, como vocês viram, esse curto capítulo 7 foi só uma maneira que eu reencontrei de dar continuidade à minha fic, mantendo a história e, ao mesmo tempo, recapitular tudo o que tinha acontecido até agora nesta fic e nos outros livros. Eu não gostei muito dele, no entanto o capítulo foi necessário porque, a partir de agora, a história vai começar a “engrossar” e eu tinha que ter certeza de que os leitores se lembravam de todos os aspectos importantes da saga de Harry Potter. Não parem de ler e comentar.. XDD
Grande abraço,
[email protected]
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