Incidente na plataforma 9 1/2
- Harry, Harry, acorda! – gritou Rony, sacudindo Harry – vamos logo, papai está esperando e disse para irmos logo.
-Ahn, calma aí Rony, já estou levantando – disse Harry, se espreguiçando – que horas são?
- Não sei, mas é bem cedo. Papai quer chegar mais cedo à plataforma.
Harry, depois de enrolar muito, levantou e se trocou. Rony já havia descido. Estava indo em direção à cozinha quando passou pelo quarto de Gina e, na mesma hora Hermione saiu de lá.
- Olá Harry!
- Ah, oi Hermione – disse Harry timidamente – Er, Mione, o que foi aquilo ontem?
- Do que você está falando? – perguntou a garota, fingindo não saber do que se tratava.
- Você não pode sair por aí me beijando – começou Harry – você sabe muito bem que estou namorando a Gina.
- E daí?
- Ei, o que vocês estão falando de mim? – Gina apareceu – estão falando bem, espero.
- Estava dizendo para Harry que você ama muito ele – mentiu Hermione.
- Hum, e ela está certa – disse Gina para Harry, beijando-o.
- Vamos descer então? – sugeriu Harry.
Hermione foi à frente, Gina e Harry ficaram um pouco para trás. Ele não parava de pensar na atitude de sua amiga. Quando chegou à cozinha, foi recebido por vários bom-dias e viu visitantes: Lupin, Tonks e Moody.
Tomou café rapidamente e foi arrumar suas coisas. Rony fez o mesmo, porém com muito mais mau humor.
- Sabe, eu não entendo as mulheres – disse Rony, agitando a varinha para que as vestes fosse para a mala – eu realmente não as entendo.
- Está falando de Hermione? – perguntou Harry.
- Também...
Terminaram de arrumar tudo, então foram se juntar aos outros, que já os esperavam lá em baixo. O Sr. Weasley começou:
- Estão todos prontos?
- Sim! – responderam em uníssono.
- Então todos a bordo do táxi – disse, apontando para um carro. Novamente o Sr. Weasley havia encantado um carro para que fosse muito maior por dentro. Entraram todos no carro.
A viagem até a estação foi tranqüila e sem muitas emoções, pois ninguém estava com ânimo para conversas. A chegada à estação de trem, porém, foi tumultuada, devido a um acidente de carro, provocando congestionamento. O tempo estava passando e o trânsito não andava. Iam chegar atrasados se continuassem no carro, então resolveram aparatar e, como Gina ainda não sabia, o Sr. Weasley aparataria com ela.
Aparataram todos na esquina da estação, verificando se ninguém havia visto. Entraram na estação de trem e se dirigiram para a plataforma nove e meia. Porém, quando chegaram às plataformas 9 e 10 perceberam que todos os alunos estavam do lado de fora, ninguém entendendo nada.
- Mas o que está acontecendo? – perguntou Harry a Dino, que estava por perto.
- Não tenho idéia – disse o garoto, balançando a cabeça – mas não estamos conseguindo atravessar a passagem.
- Hum, muito estranho isso.
- Harry!! – gritou Rony, de repente, apontando para o lado – o que é isso??
Harry virou-se para ver. De um lado da estação vinham duas dúzias de comensais da morte, atacando bruxos e trouxas. Uma meia dúzia de aurores tentava combater os seguidores de Voldermort, em vão. Harry olhou para o outro lado da estação: mais comensais vinham dali. Estavam cercados.
Puxou a varinha. Muitas pessoas começaram a perceber a presença dos comensais e logo iniciou-se um tumulto.
- Impedimenta – berrou, apontando para um comensal mais próximo – expelliarmus!!
Ao seu lado, Tonks, Lupin, Moody, Hermione, Rony, Sr. e Sra. Weasley, todos gritando feitiços e agitando as varinhas. Porém, a força estava do outro lado. Harry logo começou a reconhecer alguns dos comensais da morte, como Bellatrix, Crabbe , Goyle, Narcisa e... Snape. Sim, ele estava lá, junto dos comensais, ajudando o lorde das trevas, o ex-professor de poções, o assassino de Dumbledore.
Com uma raiva incontrolável, Harry saiu correndo em sua direção. Ia vingar a morte de Dumbledore, ia acabar com o traidor da ordem da fênix. Escapou de um feitiço vindo do fogo cruzado e continuou correndo. Harry estava sendo movido por um ódio gigante. De repente, parou. Estava frente a frente com Snape.
- Você me paga – gritou, chamando a atenção de Snape.
- Mas veja se não é o pirralho do Potter – disse sorrindo – muito bom, acabei com Dumbledore, acabarei com você também!
- Não se eu puder evitar – disse, brandindo a varinha – estupefaça!!
Mas o feitiço pareceu não surtir efeito em Snape.
- Ora, ora Potter, vai precisa mais do que isso para derrotar meu feitiço- escudo! – e olhando para Harry, gritou – Avada Kedav...
- Sectumsempra – Harry foi mais rápido.
Snape realmente não esperava um contra golpe. O feitiço de Harry o atingiu com a defesa baixa. Snape caiu no chão, com vários cortes em seu tronco, sangrando muito. Era o fim da linha para ele. Soltou sua varinha. Harry se aproximou mais, olhou para a cara de Snape, quando este lhe implorava pela vida.
Incrédulo, Harry não sabia o que fazer. O que diriam dele, se vissem o que fez. Ele estava matando Snape. Porém, um feitiço que passou rugindo por sua orelha o fez acordar. Estavam no meio de uma guerra. Olhou ao seu redor. Os comensais estavam com uma grande vantagem sobre todos. Logo, não eram apenas os aurores e alguns pais de alunos que estavam duelando, mas vários alunos começaram a entrar na briga.
Com uma boa intenção, porém com falta de preparo, vários dos alunos foram feridos, sem falar nos trouxas, que passavam com a cabeça baixa no meio do fogo cruzado, procurando proteção.
Mas a salvação estava perto. Do nada, dezenas de aurores desaparataram na estação. Seria uma possível recuperação da batalha já perdida. Com medo da grande defesa que chegou, vários comensais começaram a evacuar.
- Harry – gritou Hermione, avistando o garoto – aonde você foi?? Saiu correndo no meio dos duelos, você é louco?!
- Eu estou bem, não estou? – disse, se juntando aos amigos.
A situação estava aparentemente sob controle. Todos os comensais que não perderam haviam fugido. Vários alunos estavam gravemente feridos, alguns mortos. Havia um som de várias lamentações.
- Eu peguei Snape – disse Harry por fim – usei o “sectumsempra”.
- Harry – disse Hermione surpresa – onde está ele?
- Por ali – respondeu, apontando para o lugar.
Hermione saiu em direção ao local, seguida por Harry e Rony.
- Onde está ele Harry? – indagou a menina – não estou vendo nada.
- Tinha que estar aqui – disse Harry, olhando para os lados – olhe as manchas de sangue, ele tinha que estar aqui!!
- Harry, você tem certeza que o acertou com o feitiço?
- Claro!! Eu até tinha pensado que o havia matado!
- Ah, não Harry – suspirou Rony – ele escapou! Ou algum comensal o ajudou a escapar.
- É, na situação que ele estava eu acho difícil que ele tenha escapado sozinho.
- Harry, e agora? – perguntou Hermione – como vamos para Hogwarts??
- Não tenho idéia – respondeu, balançando a cabeça – A essas horas a profª. McGonagall já deve estar sabendo do incidente ocorrido e deve estar tomando providências.
Estavam conversando ainda, quando Neville e Luna se juntaram ao grupo.
- Que coisa horrível, não Harry? – indagou Luna – mas eu tenho que dizer que eu já esperava por isso.
- O que?? – disse Harry espantado – Você sabia??
- Sim, claro – respondeu calmamente – meu pai escreveu um artigo n’O Pasquim, falando do perigo que estávamos correndo, pois a terceira profecia do ano do cachorro do calendário chinês e as inscrições nas pirâmides do Egito prediziam que haveria um massacre este ano.
- Ah, claro – respondeu Harry, não dando muita atenção. O pai de Luna era conhecido por escrever coisas muito estranhas em sua revista, “O Pasquim”. Mas ele não podia criticar, pois além de Luna ser sua amiga, a revista do pai dela publicara anos atrás uma entrevista de Harry, uma vez que o “Diário do profeta” só estava criticando-o e a Dumbledore.
De repente, a Profª. McGonagall desaparatou na estação. Vários trouxas olharam, incrédulos. Não estavam entendendo nada e olharam para o outro lado ainda mais assustados quando Rufus Scrimegeour desaparatou também. Logo que ele avistou a diretora de Hogwarts, saiu em sua direção.
-Olá, minha cara Minerva – começou o ministro.
- Olá, ministro.
- Uma tragédia essa aqui, não?
- Oh, sim, com certeza – disse Minerva rispidamente – uma tragédia que poderia ser evitada se o ministério desse apoio à escola e não o contrário!
- Hum, eu presumo que não, minha cara professora. A tragédia de hoje só mostrou que a escola não é mais segura, agora que Dumbledore morreu...
- Está querendo dizer que quer fechar Hogwarts?? Está maluco? E está duvidando da minha capacidade??
- Eu não quis dizer que duvido da sua capacidade, é só que Dumbledore era um grande bruxo, talvez o maior dos nossos tempos.
- E eu te digo ministro, outros virão!! Mas você nunca saberá, se eles não tiverem apoio e ensino da escola!
- Mas você não vê?? – disse Rufus, começando a se exaltar – se eu deixar que vocês permaneçam com a escola aberta, será um grande perigo para todos os alunos.
- Então é nessas horas que eu gostaria de contar com o apoio do ministério!! Mande seus homens vigiarem Hogwarts, porque a escola vai ficar aberta!! – disse Minerva, severa. – agora com licença, acho que tenho de bolar um outro meio de fazer a viajem até Hogwarts se não dará para ser por trem.
E se retirou. Harry ouviu toda a discussão, e decidiu que estava com McGonagall. Talvez por isso, quando o ministro acenou, querendo lhe chamar a atenção Harry nem olhou.
Algumas horas se passaram e a diretora de Hogwarts já havia bolado uma maneira de levar a todos para Hogwarts: usaria chaves de portal. Mas não eram todos os pais quem deixaram os filhos irem. Vários pais, depois do incidente, decidiram que seus filhos estariam mais seguros junto deles, embora nenhum aluno tenha sofrido mais do que um arranhão durante a batalha. Na verdade, a maioria de mortos foram aurores e depois alguns pais.
Todos prontos para ir, foram se agrupando ao redor das chaves do portal. Cada chave tinha espaço para doze alunos, então Harry foi junto com Rony, Hermione, Gina, Neville, Luna, Lilá, Parvati, Dino, Simas e outros dois alunos da lufa-lufa.
- Ao meu sinal, segurem firme na chave do portal – gritou a Profª. McGonagall – três, dois, um, segurem!!
Harry se segurou firmemente. Em alguns segundos estava em outro lugar.
- Harry – ouviu Gina falar – onde estamos?
Ele olhou para o lado. Decididamente eles não estavam perto de Hogwarts.
N/A: ebaaaaa, eu continuei por vces aí q comentaram, tava até desanimado... continua comentano aeee, valeu.
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