A toca
- Harry, querido, como você está? – disse a Sra. Weasley, dando-lhe um forte abraço – foi tudo bem na sua saída de casa?
- Er, foi – disse Harry, timidamente. Gina foi ao encontro de Harry, entrelaçando seu braço no dele.
- Adivinha, mamãe – perguntou Gina ansiosamente – voltamos a namorar, eu e o Harry.
- Hum – disse a Sra. Weasley, num tom não muito convincente – e antes que eu me esqueça, feliz aniversário Harry.
- Obrigado – falou Harry educadamente.
- Agora todos para cama. Já!
Foram grandes os protestos, mas a Sra. Weasley parecia que não ia ceder. Resolveram ir para cama, sem mais reclamações. Harry foi dormir no quarto de Rony, e soube que Hermione estava com Gina.
- Rony – começou Harry – como foi a sua conversa com Hermione?
- Ah, cara, levei o maior fora. Ela disse que gosta de mim, mas só como amigo mesmo, que está gostado de outro homem.
- Krum? – arriscou Harry.
- Só pode ser – falou Rony, sem emoções.
Chegaram ao quarto. Quando Rony abriu a porta, Harry se deparou com uma pilha de presentes.
- São para mim? – perguntou Harry, abismado.
- São sim.
Correu para a pilha de presentes. Harry nunca havia ganhado tantos presentes em seu aniversário. Os Dursley sempre lhe deram coisas insignificantes, roupas velha de Duda, geralmente. Sem falar que Harry já havia recebido muitos presentes de natal de seus amigos, mas nunca em seu aniversário.
Com a ajuda de Rony, começou a desembrulhar os presentes. Caldeirões de chocolate, feijões de todos os sabores, uma capa para sua vassoura, um livro sobre magia avançada. Todos esses presentes de seus companheiros da Grifinória. E um de Luna. Os últimos agora eram de seus amigos mais próximos. Desembrulhou um pacote pequeno e irregular.
- Alguns brinquedinhos – disse Rony – comprei na loja de Fred e Jorge.
- Interessante – respondeu Harry, se atentando agora para outro presente – outro livro! Olhe Rony, o nome “Mil maneiras de se amar”.
- Adivinha de quem é né? – perguntou Rony, fazendo uma cara de deboche.
- Gina, provavelmente – disse Harry sem nenhuma animação, já olhando para o próximo, alguma coisa como roupas novas. Em cima, um cartão, de Gina.
-Espera aí – exclamou Harry - se esse é o presente de Gina, de quem é aquele livro??
- Hum, deixe-me ver – respondeu o amigo, procurando no embrulho. Quando achou, fez uma cara asquerosa – Hermione!
- O quê?? O que será que ela quer dizer com esse livro?
- Claro Harry! Agora está tudo claro. Não é Krum o cara de quem ela me falou, é você.
- Não diga asneiras, Rony. Mais tarde esclarecemos tudo, mas agora vamos dormir, estou morrendo de sono.
- Ok, boa noite.
- Noite.
Quando Harry acordou, já estava sozinho no quarto. Olhou para a janela e viu um dia bem iluminado. Estava se lembrando vagamente do que havia sonhado, alguma coisa com Snape e Malfoy, quando alguém entrou no quarto. Era Hermione, que sentou do seu lado, na cama.
- Olá, Harry – disse ela, esboçando um sorriso – Como está?
- Bem, eu acho – respondeu ele – Hermione, o que é aquele presente que você me deu?
- Você não gostou? Eu posso trocá-lo, se você quiser...
- Não, não é isso. É que eu pensei que era um presente da Gina...
- E...?
- Ahn, deixa pra lá – respondeu Harry, se sentindo meio constrangido por fazer uma pergunta dessas à amiga – vamos descer?
- Vamos Harry – disse Hermione – e eu só queria te dizer uma coisa antes. Eu estou confusa, muito confusa.
Tendo dito isso, Hermione deu-lhe um beijo no rosto e saiu, corada. Harry ainda demorou alguns minutos, tentando entender o que havia ocorrido ali. Depois desceu em direção à cozinha.
- Ah, olá Harry – saudou a Sra. Weasley – dormiu bem? Sente-se, tome o café.
- Obrigado – respondeu Harry educadamente – onde estão os outros?
- Ah, foram dar um jeito nesses gnomos aí do quintal. Mas tome seu café agora, você está muito magro. E nós temos que conversar uma coisa muito séria.
- Tudo bem – respondeu Harry. A mesa estava farta, e Harry comeu de tudo um pouco. Quando terminou, fez questão de usar mágica para lavar a louça.
- Oh, obrigada, Harry querido. Venha, vamos para a sala.
Foram então para a sala. Sra. Weasley indicou uma poltrona e Harry se sentou.
- Sabe Harry, acho que é a primeira vez que eu toco nesse assunto com você – começou ela – Eu, hum, fiquei sabendo que você não pretende voltar para a escola de Hogwarts, mesmo que ela fique aberta.
- Realmente, Sra. Weasley. Er, Dumbledore se foi, mas me deixou uma missão. E eu não posso desistir agora.
- Harry, eu me preocupo muito com você. Você é como um filho para mim e eu tenho medo de qualquer coisa que possa te acontecer.
- Eu compreendo Sra. Weasley – retrucou Harry – você é como uma mãe para mim também. Mas a questão é que eu tenho que ir. Já pensei muito nisso, quero ir sozinho, não quero arriscar a vida de mais ninguém.
- Harry, pense. Ninguém pode fazer nada sozinho. Nem você-sabe-quem está sozinho. Deixe-me te explicar. Vá para a escola, termine o período letivo, você vai precisar de todo o conhecimento que se possa adquirir.
- Mas, Sra. Weasley...
- Harry, ouça o que eu estou dizendo. Vai ser melhor assim.
- Eu preciso pensar. Dumbledore me deu uma missão e se eu for para o colégio, o mundo estará correndo um grande perigo.
- Harry, e se você não for e morrer? Você é a última esperança de todos. Todos acreditam que VOCÊ é a última esperança.
- Tudo bem – concordou Harry – mas tenho que falar com a profª. McGonagall para ter total liberdade para sair do castelo.
- Faça como quiser, Harry.
- Ok –confirmou Harry – com licença, posso me reunir a Rony?
- À vontade Harry.
Harry não contou nada à mãe de Rony, mas acabara de ter uma brilhante idéia. Não seriam apenas a Ordem da Fênix e o ministério da magia que iriam combater Voldermort e seus comensais, mas também a Armada de Dumbledore.
Avistou Rony e os outros debaixo de uma árvore, descansando.
- Olá, pessoal – Harry cumprimentou – tenho novidades: vou voltar para Hogwarts com vocês.
- Mas Harry, você não tinha dit... – começou Hermione, mas foi interrompida.
- Sim, mas tive uma idéia. Vamos continuar com a Armada de Dumbledore.
- Isso – deixou escapar Gina, mas depois colocou a mão na boca – er, que bom Harry!
- Hermione, ainda pode contactar todos os membros? Exceto, claro, aquela amiga de Cho.
- Claro Harry! – respondeu - O que eu não faria por você? – pensou ela.
- Precisamos reunir mais pessoas também – continuou Harry – posso contar com vocês, Rony e Gina?
- Claro – confirmou Rony.
Passou-se quase um mês. Era véspera da ida para a escola de Hogwarts. Gui e Fleur se casaram, Harry e Gina continuavam juntos e agora Rony tinha certeza que Hermione estava afim de um outro garoto. O Sr. Weasley ainda trabalhava para o ministério, mas ajudava como nunca a Ordem da Fênix, pois era o novo presidente do grupo.
Não demorou e Harry descobrira que a Toca estava sendo vigiada por membros de ambas as partes. E a ida para a plataforma 9 e meia seria vigiada. Harry foi dormir bem cedo, pois teria que acordar cedo também no dia seguinte.
Mas quando Harry estava indo para a cama, deparou-se com Hermione.
- Olá, Harry – começou ela.
- Ah, oi –Harry respondeu. Sentiu que estava corando.
- Hum, Gina já está dormindo. Então, senti vontade de dizer um oi pra você.
- Está dito, não é? – disse Harry, querendo acabar com o assunto
- Sim. Er, boa noite – disse.
Então aconteceu uma coisa que Harry não esperava. Hermione deu-lhe um beijo na boca, bem rápido. E aparatou. Harry, sem entender nada, foi para cama enão comentou nada com Rony. Amanhã seria outro dia.
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