Alguns Enganos
Era chegada a hora de retomar as aulas de D.C.A.T. com Loueine, mas depois da conversa que tivera com ela mais cedo e também com Dumbledore, Harry estava apenas deixando tudo seguir seu curso normalmente. Se prometera a ela as aulas nesta última semana do feriado, então era exatamente o que ia fazer, afinal, estaria estudando de certa forma, da melhor maneira que conhecia. Jantou normalmente enquanto contava a Rony e também a Hermione, que o repreendia pela ansiedade, toda a conversa que tivera com Dumbledore.
- Ah Hermione, Harry não tem culpa de que o próprio Dumbledore tenha ido procurá-lo. - defendeu-o Rony. - E, além disso, até que foi bem legal ele não esconder nada do Harry, ou... quase nada. – acrescentou lembrando-se do que poderia ser o mistério que ele ainda escondia e prendendo o guardanapo no colarinho.
- Certo Rony, mas mesmo assim não evitou que Harry ficasse mais preocupado do que já estava, evitou?
- Na verdade Hermione, até que foi bem legal mesmo. Dumbledore sabe bem como nos acalmar até nos momentos mais complicados. Ninguém que eu conheça faz isso com tanto sucesso quanto ele, ninguém.
- Se isso te ajudou, fico feliz Harry. – os dois trocaram um sorriso. No tablado frontal alguém se levantou tilintando uma tacinha.
- Atenção, por favor! – pediu a professora McGonagall gentilmente e um outro alguém incomum àquela mesa há alguns dias colocou-se de pé ao lado dela.
- Obrigada professora McGonagall. – sorriu-lhe agradecido o Professor Dumbledore. – Bem, meus caros alunos, eu não pretendo me delongar em meu pronunciamento, até porque estas batatas douradas nos parecem mesmo muito convidativas. – todos sorriram com o comentário bem humorado e típico do diretor, exceto é claro, os sonserinos que o consideravam um velho caduco e passível. – É bom estar em Hogwarts novamente e poder compactuar desta juventude da qual sinto tanta falta. Os Testes Finas se aproximam e com eles novas... responsabilidades e experiências. Imagino que cada um, ao seu modo, tenha se preparado da melhor forma possível e que possa ser capaz de iniciar com sucesso seus Estágios Seqüenciais em Magia. – ele fez uma breve pausa, ergueu um cálice e sorriu a todos. – Bem, que se inicie o banquete!
Então as enormes mesas se encheram de todos os tipo mais incríveis de comida. Guloseimas, doces e sorvetes que não derretiam. Harry ficou satisfeito em saber que não era o único feliz com a volta do diretor à Hogwarts e sorriu para si mesmo enquanto degustava sua sopa de beterrabas romenas. Hermione havia sentando à sua frente e não ao seu lado como era de costume. Assim, Harry poderia olhar pra ela sem fazer muito esforço ou dar muita bandeira. Quando Rony finalmente terminou sua sobremesa e despediu-se dele e de Hermione para se juntar à Luna, Harry também colocou-se de pé limpando a boca com o guardanapo.
- Vai se encontrar com Loueine não vai? - perguntou Hermione de um jeito que deixou Harry sem entender direito o que exatamente ela queria saber.
- Vou... vou dar as aulas que prometi. – respondeu com naturalidade ajeitando as vestes.
- Hum. - ela desviou o olhar. Harry olhou para os lados e sentou-se perto dela.
- Mas... porque está me perguntando isso Hermione? Você já sabia que eu estava dando aulas a ela, não sabia?
- Sim, é que... eu achei que com o professor Lupin de volta não seria mais necessário. – respondeu concretamente no que Harry meditou um pouco antes de falar alguma coisa.
- Na verdade, não seria mesmo, mas não posso dispensar a oportunidade de praticar feitiços contra as artes das trevas antes dos TF’s. Principalmente porque recebi a aprovação de Dumbledore e de McGonagall para fazer isso.
- Claro, eu... eu não tinha pensado por este lado. – ela sorriu falsamente e ele se levantou de novo.
- Nos vemos depois então, até. – despediu-se Harry ainda confuso.
- Até... Harry. – respondeu-lhe Hermione o seguindo com o olhar enquanto ele deixava o Grande Salão ajeitando a mochila nas costas. Na verdade, o motivo de sua pergunta era o fato de Harry passar muito tempo com Loueine naquela sala. Não sabendo dos reais sentimentos de Hermione por ele, nada o impediria de se interessar por outra garota, principalmente sendo Loueine Brookstorm a garota mais bonita e popular de toda escola atualmente. Porém Hermione jamais deixaria transparecer isso. Preferia voltar para o dormitório e meter a cara em todos os livros que conseguisse, mantendo assim, sua mente ocupada. Um pouco mais perto da Sala Precisa Harry já podia avistar Loueine distraída com um livro nas mãos escorada na parede da tapeçaria de Barnabás, o amalucado.
- Loueine? – chamou-a Harry para que não a assustasse e a garota rapidamente endireitou-se fechando o livro e abrindo um grande sorriso.
- Oi de novo Harry, como foi o resto do seu dia?
- Bem. – ele a olhou por uns instantes. Não entendia porque exatamente, mas não conseguia desprender seus olhos do laço de fita azul que ela usava nos cabelos e que a deixava ainda mais bonita. – E... o seu? – perguntou gentilmente transferindo a mochila para sua mão direita e disfarçando seu olhar.
- Com certeza vai ser finalizado da melhor forma possível! – respondeu empolgada e Harry sentiu certo rubor em seu rosto.
- Vamos entrar então?- sugeriu tentando quebrar seu constrangimento logo depois que a porta se materializou e ele a abriu.
- Vamos sim! – Loueine aceitou passando à frente dele.
Depois de acender algumas velas e organizar uns livros na estante enorme de carvalho, Harry livrou-se de sua capa e também da mochila, deixando consigo apenas a varinha e seu caderno de anotações da época em que liderara a A.D..
- Seria bom, eu imagino, revisarmos alguns itens importantes das aulas anteriores não é?
- Na verdade Harry, durante todos estes dias sem aula, eu... eu tomei a liberdade de continuar estudando sozinha sobre D.C.A.T. – Harry olhou para ela com um ar espantado. Loueine era de fato a garota mais dedicada que conhecera, depois de Hermione, é claro.
- Bom Loueine, então... seria viável você mesma sugerir o que sente necessidade de ser aprendido. – ele sorriu brevemente. – Estou começando a achar que minha presença aqui é desnecessária.
- Não! É claro que não Harry! – disse se aproximando bastante dele. – Você tem sido excelente. – ela o olhou nos olhos sem piscar. Harry engoliu em seco. Loueine virou-se e esfregou as mãos enquanto dava alguns passos de costas para ele. – Eu... não sei o que seria de mim sem a sua dedicação. – o olhou novamente agora mais distante.
- Ehhh... bem... você... me parece bem avançada com suas teorias. Talvez devêssemos começar a colocar em prática alguns feitiços mais simples, o que acha?
- Perfeito! Se... você concordar é claro!
- Está certo. – Harry abaixou-se guardando o seu caderno de anotações, afinal já sabia de cor e salteado um número bom de feitios defensivos simplórios. – Há um contra-feitiço bastante útil chamado... Protego, cujo o efeito consiste numa espécie de escudo contra um feitiço que tenham lançado em você. Eu não ficaria surpreso se me dissesse que já ouviu falar ou leu alguma coisa a respeito.
- Ouvi sim e me parece um bom feitiço para se praticar. Nunca sabemos quando vamos ser... atacados pelas costas não é?
- Exatamente, embora não seja desculpa para deixarmos de estar sempre alertas. – advertiu-a Harry bastante conciso e Loueine concordou silenciosamente acenando sua cabeça positivamente. – Bom, eu vou ficar na sua frente à certa distância, como é costume nos duelos, e lançarei alguns feitiços mais simples em você. Tudo o que tem a fazer é proteger-se deles usando o Protego, ok?
- Ok.
- Vamos... começar então?
- Vamos!
Os dois fizeram a saudação típica dos duelos bruxos, andaram uns passos, um de costas para o outro e se viraram novamente na posição de duelar.
- Pronta? – Harry perguntou-lhe mais uma vez.
- Pronta! – respondeu segura de si.
- Expelliarmus!!! – falou Harry e um jato de luz emergiu de sua varinha, mas Loueine se adiantou um pouco e mencionou “Protego” sem muita clareza e o feitiço, tendo Loueine se esquivado antes, quase pegou-lhe em cheio. - Você está bem? – perguntou Harry fazendo menção de se aproximar, preocupado que a tivesse atingido.
- Estou bem, você não me acertou, não se preocupe. - explicou a garota colocando-se novamente em posição de defesa, permitindo que ele prosseguisse.
- Expelliarmus!!! – falou Harry novamente, mas desta vez Loueine esqueceu-se do que ia dizer, jogando-se no chão e quase sendo atingida.
- Finiti Incantatem!!! - Harry gritou finalizando o encantamento antes que o feitiço a alvejasse ali mesmo no chão. - Loueine... – ele correu junto a ela- ... tem certeza de que está mesmo pronta para aulas práticas? – perguntou ajudando-a a se levantar.
- Tenho sim Harry, eu só estou um pouco... tensa, mas já vai passar... eu acho. – explicou tentando entender o que estava acontecendo.
- Loueine...? – Harry a chamou fazendo-a voltar à tona. – Você está bem?
- Sim, estou. Parece que perdi o jeito com minha varinha hoje. – falou sorrindo meio sem graça.
- Hum. – Harry pensou um pouco. - Olha, talvez seja porque não esteja segurando sua varinha com firmeza.
- É... talvez seja isso. – ela olhou da varinha em suas mãos para Harry. - Será que... poderia me ajudar? – Harry pigarreou baixo.
- É... é claro. – ele se posicionou atrás dela sem jeito. - Tudo... o que tem a fazer é... flexionar seu braço direito... – Harry segurou o braço dela conduzindo-a. Loueine o ouvia atenta. - ... e... aponta-lo na direção do seu... alvo... com a varinha erguida firmemente em sua... mão. – concluiu apertando a mão dela dentro da sua com firmeza. Harry estava tão perto de Loueine que seu queixo quase encostava no ombro da garota. Ela o entreolhou mordendo os lábios. – Algum... problema?
- Não, é que... sua mão...
- Que tem ela? – perguntou Harry tenso.
- Está mais suada que a minha. – completou com um sorriso o deixando ainda mais constrangido.
- Ah... – ele a soltou. – Desculpe.
- Tudo bem, eu me sinto... bem mais confiante agora.
- Ehhh... se quiser... podemos continuar amanhã.
- Ah não, de jeito nenhum. Eu é que não saio daqui hoje sem jogar você no chão pelo menos uma vez. – ela informou a Harry posicionando-se novamente em defesa e desta vez ele também sorriu.
- Tá bom, você é quem sabe. – ele se afastou alguns passos. – Pronta?
- Estou pronta, professor! – o olhar dela era bastante corajoso e decidido agora, bem mais do que antes.
- Expelliarmus!!! – Harry agitou sua varinha, lançando o feitiço pela terceira vez.
- Protego!!! – disse Loueine em resposta ao feitiço e ele foi chicoteado para uma das paredes com sucesso.
- Hahaha... muito bom Loueine, muito bom! - Harry deu um grande sorriso satisfeito que ela finalmente tivesse conseguido.
- Legal!!! – ela comemorou fazendo uma leve reverência zombeteira.
Entre risos e explosões de luz saindo de suas varinhas os dois conduziram o restante da aula de forma bastante proveitosa, principalmente para Harry. Se ela havia sido capaz de aprender tão bem, era porque ele também fora um bom professor. Depois de consultar seu relógio de pulso, Harry deu por encerrada aquela aula que julgou ser a mais legal que já tivera com Loueine. Tanto que até cogitou a hipótese de continuar com elas depois dos Testes Finais, já que Loueine ficaria até o final do ano letivo. Mas não falaria nada com a garota antes de ter a aprovação de Dumbledore. Agora Harry recolhia seus pertences e Loueine os dela. Tudo estava em perfeita ordem na Sala Precisa quando saíram para o corredor que costumava ficar deserto, não importava a hora.
- Puxa! Tenho que admitir que me enganei e que estou impressionado com a forma que reverteu a aula hoje, chego a pensar que estava somente fingindo no início.
- Fingindo? – ela sorriu. – Ahhh... não, não, definitivamente não. É que isso tudo é muito novo pra mim e também fascinante. É natural que qualquer pessoa fique nervosa perto... de você Harry.
- De mim? Ora e por quê? – perguntou surpreso.
- Ah... todos falam do quanto você é corajoso, inteligente, leal e... devo por assim dizer, muito gentil também.
- Não sou muito... diferente da maioria das pessoas Loueine e se quer mesmo saber, estas aulas estão sendo bastante úteis para mim também.
- Jamais vou esquecer o que está fazendo por mim Harry. - ela se aproximou e beijou o rosto dele. - Obrigada! – ao contrário do que imaginava sentir num momento destes Harry apenas sorriu. – Até amanhã.
- Até. – despediu-se ficando ali parado e vendo a garota sumir de suas vistas no corredor escuro iluminado apenas pela luz da lua.
Lembrara-se de deitar-se em sua cama naquela noite sorrindo sozinho e pensando em Loueine. Embora não conseguisse tirar Hermione de sua mente e muito menos desistir de tentar conversar com ela sobre Hogsmed, alguma coisa em Loueine o deixava inquieto. Tinham algumas características em comum, mas não se resumia a isso. O lado misterioso daquela garota loira e de olhos incrivelmente azuis parecia falar alto às vezes. Seus olhos começaram a ficar pesados e Harry adormeceu.
- AAAAHHHHHHHHH!!! – ele acordou sentando-se rapidamente em sua cama. Estava encharcado de suor e sua respiração era ofegante. Olhou pela janela e ainda estava escuro. Levou a mão na cabeça limpando o rosto úmido. Gritara tão alto que acordara Rony.
- Harry!!! Que aconteceu cara? – perguntou-lhe preocupado e meio sonolento ainda. Por sorte só Rony e Neville, que tinham as camas mais próximas da sua, acordaram. Harry demorara um pouco para responder.
- Diz alguma coisa! – incentivou-o Neville. Harry respirou fundo.
- Lembra-se dos pesadelos Ron?
- Sim, é claro.
- Acho que... eu estava enganado sobre serem passageiros. – Rony e Neville se entreolharam meio tensos e Rony sentou-se na cama de Harry.
- Mas Harry, como pode saber disso se das outras vezes você nem sequer lembrou que os teve? - Harry massageou os nós dos dedos e os encarou.
- Porque desta vez eu escutei alguma coisa. – falou por fim.
- Escutou alguma coisa? – repetiu Neville franzindo as sombracelhas.
- Escutou o quê? – quis saber imediatamente um Rony que já perdera totalmente o sono.
- Não sei direito, mas... parecia uma mulher e... ela estava gritando. – mais uma vez Rony e Neville se entreolharam. Rony engoliu em seco.
- E... deu pra ver a mulher? – perguntou incerto.
- Não, mas seu grito era muito parecido com o mesmo grito que ouvi quando estávamos no terceiro ano e aqueles... Dementadores invadiram o trem, lembra?
- E quem esqueceria de uma coisa dessas Harry, quem?
Rony e Neville sabiam perfeitamente que a mulher gritando no sonho só poderia ser Lílian Potter, a mãe de Harry, porque o próprio Harry assim lhes contara uma vez. No entanto, nem Rony e tão pouco Neville ousaram fazer algum comentário a respeito. Lá fora começara a cair uma chuva fina que respingava nos vidros da janela a medida que o dia ia amanhecendo. Harry não pregou mais o olho e fingiu estar dormindo quando os outros rapazes se levantaram para o café e saíram do dormitório o deixando sozinho. Em sua cabeça mil pensamentos lhe causavam certo mal estar. Fazia tempo que não lembrava de sua mãe e principalmente desta forma que considerava a mais dolorosa. Ele foi até o baú onde guardava seus pertences e revirou-o até o fundo apanhando uma foto de seus pais. Examinou-a com carinho e depois apertou-a junto ao peito num misto de saudades e raiva. Não queria sair da torre da Grifinória naquele dia, só sairia para encontrar-se com Loueine e mesmo assim porque não queria bancar o tratante, nada mais. Mas alguém incomum ao dormitório resolvera aparecer por volta do meio dia. Ao contrário do dormitório feminino, o masculino não era protegido por encantamentos, mas o acesso de garotas era proibido da mesma forma.
- Harry... ? – ela o chamou.
- Hermione? – ele se assustou guardando a foto em seu casaco apressado. – O que... o que está fazendo aqui? Sabe o problema que pode ter se...
- Ninguém vai perceber Harry, não se preocupe. Todos estão muito ocupados apreciando o almoço.
- Hum. – sentiu certo alívio, mas evitou olhar nos olhos dela. Hermione sentou-se ao lado dele retirando a almofada e dando uma boa olhada em todo o lugar.
- Até que este lugar não é tão... desarrumado quanto imaginei. – comentou.
- É que você veio num dia bom. – tentou brincar, mas era notável que seu humor não estava para isso.
- Harry, porque está trancado aqui o dia todo? – Hermione quis saber.
- Por nada Hermione, eu só não estava a fim de sair, só isso.
- Humm, não foi o que o Ronald me contou quando fomos tomar café hoje de manhã.
- O Rony tem uma língua um pouco... grande.
- Digamos que ele ficou preocupado com você, como eu ficaria e estou. - Harry se levantou indo até a janela de onde conseguia ver o lago negro e também o lugar favorito dos seus pais, segundo Sírius lhe contara. – Sei que... você deve estar pensando que eu vim até aqui para te dar conselhos sobre os seus pesadelos ou coisa parecida, mas... eu juro que desta vez não vou fazer isso.
- Se não foi por isso que se arriscou vindo até aqui, então porque foi? – ele perguntou sem olhar pra ela, ainda observando o lago. Hermione levantou-se e ficou ao lado dele.
- Porque fiquei preocupada, já disse, e... achei que tantos anos de amizade me davam o direito de oferecer a você minha atenção, caso queira conversar sobre o que está sentindo agora. - Harry emitiu um som que pareceu ser um sorriso meio sarcástico, mas não ofensivo.
- Se você soubesse tudo o que estou sentindo agora Hermione, não estou certo se iria querer mesmo estar aqui. – ele a encarou. Porém Hermione permanecera séria.
- Tem haver com... Loueine? – arriscou ela temerosa.
- Como? – indagou-a incrédulo.
- É que eu vi como você chegou sorrindo ontem a noite e como eu sabia que estavam juntos...
- Bom, ... - Harry a interrompeu. - ...Loueine tem se mostrado uma garota muito legal na verdade Hermione e não do jeito prepotente que todos diziam. – de repente ouvira dele um elogio a respeito da tal garota e isso doía um pouco.
- Sabe de uma coisa... ehh – ela fingiu naturalidade. -... de repente você deveria experimentar desabafar o que tem lhe incomodado tanto.
- É uma história meio longa e que me pediram pra esquecer.
- Huuu... – zombou sorrindo. -... quanto mistério mais você esconde aí dent...
- Hogsmed! – ele falou antes que pudesse evitar e Hermione pela primeira vez desde que entrara ali congelara.
- A... que se refere exatamente?
- Ao dia em que nos beijamos em Hogsmed, Hermione, sabe muito bem que estou me referindo a isso.
- Eu pensei que já tivéssemos decidido que não tocaríamos mais no assunto.
- Você decidiu isso!
- E você aceitou! – ela respirou fundo. – Olha Harry, eu não entendo porque não falou sobre isso aquele dia e sim agora.
- Não quis desrespeitar você Hermione, só isso. E... de uns dias pra cá... – mentiu - ... isso tem me preocupado. Se somos tão... amigos... – Harry pensara em como era tão difícil admitir simplesmente que estava gostando dela de verdade e não fazer rodeios como estava fazendo agora. Isso deixara Hermione enraivecida por dentro. -... podíamos ser mais maduros e conversar abertamente sobre isso e não fugir um do outro como fizemos.
- Nós não fugimos, só... decidimos que como bons... amigos não falaríamos mais sobre este...
- Erro? É isso que ia dizer não é? – ele perguntou sem demonstrar o que estava sentido.
- A questão não é essa Harry e sabe muito bem que não é!
- Ah não? Então qual é? Porque eu não vejo outro motivo pra esquecermos uma coisa tão normal assim a não ser que você me diga que é realmente o que significa pra você, um erro. – ela desviou o olhar sem saber o que falar ao certo. Porque ele insistira em relembrar isso de repente? – Diga que esqueceu e eu juro que nunca mais tocarei no assunto!
- Não foi por isso que vim aqui, eu... – ela se precipitou a sair, mas ele a segurou.
- Não pode ser tão difícil assim falar sobre uma coisa que não significou nada pra nós dois, ou pode? – aquele “não significou nada pra nós dois” entrou na mente de Hermione como uma maldição imperdoável e dolorosa. Finalmente parecia estar entendendo que tudo o que Harry queria era ter certeza de que ela, assim como ele, já tinha esquecido tudo. Assim poderia convidar outra garota, possivelmente Loueine Brookstorm, pra sair com ele sem se sentir culpado.
- Tem razão Harry. – ela se soltou dele devagar. Estava decidida a botar um ponto final naquela história. – Eu deveria ter lhe dito simplesmente que... – ela o fitou, os olhos brilhando. - ... eu já esqueci sim!!! – Harry sentiu seu coração desacelerar e foi como se um punhal o tivesse rasgado de repente. Ela não mentiria sobre isso, não pela segunda vez. Estava feito. Tocara no assunto de novo, como prometera à Sírius, mas devido à reação que ela tivera, Harry decidira naquele momento, esquecer seus sentimentos e considera-los não correspondidos. Ela ajeitou as vestes. – Agora se não tem mais nada a dizer, eu vou embora antes que alguém me veja aqui. – falou sem expor sua tristeza.
- Claro. – ele concordou sem nem se mexer. De costas para ele Hermione segurava lágrimas em seus olhos.
- Você não vem? – perguntou já na porta.
- Vou mais tarde, tenho que... guardar alguns livros.
- Certo. Até logo então. – e dizendo isso saiu do dormitório rapidamente.
- Até... Hermione.
A garota nem se quer prestou atenção se alguém a vira sair de lá. Tudo o que Hermione queria agora era se jogar em sua cama, sabendo que estava sozinha, e chorar tudo o que não tinha chorado perto dele. Mal sabia ela que estava enganada, mal sabia.
UFFA ´ ` FINALMENTE EU CONSEGUI POSTAR ESTE CAPÍTULO!!!
EU AGRADEÇO A TODOS OS LEITORES QUE ESTÃO ME DANDO A MAIOR FORÇA PRA CONTINUAR ESCREVENDO A FIC E TAMBÉM ESTÃO PACIENTES COMIGO... HEHEHE
QUERO PEDIR MAIS COMENTÁRIOS, SÃO IMPORTANTES PARA O ANDAR DA CARRUAGEM...RSR
VALEU GENTE, ATÉ O PRÓXIMO, ESPERO QUE EM BREVE, CAPÍTULO!!!
Comentários (1)
Nãooooooooooooooooo que droga!!!!!!!Por que eles não tomam vergonha na cara e simplesmente se declarão um para o outro!!!!!!!!
2012-12-05