Para o céu dos anjinhos



Londres
(Junho de 1975 – Outubro de 1975)


Richard Amadeus Benson sentiu as gotinhas de água gelada escorrerem por seu rosto, agredindo a pele tal qual lâminas afiadas golpeadas contra a pele.
Sentiu o chão movendo-se para o lado, e então caiu de costas, como se alguém tivesse lhe dado uma rasteira. Fechou os olhos com força, esperando que fosse capaz de abri-los novamente.

Fez uma força descomunal, mas enfim conseguiu erguer o braço que parecia pesar toneladas, e levou a mão até a testa, afastando uma mecha de cabelo negro. Seu peito arfava rapidamente, em plena agonia. Mas ele havia conseguido. Cumprira sua missão. Ou ao menos um sétimo dela.

Apertou o medalhão com força na mesma mão que afastara o cabelo dos olhos, estes ainda fechados. Então fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça: atirou o medalhão o mais longe que pôde pela janela; ele pôde observar o objeto descrever um arco no ar até cair na rua movimentada. Os carros o atropelaram, e o medalhão finalmente caiu dentro de um bueiro a um canto da avenida. Seu pai haveria de pagar caro pelo erro de subestima-lo.

Mas Hunter ainda estava ali. O Elfo o observava atentamente. Richard sabia que fora contra sua inteira vontade que Hunter o obedecera, mas ele era, no final das contas, membro da família.

Ricky riu novamente.

Que grande família ele tinha! Sua mãe era uma prostituta suicida, e seu pai um psicótico metido a Hitler. Mas ainda assim... O elfo era obrigado a obedece-lo.

Mas como chegara ali, afinal de contas?

Richard tinha inteira e plena consciência de quem, e o que era seu pai. Ele sabia que o maldito monstro assassino havia tentado mata-lo, mas que por algum estranho motivo não havia conseguido. Então deu no pé, como o crápula nojento que era, e Ricky só foi reencontra-lo seis anos depois, em Hogwarts.
.
De qualquer maneira, Ricky nunca ficou sabendo o que exatamente significava ser filho d´Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado até de fato estar na presença dele novamente, sob seus desígnios de Comensal da Morte.

Ricky matou. Ricky torturou. Mas nada disso era realmente importante. Eram apenas os ossos do ofício. E sabia que depois de receber a Marca Negra nunca mais poderia aparecer em qualquer estádio de quadribol na vida. Bem, esse era um sacrifício que ele estava disposto a fazer.

Mas ele era realmente grato às suas habilidades de jogador, que o haviam levado ao supremo status de Apanhador da Seleção Nacional. Poucas pessoas sabem realmente como uma posição como aquela pode ser proveitosa. Em geral os jogadores de quadribol levavam balaços demais na cabeça, ou eram burros demais para compreenderem muita coisa ao seu redor, e talvez isso, aliado ao fato de que o povo bruxo fazia qualquer coisa por seus ídolos esportivos, lhe permitiram um amplo acesso a algumas partes limitadas do Ministério da Magia. Como a vez em que solicitou um tour pelo Departamento de Mistérios, alegando estar morrendo de curiosidade para conhece-lo: o que, inicialmente, era verdade. Obviamente, ninguém ousou negar nada ao garoto de ouro da seleção nacional.

E foi assim que Richard descobriu a profecia que o relacionava a seu pai.

...assim como o filho do Grande Deus buscou seus pedaços para retorna-lo à vida, sete vezes ele irá buscar, por sete léguas, durante sete dias e sete noites. O filho do Lorde das Trevas sairá em busca de seus pedaços por sete vezes, e seis vezes ele fracassará, e sua alma não poderá descansar enquanto não retorna-lo ou retornar à morte

Difícil mesmo foi descobrir sobre Horcruxes. Mas o acervo da biblioteca ministerial era também realmente fantástico.

Ele riu, sem saber porque o fazia. A dor parecia partir de cada célula de seu corpo; era como se seu sangue se recusasse a circular normalmente pelo corpo fosse lentamente se transformando em fogo líquido. Escapar da avalanche em nada se comparava àquilo...

Hunter veio se aproximando, suas orelhas morcegudas balançando para lá e para cá, conforme o velho elfo andava. Richard bem sabia que podia ter obrigado o Elfo a beber a poção em seu lugar. Mas estava satisfeito em cumprir com sua parte da profecia; sempre soubera que jamais conseguiria reunir todas as Horcruxes. Não, o elfo devia permanecer são e salvo para que Lord Voldemort jamais descobrisse sobre a destruição do medalhão.

Então Richard sentiu sua visão perdendo o foco, e com um derradeiro sentimento de agonia, viu a Morte se aproximando a galope, erguendo a foice sobre seu pescoço, prestes a desferir o golpe de misericórdia...

[...]

“Mestre, o senhor deve saber!”

Foi a primeira coisa que Voldemort ouviu quando entrou de repente em sua sala de estar.
Estivera procurando Hunter durante o dia todo, mas o elfo simplesmente evaporara da face da terra.
Então, de repente, Hunter simplesmente aparatou no meio da sala, carregando um... Corpo?!

Voldemort se aproximou rapidamente, chutou o elfo para um lado e virou o corpo aparentemente morto de barriga para cima. Reconehceu o rosto imediatamente: Era Ricky.

Menino idiota...” – Sussurrou, enquanto tomava seu pulso, verificando que ele ainda se encontrava vivo.
“Onde você esteve, elfo idiota?” – rosnou para Hunter, que se encolhera no canto oposto, e agora se ocupava em martelar a cabeça no abajur.
“O jovem mestre proibiu Hunter de contar... o Senhor deve perdoar, mas Hunter foi proibido... Hunter obedece somente às ordens da família, e o jovem senhor Benson ordenou a Hunter primeiro que não contasse nada a ninguém, e Hunter não pode desobedecer porque apesar de não ser um Riddle, o jovem senhor Benson tem o sangue do Senhor... O Senhor deve perdoar Hunter... Mas Hunter achou que talvez o Senhor pudesse ajudar o jovem mestre, porque o senhor é pai dele... O jovem mestre está morrendo, oh não, o jovem Richard está morrendo...”

Voldemort olhou com nojo para o elfo encolhido, mas nada fez contra a criatura. Precisava de Hunter vivo. Precisava saber exatamente o que estava acontecendo... Mas como, afinal, Richard havia sobrevivido?

O rapaz era mais esperto do que julgava, afinal...

Richard estava mortalmente pálido, e seu rosto tingia-se de um assustador tom verde brilhante. Embora respirasse levemente, nada sugeria que ele se manteria muito mais tempo vivo. Não se alguém que soubesse exatamente o que ele havia tomado não agisse rapidamente.

Enervate” – Voldemort sussurrou , ajoelhado ao lado do corpo.
Ricky mexeu-se alguns centímetros para o lado, piscou rapidamente e começou a gritar e gemer:
Não, não, mamãe, me perdoa, mamãe, não fui eu, não fui eu, mamãe, não... Foi o papai, mamãe, foi ele, sim, ele te matou
Um barulho seco riscou o ar, e a mão pesada de Voldemort atingiu em cheio o rosto do filho, fazendo um filete de sangue escorrer pelo lábio inferior.
“Onde você estava? O que você obrigou o Elfo a fazer?”
“Vá para o inferno!” – Ele cuspiu.
Crucio!”
Mais gritos enxeram a sala, e o corpo já debilitado tornou a tremer incontrolavelmente. Hunter apenas assistia a tudo sentado na esquina da parede.

Richard era surpreendentemente apto em Oclumência, estava sendo bastante difícil penetrar em sua mente... Ou talvez não precisasse penetra-la.

“O que foi que ele tomou?” – Indagou rudemente para o elfo, sobrepondo os gritos.
“Hunter não sabe, mas se Hunter soubesse não poderia contar; Hunter foi proibido de comentar qualquer coisa sobre o assunto! Mas o jovem Benson bebeu uma coisa estranha, uma poção verde brilhante em uma caverna misteriosa... Perdão, Mestre, mas Hunter não sabe...”
“Silêncio!” – Ordenou rispidamente, e o elfo parou de choramingar.
“Então você descobriu sobre minhas Horcruxes, Benson? Muito bem, devo admitir que não esperava isso de você. Há uma profecia, não é?”
“A Profecia! Como se eu precisasse de uma profecia para querer detonar você, destruí-lo, mata-lo...”
“Contudo você poderia ter mandado Hunter beber a poção. Diga-me, estou curioso: Como descobriu a localização do medalhão?”
Richard xingou mais uma vez, e Voldemort riu friamente.
“Vamos, vamos, não me obrigue a acabar com o estoque de Veritasserum da casa...”
“Vá para o inferno, cobra maldita!”
“Eu mandei você falar a verdade!”
Sua voz soou tão altíssona que a varinha em sua mão, ainda apontando para o rapaz, vibrou com a energia, e um jato de luz vermelho atingiu-o em cheio no peito. De repente, Richard começou a falar sem parar:
“Minha mãe costumava contar histórias do tempo dela de criança, e mencionou essa caverna várias vezes” – Parecia lutar contra as palavras que jorravam de sua boca – “Disse que você, que meu pai, era capaz de se comunicar com as cobras... Coisa que eu também era, claro. Aproveitei o tempo em que todos me julgavam morto e fui atrás da Horcrux. Então percebi que tendo o mesmo sangue, eu seria parte da família, ainda que não levasse o mesmo sobrenome. E convoquei Hunter... E o obriguei a me fazer beber toda a poção. Ela enfraquece seus poderes, e faz reviver suas piores lembranças... Mas como pode ver, não mata instantaneamente.”
“Sim” – Voldemort sorriu, e baixou a varinha – “Eu gostaria mesmo de saber quem, e como, descobriu minha Horcrux. Bem, me parece que a poção serviu ao seu propósito. Você não deve durar muito... Talvez ainda tenha uma hora ou duas. Eu poderia acabar com você agora, claro, mas que bobeira a minha... Avada Kedavra!”
A luz verde forte saiu da ponta da varinha indo atingir diretamente o corpo do outro, que soltou uma exclamação rouca e fechou os olhos, como se esperando o impacto. Porém, nada aconteceu.
“É, não funciona mesmo. Presumo que eu vá ter de sentar aqui e assistir você morrendo... Lentamente... Dolorosamente...” – Sorriu malignamente e estreitou os olhos escuros agora tomados pelo fulgor vermelho.
Largou-se no sofá e ordenou uma bebida qualquer ao trêmulo Hunter. Sem opção, o Elfo lhe trouxe uma garrafa do melhor vinho da casa e uma taça.

E como se assistisse a um show paticularmente macabro, ele sentou-se, verdadeiramente deliciado com o sofrimento mudo do próprio filho. E ainda brindou:
“À vida e à morte, Ricky, e aos bastardos, e aos cretinos de seus pais...”
Riu brevemente e levou a taça aos lábios.
Ouviu-o gritar mais impropérios, e dando de ombros, Voldemort apenas falou; a voz carregada de sarcasmo:
“Desculpe, meu filho, por não ter sido um bom pai. Sabe, eu não tive em quem me espelhar... Já você, parece que escolheu a vadia da sua mãe como modelo.”

Ergueu a taça novamente, num derradeiro brinde, antes que Ricky desse seu último grito.

[...]


Os dementadores pareciam procriar com uma rapidez absurda, e Voldemort estava começando a desconfiar do porquê dessa súbita expansão populacional das criaturas.
Havia muita magia negra no ar. Podia sentir. As pessoas estavam morrendo de medo do que poderia acontecer se entrassem no caminho dos Comensais da Morte.
Virou-se para a saída, ajeitando a capa por cima dos ombros.
Adorava Halloween. Era na verdade o único tipo de festa que apreciava. Naquela noite, o véu entre o mundo dos mortos e dos vivos tornava-se mais fino, quase inexistente, e ele poderia ir e vir entre ambos os lados se quisesse...

Três batidas fortes na porta, e uma voz feminina soou do outro lado:

“Mestre... O senhor está... Digo, os outros o estão esperando lá fora.” – Disse a voz hesitante de Bellatrix Lestrange.

Ele sorriu para si, pensando no quanto Bella lhe era útil. Chegava quase a gostar realmente da mulher.
Nagini passou sibilando por seus pés, enroscando-se para cima da cadeira, erguendo a cabeça como se estivesse prestes a dar o bote.
“Você devia toma-la. Essa Lestrange, ou Bella, como você prefere. Ela é bastante inteligente, bonita, e está disposta a fazer de tudo por você.”
“E por toma-la, você quer dizer...?”
“Você sabe do que estou falando.”
“Agora não é o momento!” – Respondeu rispidamente
“Não, mas o momento chegará. Não tente adia-lo, será muito pior.”
“Sei disso...” – Respondeu baixinho – “Eu saberei quando o momento chegar, está bem? Eu saberei...”
“Não saberá; você está cego pelo poder. Jamais admitirá a si mesmo que é chegado o momento da roda se inverter...”
“Não acredito nesses simbolismos estúpidos!”

Nagini fez um movimento sinuoso e desceu da cadeira, indo enroscar-se de um modo agressivo em suas pernas, impedindo-o de dar um passo.

“Só porque você é burro demais para entende-los, não significa que sejam estúpidos. Por que não aprende a dar valor às coisas desconhecidas ao invés de subestima-las como sempre faz? Você não é onisciente, Thomas Riddle...”
“Não use esse nome comigo! E por que não vai caçar uns ratos e cuidar da própria vida para variar? Não sei porque ainda a escuto, você é só uma cobra idiota!”
“Vai chegar a hora, ó Lorde das Trevas, em que você vai cair e pagar o preço por subestimar aquilo que não conhece. Achei que já tivesse aprendido a lição depois do que aconteceu com seu filho.”
“Tudo bem, tudo bem! Eu farei o maldito ritual! E usarei Bella, como você quer, apenas me deixe em paz!”
E saiu do quarto profundamente angustiado. Alguém pagaria caro por sua raiva àquela noite...

Bella o esperava do lado de fora; eles desceram a rua indo de encontro à aglomeração de estranhos encapuzados que eram os Comensais da Morte. A Marca Negra ardia em seus respectivos braços, e uma névoa fina e gélida se estendia pairando no ar.

“Vamos liquidá-los hoje à noite, Milorde!” – Rosnou Fenrir Greyback por baixo de sua capa incomodamente apertdada.
“É, quero ver o que aquela Ordem-das-quantas vai poder fazer!” – Disse Lúcio Malfoy, excitado. Era sua primeira missão como Comensal da Morte, e Voldemort avaliava se tinha feito bem em permitir o ingresso do moleque no grupo.
Eles se separaram em grupos de três; Voldemort com Bellatrix e Rodolfo a seu lado, e aparataram.

Havia muito tempo desde que pisara ali pela última vez, mas Hogmuggle continuava com o mesmíssimo aspecto de um vilarejo perdido esquecido pelo tempo. As casinhas humildes dos trouxas eram as únicas coisas distinguíveis da extensa orla pouco antes da faixa de areia, após a qual a massa negra aquática imperava, extendendo-se até o horizonte, até perder-se das vistas.

Naquele dia, porém, boa parte das casas eram enfeitadas com lanternas de abóboras e havia luz, calor e sinais de festas dentro de algumas das casas.

A primeira casa que Rodolfo, Bellatrix e Voldemort atacaram, foi a maior e a mais imponente, acima de um morro, perturbadoramente parecida com a Mansão Riddle, e talvez por isso mesmo tivesse dado ordens para não deixar ninguém vivo.

Bella tomou a dianteira, a varinha erguida. Silenciosamente, deslisou como uma sombra até a porta de trás. Abriu a caixa de energia e arrancou os fuzíveis, fazendo a energia da casa cair misteriosamente. Puderam ouvir os xingamentos de dentro da casa.

Voldemort e Bellatrix trocaram olhares cúmplices divertidos. Ela abriu a boca para falar alguma coisa, mas ele a silenciou com um gesto.

Um ganido fino, um jato de luz verde, e o cachorro da casa caiu morto ao lado de Rodolfo.

Um dos trouxas saiu da casa levando na mão uma lanterna, totalmente atordoado.
“Que é que está acontecen...?”
Crucio!” – Gritou Bellatrix, saltando de trás do muro, e o jato de luz vermelha atingiu o trouxa em cheio.
O homem berrou e gritou e estrebuchou, contorcendo-se no chão.
“Você realmente gosta disso, não é, Bella?” – Comentou Rodolfo, ligeiramente impressionado.
Mas Bellatrix não respondeu, estava ocupada demais torturando o pobre trouxa para dar ouvidos ao marido.

Voldemort entrou na casa e viu uma mulher e uma menina ajoelhadas no escuro, ambas trêmulas com as mãos cruzadas no peito em oração.

Ora, vamos!” – Exasperou-se – “Você não acha realmente que Deus vai ajuda-las agora, acha?”
A garotinha soltou um grito rouco e agourento e começou a rezar alto, implorando por misericórdia divina. A mãe abraçou-a, protegendo a filha com o próprio corpo, agarrando-a como se pudesse devolve-la ao ventre. A menina por sua vez agarrou-se à mãe, fechando os olhinhos, isolada em seu próprio oásis de proteção materna onde nenhum mal poderia atingi-la.

Avada Kedavra” – Disse sem emoção, e a mãe caiu morta por cima da filha.

A garotinha recomeçou a rezar e a chorar cada vez mais alto. Voldemort veio se aproximando, um sorriso sádico
no rosto. Ainda podia ouvir os berros do trouxa que sofria nas mãos de Bellatrix.
Estendeu as mãos para tirar a menina debaixo do corpo da mãe, mas quando a tocou, sentiu como se um choque elétrico percorresse seu corpo, e então foi jogado para trás, batendo as costas na parede.

Contraditoriamente o sorriso em seu rosto se ampliou, e Voldemort baixou a varinha para encarar diretamente a garotinha trêmula que se escondera sob a mesa.

“Ora, mas quem diria! Temos uma pequena sangue-ruim aqui! Será que eu deveria deixa-la viver? O que você acha, Bella?” – Bellatrix acabara de entrar na sala, exibindo a mesma satisfação doentia que distorcia seu rosto bonito.
“Acho que deve mata-la, Senhor. É uma sangue-ruim, de qualquer maneira. Merece morrer.”
“Então faça as honras da casa, minha cara...”

Bellatrix se aproximou e puxou a garota violentamente para sua frente. Ergeu o queixo da menina e se abaixou, fazendo ambos os olhares se cruzarem. Voldemort percebeu que ela lia a mente da garota.

“Então você acha que vai para o céu brincar com os anjinhos?” – Bellatrix perguntou maliciosa. – “Não, eu acho que não.”
Ela deu um passo para trás e apontou a própria varinha para a garota:
Imperius!”
E Voldemort; os braços cruzados como se assistisse a um balé, e não a mais uma demonstração de crueldade brutal, viu a garotinha caminhando até o pai semi-inconsciente deitado no gramado. Ela tomou a varinha de suas mãos, para sua total surpresa. Aquela varinha era poderosa demais para uma criança, e no entanto...

“Joanne, querida, que é que você está...?” – Sussurrou o homem, arregalando os olhos para a filha que lhe apontava a varinha.
“Agora! Mate-o!” – Ordenou Bellatrix, mal contendo o riso.
Avada Kedavra!” – Disse a voz firme da menina e um jato de luz verde atingiu o homem no peito, e ele caiu com os olhos abertos e vidrados, sem vida. Morto.
“Veremos seus anjinhos, agora...” – Caçoou Bellatrix.
“Beleza de showzinho, Bellatrix” – Disse Rodolfo muito sério. – “Você é doente, garota.”
“Que é que você tem a ver com isso?” – Ela retrucou, agressiva. – “Eu não sou é um bebê chorão que mal consegue matar alguém!”
“Você sente prazer nisso, é doentio...” – Gritou Rodolfo.
“Vá à merda!”
E quando Bellatrix virou-se para a saída, pisando duro e apertando a varinha compulsivamente, um jato de luz vermelha passou raspando por sua orelha direita, a tempo dos três se abaixarem, evitando o ataque.

“É a Ordem da Fênix!” – Gritou Lúcio Malfoy do outro lado da cerca, no quintal da casa vizinha, ao mesmo tempo em que rebatia uma azaração do impedimento.

Foi a vez de Rodolfo gritar um palavrão, quando foi obrigado a se esconder atrás de uma árvore para evitar de ser pego por um feitiço qualquer.

Voldemort viu um grupo de bruxos começando a travar um duelo com os Comensais, e com um único feitiço levou ao chão três dos aurores que lhe mandavam azarações. Alguém atrás deles gritou, e ao virar-se rapidamente para ver a quem pertencia o grito, Bellatrix quase foi atingida por um Rictusempra lançado pelo homem alto e ruivo que havia pouco lutava com Lúcio.

“Arthur, cubra a outra casa!” – Uma mulher loira gritou para o ruivo, e teve de se jogar no chão para desviar do jato de luz verde lançado por Voldemort.
“Alice, não! Volte para a retaguarda!” – Arthur respondeu, bloqueando o feitiço lançado por Malfoy.
“Bellatrix!” – Rodolfo gritou, mas havia ficado para trás; agora duelava com dois aurores ao mesmo tempo.
A mulher chamada Alice adiantou-se e lançou-lhe um feitiço qualquer, que Voldemort rebateu com um mero agito da mão.
Crucio!” – Gritou Voldemort, e Alice desviou do jato saltando para o lado.
Seu perverso, cruel, imundo...” – Ela ofegou, pondo-se de pé.
Avada...
“Frank!” – Ela gritou, e um bruxo alto e corpulento aparatou ao seu lado, empurrando a mulher para o lado; o jato de luz verde atingiu o monumento no meio da praça em que lutavam.
Frank e Alice se colocaram lado a lado, atirando feitiços aos montes, todos meramente desviados.
Quando, de repente, um grito lancinante partiu do outro lado da praça.
Voldemort viu Bellatrix duelando com três bruxos ao mesmo tempo, e um deles a atingira pelas costas com a maldição cruciatus.

Moody, não...!
“É o que eles merecem, Bones! Faça-os sentir o gostinho do próprio veneno!”
“Vocês vão se arrepender!” – Bellatrix gritou, em meio aos seus gemidos.
“Chega!” – Gritou uma mulher alta e pálida de cabelos negros. Ela retirou o feitiço de Bellatrix, que se levantou rapidamente.
“Não vai, não!”
Mas era tarde demais; Bellatrix nocautera Marlene McKinnon e Edgar Bones. Moody urrou de ódio e abriu a boca torta para enunciar uma nova maldição, que a atingiu em cheio.

Voldemort tornou a ouvir os gritos lancinantes de Bella, e irritado, estuporou rapidamente Frank e Alice.
Estupefaça!” – Gritou, mas Moody bloqueou seu feitiço.
“Essa é uma de suas queridinhas, eh?”
Avada Kedavra!” – Mas Moody desviou-se do feitiço, abrindo um sorriso desdentado.
“Acorde, Bellatrix, acorde... Vamos embora daqui... O que foi que eu lhe falei sobre resistir...?”
“O que ela é, afinal? Sua mulherzinha?” – Debochou Moody mais uma vez, desviando do jato de luz verde.
“Acorde, mulher idiota, acorde. Você cansou de receber Cruciatus, por que não...?”
“Por que você está se importando? Por que não a deixa morrer aqui sozinha?”
ESTUPEFAÇA!” – E finalmente Alastor Moody caiu desacordado – “Sujeitinho chato...

Voldemort ergueu nos próprios braços o corpo desacordado da Comensal, que pendia frágil e desacordado. Fosse qual fosse o feitiço lançado por Moody, não poderia reverte-lo ali, então preparou-se para aparatar...

Mas algo o impediu.

“O que...? Dumbledore!”
“Boa noite, Tom.” – Cumprimentou-o simplesmente.
Tamanho foi sua surpresa que Voldemort deixou o corpo desacordado de Bellatrix cair no chão; ela gemeu baixinho mas não acordou.
“Oh, espere... Mas que tamanha falta de cavalheirismo, a minha! A jovem Bellatrix ficará melhor no St.Mungus, creio eu...”
Dumbledore levitou o corpo de Bella para perto de si, preparando-se para despacha-lo para o hospital.
Não ouse...!” – Sussurrou, e puxou o corpo de volta a si.
“Mas você parece realmente preocupado com Bellatrix. Gostaria de acreditar que você gosta sinceramente dela, mas vejo que você continua a se recusar a abrir o coração a sentimentos mais nobres...”

Voldemort gargalhou alto.

“Você e o amor, Dumbledore. Vejo que continua um velho romântico.”
“Sim. E você continua lamentavelmente ignorante do poder desse sentimento.”
“Ah, é?” – Seus olhos faiscaram – “E você poderia me dar um exemplo desse poder, Dumbledore, ou será que eu não sou digno de tal conhecimento?”

O diretor não respondeu. Ergueu a varinha e apontou-a para Voldemort, e fazendo um movimento fluido, e de sua ponta surgiu uma cobra de fumaça vermelha que serpenteou até envolver Voldemort e o corpo inerte de Bellatrix. A fumaça pairou por alguns momentos sobre os dois, e assumiu a forma de um coração que brilhou intensamente antes de ser desfeito por um movimento impaciente das mãos do bruxo.

“Vê só?” – disse Dumbledore; a voz risonha – “à princípio, Lord Voldemort e amor não se misturam.”
“Amor é uma fraqueza tola”
“Você está enganado mais uma vez, Tom.”
Voldemort não respondeu, mas de sua varinha saiu um feixe de luz verde que quase atingiu o diretor; este foi obrigado a conjurar um escudo de ouro reluzente para desviar o feitiço.
“Por que não me ataca, então? Por que não me mata?”
“Porque acho que a morte não seria suficiente para redimi-lo de seus crimes” – Respondeu, e desviou de um novo jato de luz verde.
“Não há nada pior do que a morte, Dumbledore!”
“Oh, há coisas muito piores do que a morte, sim. E é meu desejo que você compreenda isso, Tom. Uma mania insistente de um velho professor, creio; querer continuar a ensinar coisas a seus pupilos, ainda que eles tenham de aprender da pior maneira...”
“Mestre!” – Gritou Bellatrix, tendo acbado de despertar – “Mate o velho! Mate-o agora, Mestre...”
“Calada, Bella.” – Ele sibilou – “Volte para casa.”
Mas Bella não obedeceu suas ordens, continuou encarando os bruxos duelando, muda de espanto.
“Os aurores estão chegando, Bellatrix.” – Falou Dumbledore calmamente – “Você será presa se continuar aqui.”
Bellatrix abriu a boca para protestar, mas mudou de idéia e desaparatou.
“Agora somos só eu e você.” - Comentou Dumbledore, em seu jeito calmo de sempre.
Avada Kedavra! Avada Kedavra! Avada...!
Mas os jatos verdes eram desviados como se houvesse uma barreira invisível cercando Dumbledore.
“Ambos sabemos que você não vai conseguir me matar; tampouco eu matarei você. Proponho uma trégua.”
Voldemort riu alto novamente.
“Uma trégua? Ficou senil de vez?”
“Não; meu exército supera o seu em número, e o seu nos supera em qualidade. Uma simples questão estratégica que, tenho certeza, você é capaz de compreender.”

Voldemort olhou ao redor. Haviam cerca de três aurores para cada Comensal, e ambos lutavam bravamente.
Rodolfo estava desacordado a um canto; Mulciber parecia ter sido atingido por uma dúzia de azarações ao mesmo tempo e seu nariz virara uma abóbora. Rookwood tinha a cara cheia de horríveis bolhas azuis, Avery gemia semi-inconsciente deitado no gramado em frente á casa que Voldemort tinha atacado, e Lúcio Malfoy e Arthur Weasley tinham esquecido as varinhas, e partiram para a violência física: Arthur agora exibia um belo par de olhos roxos e Lúcio um lábio cortado.

Por sua vez, os aurores não estavam em melhor estado. Moody estava incosciente e petrificado, Frank e Alice Longbotton paralisados atrás dele e Marlene McKinnon e Edgar Bones estupedificados.

Seus olhos, transformados em duas fendas vermelhas durante o calor da batalha, estreitaram-se ameaçadoramente, e então, erguendo o pescoço num gesto de puro desdém, fez um sinal afirmativo para Dumbledore.Virou-se de costas; não estava disposto a aturar o sorrisinho sarcástico de Dumbledore.

“Vamos indo embora, pessoal!” – Gritou para os comensais, que muito distraídos pela luta, não lhe deram atenção.
“Eu falei para irmos embora!” – berrou novamente. – “Pare de gemer, Malfoy!” – Acrescentou para o garoto loiro que apertava a virilha, onde aparentemente, tinha sido atingido por um chute certeiro de Arthur Weasley.
Dumbledore se adiantou e fez um movimento rápido, recolhendo todas as varinhas dos duelistas próximos a ele. Ambos os grupos combatentes piscaram confusos, até se darem conta da ordem de seus chefes.
“Voltem todos para casa, eu ainda tenho coisas a resolver por aqui” – Disse Voldemort, desgostoso.
“O mesmo digo eu” – Completou Dumbledore, animado.

O bruxo então voltou-se para o outro lado da rua, em direção a uma das casinhas trouxas que pegava fogo.
Voldemort viu Dumbledore de costas, as vestes azuis com estrelinhas prateadas refletindo a luz da lua cheia.
Instintivamente, sacou a varinha e apontou para as costas expostas do diretor, e então...

Espere aí! Lua Cheia?!
Greyback!

Em algum lugar o lobisomem atacava alguém, e sabendo de suas preferências, Voldemort tinha um palpite seguro de quem...

De repente, um grito fino partiu da casa em ruínas, e Voldemort correu até a entrada da casa onde um vulto peludo se aproximava de uma garotinha.

Fenrir, não!” – Gritou.
Mas era tarde demais, o lobisomem já atacara a menina.
Quando ergueu o rosto pingando sangue, Greyback sustentava um olhar de pura depravação no rosto. A nuvem tornara a esconder a lua, e Greyback reassumira sua forma humana.
“Isso é tão nojento, Greyback...” – Disse calmamente, apontando a massa sangrenta que era o corpo da garota – “Da próxima vez, peça autorização para isso. Eu poderia precisar da menina...”

Greyback sorriu mostrando os dentes cheios de sangue; Voldemort desviou o olhar. Então o lobisomem aparatou, deixando-o sozinho, observando a lua reaparecer de trás das nuvens.

Instintivamente apalpou o pescoço, achando o pequeno pingente prateado que um dia pertecera a Ann, já transformado em Horcrux. Teria de refazer todo o seu plano com as horcruxes, já que uma dela havia sido destruída... Suspirou.

Então tomou a trilha da direita e só parou ao dar de cara com uma velha estação de trem abandonada.
Desativada havia pelo menos vinte anos, segundo a placa empoeirada que a prefeitura afixara ali.

Podia muito bem aparatar, mas sentiu que gostaria de refazer aquele caminho à pé, seguindo os trilhos rompidos do trem, avaliando as mudanças drásticas na paisagem decadente do lugar que marcara sua infância.

O capim formava quase uma floresta entre os trilhos, ocultando os vagões enferrujados da locomotiva, e conforme ele foi caminhando, começou a ser possível enxergar um pedaço dos prédios mais altos da região mais decadente de Londres.

O prédio que um dia dera abrigo ao Orfanato Santa Edwiges era agora nada além de um amontoado de tijolos e concretos e alguma poucas telhas quebradas, através dos quais via-se apenas a escuridão fria de um local abandonado. O cheiro desagradável de matéria em decomposição e urina impregnava todo o lugar.

Alguns poucos jovens andavam por ali, drogados demais para perceberem a presença estranha que caminhava hesitante pela ruela miserável. Limitavam-se a lançarem olhares de curiosa admiração como se Voldemort não passasse de mais uma alucinação, e então iam embora, murmurando coisas sobre adultos que se fantasiavam para o Halloween.
O único agito e a única luz do local vinha de um amontoado de lixo tansformado em fogueira, ao redor da qual um bando de pedintes se reunia.

Voldemort sacudiu a cabeça, lançando um olhar desolado ao que um dia fora um bairro simpático, e onde tinha passado boa parte de sua infância. Não sentia saudades, claro, mas ainda assim...

Espiou através das frestas da parede ruída do orfanato, e entrou.
Um cheiro desagradável invadiu suas narinas novamente. Ouviu apenas o som de água pingando no andar acima, marcando o ritmo de seus passos vacilantes, quebrando monotonamente o silêncio...

Mas de repente, uma luz acendeu-se no andar de cima. Alarmado, Voldemort ergueu a varinha e subiu as escadas cautelosamente.
Quando entrou pela porta do último quarto, seu queixo caiu.

Sra.Cole?
A velha, de aspecto frágil e desamparado, sentava-se em uma poltrona roída de traças e acabara de acender uma vela, iluminando fantasmagoricamente todo o quarto.
“Quem é você?” – Ela perguntou, levantando-se num salto e derrubando o gato esquelético que cochilava em seu colo. – “Sou uma velha miserável, como pode ver, não tenho nada!”
Sra.Cole...” – Falou novamente, trêmulo de surpresa – “Por Merlin!”
“Quem é você? Pela última vez: diga, ou eu chamarei a polícia.!”

Mas o que ele responderia? Quem era ele afinal? O que aquela velha trouxa saberia sobre os poderes de Lord Voldemort? Que saberia ela de seus grandes e terríveis feitos?

“Eu... Eu... Eu sou o Tom. Tom Riddle.”
“Meu Deus!” – A velha exclamou, deixando-se cair na poltrona novamente. – “Tom... Tom Riddle…
“Bem, eu sempre achei você esquisito. Não sabia que era tanto... Céus... Como você cresceu! Mas é claro, claro que você cresceu... O seu rosto...”
Tom virou o rosto, ligeiramente constrangido. Devia simplesmente matar a velha, esconder sua Horcrux feita com a morte de Ricky, e ir embora dali...
“Então... Aceita uma xícara de chá? Está realmente frio...”
Tom ia responder que não, que não teria coragem de tocar em nada naquela casa imunda, mas quando abriu a boca para dizer aquilo, as palavras simplesmente não saíram, e ele se pôs a observar a velha servir duas xícaras de chá fumegante na mesa bamba.

Eles sentaram-se, e a Sra.Cole começou a falar:
“Você não vai acreditar no que aconteceu com isso aqui, Tom. Como decaiu... Bem, não foi culpa nossa, sabe. Tentamos de tudo para não fecharem o orfanato, mas no fim não teve jeito. A verba foi desviada sabe-se lá para onde. Segurança, acho... Todas essas coisas estranhas acontecendo. Gente morrendo misteriosamente, é como se estivéssemos em guerra novamente.”
Tom não falou nada, apenas abaixou a cabeça e brincou com as espirais de fumaça que subiam de seu chá, que ao seu toque, se transformaram em cobras de vapor. A Sra.Cole observou aquilo levemente assustada, mas não fez nenhum comentário.
“Você sabe o queaconteceu com a Amada Benson também?” – Ela perguntou, franzindo a testa já enrugada como pergaminho.
Tom fez que sim com a cabeça, sem mal notar a pergunta.
“É, descobrimos que ela estava grávida, poucos meses depois de você ir embora. Não teve jeito também, tivemos de expulsa-la, e então... Pensamos que talvez vocês fossem se casar, ou coisa assim. Você não sabe dela, sabe?”
“Morta. Há anos. O filho também.”
A Sra.Cole resmungou alguma coisa inaudível, e esvaziou a xícara num gole só.
“O que há de errado com você, Tom? Por que sempre foi tão diferente?”
“Eu... Sou um bruxo. Isso significa que eu posso fazer magia. Veja...” – E apontou a varinha para o armário, mas antes que lançasse o feitiço, a Sra.Cole deteu seu braço e, com uma risada alta e gostosa, disse:
“Poupe sua mágica, querido. Já vi muito dela durante dezoito anos, francamente não preciso de mais. Você não deve achar realmente que durante todo esse tempo eu nunca desconfiei de nada, não é?”
Tom tornou a baixar a cabeça e pela primeira vez, bebeu de seu chá já frio. Então levantou-se em direção à saída.
“Oh, não vá tão cedo. Não tenho ninguém para conversar realmente, exceto o gato, e...”
Avada Kedavra!
E a Sra.Cole caiu morta no chão; os olhos ainda abertos e a boca enrugada curvada num ligeiro sorriso.
E antes de ir, Voldemort guardou o pingente cuidadosamente dentro do mesmo armário que um dia Dumbledore havia tocado fogo e o feito acreditar que magia não só era possível, mas real...

E aparatou de volta para casa, sentindo que a noite, afinal, não tinha sido um desperdício completo.

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Capítulo XXXVII Delivery Express chegou!
Desculpem pela demora, gente, mas eu estava passando por outra daquelas brainstorms onde me ocorrem todo tipo de idéia menos as relacionadas com o capitulo mais recene. Tanto é que atualmene eu estou me dedicando a uma outra fanfic: Chama-se “Why Do You Love Me?” e é um romance Voldie/Bella meio dark, depressivo, doentio e melancólico... Quem quiser conferir mais desse casalzinho meigo, taí a sugestão ^^
Agora, apesar de demorado, esse capítulo saiu grandinho. Cheio de coisa...
Pensamentos do Ricky, a morte horrível dele, o cumprimento da profecia e a destruição de uma Horcrux . discussão entre Voldie e Nagini, que ainda vai dar muito pano pra manga (os mais atentos já devem ter sacado do que eles estavam falando)
Depois, mais um ataque a trouxas, demonstrações de cruelade extrema de Voldemort, Bella & cia. (sério, às vezes eu nem sei de onde sai todas essas idéias para maldades), o Moody e o Dumbledore debochando do “carinho” de Voldemort por Bellatrix (leia-se: ele gosta dela porque ela é esperta, gostosa e sua melhor e mais cruel Comensal).
E... Um encontro meio estranho do Tom (é, voltei a chama-lo assim. Não agüento mais escrever “Voldemort”, fora que esse nome é meio feio, e tira a intimidade com o personagem =P) com a Sra.Cole.
É isso aí, obrigada pelos comentários, não esqueçam: Eu amo todos vocês! XDDD
Até a próxima,

Lillith.

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