Halloween em Godric´s Hollow
(26 a 31 de Outubro de 1981)
“...aconteceu, mestre... Lily e James Potter me nomearam Fiel do Segredo.”
Severo mal pôde acreditar nas palavras de Pettigrew. Tremia de indignação contida - traidor filho da mãe!
Mas então a consciência de que também era um traidor o atingiu com força, e Severo sentiu vergonha. Muita vergonha, por saber que não era muito melhor do que o rato traidor que entregava os amigos à morte...
Tom, por sua vez, viu os olhos castanhos tomando um brilho fanático vermelho refletidos no espelho. E riu. Gargalhou. Sua alma estava em júbilo, feliz, muito feliz, triunfante...
Então ouviu as palavras mágicas. Godric´s Hollow, número sete, disse Rabicho, os lábios finos se abrindo num sorriso tímido e os olhos pequenos e aguados brilhando, fossem de lágrimas ou de orgulho. Receberei honras acima de todos... - pensou Rabicho, esfregando as mãos.
Snape apertou mais o ouvido contra a porta, esperando ouvir algo a mais que valesse a pena. Ora, aquilo já tinha funcionado uma vez, não? Suas mãos tremiam suadas, porque no fundo sabia o que tinha de fazer, uma vez que tinha a informação correta... Não teria paz enquanto não saldasse sua dívida. Bateu na porta, esperou que ele o mandasse entrar.
“Mestre, eu...” – Severo disse de cabeça baixa, evitando o contato visual. Sua Oclumencia nunca falhara até ali, mas não podia se arriscar, não agora... – “Peço licença para me ausentar do meu turno. Os aurores estão de folga, e eu... tenho assuntos pessoais para tratar.”
“Pode ir, Snape.” – Tom respondeu, mal prestando atenção nas palavras de seu servo.
Severo se retirou, sabendo muito bem aonde tinha de ir, o que tinha de fazer. Segurava firmemente a varinha, e então, com um pensamento determinado e fixo em sua mente, mergulhou na sensação angustiante de compressão que acompanhava a aparatação.
Tom acompanhou Nagini com o olhar; a cobra serpenteando silenciosamente pelo chão e indo se enrolar no tapete em frente à lareira.
Tanta luta... Tantas batalhas, tamanha guerra... - ele pensou, enquanto um sorriso se formava em seu rosto - Tanto esforço finalmente recompensado. Em breve não existirá mais nada capaz de me deter... E eu serei supremo.
Estendeu a mão e seus dedos brincaram de se enroscar no corpo sinuoso de Nagini, como se a acariciasse.
Pergunatava-se, o que faria então. Que faria de seu magnânimo império, tão meticulosamente contruído, perfeito, soberano. Nada de trouxas, nada de mundo bruxo escondido. Liberdade. Liberdade, era o que pregava, embora muitos achassem que seus meios não justificavam os fins. Mas o que são algumas gotas de sangue para salvar um oceano dele?
Era o que Nagini não cansava de apregoar: Havia a ascenção, o topo e... (um arrepio incômodo percorreu sua espinha) queda. Mas não para ele. Porque queda significava morte, porque claro, que haveria de ser pior que a morte? Mas não para Lord Voldemort. Lord Voldemort era imortal, ah, sim ele era...
Lembou do tempo que passara viajando pelo mundo, atrás do segredo para obter a imortalidade. Sim, ele procurara por todo tipo de poder, ao contrário do que Dumbledore dizia, não, não esquecera de nenhum. Sabia, sim, conhecia o amor. Todas as formas dele. Observara durante toda a sua vida. E todas se provaram fracas, uma fraqueza estúpida.
Era verdade que nunca o sentira na pele, mas isso não fazia mesmo muita diferença. Para que se submeter a algo que sempre trazia infelicidade no final? Quantas não tinham declarado sua paixão, seu amor incondicional por ele, usadas e depois descartadas, chorando nos cantos e lamentando a própria vida?
Ele lembrou-se das palavras de um velho feiticeiro que conhecera quando viajava pela América, pouco antes de se estabelecer no Egito. Não ficara muito tempo ali, alguns meses na verdade, mas lhe trouxera a oportunidade de aprender muito sobre magia ancestral.
“Quando um homem busca o amor, ele jamais encontra, porque o amor não vem quando é chamado. O amor é coisa ruim como doença, que infecta a alma, ali se estabelece como um parasita, e se nutre de sua vida, penetrando fundo em suas defesas e enfraquecendo”.
O velho xamã, que Tom não tinha muita certeza se era trouxa ou bruxo, coisa que na ocasião não lhe importara muito, estendeu a mão, suja de uma tinta vermelha-terra e oleosa e fez marcas em seu corpo:
“Um homem de verdade nunca sente dor de verdade, porque a dor que nos machuca é a dor que vem de dentro, que a dor que vem de fora passa. Se você um dia sentir dor que vem de dentro é porque você é fraco e ama, porque não existe dor maior do que o amor.”
O velho índio então fez uma marca de tinta em sua testa, e disse:
“Tudo que vier de você tem que vir daqui...”
Fez uma marca em ambas as suas mãos...
“Daqui...”
Fez uma outra marca perto da região da virilha e nos pés
“Ou daqui...”
“Nunca daqui” – e pousou a mão fechada em seu peito, na região do coração, sem deixar a tinta tocar seu peito nu.
Tom não foi capaz de compreender tais palavras, mas aguardou calado e ansioso. O velho tornara-se ainda mais enrugado e curvo de um modo assustador sob a luz trêmula da fogueira que acenderam, a única coisa que iluminava a vastidão gelada e escura do deserto.
“Você acredita em Deus?” – o velho lhe perguntou
“Não” – Tom respondeu com conviccção
O velho então riu uma risada rouca e estridente, fazendo Tom sentir-se ligeiramente constrangido.
Sem dizer mais nada, ele passou para Tom uma tigela cheia de um líquido estranho que ele não pôde distinguir o que era.
“O que é isso?” – perguntou
“Amor e Deus” – respondeu o índio sorrindo.
Tom hesitou por um momento, e então bebeu o líquido de sabor amargo; pouco tempo depois sua mente e corpo eram invadidos por sensações completamente desconhecidas. Era como... se estivesse conectado a tudo ao redor. Se o Amor era aquilo... Ele podia compreender.
Ao final, algumas horas depois, quando seu corpo finalmente se recuperou da viagem alucinógena que sofrera, o índio tornou a perguntar:
“Você acredita em Deus?”
“Não” – Tom respondeu com a mesma conviccção de antes.
“E no amor?” – o velho índio tornou a perguntar sem parecer desapontado
“É uma tolice, uma fraqueza.”
O velho pareceu se entristecer por um momento.
“Nenhuma alma é uma fortaleza impenetrável. Todos têm fraquezas. Você é jovem, ainda não conhece a sua. Mas eu conheço.”
“E qual é a minha fraqueza?” – perguntou Tom ansioso
“É o poder. O poder que você tem dentro de si.” – disse o velho índio, e foi embora.
[...]
Severo aparatou num lugar estranho, aonde nunca estivera na vida. Sabia, porém, tinha certeza de que estava no lugar certo. As casas simples da vila destacavam-se sob a névoa densa que as cobriam. As janelas e cortinas estavam todas fechadas, embora a presença de seus moradores fosse evidente pela luz que vazava debaixo das portas e pela fumaça que saía da chaminé de algumas casas.
A numeração da casa continuava diminuindo conforme uma comprida ladeira que parecia levar ao cume de um pequeno morro subia. Severo precisava repetir continuamente a razão de estar ali, pois um conflito interior era travado dentro de seu ser.
Sabia que tinha enviado Lily para a morte, agora sabia, e dissera a Dumbledore. Devia tentar salva-la... Se ao menos pudesse deixar James para morrer, salvar apenas Lily e o bebê, quem sabe ela não...?
Não. - ele disse firmemente para si mesmo.
Continuou a subir pela rua que levava até uma das últimas casas, a de número sete.
Hesitou por um momento e então tocou a campainha. Sabia que James estava em casa, os aurores estavam de folga.
E foi James quem atendeu a porta, um sorriso satisfeito no rosto. Um sorriso que se desfez quase imediatamente quando ele reconheceu o ex-colega.
“VOCÊ?!” - James exclamou, indignado – “SAIA JÁ DA MINHA FRENTE ANTES QUE EU O MATE!”
“Potter, espere!” – Severo exclamou aflito – “Eu não estaria aqui se realmente tivesse opção.”
O rosto de James se contorceu numa expressão de fúria, e sem dizer mais nada, o grifinório fechou a porta.
Severo pôs o pé no meio, impedindo a porta de fechar. Sentindo uma dor excrusiante no pé, ele tentou novamente:
“Potter... É muito importante. Você... Vocês estão correndo perigo...” – Severo ofegou, fazendo esforço para manter a porta aberta. – “Voldemort os achou. O Lorde das Trevas virá aqui esta noite.”
“Isso é impossível. Não sei como você conseguiu nos achar, mas estamos muito seguros, temos nosso fiel do segredo, muito obrigado...”
“Pois o Fiel do Segredo os traiu!” – exclamou Snape
“Nunca! Ele nunca faria isso! É nosso amigo...” – foi a vez de James gritar
“Há!” – debochou Severo – “Parece que o maravilhoso Potter precisa escolher melhor seus amiguinhos! O Fiel do Segredo os traiu, Potter. Saiam daqui ou vão morrer.”
“Ah é, e quando foi que você se preocupou com meu bem-estar? Você acha que vou confiar mais na sua palavra do que na palavra do meu amigo?”
“FAÇA COMO BEM ENTENDER, POTTER!” – Berrou Snape. Já estavam no meio da rua, gritando, e alguns vizinhos espiavam a confusão pela janela. – “Mas não diga que eu não avisei!”
“Ótimo!” – disse James, dando as costas, entrando em casa e fechando a porta, desta vez sem Severo impedindo.
“Arrogante... Arrogante demais para acreditar que pode ter se enganado com um amigo!” – disse Severo, e saiu andando a passos duros, parando de vez em quando para explodir arbustos. Apenas um pensamento ecoava em sua mente...
Lily
Ele tinha de salva-la.
[...]
“Milorde!” – exclamou Severo ofegante, prostrando-se aos pés do Lorde das Trevas.
“Levante-se, Severo” – disse Tom autoritário
“Milorde, eu vim pedir... Implorar...”
“Implorar pelo quê?” – perguntou Tom, erguendo uma sobrancelha.
“Eu... pela vida dela.” – Snape sussurrou trêmulo.
“Pela vida de quem, Severo?” – perguntou Tom, mas por algum motivo já sabia a resposta.
“Lily Potter” – disse o rapaz, erguendo os olhos amedrontados pela primeira vez para encara-lo.
Tom riu alto. Parecia que sua teoria se comprovava mais uma vez. Tolo!
“Lily Potter é casada, Severo. Com seu maior inimigo, se bem me lembro. Por que a quer viva?”
E por algum outro motivo, Severo corou e tornou a abaixar a cabeça.
“Eu... Eu a amo, senhor” – ele sussurrou baixinho.
Tom riu alto novamente.
“Você a ama? Ora, isso é novidade para mim. Um Comensal da Morte apaixonaado por uma sangue-ruim.”
“Senhor, por favor!” – exclamou Severo ajoelhando novamente – “O senhor não precisa mata-la, só a criança!”
Tom permitiu a si mesmo observar o rosto aflito de seu Comensal, olhando fundo nos olhos negros de Severo, procurando por alguma emoção, emoções que ele sabia que estavam lá. Surpreendentemente, porém, encontrou a mente limpa e calma.
“Você é um excelente oclumente.” – Tom disse sem emoção.
Severo tornou a se levantar rapidamente e fez um gesto com a cabeça como se pedisse licença para se retirar; as suas vestes negras esvoaçando como asas de um morcego.
“Não, espere.” – disse Tom, impedindo Severo de sair. – “Eu não vou matar Lily Potter”
Severo virou-se, tornando a olha-lo, e em seu rosto surgira um radiante sorriso.
“Senhor... muito obrigado, senhor...” – disse Snape, beijando a barra de suas vestes.
“Você é um bom servo, Severo. Pode ir.”
E Tom mais uma vez se pegou pensando nas estupidezes absurdas que cometiam aqueles que amavam.
[...]
As filas de comensais organizadas se dispunham exatamente à sua frente. Tom passava os olhos nelas, extasiado. Sentia-se feliz, triunfante como nunca. Seus olhos vermelhos brilhavam.
“Hoje...” – ele disse lenta e suavemente, mas firme – “Hoje, meus amigos, é o dia em que nosso reino de Trevas finalmente se estabelecerá como soberano e supremo. Uma pequena e insignificante batalha, e nós vencemos essa guerra.”
Os Comensais se entreolharam, cada um compartilhando do sentimento coletivo de triunfo. A guerra era deles, tinham vencido. Que era um bebê para o Lorde das Trevas?
“Hoje, Halloween de 1981, é o dia em que eu ficarei o mais poderoso que alguém pode ficar. Serei invencível, e vocês, meus fiéis servos, serão recompensados pela árdua luta que travaram contra nossos inimigos.”
Com um aceno da varinha, uma mesa cheia de comes e bebes apareceu, e a típica decoração de dia das bruxas enfeitava. Não haviam trouxas naquela festa, porém. Aquela era a última noite da existência de trouxas no mundo, e Tom não queria lembrar que eles existiam.
Retirou-se para seu quarto, precisava se preparar. Faria sua quinta e penúltima Horcrux com a morte de Harry Potter, e estaria ainda mais próximo da imortalidade, absolutamente invencível...
A taça de Helga Hufflepuff, a insígnia seria sua próxima Horcrux. Ele tirou-a do baú onde a trancava, apreciando seu brilho incomum. Poliu –a com a manga das vestes, lendo a inscrição:
Draco Dormiens Nunquan Titillandus
Não - Tom pensou consigo, crispando os lábis num sorriso afetado – Nunca cutuque um dragão adormecido.
De repente, alguém bateu à sua porta. Ele mandou que entrasse. Era Bella, e parecia aflita.
“Mestre, eu precisava falar com o senhor...” – ela disse, e parecia mesmo nervosa.
“Diga.”
“Mestre, eu estou preocupada!” – ela disse rapidamente
“Preocupada? Com o quê?” – Tom perguntou sarcástico, erguendo a sobrancelha
“Com o que pode acontecer esta noite.”
“Bella, é só um bebê. Um bebê; o que pode dar errado?”
“Não sei, não sei... É que tudo parece fácil demais... Simples demais para ser apenas isso!”
E sem que Tom esperasse, Bellatrix atirou-se em seus braços, prendendo-o num abraço apertado e emocionado. Ela tremia, fosse de medo, emoção ou vergonha.
Sua surpresa foi tamanha que Tom não conseguiu pensar em nada melhor para fazer do que dar palmadinhas pacientes nas costas da mulher, até que ela pareceu recobrar a dignidade e, corando até a raiz dos cabelos, disse:
“Boa sorte, Mestre.” – e se afastou para ir embora, mas ele a impediu.
“Bella, se algo acontecer hoje à noite... Algo imprevisto... ” – Tom engoliu em seco, sentindo-se um tanto nervoso pela primeira vez – “Prometa que você vai permanecer fiel. Eu prometo que não importa o que aconteça, eu voltarei para busca-los. Para busca-la.”
“Claro, meu senhor, eu juro...” – ela falou com uma nota de histeria na voz.
Tom segurou o rosto de Bella com as duas mãos, encarando com firmeza aquele par de opalas brilhantes que eram os olhos dela. Podia enxergar até o recinto mais profundo de sua alma, vasculhar cada mínima emoção e sentimento...
Devoção - ele pôde enxergar - admiração, respeito, temor, desejo, atração - uma mistura confusa de sentimentos tomava conta da mente de Bellatrix Lestrange naquele momento.
Ele a beijou na boca – um beijo mais fraternal do que realmente erótico, embora ela correspondese com ardor.
E deixou a sala, pronto para o que seria a sua última cartada na guerra que travara por tantos anos.
Levando Rabicho consigo – apenas uma garantia caso esquecesse o segredo ou algo assim, Tom aparatou diretamente na pequena vila bruxa. Era uma ilha minúscula perdida no mapa, mal cabiam todas as casinhas simples. Subindo a ladeira, no cume do morro, uma das maiores casas, identificada com um sete brilhante e um grifo como maçaneta: a casa dos Potter.
Era uma noite fria, extremamente fria; a névoa impregnava cada centímetro cúbico do ar igualmente gélido. Não haviam festas, todos sabiam que o Halloween era o dia preferido do Lorde das Trevas para atacar. De fato, o véu tênue entre o mundo dos vivos e dos mortos tornava todo o processo de criação de Horcruxes muito mais fácil, e por isso Tom havia escolhido aquele dia para atacar.
Palavras incômodas soavam em sua mente.
“Não saberá; você está cego pelo poder. Jamais admitirá a si mesmo que é chegado o momento da roda se inverter...”
“Não sei, não sei... É que tudo parece fácil demais... Simples demais para ser apenas isso!”
“É o poder. O poder que você tem dentro de si.”
Tom sacudiu a cabeça como se espantasse uma mosca irritante.
“Toc toc toc” – disse Tom sarcasticamente e bateu na porta. – “Sr.Potter, o senhor tem visitas.”
“Lily, é ele! Pegue Harry e vá!” – gritou a voz abafada de James de dentro da casa.
“Não adianta fugir, Sr.Potter...”
E com um gesto de sua varinha, a porta ia abaixo.
James reagiu rapidamente, gritando um feitiço qualquer de desarmamanto, que Tom desviou igualmente rápido.
“Avada...” – começou Tom, mas foi obrigado a conjurar um escudo pra rebater a maldição lançada pro James.
“VÁ EMBORA! EU NÃO VOU DEIXÁ-LO PASSAR DAQUI!” – gritou James, a varinha empunhada com firmeza, prostrado em frente à escada.
“Seu tolo” – disse Tom com tranqüilidade – “Acha que é páreo para mim?”
James respondeu com um novo feitiço, e Tom o rebateu com tanta força que James, segurando firmemente a própria varinha, foi arremessado com força contra a parede, derrubando vasos e prateleiras pelo caminho até cair de costas, os lábios sangrando e uma expressão de fúria no olhar. Tom aproximou-se de James, caído sobre o piano, ferido e arfando rapidamente.
“Você é corajoso, Potter Mas é preciso muito do mais coragem para me vencer.”
Fraco e trêmulo, James levantou-se num salto, encarando Tom com ousadia. Tom apenas riu, e apontou sua varinha direto para o coração do outro.
“Avada Kedavra!” – e James Potter caiu morto.
Sem sequer dirigir um segundo olhar ao corpo sem vida, Tom subiu as escadas para o quarto onde Lily estava presa com Harry, sem poder aparatar devido ao feitiço anti-desaparatação que tinha conjurado sobre a casa antes de entrar.
“Expelli-...” – exclmou Lily, mas sua varinha foi arrancada com surpreendente facilidade antes mesmo que pudesse conjurar o feitiço. – “Por favor, não!”
“Você não precia morrer. Saia do meio, garota tola, ande!”
“Me mate! Me mate ao invés de Harry, por favor...!” – ela exclamou desesperada, protegendo com o corpo o berço onde o bebê chorava com força.
“Saia do meio. Você não precisa morrer!” – exclamou Tom furioso.
“Misericórdia... Misericórdia...!” – Lily tornou a implorar.
“Que seja, então.” – resmungou Tom – “Avada Kedavra!”
Foi a vez de Lily Potter desfalecer no chão, indefectivelmente morta.
Harry o encarou, então, subitamente parando de chorar; os olhinhos incrivelmente verdes cheios de lágrimas.
“Então é você quem está destinado a me derrotar, seu pirralho chorão?” – Tom sussurrou, olhando fundo nos olhos da criança.
Um frio repentino percorreu sua espinha, como um mau pressentimento, antes de apontar a varinha para Harry.
“Avada Kedavra!”
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ÊÊÊÊÊ!!! É nóis! ´cabou-se o que era doce! Último capítulo, curtinho como eu tinha planejado. 319 páginas, 154.812 palavras e 784.757 caracteres depois.... Acabou, finalmente, aleluia, Senhor!
Apesar disso eu gostei. Sério, gostei, e olha que eu o escrevi num dia só, num momento súbito de inspiração...
Foi bem auto-explicativo, nada demais, exceto a parte da lembrança do Tom na América (sim, o Tom fica chapado de Peyote, uma droga ritualística indígena, mas ele pode né? =P). Certo, todos sabemos que mesmo nessa fic megalomaníaca, há partes omitidas da vida do Tom. E sobre isso eu tenho uma supresa preparada... Que eu falarei mais tarde numa espécie de epílogo e talz... Bem, aquela lembrança pode parecer meio nada a ver, mas é uma das cenas que eu depositava no meu arquivo mental de cenas para fics e que eu nunca achei um lugar para encaixar. No entanto, foi importante, uma reflexão acima de toda a vida dele, bem apropriado se a gente pensar que ele meio que “morreu”, né?
Hmmm... Eu sei, dois dias entre um capítulo e outro é dose, mas eu estava inspirada, parece que meu bloqueio criativo das últimas semanas foi intrrompido bruscamente!
Espero que tenham gostado de tudo, da saga, apesar de as vezes, quando eu leio alguns capítulos me dá vontade de deletar a fic, eu sei que ela reflete diferentes fases minhas e que nada é perfeito. Coisas que me pareciam ideais na época agora me parecem ridículas e vice-versa. Agradecimentos aos monges que agüentaram isso até o final. Mais agradecimentos e esclarecimentos no próximo “capítulo”, Considerações Finais (que obviamente não é um capítulo, são só considerações de uma autora narcisista a respeito da sua suprema obra trash)... Hmmm, é isso aí. Passei a tarde escrevendo, são quase meia-noite e eu tinha que estudar física, mas como eu dificilmente vou achar utilidade para calcular os módulos de forças vetoriais e o caralho a quatro desse livro, prefiro me conformar com meudestino dee escritora (não, Lilli, não faça isso!), jornalista ou qualquer coisa que não envolva física no meio....
Beijos,
Lillith
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