Lágrimas da Esperança
- Vamos então garotos, eu num vejo a hora de chegar no hospital. – disse Karine preparando-se para aparatar, Gina agarrou em Harry e todos se prepararam. – Vamos. – e no momento seguinte todos eles haviam sumido com aquela horrível sensação que era aparatar, afinal eles ainda não estavam acostumados, exceto por Karine, mas antes que pudessem gritar eles já haviam chegado ao hospital, bem na porta dele.
- Vamos, antes de ver seus avós vamos falar com Ana, para ver se ela nos conta a novidade. – disse Karine, e todos entraram no hospital.
Ai verem eles entrarem Ana começou a chorar e eles se dirigiram a ela.
- Ana você está bem? – perguntou Karine.
- Sim estou, estou chorando de emoções. – disse Ana
- Mas porque Ana? – indagou Karine.
- A novidade, depois que vocês foram embora, duas enfermeiras foram buscar Willian e Helena Potter, eles continuavam com aquele olhar perdido, mas eles estavam chorando, escorriam lágrimas por suas faces, por isso estou assim, eles devem estar se recuperando. – disse Ana.
Ao ouvir aquilo se fez um silêncio, Karine e Harry ficaram como Ana, choravam muito de emoção, Hermione, Gina e Rony também choravam, mais eram lágrimas silenciosas, todos estavam muito emocionados, então Karine deu abraço bem forte em Harry e disse.
- É você Harry, é você que está ajudando eles, é você que fez eles se emocionarem, obrigada Harry, obrigada mesmo.
- Não precisa agradecer, estou muito feliz por isso Karine, muito feliz, meus avós estão se recuperando e desta fez foi ele que a abraçou.
- Harry. – interrompeu Ana. – O Médico de seus avós quer falar com você. Levem eles até lá Karine, ele já espera por vocês, obrigada Harry, obrigada.
Harry apenas fez um sinal com a cabeça para a moça e seguiram Karine, primeiro entraram em um longo corredor, ali era o setor para pessoas sem memórias, depois pegaram o elevador e foram para o terceiro andar, que era pessoas em recuperação máxima, era um setor do mesmo tamanho que o de baixo, e Karine entrou nele, se dirigindo a ultima porta do corredor, ao chegar em frente a porta bateu duas vezes e escutou uma pessoa falando para entrar.
- Olá doutor. – disse Karine
Harry então observou que o médico era um homem como ele suspeitava, deveria ter uns quarenta anos já, possuía cabelos castanho escuro penteado bem cuidadosamente, usava óculos parecidos com o de Harry, e também usava bigode, ao verem eles abriu um grande sorriso.
- Olá Karine e olá a todos. – disse o médico. – meu nome é James Willians, sou um médico trouxa e também medi-bruxo, estudei as duas medicinas, pois muitas vezes temos que resolver assuntos bruxos com medicina trouxa, é um prazer conhecê-los.
- Olá. – disseram todos.
- Prazer também eu sou Hermione Granger.
- Prazer, Rony Weasley.
- Prazer meu nome é Gina Weasley.
- Prazer, Harry Potter,
Harry percebeu o olhar do médico no seu rosto mas não diretamente em sua cicatriz, parecia que o médico queria examinar suas feições, seu jeito.
- É Harry, você parece muito com seu pai, mas acho que já disseram isso várias vezes para você. – disse o médico. – e também devem ter dito que tem os olhos de sua mãe.
- Já disseram sim senhor, mas o senhor conheceu eles? – indagou Harry.
- Conheci sim, aqui em Godric´s Hollow quase todo mundo conhece todo mundo, é uma cidade pequena. – disse o médico.
- Entendi. – disse Harry.
- Mas vamos falar de seus avós, como disse, alguns assuntos se trata com medicina trouxa, e o de seus avós é um desses, estado vegetativo é muito raro, é difícil entre os trouxas e quase impossível de se achar entre os bruxos. Tentamos várias vezes trazer seus avós de volta, mas foi muito difícil, nunca conseguimos sequer uma emoção, mas você em sua primeira visita fez eles chorarem Harry, bom, sei que você só está de passagem em Godric´s Hollow, pois está na casa de Karine, se não estaria em sua casa...- disse James, mas Harry o cortou.
- Minha casa? – disse ele.
- Sim Harry, a casa onde você morava quando era pequeno, lembra que eu disse que no quarto onde vocês estão só dá para praticar feitiços pequenos e que iria arranjar um lugar maior pra vocês treinarem, então, essa manhã já providenciei a chave de sua antiga casa. – disse Karine.
- Obrigado, mas tenho receio de dormir naquela casa, não sei se estou pronto para entrar naquela casa. – disse Harry.
- Harry, aquela casa pertence a você, seus pais adorariam que você estivesse lá, eu sei que você teme entrar lá pelo que aconteceu, mas Harry, ali seus pais fizeram planos para você no futuro, infelizmente eles não puderam aproveitar esse futuro, mas aproveite por eles. – disse Karine, e ao ouvir isso Harry sentiu lágrimas rolarem pelo seu rosto.
- Ta certo, vou tentar, pelo meus país, mas mesmo assim não vou poder ficar aqui em Godric´s Hollow por muito tempo doutor, me desculpe por interrompê-lo, pode continuar. – disse Harry, e Karine abriu um grande sorriso.
- Pois bem Harry, essas lágrimas de seus avós nos deram esperanças que podemos trazê-los de volta, sei que você está de passagem pela cidade, mas devo te pedir um favor, que será muito importante para gente. – disse o médico.
- Certo, qual é o favor? – indagou Harry.
- Bom, mesmo você estando de passagem, sei que você pode aparatar, então gostaria de pedir que sempre que desse você viesse visitar seus avós, não precisa ser todos os dias, umas três vezes por semana, e se surgir sempre uma emoção nova em cada visita, em muito provável que seus avós se recuperem. – disse o médico, dessa vez todos abriram um grande sorriso.
- Claro que posso doutor, num posso marcar dia certo para vir, mas vou me esforçar para vir pelo menos três vezes por semana. - disse Harry.
- Ótimo Harry, agora podem ire lá pro jardim, seus avós o esperam lá. – todos saíram em direção ao jardim muito felizes, e chegaram rapidamente, e ali estavam seus avós, os olhos de sua vó estavam muito verdes, deixando bem parecido com o de sua mãe, era impressionante como os olhos da mãe e da avó pareciam, mesmo não sendo mãe e filha, e Harry herdará os mesmos olhos.
- Olá vovô e vovó, fiquei sabendo que ontem vocês expressaram alguma emoção, fico feliz com isso, vou fazer possível para vir aqui pelo menos três vezes por semana para ver vocês, tenho certeza que em pouco tempo estão totalmente recuperados. Então já conversei com o doutor, hoje vou para a casa que um dia foram dos meus pais, acho que ele ficariam felizes com isso, afinal eles planejaram o futuro deles comigo lá. – disse Harry tentando se controlar para não chorar, mas não resistiu ao ver que os avós novamente choravam.
Harry ficou muito feliz por aquilo ter acontecido e novamente passou a tarde ali conversando com seus avós, quando estava anoitecendo abraçou-os e se despediu, mas algo o deixou assustado, ouviu uma voz feminina que ele nunca tinha ouvido.
- Har...Harry.- disse a voz.
Harry se virou e viu que era sua avó, continuava virada para o nada e com o olhar pro mesmo, Harry começou a chorar por aquilo, mas segurou na mão da avó.
- Vamos vovó, diga, você consegue, vamos vovó. – disse ele, mas para seu espanto dessa vez uma voz masculina que falou e ele viu que era seu avô.
- Amam....amamos vo...você. – disse o avô, que assim como a avó continuava igual antes, com o olhar no nada. Neste momento Harry não conseguia controlar a emoção, nem Karine, Hermione foi correndo pro hospital atrás do Dr. James, que logo voltou com ela e viu Harry tentando ajudar seus avós a falarem mais alguma coisa.
- Acalme-se Harry, eles já fizeram um grande progresso hoje, agora vá Harry, preeciso fazer exame neles agora, mas parabéns Harry, sua ajuda está sendo muito importante, volte sempre que der. – disse o Dr. James e Harry concordou com a cabeça, depois de se acalmarem todos aparataram perto do estabelecimento de Karine.
- Harry querido, hoje foi o dia mais emocionante depois de 17 anos, apesar de não parecer, já tenho 65 anos, sempre tive medo de morrer antes de seus avós voltarem, mas depois de ouvirem eles falarem sei que posso morrer tranqüila, mas não pretendo morrer tão cedo. – disse ela e sorriu. – Agora já que vai passar a noite em sua casa, peço ao menos que jante aqui.
- Claro, muito obrigado. – disse Harry que também sorria muito e então eles entraram.
O jantar daquela noite foi muito bom, Harry estava muito feliz assim como todos os outros. Passaram horas ali conversando, na verdade não conversaram sobre os avós de Harry, pois sabiam ali, exceto eles e Karine, ninguém sabia que Willian e Helena Potter continuavam vivos, mas Hermione prometera boas aulas sobre os feitiços sem pronunciar para aquela noite. E assim foi, depois daquele jantar Karine apareceu e deu a Harry as chaves de sua casa, e assim Harry e os amigos partiram para sua casa, com Karine de guia, pois eles não sabiam onde era.
Depois de cinco minutos de caminhada avistaram a casa de Harry, era uma bela casa, tinha dois andares, logo chegaram e Harry abriu a casa. Quando entrou várias lembranças vieram a sua cabeça, um duelo entre seu pai e Voldemort, uma luz verde, e também um risada fria, sua cicatriz ardeu, mas Harry já havia se acostumado com aquela dor, então fingiu que nem a estava sentindo, a casa era linda por dentro, havia sido destruída, mas de acordo com Karine os moradores fizeram questão de reconstruí-la para quando Harry voltasse, depois de um tempo no andar de baixo resolveram subir, ao chegar lá encima mais lembranças vieram, uma porta sendo fechada, a mãe de Harry abraçando-o perto de seu berço, uma nova luz verde e novamente a cicatriz queimou e novamente Harry fingiu não estar sentindo nada, já que isso num era sacrifício, pois aprenderá a controlar aquelas dores.
- Bom, acho que não terá problemas em se virar aqui não é mesmo Harry? – perguntou Karine.
- Não, sem problemas, não se preocupe. – disse Harry sorrindo.
- Então está ótimo, acho que já vou indo. – disse a mulher.
- O.k, muito obrigado Karine. – disse Harry.
- Não foi nada, bom treino pra vocês, e não deixem de ir fazer suas refeições lá no bar, estarei esperando. – disse ela.
- Pode ter certeza que iremos. – disse Harry, e neste momento todos se despediram de Karine que saiu e só ficaram eles ali na casa.
Alguns minutos se passaram ali até eles arrumarem tudo, Harry iria durmir onde um dia foi o quarto de seus pais, Hermione e Gina iam dormir num quarto de hóspedes que tinha duas camas de solteiro, e Rony ficou com o quarto que seria o quarto de Harry assim que ele saísse do berço. Passado esses minutos todos foram para a sala.
- Harry você teve lembranças quando entrou aqui? = perguntou Mione.
- Sim, algumas. – disse Harry.
- E sua cicatriz não doeu? – perguntou a menina curiosa.
- Sim. – disse Harry com simplicidade. – mas não ligo mais para essas dores, eu já sei controlá-las.
- Que ótimo cara. – disse Rony.
- Bom Mione, vamos treinar? - sugeriu Gina.
- Sim, mas aonde? Perguntou Mione.
- Eu vi o quintal daqui, é muito grande e me pareceu ter vários objetos para treino, acho que seus pais deveriam treinar aqui Harry. – disse Gina.
- Ótimo, vamos lá para o fundo. – falo Hermione.
Chegando no quintal da casa se assustaram era realmente grande, e tinha vários objetos para treino lá, fizeram um ótimo treino, conseguiram realizar os feitiços algumas vezes nesta noite, e como o lugar era grande utilizaram feitiços de ataques em bonecos que havia ali, os feitiços mais usados por eles era Estupefaça e Expelliarmus, mas às vezes usavam Diffindo e outros, o treino foi bom, e todos voltaram exaustos para dentro, tanto é que mal conversaram depois, apenas foram dormir.
O resto da semana foi à mesma coisa, os avós de Harry continuavam progredindo, continuavam com o mesmo olhar, mas além de já chorarem quase sempre que Harry ia lá, as vezes pronunciavam alguma coisa e já te haviam sorrido algumas vezes, os treinos também estavam indo muito bem, já dominavam quase perfeitamente a técnica de produzir feitiços sem prenunciá-los e Harry já havia ensinado o Leviacorpos para todos eles, mas resolveu não ensinar o Sectumsempra, pois Snape havia dito que aquilo era magia das trevas, e então até Harry não a usaria mais, porém quem seria R.A.B ainda era algo que Harry não sabia, talvez já estivesse morto e a Horcruxe talvez até tenha sido destruída, mas isso era algo que ele precisava confirmar, não poderia chegar na batalha final sem saber se Voldemort havia se tornado mortal, e outra coisa que também não conseguiu descobrir foi o tesouro dos Potter, nem mesmo Karine sabia o que era, todos sabiam que havia uma relíquia dos Potter, e até sabiam onde ficava guardada, mas ninguém sabia o que era, somente Willian e Helena Potter poderiam dizer.
A semana terminou e se Harry fosse voltar para Hogwarts estaria em sua última semana de férias, mas até onde ele estava sabendo, ainda não sabiam se Hogwarts iria reabrir, e Harry já havia decidido não voltar para a escola.
- É cara, se fossemos voltar pra Hogwarts teríamos mais sete dias de férias e depois era aula. – disse Rony.
- É verdade. - concordou Harry, que estava sentado no sofá, mas neste momento eles ouviram alguém batendo na porta, e Rony foi ver quem era.
- Quem é? – perguntou o garoto.
- Sou eu Rony, Lupin. – disse Lupin do outro lado da porta, Harry e Rony pareciam muito surpresos e então abriram a porta e viram a figura do ex-professor parada ali.
- Olá garotos disse o professor, tenha uma noticia para vocês. – disse o professor com um sorriso. – E também uma proposta.
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