Uma Familia
- Consegui, finalmente consegui – exclamou uma voz fria e cruel.
- Fico muito prezado em poder ajudá-lo meu mestre – disse um rapaz meio baixo e gordinho. – demorou muito para que Sirius passasse o segredo pra mim, mas finalmente posso revelar ao senhor, Godric´s Hollow, sim, é lá que Tiago esta morando, é lá que se encontra a criança da profecia, o pequeno Harry.
- Sim, sim, seus serviços serão compensados, contudo, irei sozinho a casa dos Potter.
- Mas meu Lorde, Tiago não é um bruxo qualquer. – disse a voz esganiçada e fina do homem gordinho.
- Cale-se seu tolo, acha que alguém teria poder contra mim, acha mesmo, tem sorte por me passar essa informação tão valiosa, eu não te mato agora por causa disso, saia da minha frente agora mesmo, e antes de ir, essa profecia somente você e meu fiel Snape sabem, agora saia seu rato, saia daqui. – o homem baixinho e gordinho se curvou em uma longa reverência, poderia ser comparada a reverência de um elfo doméstico e se retirou.
Depois dessa cena uma gargalhada fria e cruel mostrava claro sinal de felicidade, e isto fez um garoto acordar, com a mão na testa, era Harry, deste que descobriu o mundo das magias vinha sentido dor na cicatriz quando era algo ligado a Voldemort, porém essas dores em sua cicatriz, por mais forte que fossem já não era nada para ele, apenas algo que ainda conseguia acordá-lo de vez enquanto e se fosse uma dor muito forte, depois de ver Dumbledore, Sirius e ver tantas vezes em pesadelo seu pais morrerem, essa “dorzinha”, como ele mesmo dizia agora não era nada, esse sonho num era nada demais para ele, reconhecia todos ali, a voz fria, era Voldemort, e o baixinho e gordinho de voz esganiçada e fina era Pedro Pettigrew, e sabia exatamente o que estava acontecendo na cena, Pedro, que era muito amigo dos pais de Harry e se tornou guardião do segredo de sua morada estava entregando seus amigos para Voldemort poder ir matar Harry, no qual uma profecia dizia que era o único que poderia acabar com Voldemort.
Mas nesta cena havia algo que Harry não conseguia entender, o que Pedro quis dizer com “Tiago não é um bruxo qualquer”, será que o pai de Harry tinha sido muito poderoso? Bom, aquilo não era algo para pensar nisso, ele havia acabado de completar seus 17 anos, e a partir deste momento a proteção que a casa dos Dursleys lhe havia dado por 17 anos havia acabado, e sua longa caçada iria começar. Levantou, da cama, isso fez mostrar como Harry havia crescido, no mundo bruxo já se alcançava a maioridade com 17 anos, e essa era a aparência de Harry, de um homem, havia crescido um pouco mais, seus cabelos continuavam bagunçados para todos os lados, mas não era só fisicamente que havia mudado, agora tinha uma postura de homem também, e isso era algo visível, após ter levantado não perdeu tempo, colocou suas vestes de bruxos, sua varinha, seria o item mais importante para ele, e por fim pegou sua vassoura e sua capa de invisibilidade, ia equipado somente com isso, mais nada, não iria levar muito peso, desta vez iria com o mínimo peso possível. Mas uma vez deu uma lida no profeta diário, só para conferir as noticias que ainda não havia verificado, ultimamente nada de novo acontecia, mortes e mais morte, parece que após a morte de Dumbledore o mundo mágico havia virado um caos, e Voldemort e seus homens matavam, uma, duas ou até mais pessoas por dia. Bom, Harry já estava pronto, abriu a gaiola de Edwiges e disse para a bela coruja branca com olhos âmbar, olhando para ele muito intensamente.
- Bom Edwiges, como sabe, esse ano não retornaremos para Hogwarts, como você mesmo sabe, vou para uma caçada muito perigosa, sua gaiola terá que ficar para trás, você gostaria de ir comigo? – perguntou Harry.
A coruja soltou um pio em concordância, Harry sorriu com felicidade, pegou suas coisas e começou a descer a escadaria, sem esconder o barulho que fazia, isso fez com que seu tia Petúnia acordasse e ainda o visse na escada.
- Onde acha que vai a essa hora moleque? – perguntou tia Petúnia
- Estou indo embora, se você não se lembra, acabo de completar 17 anos, e proteção que sua casa me deu acabou agora, e também não sou mais moleque, acabo de me tornar maior no ”meu mundo” como diz você, por pior que tenha sido minha vida aqui lhe agradeço por me oferecer esta lar para minha proteção por 17 anos, adeus, lhe agradeço mais uma vez em meu nome e no nome de meu pai e de minha mãe, adeus, um dia pagarei minha divida com vocês.
Harry se virará novamente, mas a voz da tia o chamou de novo, algo que nem mesmo ele esperava que acontecesse.
- Harry, tenho algo pra lhe dar, algo que foi confiado a mim quando isso acontecesse, quando esse dia chegasse, é algo que estava com você quando chegou nessa casa, não saia daí.
Tia Petúnia saiu do corredor, e entrou no quarto novamente, ela fazia tanta questão de não fazer barulho para acordar seu marido que Harry mesmo encostado na porta do lado de fora do quarto não era capaz de ouvir barulho algum e nem via nada naquela escuridão. O que será que a dia iria lhe dar, seria outro par de meias, não, ela num iria fazer tudo aquilo para procurar um par de meias, ainda mais àquela hora e justamente pra ele, e só o fato de ter falado com ele calmamente já era algo estranho, passado algum tempo a tia voltou, carregava um embrulho nas mãos, algo que ele não sabia dizer o que era.
- Tome, isto é algo para você, é algo que veio junto com você para esta casa e pedia para ser entregue para você – disse tia Petúnia, entrando no quarto novamente e fechando a porta, Harry pegou o embrulho e as outras coisas, saiu da casa dos Dursleys, foi até o final da rua, no mesmo local havia ido com Dumbledore no ano anterior, se concentrou na Toca, e sumiu, havia aparatado novamente, e quando deu por si estava onde antes era a Toca, por que agora ali não havia nada, só uma floresta imensa, porém, em sua frente se encontrava Remo Lupin, antigo professor seu de Defesa Contra Artes das Trevas, também membro da Ordem de Fênix, e antigo amigo de seu pai, muito amigo, e ainda mantinha essa amizade com Harry. Ao ver aquilo Harry ficou petrificado, a Toca, Sr, e Sra. Weasley, Fred e Jorge, Gui, e como um soco no estômago totalmente forte, Rony e Gina, não não era possível, como eles poderiam, será que eles haviam morrido, e o que Lupin estava fazendo ali, o que?
- Pela sua expressão vejo o que está pensando Harry, mas acalme-se, não é nada disso. – disse a voz serena de Lupin.
Ao dizer isso o coração de Harry se acalmou, mas ainda não entendia o que havia acontecido, mas sua voz soou sem ele perceber.
- O que aconteceu professor? – perguntou Harry.
- Acalme-se Harry, e leia isso. – disse Lupin, entregando um papel a Harry.
Harry logo abriu o papel e nele tava escrito, A Toca, floresta de luxe, nº7, lar dos Weasley,, ao ler isso uma casa e um grande terreno se formaram na visão de Harry, lá estava a Toca e seu terreno, Harry começou a sentir uma grande felicidade em seu coração, agora no mundo nada era mais importante pra ele do que Herminone e os Weasleys e um grande sorriso abriu em seu rosto.
- Acalmou-se né Harry, fico feliz, bom a crescente matança que está havendo no nosso mundo deixou Molly e Arthur muito preocupados com a segurança de seus filhos, então me pediram para ser o guardião do segredo da casa deles, Hermione está aqui também, todos nós já o esperávamos aqui hoje, Rony e Hermione nos contou sobre seu plano, ninguém vai tentar te impedir, sempre estaremos prontos pra te ajudar quando você quiser nessa sua busca, e mais uma coisa Harry, você deveria conversar com Gina. Bom, vamos entrar, todos estão loucos para te ver.
Harry e Lupin entraram na Toca e Harry teve uma grande surpresa ao ver que todos estavam ali, incluindo Tonks, no qual Lupin sentou ao lado, mas essa logo se levantou para comprimenta Harry, assim como todos ali presente, a Sra. Weasley o abraçou carinhosamente, assim como Hermione e Gina, nessa Harry sentiu suas pernas tremerem e seu coração bater fortemente, o amor que sentirá por ela no ano passado não diminuirá, e sim continuava aumentando, então a Sra. Weasley falou para Harry sentar e foi isso que ele fez.
- Harry, que bom tê-lo aqui conosco, mesmo que seja por pouco tempo, estávamos com tanta saudade, sabe que apoiaremos você na sua decisão de ir atrás de você-sabe-quem, mas me preocupo tanto com você – disse a Sra. Weasley, e nesse momento Harry viu seus olhos se encherem de lagrimás.
- Acalme-se Molly. – disse o Sr. Weasley.
- Mas Arthur, Harry é como um filho para mim. – disse a Sra. Weasley.
Harry percebeu que na verdade a Sra. Weasley não apoiava sua decisão, mas Harry entenderá como ela se sentia, a Sra. Weasley realmente sempre o tratou como um filho, e isso sempre o fez a amar como uma mãe, a família de Rony o considerava como um membro dela, e ele também a considerava sua família, Harry ficou emocionado com as palavras da Sra. Weasley, mas mesmo tendo escutado tudo, ele não conseguia tirar os olhos de Gina, que também não tirava o olho dele, e Lupin logo percebeu isso, falando para os outros, acho que Gina e Harry tem uma conversa importante, vamos deixá-lo a sós, mesmo Harry não estando preparado para aquilo ainda, algo dentro dele queria que aquilo acontecesse, e todos saíram deixando-os sós.
- Gina... – mas antes que Harry pudesse continuar, Gina o interrompeu.
- Eu quero ir com você, Rony e Hermione. – disse Gina.
- Não, sinto muito, já estou colocando seu irmão em perigo, terminei com você pra te proteger, não vou colocar sua mãe em desespero te levando também, e também num vou colocar a pessoas que amo cada dia mais em perigo.
Ao dizer isso Harry viu lagrima escorrendo pelo rosto de Gina, e ela se atirou em seu braço, Harry queria congelar aquela cena e que o resto do mundo explodisse, ele poderia ficar daquele jeito para sempre, mas as palavras de Gina voltaram a cordar o breve silêncio que ouve.
- Eu não agüentaria ver a pessoa que mais amo no mundo sair por aquela por sem eu estar do lado, Harry não me deixe, eu te amo, te amo mais que tudo, me leve, por favor, não me deixe sem sua presença, sem seu carinho, sem seu amor, o período que namoramos foi o melhor da minha vida, eu quero enfrentar esse perigo do seu lado, me leve, por favor.
E abaixou no colo de Harry novamente, as palavras de Gina mexeram muito com Harry, após refletir por um breve momento que na verdade pareceu durar um século ele levantou a cabeça de Gina carinhosamente e lhe deu um grande beijo abraçando-a fortemente como se não fosse deixá-la sair dali nunca mais, depois de terminarem o beijo Harry olhou nos olhos de Gina e disse.
- O.k, ficaria muito feliz de ter você do meu lado, mas somente se sua mãe deixar.
Os olhos de Gina brilharam de felicidade e um largo sorriso se abriu no rosto, ela fez um aceno com a cabeça num gesto de compreensão com a condição imposta por Harry, e disse para Harry.
- Vou falar com ela agora.
E se levantou para sair mas antes de ir Harry a segurou pela mão ela se virou e olhou pra ele.
- E mais uma coisa – disse ele – aceita ir como minha namorada?
Seus olhos brilharam como se nunca tivesse se sentido tão feliz em toda vida, ela abraçou Harry e novamente deram um grande beijo, depois do demorado beijo ela virou pra ele e disse.
- Sim, é claro que aceito, já volto.
E saiu da presença de Harry toda sorridente indo procurar a mãe. Enquanto isso Harry ficou sentado na sala, ainda pensativo, pensando se não estaria levando seu amigos e sua namorada para um perigo além da sua imaginação, mas Harry sabia que com seus amigos ele ia se sentir mais forte, e também pensando bem, seu amigos sabiam tanto quanto ele, seus amigos sabiam se proteger assim como ele, e Gina mesmo sendo um ano mais nova era melhor que a maioria da turma de Harry.
Passado alguns segundos Rony e Hermione entraram na sala novamente, e foram falar com Harry.
- Gina passou toda sorridente por nós. – disse Rony
- Ela vai conosco? – perguntou Herminone
- Sim, vai. – disse Harry, com um olhar de quem ainda estava pensando o quão ruim sua vida ficaria se acontecesse alguma coisa com Gina, e Hermione logo percebeu isso.
- Harry, Gina é uma ótima bruxa, tão boa quanto nós, e se vocês se amam, vocês realmente devem fazer isso juntos, e pela felicidade dela, me pareceu que aconteceu mais do que um simples sim se ela poderia ir com agente., certo?
- É, você está certa, ela é realmente uma ótima bruxa, e sim aconteceu outra coisa. – disse Harry abrindo um sorriso – Nós voltamos a namorar.
- Isso é ótimo Harry, você não imagina como ela estava sofrendo, ela sabe que o que você fez, foi para o bem dela, mas ela sempre te amou, ela já te disse isso, só ficava com outros garotos porque eu disse que ela não podia se apegar muito em você e esquecer o que era a vida, mas ela sempre te amou, e quando vocês finalmente ficaram juntos, foi o melhor momento da vida dela, fico muito feliz de ver vocês juntos – disse Hermione.
- Eu também. – completou Rony – Se minha irmã tem que namorar alguém, que seja meu melhor amigo então, certo Harry, e até pra ser sincero, eu sempre quis que vocês ficassem juntos.
Harry abriu outro grande sorriso, ainda se lembrava do ano anterior, o qual tinha medo de se declarar para Gina, devido ao fato de Rony ser seu melhor amigo, e isso poder acabar com a amizade deles, mas ouvir essas palavras de Rony e Hermione fizeram Harry ter mais certeza de que havia tomado uma boa decisão em voltar com Gina.
- Obrigado. – disse Harry – obrigado mesmo.
Neste momento Gina voltou com a Sra. Weasley e com Lupin, ela estava radiante de felicidade, Harry percebeu que Lupin também sorria e Sra. Weasley também, mas lagrimas escorriam de seu olho e isso deixou Harry preocupado com sua decisão novamente.
- Harry, querido, fico muito feliz de você fazer parte da minha família novamente, não que não fosse antes, você sabe que sempre te considerei como um filho, assim como você Mione, que sempre considerei como uma filha, então Harry, fiquei muito feliz quando fiquei sabendo que você e Gina estavam namorando, e desapontada quando vocês terminaram, admito que sua causa foi nobre, então, não poderia viver olhando os olhos tristes de minha filha, tenho certeza que vocês quatro sairão vivos dessa jornada, irei rezar por isso todo dia, Harry, nunca se esqueça que você é como um filho pra gente. – falando isso a Sra. Weasley abraçou Harry como uma mãe abraça um filho, isso fez Harry perceber o quanto ainda restavam pessoas que o amavam, ele ficava muito feliz com isso, afinal ele podia sentir mais do que nunca o que era uma família, e o que era ter uma. – agora Harry, vamos lá para a cozinha onde preparamos uma festa para você.
E Harry novamente se sentiu feliz, afinal de contas era a primeira festa de aniversário de sua vida.
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