Tristes novidades.
Ele já não se importava com sua fadiga ou com a respiração ritimada... Apenas continuava a correr. Ele não pensava no amor de sua vida, morando na distante Chicago... Pensava em correr o máximo que podia para não perder o desgraçado que corria a sua frente.
Estava tão concentrado em pegar aquele homem que se esquecera que não é comum dois bruxos correrem pelos telhados de Londres atirando feitiços uns nos outros.
Aquele estranho homem de roupa toda verde e máscara esquisita continuava correndo como se tivesse acabado de começar a correr. E o que mais espantava a Sean Shacklebolt era o fato dele ter passado na sala das profecias do ministério e roubado uma profecia sem quase ninguém perceber. Mas Sean queria faze-lo se arrepender de ter deixado um dos melhores aurors em atividade tê-lo descoberto.
O homem insistia em não aparartar, e ele não sabia porque. Então, entre um telhado e outro, o homem sumiu. Não aparatara, mas havia descido para o chão. Sean pulou junto, quebrando uma perna, que logo foi recuperada. Mas já era tarde. O homem sumira.
***
A festa já começara, vários amigos de Trevor haviam chegados, e a única preocupação dele era com uma garota. Até seu tio percebera isso.
-Se anima Trevor, você ta fazendo quinze anos garoto. – Dizia ele tentando animar o jovem.
Só havia uma coisa que poderia tirá-lo daquela preocuparão. Era uma jovem de cabelos castanhos, olhos azuis e grande censo de humor.
John Greyson, artilheiro da Grifinória e presidente do clube de Duelos, havia organizado um pequeno campeonato de duelos, e animava Trevor a participar deste.
-Vamos lá Trevor. Quem sabe você não pega o Gerrard Fakkehero e se vinga do último campeonato de Hogwarts, que ele fez aquele golpe baixo que o juiz não percebeu.
-Você era o juiz.
-E sempre te peço desculpa por isso. Eu realmente não reparei que ele havia posto poção do sono no seu chá, achei que você não tinha se preparado corretamente mesmo.
-Ok, eu participo, mas coloca minha luta entra as últimas.
-Certo, Trevor, você não vai se arrepender.
Então, a campainha toca.
“Tem que ser ela”, pensava Trevor. Mas não era.
-Quem é você?- Trevor nunca vira aquele homem na vida.
-Sean Shacklebolt, posso falar com Augustus Trevor?
-Claro. – Disse Trevor, se virando para dentro. –Tio Aug, tem alguém aqui querendo falar com o senhor.
-Sean, o que faz aqui?
-Presciso falar com você Augustus, e tem que ser agora.- Shacklebolt parecia muito tenso.
-Certo, venha comigo até o escritório. Trevor, você poderia pedir para aquele seu amigo doido tomar cuidado com o que faz com aquela poção da atração de garotas? Sabe, só pra evitar que ele derrube no ponche.
-Claro tio.
Trevor já estava ficando chateado, pensando que ela não viria. Estava quase fechando a porta que estava a suas costas quando ouviu uma voz.
-Parabens, Trevor Auridor.
-Anne Marie?
-Não, o papa.
Anne Marie Delacour era uma bruxa descendente de uma famosa linhagem francesa. Estudara seu primeiro ano em Beauxbatons, mas seus pais haviam conseguido que estudasse o segundo ano em Hogwarts, uma espécie de intercambio bruxo, e ela se inscreveu para o outro ano. Como havia provado ser uma ótima aluna e conquistado a confiança dos professores, fora convidada a estudar em Hogwarts até o fim de seus estudos, e ganhara até uma bolsa.
-Advinha quem é a nova monitora da Grifinória?
-Não era surpresa que seria você.
-Seu estraga prazer. –Trevor só conseguia pensar em como ela aprendera rápido o inglês e eliminara qualquer sotaque.
-Aqui está seu presente.
-Obrigado, o que é?
-Huum, abra e descubra.
Trevor começo a abrir a pequena caixa. O seu conteúdo era o que parecia ser um canivete comum.
-É um canivete mágico. Ele abre portas que a magia não consegue e desfaz nós e laços.
-Vou guardar comigo.- Disse Trevor, guardando o canivete no bolso. –Porque você não entra e vê como os outros estão.
-Boa idéia.
Trevor a acompanharia, se não visse seu melhor amigo, Lance, quase colocando a tal poção no ponche.
-Hei, Lance.
O amigo tomou um susto tão grande que algumas gotas caíram no ponche.
-Lance, olha o que você fez.
-Ai cara, desculpa, ao era pra fazer isso não. –Dizia ele, com uma cara de pau enorme.
-Sei.
-Bom, ta, eu ia fazer isso. Mas, qualé cara, me adianta essa aí. Sem essa ajudinha eu num pego nem gripe. Vai, cara, só dessa vez, quantas vezes eu te pedi pra você me ajudar.
-Você tem certeza que quer que eu conte? Porque eu ia ficar aqui até amanhã.
Trevor fazia uma cara de bravo. Então um sorriso surgiu em seus lábios e Lance suspirou aliviado.
-Nossa, cara, nessa você quase me pegou.
-A, fica quieto vai, você tava se borrando de medo.
Os dois ainda gargalhavam quando o primo de Trevor, Thomas, se aproximou do dois.
-Trevor, eu tenho que falar com você.
-Claro Thomas.
-A sós, se não for incomodo. –Disse Thomas, de modo que não parecesse rude para Lance.
-Ah, claro, eu já tava de saída mesmo. –Disse Lance, se retirando.
-Trevor. Eu confiei a você meu amor pela Anne Marie e cada vez que ela almentava.
O coração de Trevor apertou-se. Seu primo confiara a ele o amor que sentia por Anne Marie depois que ele já sentia a mesma coisa por ela, mas ele, em nenhum momento, deixou de incentivar o primo. Sua mente pensava, e ele mesmo não conseguia entender o porque, mas ele achava que por enquanto pelo menos a amizade com o primo era mais importante que o amor de Anne Marie. E ele tinha medo de não ser correspondido.
-Trevor, eu vou pedir ela em namoro.
Nesse momento Trevor desabou. Não conseguia se manter em pé.
-Trevor, você ta bem.
-To, to sim, só presciso descansar um pouco. Talvez jogar um pouco de água na cara.
-Claro, vai lá.
Trevor caminhou ainda meio cambaleante pelo corredor, em direção ao banheiro. No meio do caminho ouviu a voz do tio vinda de uma sala.
Ele estava prestes a entrar quando percebeu um ar de preucupação vindo de lá, e preferiu ouvir da porta mesmo.
-Roubaram a profecia?
-Sim, Augustus, eu também me espantei.
-Como pode ter acontecido isso, meu deus?
-Bem, era madrugada e eu estava no ministério, levando um bruxo que eu havia acabado de prender, quando ouvi um barulho na seção acima da seção de capturas. Sabia que era a seção de profecias, e os autorizados a mexer nelas não faziam turno naquele horário. Então, fui averiguar. Chegando lá, um sujeito esquesito vestido todo de verde e com uma máscara estranha, conversando com um outro vestido com uma capa e um capuz negros. O vestido de negro segurava uma profecia e parecia mandar no outro como bem quisesse. Então, ele aparatou. Eu chamei a atenção do de verde. Perguntei se ele tinha permissão para carregar aquilo e ele saiu correndo sem dizer uma palavra.
“E passei a perseguir ele pelo telhado. Ele parecia não cansar, e conseguia lançar azarações muito bem mesmo sem olhar para mim. Então, do nada, ele desceu entre um telhado e outro. Eu pulei atrás, mas quebrei a perna direita. Concertei ela com o feitiço, e fui atrás dele. Era um beco, só dava pra ir em uma direção. Ele não devia ter aparatado, pois eu havia lançado uma azaração anti-aparatação nele. Mas ele havia sumido. Depois disso, passei o dia inteiro tentando descobrir qual profecia havia sido roubada. Vim assim que descobri.”
-O homem de capuz. Só pode ser ele. Ele é o novo senhor das trevas que a profecia falava. Você viu o rosto dele?
-Não, não vi. Mas depois que eu averigüei que era essa a profecia roubada, eu suspeitei isso também.
Nesse instante, Trevor foi assustado por uma cutucão no ombro.
-Prescisamos conversar. Agora. - Era Anne. E sua expressão era realmente preocupada.
Alguns instantes depois, estavam na varanda do quarto de Trevor.
-O que foi? Por que você está tão preocupada?
Anne suspirou.
-Trevor, seu primo acabou de me pedir em namoro.
-É mesmo, legal né? O que você disse? – Disse Trevor, tentado fingir entusiasmo.
-Trevor, você sabe que eu gosto de você. Que eu... te amo. Você sempre soube. Você prescisa me responder isso
Trevor não sabia o que responder. Não conseguia dizer nada. Mas era presciso falar, explicar pra ela o que acontecia.
-Anne... Eu adoraria que eu pudesse dizer “eu também te amo” pra você. Mas eu não posso. Olha, só aceite namorar com o Thomas. Ele vai te fazer muito mais feliz.
Uma lágrima escorreu dos olhos de Anne.
-Se é assim que você quer.
E se retirou. Trevor nunca fizera uma besteira maior na vida. E não sabia nem o porque de tê-la feito. Agora, ele se sentia um idiota, e não poderia concertar aquilo.
***
Trevor estava em sua cama. O dia havia sido cheio. Ele ganhara algumas coisas legais. Mas o dia já estava estragado. Ele, até agora, não entendera como fora tão idiota com Anne. Talvez não quisesse trair a confiança que Thomas deu a ele. Talvez ele achasse que não podia fazer aquilo com o primo, que desde o principio confessara a ele a paixão por Anne, e ele, que já era apaixonado por ela sem saber, havia ouvido tudo. A seu ver, agora não havia mais nada a fazer.
Então, ele ouviu uma batida na janela. Ao olhar, viu uma coruja negra com algumas poucas manchas cinza-escuras. Ele para abrir a janela e a pegar a carta. Junto, havia um pacote.
“Trevor, envio esse mapa, que já me ajudou muito durante muitos anos, mas que eu não tenho usado recentemente. Acredito que ele será melhor usado por você. Por favor, cuide bem dele, pois é uma herança de família. Para usá-lo, você deve estar em Hogwarts, coloca a varinha sobre ele e dizer ‘juro solenemente que não vou fazer nada de bom’, quando tiver terminado, coloque a varinha sobre ele e diga ‘malfeito feito’, para que não caia em mão erradas.
Assinado, um amigo.”
Ps: Galera, demorou mas eu postei. Olha o Trevor pode parecer um retardado pela descisão que ele tomou, mas ele só quer o bem da Anne, e ele, bem, esperem e vejam...
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