Buscas e Segredos.
Um homem desaparata em Hogsmeade, carregando uma grande sacola. Antes de ser visto, corre a um beco. Em poucos instantes, a sacola sai carregada por um grande gavião na direção de Hogwarts.
A grande ave entra na escola pela janela do terceiro andar da torre de Astronomia, e se dirige ao escritório do diretor. Chegando a porta, pousa, se transformando no professor Raphael, carregando a mesma sacola que carregava ao chegar a Hogsmeade.
-Feijõezinhos de Todos os Sabores.- A gárgula salta para o lado, abrindo caminho para o professor. Ele entra e segue até o escritório do diretor.
Mas antes que abrisse a porta, alguém faz isso por ele.
-Raphael, eu já o esperava. Você trouxe...
-Aqui. –Diz Raphael, erguendo a sacola que carregava.
-Já não era sem tempo. Minerva esteve aqui, acabou de sair por Flu. Ela me disse que é de extrema importância que esses objetos fiquem aqui em Hogwarts, por segurança e por serem necessários.
-Eu imagino. A espada de Griffyndor, o punhal de Ravenclaw e o Cálice de Fogo não voltam a Hogwarts desde a...
-A derrota de Voldemort por Harry Potter.-Diz o diretor, com uma cara que misturava preocupação e contrariedade.- Sim, é verdade. Somente algo muito perigoso poderia exigir a volta desses objetos a Hogwarts. É realmente surpreendente.
O diretor volta a sua cadeira, enquanto Raphael observa os quadros dos diretores. Ele se demora ao olhar o quadro de Dumbledore. Mas então se dá conta de algo.
-Os outros professores já partiram?
-Já. Antes de Minerva chegar.
-Então só nos resta rezar.
***
Marcus Vice era um rapaz bonito. Como dizer que não. Sua outra opção de trabalho quando terminou Hogwarts, além de pesquisador de runas, era modelo bruxo. Mas ele decidiu que a primeira carreira lhe daria mais futuro. E estava certo. Depois de anos e anos pesquisando pelos mais diversos lugares do mundo, ele finalmente descobriu entre as runas que lia um feitiço fantástico, que ativava o poder de runas. Aquele poder fora perdido há milênios, e ele descobrira o segredo. De simples pesquisador, Marcus saltou para maior autoridade em runas viva. Chegou a receber Ordem de Merlim, segunda classe, e a ser chamado para lecionar Runas em Hogwarts, oferta que aceitou.
Naquela madrugada, o diretor da escola pediu-lhe que voltasse ao lugar onde descobriu o feitiço que o consagrara, mas a procura de outra coisa.
Naquele instante, estava desaparatando em Little Blackhorn, vilarejo próximo do Stonehanger. Sem nem pedir informações sobre o caminho a se tomar, pegou a estrada em direção a construção milenar de pedra. Ele conhecia aquele caminho bem demais para precisar de informações.
Próximo à construção, ele ouve um barulho estranho. Um estalo surdo, como um baque, idêntico ao barulho de uma pessoa aparatando. Mas era impossível alguém aparatar tão próximo ao monumento de pedra do Stonehanger, a energia mágica que ele emanava era muito forte. Apenas bruxos poderosíssimos conseguiam isso.
Marcus se aproxima silenciosamente, tentando não chamar a atenção de quem quer que fosse. Ao se aproximar, vê duas pessoas conversando. Ele se aproxima mais um pouco, se escondendo atrás de uma pedra, para que ninguém o visse.
-Como você pode pedir mais uma semana, seu estúpido. Eu tinha lhe dado um mês, apesar de você dizer que iria precisar de apenas duas semanas. Agora, você vem me dizer que quer mais uma semana.- A pessoa que dizia isto estava coberta por uma longa capa e com um capuz. Tinha uma voz rouca e séria. Estava sendo extremamente severo com a outra pessoa.
-Me... Me descul.. Desculpe, senhor. Eu estou me... Me esforçando ao máximo.
-Não é o bastante!!! E por isso você merece ser punido. Crucius...
O bruxo não mascarado se estatelou no chão, onde gemia e se remexia sem parar. Então, sem mais nem menos, e sem pronunciar uma única palavra, a figura encapuzada parou o feitiço e aparatou, deixando o outro caído.
Marcus resolveu agir rápido. Saiu de trás da pedra e lança uma azaração de impedimento contra o homem caído. Mas o homem rola, evitando a azaração. Antes que Marcus fizesse qualquer coisa, o homem puxa um pó do bolso e joga em uma fogueira que estava por perto, e as chamas se tornam verdes. Ele entra nelas e sussurra algo. Logo após tinha sumido.
-Droga.
Marcus sabia as conseqüências daquilo. Precisaria ser rápido, porque aquele bruxo poderia voltar logo, com reforços. Não era hora para moleza, e sim para trabalho duro.
***
Quando Marina Yuki nasceu no Japão, seus pais não imaginavam que ela fosse estudar em Hogwarts, nem que daria aulas lá após sua formatura. Mas não era isso que interessava naquele instante. Ela tinha algo a fazer, na América. Nos Estados Unidos, para ser mais exato.
O diretor havia feito para ela uma chave de portal, e ela agora se encontrava próxima a Greenhill, a vila bruxa dos Estados Unidos próxima ao local de sua missão, a floresta escura, próxima aos grandes lagos.
Lá ela deveria encontrar um amigo do diretor.
-Você deve ser Marina, Shadown me previu a sua vinda. Eu sou Greenback, ao seu dispor. Mas ele não me falou que a professora de Trato das Criaturas Mágicas era tão linda.
-Muito obrigada Sr. Greenback, deixe-me apresentar, meu nome é Marina Yuki.
-Bem venha, vamos a meu bar, talvez você queira tomar algo antes de correr o risco de morrer na floresta.
Aceitando o convite, Marina segue Greenback para o bar, e no caminho, começou a falar sobre a floresta Sasquatch para tentar descobrir alguma coisa discretamente.
-A floresta. Eu mesmo tenho medo de entrar nela à noite. E nunca vou tão longe como você quer ir. A escola americana de bruxos, Greenhill´s Academy, é do outro lado, mas o trem desvia da floresta. Ninguém chega perto do território dos Wendigo.
-Hum, Wendigos... Você poderia me falar mais sobre essas criaturas?
-Não. Não que eu não queira. É que é impossível falar muito. Quer dizer. Eles são inteligentes, são como fantasmas, mas podem tocar as coisas quando querem. E são sombrios. Parecem almas enegrecidas... É realmente estranho.
-Hum, ok, mais você poderia me dizer quem eu poderia encontrar que saiba mais sobre Wendigos? Posso encontrar um pela floresta, conhecendo mais sobre eles, posso saber como me defender...
-Bem. Duvido que te ataquem. As pessoas não entram na floresta, na verdade, por causa das anomalias que a magia natural deles causa na floresta, como animais erguendo-se depois de mortos e etc... Mas ninguém sabe muito sobre eles.
-Animais mortos vivos?!?! Muito estranho, mas interessante, apesar de tudo gosto de animais, adoraria encontrar um desses por aí, e saber mais sobre essas coisas estranhas que acontecem. Bom se o senhor souber mais alguma coisas que possa me ajudar em minha caçada na floresta, por favor, me conte.
-Nada.
-Bem, os Wendigo são seres muito misteriosos, mas como você sabe como eles são? Alguém os viu e tem algum relato, ou descrição, e se existir alguém, onde posso encontrar essa pessoa?
-Eu já vi um. E por isso te contei tudo isso. Nada mais pode ser descoberto sobre eles aqui, além do que lhe contei. Por que quer saber tanto sobre eles, tem algo a ver com o motivo para Shadown ter lhe enviado?
-Realmente tem a ver, Shadown me mandou para investigar a floresta, afinal conheço muito sobre seres... Animais principalmente... Mas nunca ouvi falar desses Wendigos, por isso gostaria de saber mais sobre eles, afinal além dos animais Mortos Vivos sei que posso encontrá-los pela floresta... Para uma boa exploradora é bom saber os perigos que podem ser encontrados. Uma relação não muito importante... Então já que não sabemos mais nada sobre essa floresta, por que o senhor não me conta mais sobre a escola daqui, a Greenhill´s Academy?
-Hum. Muito bem. Greenhill's Academy foi fundada por um bruxo inglês descendente de dois dos fundadores de Hogwarts, mas nunca ninguém soube de quais. Ele juntou alguns amigos e uma pena como a de Hogwarts, que registra o nome dos bebês recém nascidos nos território com poderes mágicos e começou a chamar alunos para a escola. Ela começou como dois pequenos casarões, um como dormitório e outro para aulas, e hoje cada uma das três casas tem cerca de vinte casarões e existem aproximadamente quarenta para aulas. Mas agora eu estou me lembrando. Talvez haja algo mais que eu possa lhe falar sobre os Wendigo. Um boato, mas pode ser verdade... Não, boatos não devem lhe interessar...
-Então existe um boato sobre eles, claro que eu gostaria de saber, mesmo sendo um boato pode ter uma chance de ser verdade, e quanto mais conhecimento melhor, não acha?
-Há algum tempo, pessoas que trabalharam no ministério e agora são contra ele começaram a dedurar algo realmente assustador, se for verdade. Eles diziam que a prisão bruxa americana, cujo local onde estaria nunca chegou a conhecimento público, era aqui, na floresta, e um povo trazido pelos Wendigo tomava conta dessa cadeia. Esse povo seria os Sasquatch, ou Pé-Grandes. O fato de que muitos perderem a memória sobre o que ocorre na floresta quando entram nela ajuda a impedir que aqueles que são libertados lembrem de onde estavam presos. E isso é espantoso, pois ressuscita a teoria que os Wendigo haveriam trazido também os Dementadores, e os teriam dado ao ministério inglês e os Sasquatch ao americano em troca de apoio na permanência nesse mundo...
“Mas é só um boato. Eu mesmo consegui entrar na floresta até certo ponto, encontrar a cidade dos Wendigo dentro dela e voltar com memória, e não vi nenhuma prisão.”
-Sim, muito estranho... Sobre a permanência neste mundo, significa que os Wendigos são, ou eram de outro mundo, não é? E sobre os Dementadores, sobre o surgimento deles, seria então na mesma época que o surgimento dos Wendigos, já que vieram do mesmo mundo, eles são seres muito misteriosos, e perigosos, até hoje não sabia como eles obedeciam ao Ministério Britânico, afinal eles não falam muitas coisas sobre a prisão de lá, mas sobre o esquecimento, seria muito útil, afinal os presos nunca iriam se lembrar do que aconteceu com eles e também não conseguiriam sair da floresta ou fugir, afinal não iriam nem saber onde estavam.
Um dos pensamentos de Marina era que Greenback pode ter visto a prisão, e até mais segredos, mas como ele mesmo disse, as pessoas esquecem o que vêem, então ele pode ter esquecido, pela magia dos Wendigos, que só o fizeram lembra sobre a aparência desses seres.
-Bem Sr. Greenback, obrigada pelo café e pelas informações, não posso ficar conversando por muito tempo, afinal tenho uma investigação a cumprir, adorei muito conhecer o senhor, e se eu continuar viva, espero encontra-lo de novo, muito obrigada. Adeus.
Marina se retira da casa e vai à direção da floresta. Antes de entrar nela, vira-se e vê que Greenback fora até a porta de sua casa vê-la entrar na floresta. Ele faz um sinal de concordância com a cabeça, ela lhe dá um sorriso, fecha os olhos e solta um suspiro. Lembra-se da cena da reunião que tivera com o diretor, na qual seu colega Marcus falara que risco de morte não estava na descrição do emprego. Ela se vira e entra na floresta.
***
Quando as pessoas viam Loki Niflhelm, acreditavam estar na frente de um punk trouxa de 28 anos. Afinal, não é todo professor de Transfiguração que usa brincos, piercings e um cabelo moicano “idêntico ao do jogador de futebol trouxa David Beckham na copa do 2002”, como ele mesmo gostava de dizer. Também não era todo professor de Hogwarts que gostava mais de futebol trouxa que de quadribol, e que preferia sofrer pelo Liverpool do que pelo Chudley Cannons. Mas também não era todo bruxo que conseguia ser um animago com mais de uma opção. Esse fato fantástico valeu sua entrada no seleto grupo de professores de Hogwarts, no lugar do substituto de McGonagal, um bruxo não muito bom, contratado mais pelos contatos no ministério do que pela qualidade.
Agora, ele fora enviado pelo diretor até a casa onde os pais de Harry Potter haviam morrido, e onde ele destruiu Voldemort pela primeira vez.
Aquele pequeno lugar, Godric’s Hollow. A casa estava bem à frente de onde ele aparatara. Ele resolve entrar logo, antes que algum trouxa aparecesse.
A casa estava em pedaços. Em uma sala, faltava uma parede e havia uma grande mancha no chão, como se ali houvesse acontecido uma explosão. Ele pega um instrumento do bolso. Um tipo de vira-tempo, mas muito maior, e dá várias e várias voltas.
De repente, houve um baque, e ele estava vendo uma cena que teria acontecido a várias décadas atrás. Um homem alto, de feições serpentinas apontava uma varinha para um homem menor, de cabelos negros e óculos. Ele reconheceu o homem alto como Voldemort, e o outro como Tiago Potter, pai daquele que anos mais tarde seria o grande herói da história bruxa recente. Voldemort estava acompanhado por dois Comensais da Morte.
Do outro lado da sala, uma jovem, que ele sabia ser Lílian Potter, segurava um bebê de cabelos negros e olhos verdes.
Então, um raio verde saiu da varinha de Voldemort e atingiu o peito de Tiago, que voou longe.
Voldemort passou por cima de seu corpo, em sinal de total desprezo, em direção ao bebê.
-Saia daí, sua jovem estúpida. Sua morte não é necessária. Mas eu a matarei também, se for preciso.
-Você matou meu marido.- Dizia Lílian, chorando aos soluços.- E quer matar meu filho. Acha mesmo que saberei viver sem eles?
-Então que seja assim. Avadra Kedrava.
A jovem ruiva tombou, ainda segurando o bebê, que chorava muito.
-Agora é sua vez.- Disse Voldemort, apontando sua varinha para a testa do pequeno Harry.
Um raio verde partiu em sua jornada até a testa da criança, mas voltou-se, em direção a aquele que o enviara. Quando o raio atingiu Voldemort no peito, houve um intenso clarão. No instante seguinte, o corpo de Voldemort sumira, deixando apenas suas vestes negras.
O comensal mais baixo se desesperou, e saiu guinchando e gritando. O outro pareceu bem menos perturbado, se dirigiu ao que sobrara de seu mestre, e apanha um objeto ali. Antes que Loki pudesse ver o que era, o efeito do feitiço acaba.
-Tenho de ir agora mesmo contar isso ao diretor.- Diz ele, aparatando logo depois.
Ps:
Aew pessoal. Até agora, nimguém me acresentou no msn. vou lembrar vocês. Meu msn é:
[email protected]
Espero que estejam gostando desse capítulo maiorzinho. A partir de agora a fic começa de verdade. Espero que gostem.
No próximo capítulo, apresento os amigos de Trevor em sua festa.
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