O Procedimento



Harry forçou seu caminho na clínica, a assistente Mary tentando impedi-lo. Ele abriu a porta da sala sem se importar em bater.
_Me desculpe, Dr. Mierzwiak. - Mary exclamou ao surpreso médico - Eu avisei que estamos muito ocupados hoje. Mas, ele não quis esperar.
_Tudo bem, Mary. Não tem problema. Por favor, sente-se Sr. Potter. O que deseja?
Harry se sentou, tremendo, a garganta apertada. Às vezes, valia a pena ser Harry Potter.
_Eu... eu quero começar esse tratamento de uma vez.- Harry falou, seguro, esperando que o médico não notasse o leve tremido em sua voz.- Se puder, agora mesmo.

Em casa Harry pegou um saco de lixo, e começou a recolher coisas pela casa, lembrando-se do que o médico lhe aconselhara na clínica. Cada obejeto que recolhia, antes traziam felizes recordações, que agora ele planejava esquecer.
"A primeira coisa que você precisav afzer, Sr. Potter " a voz do Dr. Mierzwiak dizia "é ir para casa e coletar qualquer e toda coisa associe com a Srta. Lovegood Tudo! Nós usamos esses obejtos para criar um mapa da Srta. Lovegood em seu cérebro. Então, nós precisamos de... hum, roupas, fotos, presentes, livros que vocês compraram juntos. Nós queremos esvaziar sua casa, esvaziar sua vida, da Srta. Lovegood."
Harry parou por um momento. Entre os livros, fotos dos dois juntos, milhares delas, em que eles sorriam no parque em um piquinique no gelo, patinando, cantando, procurando (inutilmente, ele sabia) por bufadores de Chifre-Enrugado na floresta, ele achara uma foto de Luna com 14 anos. Ele exitou por um momento, fora na época em que eles haviam se conhecido. Então, a pôs no saco junto com roupas, brincos, livros (incluindo o de Constelações que ela lhe dera de aniversário, e ele achara bem interessante), jogos, uma caneca brega com a foto dos dois, e tudo o mais que fazia parte da história deles juntos.
"Depois que o mapeamento for feito," a voz voltou " meus técnicos irão à sua casa apagar sua memória, e o senhor vai acordar na manhão seguinte e vai se encontrar em casa como se nada tivesse acontecido. Uma nova vida eserando pelo senhor"

Harry se encaminhou para a clínica carregando dois sacos gigantes, estava tão distraído que quase fora atropelado por um carro, ao atravessar a rua. Mesmo assim, ele não conseguia se concentrar. Logo que entrou foi quase imediatamente recebido pelo médico.
_Está um pouco cheio, por causa do dia dos namorados.- o Dr. Mierzwiak exclareceu sorrindo. Ele então abriu a porta de uma sala.
Uma senhora muito velha chorava sentada em uma cadeira, uma varinha encostada de cada lado da cabeça. Uma vitrola tocando uma valsa, e uma foto magicamente ampliada a sua frente.
_Esse é Stan.- o médico continuou - Um dos nossos melhores técnicos. Ela vai lidar com seu caso hoje à noite.
Harry então reparou no rapaz que esperava na porta, os olhos em sua cicatriz. O mesmo rapaz que assustara a atendende Mary, em sua primeira visita a clínica.
_é um enorme prazer conhece-lo, Sr. Potter. - o rapaz sorriu radiante, sacudindo o braço inteiro de Harry, e arrumando os óculos na ponte do nariz, nervosamente.

_Meu nome é Harry Potter, e eu quero apagar de minha memória Luna Lovegood.- Harry disse lentamente na sala do Dr. Mierzwiak, para a caixa de gravação bruxa, aberta em cima da mesa, e gravando tudo o que ele dizia.
_Muito bem. - o médico aprovou, em uma voz que ao mesmo tempo consolava, e o incentivava a continuar.- Agora, me diga sobre, hum, Luna.
_Eu... eu tinha acabado uma relação muito longa com uma mulher chamada Gina Weasley. E meus melhores amigos me convidaram para essa festa na praia, para tentar me animar. Eles convidaram várias pessoas, algumas que eu não via desde a Grande Guerra. Isso foi a uns dois anos atrás. E entre essas pessoas, eu reencontrei Luna. Nós nos conhecemos em Hogwarts, eu tinha 15 anos na época. Ela sempre me consolava, naquela época, e ali não podia ser diferente. Mesmo que fizesse anos que não nos víamos.
Um barulho o distraiu. Harry se virou automaticamente e viu um rapaz bem novo, recolhendo as pastas que haviam caído no chão.
_Me desculpe.- ele murmurou, levantando a cabeça brevemente, antes de recolher tudo e ir embora.

_Nós vamso começar com suas lembranças mais recentes.- o médico explicou, enquanto examinava a pressão de Harry, para ver se a saúde dele estava dentro dos limites de segurança.- E trabalhar para trás. Tem um núcleo em cada uma de nossas memórias, e quando esse núcleo é destruído, nossas lembranças começam a desaparecer. Quando você acordar na manhã seguinte, todas as memórias terão desaparecido, como em um sonho.
_Tem algum risco de dano cerebral?- Harry perguntou preocupado.
_Tecnicamente falando o procedimento é um dano cerebral. Mas, não vai ser nada grave. Apenas como dormir depos de uma noite de bebida.

Harry se sentou na mesma cadeira que vira a velha senhora chorando. Stan ajustou as duas varinhas em sua cabeça. Elas davam um sensação incomoda de pressão, e de hostilidade. Harry não estava nem um pouco confortável, mas não tinha escolha. Olhando em volta para se distrair, Harry poderia jurar que estava em uma clínica trouxa, com fios e computadores, se não fosse a falta de tomadas, e as varinhas contra sua cabeça.
_Confortável?- Stan perguntou. - O que estamos fazendo agora, Sr. Potter, é criando um mapa de seu cérebro, para saber onde está localizada cada memória.
_Ok, vamos começar. Temos que terminar isso para finalizarmos à noite.- O Dr. Mierzwiak o interrompeu.
_Eu preciso que o senhor reaja a esses objetos, por favor.- Stan pediu, tirando da sacola uma foto dele com Luna, e a aumentando, pondo na mesa em frente a Harry. Este sentiu uma contração engraçada no estômago, mas Stan não percebeu - Apenas concentre-se na memória, não precisa falar. Falando às vezes deixamos um detalhe importante de fora.
Harry olhou atentamente a foto, onde ele e Luna sorriam radiantes. Era um dia ensolarado no parque, no outono, e ele a carregava nas costas. Agora podia entender o que a velha senhora sentira, ao saber que nunca mais veria ou lembraria de nada daquilo. A cada novo objeto harry se sentia mais agoniado e triste. Era como se sua vida estivesse passando por seus olhos, bons e maus momnetos, que nunca mais voltariam. Parecia que tudo o que via ou oucia era 'Próximo item. Próximo item!'. As coisas começaram a ficar estranhamente embaraçadas, e ele ouviu uma voz vinda de lugar nenhum, já que nem Stan nem o médico mexiam a boca, obeservando-o atentamente.
_Ei! Patrick, me faça um favor.- a voz dizia.

_Ei! Patrick, me faça um favor.- Stan pediu sentado em frente ao computador, na casa de Harry Potter, que dormia em sua cama. Uma carinha em cada lado da cabeça, conectadas ao computador, apagando suas memórias. - Pode checar os fios?
_Ok.- Patrick, se baixou olhando embaixo da mesa, para checar os fios.- Parece tudo certo.
_Tem certeza?- Stan insistiu, apertnado o botão, e as varinhas apagaram mais uma memória.

Harry se viu no consultório do médico, de pijamas. Mas, estava sozinho, embora pudesse ouvir uma voz distante dizendo:
_Tecnicamente falando o procedimento é um dano cerebral. Mas, não vai ser nada grave. Apenas como dormir depos de uma noite de bebida.
Confuso Harry olhou em volta, e sorriu aliviado.
_Aí está você! - ele riu aliviado, vendo o doutor. Mas, o médico não respondeu, como se não o tivesse ouvido. Harry então levantou a cabeça e sentiu sua respiração parar na garganta. Estava de pé ali, mas também estava sentado na cadeira, fazendo um mapa de suas lembranças.
_O quê?! - deixou escapar..- O que eu estou fazendo aqui e lá? Oh, dejá vù. Dejá vù! Isso é tão estranho...
O médico então começou a falar, e as mesmas palavras começaram a sair da boca de Harry, como se ele as lembrasse de cor.
_Ok, vamos começar. Temos que terminar isso para finalizarmos à noite.
_Eu já estou dentro de minha cabeça!- Harry percebeu subtamente, uma contração no estômago. Só podia ser, estava revivendo algo que acreditava acabar de ter acontecido, mas que deveria ter acontecido muito antes. Era a pior sensação do mundo, mais estranha do que viajar no tempo. E até mais confusa.
_Eu suponho que sim.- o médico respondeu de repente olhando ao redor.- É, é o que parece.- Então voltou-se para o outro Harry, como se nada daquilo o surpreendesse. Nós vamos nos livrar dos objetos que estão aqui, de forma que não se preocupe com a presença misteriosa de um deles em sua casa.
_Patrick! - ele ouviu novamente a voz misteriosa, chamando.
_Patrick?- repetiu, aquilo lhe lembrava algo.
_Por que tem tantos fios?- uma voz jovem respondeu, e ele reconheceu ser a do menino que derrubara as pastas. Uma lembranças que ele revivera a pouco tempo.
_É o equipamento.- Stan respondeu, mas o Stan da memória não abriu a boca.
_Isso ajuda?- Patrick perguntou.
Então Harry estava de novo sentado na cadeira, que estava do lado de fora do prédio, vendo a si mesmo distraído, com duas sacolas na mão, atravessando a rua e quase sendo atropelado. De repente, estava novamente no escritório, na sala de espera, Stan colocando a xícara em frente a ele. Mary, que não deveria estar ali pelo que ele recordava, perguntou:
_Como está se sentindo hoje, Sr. Potter?
Então, tudo começou a acontecer muito rápido. Diante de seus olhos, Harry viu lembranças disconectas e confusas, se desenrolando em uma velocidade absurda. Ele mal podia reconhecer as memórias, pessoas. Tudo estava se tornando um borrão, e vozes diziam coisas, algumas técnicas, outras trechos das cartas que ele recebera de Luna, 'Ontem foi incrível, Harry. Quem sabe não podiamos sair de novo amanhã, se você prefirir visitar outra pessoa.'. Ele estava ficando enjoado, a cabeça começando a doer. E como tudo começara, sem aviso, também terminou.

_Ei, cuidado!- Stan gritou para Patrick, se levantando e o puxando para longe - Saí daí! Vamos, saí!
_O que? - Patrick perguntou se levantando e batendo a cabeça na mesa.- Ai!
_Pare de mexer no que não sabe!- Stan reclamou.- Esse é Harry Potter. Você não quer ficar conhecido como o cara que cozinhou o cérebro de Harry Potter, ou quer? Fazer o que Você-Sabe-Quem não pode.
_Está tudo bem.- Patrick respondeu calmo, se afastando dos fios, e massagiando a cabeça.
_Ok.- Stan apertou o botão.- Mais uma memória apagada.
_Esse lugar é um lixo, não é?- Patrick comentou, olhando em volta
_É um apartamento, Patrick.- Stan respondeu tentando manter a paciência.
_Patrick.- Harry adormecido murmurou, mas ninguém ouviu.
_É sem vida. Muito limpo e organizado.- Patrick reclamou, passando o dedo em um móvel, e não encontrando nenhum traço de pó.
_Vamos superar isso, ok?- Stan pediu, sem tirar os olhos do monitor.- Temos uma longa noite pela frente.

N/A- Entenderam? Bem confuso, não é? Mas, muito divertido. Desde o capítulo 2 as memórias e coisas que estão realmente acontecendo se misturam. E assim vai até o penultimo capítulo da fic. E aih, vocês vão entender tudo. Já tem algumas dicas bem disfarçadas aih, hehehehe. Espero que estejam gostando. Se não entenderem algo, podem reclamar comigo. Beijos, Mary.

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