Conversas
Harry Potter e o Olho do Dragão
Capítulo Cinco – Conversas
Gina permanecia na entrada do quarto de Rony, com um semblante modificado, seus olhos focalizando cada uma das figuras que ali se encontravam, uma por uma, até chegar por fim em Harry. O jovem se levantou, deixando a segunda carta que tinha em mãos em cima da cama. Ele olhou para Rony e disse:
- Seu pai deve ter alguma informação e por isso está nos chamando!
- É claro, papai é super rápido e esperto! – exclamou o ruivo exibindo um sorriso largo no rosto.
- Não é melhor descermos do que ficarmos aqui? – sugeriu Mione, impaciente.
Os três então desceram, seguidos de perto por uma curiosa Gina.
Na sala atravancada de móveis se encontravam o Sr. Weasley, sentado gostosamente na poltrona; os filhos, Gui e Carlinhos; e mais a Sra. Weasley e a futura nora, Fleur, num canto mais escuro da sala. Quando os jovens chegaram o Sr. Weasley se levantou, desenhando um sorriso para Harry:
- Bem, garotos – começou ele, agora sério -, tentei o máximo para averiguar o fato que nos pegou de surpresa nessa manhã! Também tentei fazer isso o mais rápido possível, antes que suas cabecinhas de vento trabalhassem para o mesmo fim! – Ele olhou por um longo tempo os jovens ali parados, inclusive Gina.
- E qual foi a conclusão, querido? – quis saber a esposa.
- De fato – respondeu ele logo – houve uma visita ao ministro, e o visitante tratava-se mesmo de Harry Potter.
- Um falso Harry, convenhamos lembrar! – comentou Fleur de seu canto.
O Sr. Weasley dirigiu-lhe um olhar de censura. A jovem se avermelhou, resignando-se com um abaixar de cabeça.
- Para o ministro a reunião não foi muito proveitosa, já que o ilustre visitante dirigiu-lhe poucas palavras e nada delas concretas!
- Então, não houve acerto da proposta de garoto-propaganda? – perguntou Rony, de forma zombeteira. Apesar de ter saído num tom brincalhão Rony conseguiu resumir muito bem o averiguar dos fatos.
O Sr. Weasley concordou, com um aceno.
- Dá para tirar uma idéia daí, não? – manifestou Harry pela primeira vez, desde sua chegada à sala. – Pelo o que parece, Voldemort não estava interessado em Scringeour! – afirmou ele com convicção.
- Sim, pode ser, Harry – disse Carlinhos. – No entanto não podemos ter certeza de que o ato foi planejado por... bem, por Você-Sabe-Quem!
- Ora, Carlinhos, para mim está muito claro – disse Harry, irritado. – Quem mais poderia ter feito isso? Um comensal da morte? Snape?
O nome causou um leve estremecimento nos presentes. Nenhum ousou arriscar uma resposta afirmativa ou negativa. A traição de Snape feria um pouco os ânimos dos integrantes da Ordem da Fênix principalmente.
Foi o Sr. Weasley quem propôs quebrar o silêncio deixado por Harry:
- Há muita coisa a se investigar ainda, por isso, não podemos afirmar ou negar algumas questões. Levarei a questão para todos os membros da Ordem da Fênix para ajudar na investigação!
Hermione levantou a mão, da mesma maneira que ela fazia para responder uma pergunta de um professor ou para emitir sua opinião na matéria. Todos assentiram para que ela pudesse dizer:
- Eu acho que Harry tem razão. – O jovem a fitou e foi correspondido com um olhar de aprovação. – Usar um artifício desses de grandeza só pode ter sido preparado por um bruxo poderoso!
- Não acho que uma poção Polissuco seja tão difícil de se fazer – disse Rony. – Até mesmo você conseguiu fazer... – Os olhos do Sr. e Sra. Weasley caíram sobre ele imediatamente, absorvendo aquela informação com interesse.
- Você está dizendo que vocês fizeram uma poção Polissuco? – questionou a Sra. Weasley, enquanto Gui e Carlinhos escondiam o riso. – Ronald Weasley!
O ruivo corou bastante, tentando buscar auxílio entre os amigos. Porém nem Harry e nem Hermione conseguiam dizer alguma coisa para a fera que se avolumava mais a frente. Por sorte a situação se acalmou quando Gina explicou:
- Mamãe, eles foram... bem, me ajudar naquele triste incidente em meu primeiro ano! – Ela fez uma cara suplicante, por final.
- Como? – investiu a mãe, desconfiada.
- Eles tentaram descobrir se o Malfoy tinha o dedo no meio no meu desaparecimento – mentiu ela.
- Isso já não tem mais importância, mamãe – comentou Gui, cortando uma possível onda de questionamento da mãe. – O importante é a conclusão da Hermione... Ela estava falando que o falso Harry fora criado por um bruxo poderoso. Mas se vocês fizeram uma poção sem problemas, por que também um qualquer não tenha feito?
Todos focalizaram Hermione.
- Eu posso estar errada, mas as circunstâncias me sugerem outra explicação para o falso Harry – Ela pausou, constrangida com os olhares incisivos dos outros. – Não pode ter sido Polissuco!
- Se foi você mesmo quem sugestionou! – retrucou Rony, confuso.
- Sim, fui eu – admitiu a garota. – Naquele instante fora essa a explicação que me veio! Agora, depois de um tempo pensando, eu concluí que não pode ter sido a poção Polissuco por um simples motivo.
- Qual é o motivo? – perguntou Fleur.
Hermione não respondeu de imediato.
- Para se transformar em alguém há duas maneiras. A primeira delas é se fazer uso da poção Polissuco. Basta juntar alguns ingredientes e depois acrescentar algo da mais divina importância... – Ela parou, esperando alguém completar.
- O fio de cabelo da pessoa na qual se quer transformar! – respondeu Harry, lembrando-se da vez que ele tinha se transformado em Goyle em seu segundo ano. Fora necessário pegar um fio de cabelo do sonserino na ocasião.
- Isso! – exclamou Mione. – Estão vendo aonde quero chegar? – Não esperou muito para que alguns deles respondessem. – Quem quisesse ter-se transformado em Harry era preciso que se arrancasse um fio de cabelo dele. Não houve nenhuma oportunidade que alguém tivesse arrancado o fio nesses últimos dias!
- Por que? – indagou Gui.
Ela balançou a cabeça depreciativamente para Gui antes de responder.
- A poção deve ser usada assim que pronta e não se deve estocar um fio de cabelo por muito tempo. Para ter uma eficácia melhor na transformação é bom que o fio tenha sido retirado da pessoa horas antes da poção pronta.
- Entendo – disse Harry balançando a cabeça. – Pelo que sei ninguém tentou arrancar nada de mim no tal dia, e mesmo que estivesse dormindo... acho que sentiria!
O silêncio reinou novamente, todos pensando naquela nova informação levantada. Foi nesse momento que se ouviu um barulho vindo da cozinha, algo parecido como uma panela caindo ao chão. Gui e Carlinhos foram ver o que tinha acontecido, as varinhas em riste para qualquer emergência. Voltaram poucos minutos depois, Gui trazendo o gato da Mione nas mãos:
- Aqui está o causador do barulho! – Ele entregou Bichento a Hermione, que por sua vez saiu correndo indignado por ter sido pego em sua ronda.
- A porta estava aberta, talvez ele tenha entrado por lá – comentou Carlinhos.
- Deixa o gato pra lá! – disse Rony, pouco se importando com o Bichento – A Mione faltou nos dizer a segunda maneira de se transformar em alguém!
Novamente a atenção de todos se pousou na figura de Hermione.
- A segunda maneira – reiniciou ela, pouco a vontade – é muito difícil de se fazer... Deve-se ter um controle enorme e um poder mágico altíssimo, pois não é necessário o uso de poções ou outros artifícios mágicos. O próprio bruxo transforma-se na pessoa desejada, depois de se concentrar por um longo período na figura. O ritual é conhecido como “Transformae Corporeum”. Não são todos que conseguem fazer o ritual, podendo até trazer para aqueles que tentam, modificações permanentes, caso o ritual saia errado.
Carlinhos assobiou longamente.
- Eu acho que a resposta está aí! – comentou ele. – Sim, lembro-me de ter visto isso em algum livro.
Arthur Weasley, no entanto, não parecia estar tão certo. Ele começou a andar pela sala, sempre com os olhares curiosos dos outros sobre ele. Depois de alguns minutos passados dessa forma, pronunciou:
- Eu vejo que todos aqui estão bem certos que o método usado para entrar no Ministério foi mesmo o “Transformae Corporeum”. – Alguns assentiram, outros permaneceram calados. – Outro ponto é a questão do autor, quem poderia ter sido?
- Voldemort – bradou Harry em resposta.
- Novamente, Vol-Voldemort – pronunciou o Sr. Weasley para o seu espanto. - Supondo que ele tenha sido o responsável – continuou Arthur seriamente –, por que fez isso? Somente para conversar com o Ministro? Na minha opinião não era esse o objetivo!
- Talvez ele procurrasse algo dentro do ministérrio! – sugeriu Fleur espertamente.
- A Fleuma tem razão!! – exclamou Gina. No segundo seguinte recebeu uma chuva de olhares cortantes. – Er, digo, a Fleur.
Harry abafou o riso e falou:
- Sim, o lugar guarda muitos segredos... Como o Departamento de Mistérios.
- A profecia! – exclamou Rony. – Ele pode estar atrás de outra profecia.
- Não acredito nisso – afirmou o pai, categórico. – Se fosse a profecia de Harry, mas esta já está quebrada, ninguém sabe dela.
Harry olhou significativamente para Rony e Hermione. Estes entenderam o olhar do amigo, balançando a cabeça levemente. Os três eram os únicos daquela sala que sabiam do teor da profecia. Harry preferiu deixar do mesmo jeito que estava...
A conversa, então, não se mostrou muito esclarecedora. Rondavam em terreno não seguro, não podiam afirmar nada ainda. O Sr. Weasley e os filhos mais velhos decidiram sair para tratar de negócios, mas eles não falaram que negócios eram aqueles. Harry presumiu que se tratava de algo relacionado a Ordem da Fênix e, por isso, não fez questão de saber. Outra coisa o afligia no momento.
Subiu para o quarto de Rony com os amigos. Gina não quis subir, disse que ia ajudar a sua mãe na cozinha, mas acrescentara veemente para Harry:
- Não se esqueça de que eu quero saber de tudo depois! – Harry dera de ombros, enquanto Rony e Hermione sacudiram a cabeça positivamente.
Assim que o trio chegou ao quarto Harry foi logo dizendo, em tom ríspido:
- Esse negócio todo me afastou da minha missão! – Ele agora andava pelo quarto em círculos, o cenho carregado de preocupação.
- Você fala dos horcruxes? – indagou Rony hesitante.
- Sim, tenho que acabar logo com todos os pedaços da alma dele! – afirmou o jovem se virando para o amigo. – Só assim Voldemort parará com esses planos misteriosos.
- Hum, Harry, não banque o herói! Isso já tá ficando chato! – Hermione disse irritada por aquela interminável ladainha.
- Não estou bancando o herói, Mione! Estou cansado de ver o inimigo sempre com um trunfo nas mangas. Se eu destruir os horcruxes o mais rápido possível e ele, melhor será para a comunidade bruxa e para as pessoas que eu amo.
Mione se silenciou, apesar do toque de heroísmo de Harry permanecesse evidente. Rony, enquanto isso, fitava o amigo andar pelo quarto exaltado.
- Nós não sabemos, por exemplo – reiniciou Harry, ofegante -, quem é R.A.B. Temos que conhecer a identidade dele para descobrirmos o paradeiro do medalhão!
- Bem, eu andei pesquisando mais alguns nomes nas minhas férias... – anunciou Mione devagar.
Harry estancou e colocou sua atenção na garota.
- Segundo as siglas há dois nomes que são relevantes em minha pesquisa – prosseguiu, sob o olhar atento de Rony também. – Estou mais segura em dizer que uma delas é o verdadeiro R.A.B., mas a outra me admira por sua discrepância.
- Você quer dizer diferença – esclareceu Rony precisamente.
- Sim.
- E qual é a diferença? – perguntou Harry.
- Trata-se de uma mulher e um homem – respondeu a jovem de vez.
- Não pode ser uma mulher – discordou Harry rapidamente. – De acordo com o bilhete, o modo com o qual ele foi escrito, trata-se de um bruxo e não uma bruxa.
- Isso não importa, quem são eles? – quis saber Rony, impaciente.
- A mulher se chama Rosamund A. Blackwood, e o homem é...
Não foi possível Hermione revelar o outro nome. Nesse instante a Sra. Weasley entrava junto com um homem no quarto. Harry reconheceu Remo Lupin no exato momento.
- Remo! – exclamou ele.
O bruxo sorriu-lhe e depois deu um aceno para Rony e Hermione. Harry achou Remo um pouco cansado demais, sua respiração era pesada e o sorriso que recebera foi um tanto quanto vazio ou sem emoção.
- Desculpem a interrupção, meus queridos – a Sra Weasley resolveu falar -, mas é que o Remo levará vocês dois para o exame de aparatação! – Ela dirigiu esta última parte para Harry e Rony.
- O teste, eu esqueci! – disse Rony, um pouco desapontado.
- Eu também – falou Harry em contribuição.
- Ora, como vocês esquecem uma coisa tão importante dessa! – reprimiu Hermione com as mãos na cintura.
- Espero, pelo menos, que tenham se exercitado os três D’s – disse Lupin.
Rony e Harry fizeram um mentiroso balançar de cabeça em sinal positivo. Mione percebeu que os dois estavam mentindo, mas não fez questão de contrariá-los. Aliviado, Harry retribuiu um sorriso nervoso.
- Vamos logo ou perderão o exame – anunciou Lupin divertido.
- E como vamos? – perguntou Harry.
- Chave de portal – respondeu o bruxo de imediato.
Hermione Granger estava com Gina na entrada da Toca quando três sons característicos de alguém apararatando soaram bem perto delas. As jovens reconheceram as figuras de Harry, Rony e Lupin quase que imediatamente.
- Olá, garotas – saudou Lupin primeiro.
- Então vocês passaram!?– exclamou Mione exibindo um sorriso largo. – Que bom, Rony! Fico feliz por você!
O ruivo corou um bocado antes de afirmar com a cabeça.
- Parabéns, Harry – felicitou Gina para o garoto. Harry ficou vermelho e não disse nada em agradecimento. Passou pelas garotas sozinho, deixando os outros a fermentar teorias sobre o seu modo.
- O que deu nele? – questionou Mione. – Não passou?
- Ele passou sim, e muito bem aliás – respondeu Remo Lupin. – Acho que a questão não é essa.
- E o que é? – Gina perguntou interessada.
Foi Rony quem respondeu dessa vez:
- Snape.
- Ele estava lá? Como isso é possível?
- Uma foto – esclareceu Lupin antes que Gina ameaçasse uma nova torrente de perguntas. – Ele viu a foto de procurado do Snape no ministério. Depois disso ele ficou um pouco emburrado, a dor da traição é recente nele ainda...
- Em todos nós, eu acho – disse Rony com um suspiro.
Harry se encontrava sozinho em seu quarto, ou melhor, no quarto de seu amigo Rony Weasley. Ele olhava para o teto, os olhos verdes se mexendo de quando em quando, focalizando cada parte do lugar... O malão desleixado num canto qualquer, o pôster do time predileto de Rony se exibindo numa parede, o relógio tiquetaqueando sobre o criado-mudo, as imagens se repetindo...
Ficou assim por um bom tempo, nem viu o céu se desabar em escuridão. Os amigos e nem um integrante da família Weasley veio lhe fazer uma visitinha nesse tempo. Melhor para ele, porque tudo o que queria era ficar sozinho.
A visão da foto de Severo Snape no Ministério da Magia ainda era recorrente em seu cérebro. Ao lado de tantos outros cartazes de procurado somente o de Snape voltava sem cessar em sua mente... O rosto macilento se contorcendo por si só de tanta empáfia, os cabelos oleosos balançando ao sabor de uma brisa invisível.
O miserável havia ganhado, conseguira o cargo que tanto queria no ano letivo anterior e o principal, assassinara a sangue-frio aquele que lhe estendera uma mão. Tantas vezes ele tinha dito a Dumbledore que Snape era um traidor, falso e um enganador... Do que serviu os inúmeros alertas? Foi o bastante para a morte do grandioso e imponente Alvo Dumbledore?
Harry sorriu amargamente e depois gargalhou baixinho, deliciado por constatar que ele sempre estivera certo. Alvo havia se enganado, Alvo fora ludibriado, Alvo tinha sido logrado por um bruxo muito mais esperto do que o próprio... Sim, Snape fora esperto e inteligente. Conseguira o apoio do aliado mais importante da Ordem da Fênix, o mais sábio de todos...
Um tolo... Alvo Dumbledore tinha sido um verdadeiro tolo. De um grande engenheiro passou para um velho degradado. Teve a insignificância de pedir clemência antes de sucumbir... Rebaixou-se horrivelmente aos pés de um... de um autêntico covarde...
- Covarde! – bradou ele, violentamente.
A palavra ecoou fria pelo cômodo escuro... Repleta de ódio, com um poder extraordinário carregado de fúria e violência.
- Covarde! – repetiu ele mais uma vez. E se repetiu uma, duas, muitas vezes, o sabor aumentando entre os seus lábios...
A palavra cessou depois de uns minutos, parecia que Harry voltava a si. Foi nesse momento que se lembrou de algo que havia esquecido completamente... A outra carta que Dumbledore lhe escrevera.
Correu para pegá-la no malão, o tempo passando em meio a sua aflição, a sua curiosidade aumentando. Porém não se achava em lugar nenhum a carta. Tirou todas as suas coisas de sua bagagem e nada da maldita carta de Dumbledore.
Procurou nos criados-mudos, no armário e na escrivaninha de Rony, debaixo da cama e dos lençóis, mas não a encontrou. Cansado de tanto revirar, sentou-se numa cadeira. Alguém havia pegado enquanto ele tinha ido fazer o teste de aparatação.
Mas quem? Seria Mione? Gina? Sra. Weasley? Não, ele não podia colocar a culpa somente no pessoal da casa. Poderia ser qualquer um de fora... Mas a Sra. Weasley tinha dito que a Toca estava bem protegida, não havia razão de desconfiar que fosse alguém de fora.
Então, onde estava a carta?
- Você disse que a carta sumiu?
O rosto de Hermione expremia algo que ia do espantado ao surpreso. Seus olhos estavam bem arregalados, a boca semi-aberta. Era visível para Harry que não fora Mione a pessoa cuja pegara a carta de Dumbledore.
A atenção de Harry se pousou em Rony. O ruivo mantinha um semblante preocupado, desde o momento em que Harry entrara na sala e interrompera sua aproximação de Mione. A única coisa que conseguiu dizer foi um "puxa, cara!", sem muita convicção.
Harry, então, ouviu a voz de Mione soar mais uma vez:
- Sabe, Harry, pelo que sei, ninguém subiu lá em cima. Eu digo o pessoal da casa - Mione caminhava em círculos enquanto falava -, ninguém teve uma oportunidade ir ao quarto de Rony. Estávamos todos fazendo algo na cozinha. - Ela parou e começou a contar os dedos. - Eu, Gina, a Sra. Weasley, Fleur... Acho que só. Estávamos todas juntas!
- Você acha!?- indagou Harry friamente.
- Tenho certeza! - afirmou ela, um pouco vermelha.
Harry abanou a cabeça, mas de uma maneira um tanto vaga. Ele percorria seus olhos pela sala quando ouviu um barulho forte soar no andar de cima. Imediatamente encarou os amigos e dois segundos depois tinha desaparecido.
Estava no quarto de Rony, seus olhos fitavam a janela aberta que se mexia. Parecia que tinha sido aberta momentos antes. Ele se aproximou dela e olhou para baixo, mas não não havia qualquer indício de que alguém tivesse passado por ela. Rony e Mione chegaram logo depois, os dois esbaforidos.
- Precisava aparatar? - questionou Mione, azeda.
- É claro, você não ouviu o barulho? - disse Harry em resposta.
- Viu alguém? - exclamou Rony curioso, passando os olhos pelo quarto a fim de constatar que nada tinha sido pego.
- Ninguém - respondeu o outro.
- Não caiu nada aqui que se explique o barulho? - tentou Mione, não muito segura de que alguém tivesse entrado ou saído dali.
Harry balançou a cabeça negativamente.
- A janela estava fechada e ela se mexia quando eu cheguei aqui. Alguém esteve aqui, Mione!
- Claro! - disse Rony esquadrinhando um canto mais adiante.
Harry e Mione se viraram para o local que Rony apontava. O ruivo deu um passo e se abaixou, pegando alguma coisa por conseguinte. Virando-se par aos amigos revelou o objeto em suas mãos:
- Isso, segundo Harry, não estava aqui!
Rony segurava a segunda carta de Dumbledore, a que tinha desaparecido. Embora um pouco amassada não estava aberta, permanecia inalterada pelo que viam.
- Você disse que ela sumiu, Harry! - exclamou Mione, irritada.
- Espere! O que é isso?
Harry fitava a carta quase que hipnotizado. Rony também a fitou e percebeu logo o porquê da exclamação do amigo: sangue. Havia sangue escorredo do envelope!
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Preview - No próximo capítulo a continuação desse fato estarrecedor, qual é a explicação daquele sangue na carta? Harry descobre o seu conteúdo, o que Dumbledore anuncia? E mais: Draco, Snape, Bellatriz e ação. Tudo isso em Prenúncio Sombrio.
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Olha eu de novo aqui. Tardo mas não falho!! Feliz natal para todos! (Percebem a minha rapidez, né! Sim, Natal com a familia é uma verdadeira confusão. Todo mundo querendo usar o PC para uma algum objetivo). O meu é postar hoje pra vcs, meu presente de natal. Capítulo curto, eu sei. Falei de mais, tô indo!
É isso aí, beijos, beijos para todo mundo que leu e comentou! Autora felicissíma!
Malfeito feito!
Selina
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