Confissões de Duda Dursley



CAPÍTULO UM – CONFISSÕES DE DUDA DURSLEY


Era uma manhã muito fria em Little Winghing um fato estranho pois era verão, um garoto caminhava pela Alameda das Glícinias que estava totalmente deserto, o garoto era magricela e com o aspecto meio doentio mas ainda sim tinha um charme e o cabelo desarrumado que com certeza fora herança de seu pai. Por de trás dos óculos redondos grandes olhos verdes. Vestia roupas três vezes maiores que seu tamanho. Seu nome: Harry Potter. Ele passeava pelas ruas enquanto todos os moradores do bairro, ficavam em suas casas confortáveis e limpinhas, debaixo dos cobertores quentinhos com certeza assistindo um filme e se deliciando com um chocolate quente, onde ninguém se atrevia a colocar o nariz na janela para espiar os moradores.
Harry voltou para a casa dos Dursley, onde todos se encontravam na sala quentinha, comendo pipoca e bebendo chocolate quente, assistindo um filme, ao entrar tia Petúnia o olhou como se o desaprovasse coisa que era muito mais que normal para Harry e disse:
- Ligaram aqui procurando você.
- Quem? - perguntou Harry distraído.
- Era uma garota chamada Gina Weasley. - respondeu tia Petúnia secamente voltando a olhar para televisão.
- Gina?! - Harry pareceu interessado sem perceber. - O que ela queria?
- Ela perguntou se você podia passar seu aniversário e o resto das férias na casa dela. - respondeu sem tirar os olhos da televisão mas mesmo assim estava curiosa sobre a garota.
- E o que a senhora respondeu? - perguntou Harry temendo a resposta.
- Disse que ia pensar no assunto, então ela falou que ia ligar mais tarde. - disse tia Petúnia não com o seu tom de que não faça mais pergunta e sim querendo saber mais sobre a garota. - afinal quem é essa garota? Alguma namorada que você encontrou naquela escola.
Harry corou.
- Não ela é irmã do meu amigo Rony, aquela família de ruivos que uma vez entraram aqui em casa pela lareira, a senhora lembra? - perguntou Harry sarcásticamente.
- Não me lembre disso. - tia Petúnia se arrepiou ao se lembrar do acontecimento.
Harry subiu em direção ao quarto, quando abriu a porta Edwiges tinha acabado de chegar. Com um rato morto na boca e ao seu lado tinha uma coruja velha que Harry reconheceu na hora era o Errol da família Weasley, Harrry ficou imaginando por que Rony não mandou Pichitinho, pelo que sabia Errol tava muito velho e não agüentava viagens longas, mas sem pensar muito Harry logo tirou a carta de Errol que voou para a gaiola de Edwiges se servindo de um pouco de água, enquanto Harry abria a carta de Rony.

Caro Harry

Como vai? Não sei se seus tios lhe disseram, mas Gina ligou ai na sua casa mais cedo perguntando se você podia vir passar o seu aniversário e o resto das férias aqui em casa, e seus tios disseram que você não estava em casa e que iam conversar com você e que Gina ligasse mais tarde pra saber a resposta, achamos estranho pois seus tios acham que somos de outro mundo e pensamos que não eram eles, então em todo caso amanhã iremos te buscar. Ás cinco horas da tarde tá bom? Mande resposta pelo Errol, pegue leve com ele, não pude mandar Pichitinho porque ele esta numa missão muito importante que te conto quando você vir para cá, imagina se a carta é interceptada estaríamos em sérios apuros.
Vou ficando por aqui.
P.S. Hermione pediu para você não fazer nenhuma besteira.

Rony

Harry logo escreveu “podem vir amanhã, estarei esperando”, nesse instante entrou outra coruja pela janela, Harry pegou e eram as cartas de Hogwarts.


RESULTADOS DOS NÍVEIS ORDINÁRIOS EM MAGIA

NOTAS PASSÁVEIS
Ótimo (O)
Excede as Expectativas (E)
Aceitável (A)

NOTAS REPROVÁVEIS
Passável (P)
Deplorável (D)

Harry James Potter

Astronomia (A)
Trato de Criaturas Mágicas (E)
Feitiços (E)
Defesa Contra as Artes das Trevas (O)
Adivinhação (P)
Herbologia (E)
Historia de Magia (P)
Poções (E)
Transfiguração (E)

Harry tinha conseguiu o suficiente e estava muito feliz, foi quando chegou outra coruja. Era outra carta de Hogwarts, tinha os novos livros para o Ano Letivo:

Livro Padrão de Feitiços 6º série, de Miranda Goshawk
Defesa Contra a Arte Satânica, de Serena Thompson
A Sutileza das Poções, de Severo Snape

Harry não acreditou quando leu, o nome de Severo Snape como autor de um dos livros que precisaria para as aulas. Harry muito animado começou a arrumar o malão, pensando como seria no dia seguinte estar n’A Toca, ele iria sorrir de verdade, coisa que ele não fazia desde que Sirius morrera. Ficou ali pensando no que poderia ter feito naquele dia, por que Harry fora tão burro a ponto de não levar as aulas de Oclumência a sério, hoje com certeza ele não se sentiria assim, tanto pensou que logo adormeceu.
Sirius estava no Departamento de Mistérios, perto do véu negro, ele acenara para Harry, sorria, quando o garoto ia se aproximar, alguém o cutucou, era Duda Dursley, Harry estava sonhando e o primo viera acorda–lo será que ele estava gritando tanto que precisava que alguém viesse chama-lo, pelo visto não era pois tio Valter e tia Petúnia não estava lá.
- O que você quer? - perguntou Harry zangado, pensando "o que Duda Dursley o menino mais mimado da face da terra queria as três da madrugada no meu quarto."
- Eu preciso falar com você. - disse ele meio assustado, nem de longe parecia o filhinho de mamãe mimado e egoista de sempre.
- Então fala logo. - Harry se sentou na cama para ouvir o que o primo tinha a dizer, era um momento raro, pois o que de tão poderia ter acontecido ao Duda para procurá-lo a essa hora da noite.
- Harry preciso de contar uma coisa que aconteceu no verão passado relacionado ao seu mundo. - começou ele.
- O que? - Harry exclamou sem entender nada. - como assim... no verão passado... meu mundo?
- Aquela noite em que eu e você fomos atacados pela aquela escuridão, e eu senti que nunca mais seria feliz...
- Sei os dementadores. - interropeu Harry. - Eles não são a escuridão, eles são criaturas das Trevas que sugam a felicidade das pessoas e as vezes até sugando sua alma.
- É? - perguntou Duda que parecia não entender nada.
- O que você viu, o que deixaria você tão triste, um menino tão mimado, que tem sempre tudo o que quer... - ele parou de falar, tio Valtér tinha acabado de dar um ronco que vez a casa tremer.
- Eu também recebi a carta de Hogwarts, mas mamãe e papai achou que isso era uma vergonha muito grande e não deixaram eu ir, o que me deixou muito triste, e quando eu vi a carta na sua mão, ah eu queria que você também não fosse, mas ai você foi e voltou com vários amigos, e a cada dia mais poderoso, papai não queria te contar, eu achava que aquele tinha sido o pior dia da minha vida, então eu descobri que minha mãe também já tinha estudado em Hogwarts, e como foi expulsa no sexto ano por uma série de coisas que ela tinha aprontado que ela não conta pra ninguém, pelo que ela falou para papai, ela tinha medo de eu passar pelo mesmo que ela, acho que foi alguma espécie de proteção de mãe. Sabe Harry eu tenho inveja de você, com amigos diferentes, faz coisas anormais, enfrenta bruxos do mal...
- Não desejo pra ninguém o que eu passo, - Harry que estava ouvindo atentamente o que o primo dizia perdeu a cabeça - perder pessoas queridas, sentir dores, se meter em várias enrascadas, eu preferia ter uma vida normal.
- Desculpe, mas pelo menos você não precisa ouvir o que mamãe diz toda hora "Dudiquinho meu menino perfeito, que jamais faria mal à uma mosca" - disse Duda fazendo uma perfeita imitação de tia Petúnia.
Harry riu, uma coisa espantosa, ele nunca se divertira do lado de Duda.
- O meu mundo desabou quando eu recuperei a memória, não sei como eu tinha perdido, mas eu lembrei na noite em que vimos os "mentadores" e...
- Dementadores - Harry o interrompeu novamente.
- Como eu ia dizendo, foi quando várias pessoas entraram em nossa casa, todos estavam mascarados e começou torturar eu e meus pais e...
- Você se lembra de como era essa dor? - perguntou Harry interrompendo de novo.
- parecia que meus ossos estavam se quebrando ao meio, pelo que eu me lembro quem me torturou foi um homem loiro, eu lembro muito bem da risada dele.
- Quando foi isso Duda?
- Foi quando aquela familia doida que invadiu nossa lareira veio aqui te buscar para um campeonato ou sei lá o quê. foi assim que vocês foram embora, eles invandiram nossa casa, logo depois chegou outras pessoas apagaram nossas lembranças, foi horrível, aposto que mamãe e papai não lembram de nada.
Harry ficou sem palavras, então Duda tomou atitude:
- Eu só queria que você soubesse, não sei por que, mas algo me dizia para te contar. - Duda se levantou e caminhou em direção a porta. - boa noite. - e saiu.
As descobertas que Harry fizera essa noite ficaram martelando em sua cabeça, sua tia Petúnia estudara em Hogwarts e Duda também iria estudar lá, ficou ali pensando durante horas até que o sono veio novamente confortá-lo de qualquer dúvidas.



Na manhã seguinte, Harry se levantou e começou a arrumar seu malão e o quarto, pensou muito no que Duda dissera, mas logo esses pensamentos foram varridos de sua mente quando, tia Petúnia o chamou para tomar café.
O tempo parecia não passar, Harry ficou por horas ali no quarto andando de um lado para o outro, até que ouviu a campainha, desceu correndo. Mas não era nem de longe um Weasley, muito menos ninguém do mundo mágico. Era Pedro Polkiss amigo de Duda, um garoto magricela com cara de rato.
- Olá Sra. Dursley, como está? - disse ele fingindo ser educado.
Pedro é da gangue de Duda e seu melhor amigo, em geral Pedro era quem segurava os garotos enquanto Duda batia neles, eles eram totalmente diferentes perto dos pais, pareciam dois anjinhos.
- Tudo bem, Duda está tomando café, entre por favor. - disse tia Petúnia, na sua opinião com excessão de Duda não existia garoto melhor.
Harry subiu novamente para o quarto, lembrou que era ainda duas horas e que só tinha marcado com os Weasley as cinco. Resolveu dar uma volta, saiu de casa de mansinho, para não chamar a atenção de Pedro, ao sair de casa se encontrou com a Sra. Figg que subira muito no conceito de Harry desde o verão passado, ele descobrira que a Sra. Figg era um aborto, um bruxo puro sangue que não conseguia fazer magia, uma espécie de trouxa puro sangue.
- Olá Harry como vai? - perguntou a Sra. Figg.
- Tudo bem. - respondeu Harry automaticamente.
- Aceita tomar uma xícara de chá? - convidou a Sra. Figg.
- Não posso, tenho que comprar algumas coisas para meu tio. - mentiu Harry, não estava afim de conversar com ela.
- Oh, sim, tente vir mais tarde, Arthur Weasley me avisou que você irá para A Toca. - disse a Sra. Figg.
- Isso mesmo, bom tenho que ir, a senhora conhece meu tio se ele me ver aqui ainda, não me deixa ir para A Toca. Tchau. - Harry se sentiu aliviado ao se livrar da Sra. Figg, apesar de gostar dela, queria ficar um pouquinho sozinho. Foi em direção ao parque e sentou em uma das balanças, se lembrou que fora ali perto em que ele e Duda foram atacados por dementadores. Levantou e foi em direção à rua Magnólia, onde vira Sirius pela primeira vez, sentiu um aperto no coração ao se lembrar do padrinho, se não fosse tão cabeça dura seu padrinho estaria vivo. Começou a se culpar.
Voltou para a casa dos Dursley. Ao entrar dentro de casa tio Valter estava esperando Harry no hall, estava com o rosto púrpura já se preparando para explodir, Harry já ia se preparando para a bomba, mas tio Valter somente disse num tom forçadamente calmo:
- O povo da sua laia já está te esperando você à algum tempo, será que dava pra você se apressar e ir embora.
- Pode deixar. - respondeu Harry.
Harry entrou na sala e se deparou com Duda encolhido num canto, tia Petúnia ao lado dele com uma cara de desaprovação, Harry seguiu o olhar da tia e entendeu o motivo daquele olhar que ele conhecia tão bem, apesar da casa estar cheia de gente esquisita, seus olhos demoravam-se em Tonks, uma bruxa jovem entrara a pouco tempo na carreira de auror, porém ela era a mais esquisita dali, tinha os cabelos curtos e espetados na cor rosa chiclete, ela é uma metamorfomaga, uma bruxa que pode mudar a sua aparência sempre que quiser, só que ela não estava nada adequada, estava ao estilo trouxa, com uma camiseta velha e surrada das Esquisitonas na cor roxo berrante, e uma calçada desbotada, junto com Tonks estava Fred e Jorge Weasley, Remo Lupin, o Sr. Weasley e por fim o menos esperado dali Severo Snape, com aquele ar arrogante e cara de nojo por ter que pisar em uma casa trouxa.
- Eai? Beleza Harry? - cumprimentou Tonks.
Harry acenhou com a cabeça, ainda estava em choque de ver Severo Snape na casa de seus tios. Parecia que Lupin tinha lido seus pensamentos pois logo disse:
- Harry essa será sua guarda até a Toca, o Prof. Snape concordou em nos ajudar no que for preciso.
- Eu suponho que essa lareira esteja confiscada - disse Snape. - então acho que deveriamos usar a lareira de Arabella.
Os Dursleys olhavam para cada um daqueles bruxos ali parados sem entender uma palavra.
- Harry vá pegar suas malas, depois vá para casa de Arabella, nós vamos aparatar e nos encontraremos lá ok? - adiantou Lupin.
Harry fez que sim com a cabeça e subiu para o quarto, por sorte já tinha deixado tudo arrumado então só foi descer com os malões e Edwiges. Quando desceu Tonks chamou ele no canto da sala e cochichou:
- Vá para a casa da Sra. Figg e nos espere por lá, nós iremos aparatar e com seus malões e nos encontraremos daqui a pouco ok.
Harry fez que sim com a cabeça. Se despediu dos Dursley e para o espanto de todos os presentes tia Petúnia abraça Harry que enrubesceu, a única pessoa que o abraçara daquele jeito era a Sra. Weasley, tia Petúnia largou Harry rapidamente ao perceber o olhar de tio Valter sobre o ato impetuoso de tia Petunia. Quando Harry se aproximou da porta Duda o chamou:
- Harry espere, leve isso consigo, espero que isso responda suas perguntas. - disse o primo entregando um embrulho e voltando logo para o lado dos pais.
Harry então saiu e foi para a casa da Sra. Figg, tocou a campainha e uma velha o atendeu:
- Ah, olá Harry, eu sabia que você viria. - disse a Sra. Figg
- Desculpe é que o pessoal da Ordem me mandou pra cá e... - disse Harry, mas um estampido o interrompeu. Era os outros integrantes da Ordem.
- Muito bem, - disse a Sra. Figg - a lareira já está pronta.
- Harry, eu e Arthur iremos com você - disse Tonks.
- Ninfadora você vai primeiro pra ver se tá tudo ok, e manda um sinal ok. - avisou o Sr. Weasley
Tonks entrou na lareira e disse em voz alta "A Toca", as chamas verde esmeralda subiram fazendo Tonks desaparecer com a gaiola de Edwiges. Quando Harry se encaminhou para fazer o mesmo o Sr. Weasley o segurou pelo braço.
- Espere um pouco Harry, precisamos ver se é seguro. Esperaram alguns minutos até que as chamas verde esmeralda apareceram rapidamente e desapareceram quase que istantaneamente e de dentro delas saltou uma bolinha de papel que lembrara muito os memorandos que vira no Ministério da Magia na época da audiência que fora convocado no último verão. Lupin leu e disse:
- Pode ir Harry Tonks disse que está tudo certo.
Repetindo o que Tonks fez Harry apanhou um pouco de pó de Flu e quando ia entrar na lareiraFred deu um grito:
- Meus doces de Furnco Totalis caiu na sala dos tios de Harry - sem esperar resposta de ninguém aparatou.
- Eu vou atrás dele - Jorge disse e assim como o irmão aparatou.
- Remo fique de olho em Harry eu vou atrás deles, só eu sei os filhos que tenho.
- Vamos Harry. - apressou Lupin.
Harry entrou dentro da lareira e disse em em voz alta "A Toca". as chamas lamberam seu corpo e ele sentiu a esquecida sensação de enjoô. Quando finalmente caiu na lareira dos Weasley:
- Harry - Logo reconheceu as vozes eram seus melhores amigos Hermione Granger e Rony Weasley, vindo em sua direção.

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