A Festa no Ministério
Harry foi muito bem recebido pela Sra. Weasley e Hermione, que o saudaram enchendo-no de beijos e abraços, logo Rony não se contendo foi e abraçou Harry que o deixou surpreso, depois vieram Gui e Carlinhos, Harry cumprimentou a todos, mas percebeu que falta alguém, a caçula dos Weasley, preferiu não comentar com ninguém até que o Sr. Weasley aparatou na cozinha trazendo Fred e Jorge pelas orelhas, estava gritando:
- Vocês são loucos, darem doces para o garoto, assim os tios de Harry nunca vão aceitá-lo de volta.
Harry adorou a idéia, mas antes de fazer qualquer comentário, a Sra. Weasley perguntou com seu ar autoritário:
- O que eles fizeram desta vez Arthur?
O Sr. Weasley parecia ficar temeroso com a atitude da esposa e tentou aliviar a situação.
- Nada, Fred deixou um dos doces da loja de logros e brincadeiras, e o primo de Harry achando que era um doce comum foi e comeu, igual aconteceu daquela vez da Copa Mundial de Quadribol!
- E o que aconteceu com Duda? - Perguntou Harry esperançoso.
- Bom, - começou Jorge se segurando para não rir - além de ficar com furúnculos que não paravam de estourar pelo corpo todo, um líquido estranho e fedido saia de cada furúnculo quando estourava, coisas que não estavam nos nossos planos.
- E o que vocês fizeram a respeito? - perguntou Hermione ansiosa.
- Não pudemos fazer muita coisa, só fizemos os furúnculos pararem de estourar, senão ninguém chegaria perto do garoto, e depois o levamos para o St. Mungus. - respondeu o Sr. Weasley - viemos só avisar que vamos demorar um pouco para voltar, pois temos que orientar os trouxas, pois eles com certeza vão ter um ataque quando perceber que o hospital só tem bruxos. Tchau. - e aparataram novamente.
- Como pode, eles são de maior, entraram para a Ordem, deixamos eles continuarem com a loja de Logros e Brincadeiras e ele continuam agindo como crianças que nunca sabem a hora de parar, eles estão me deixando louca. - a Sra. Weasley desabafou.
Lupin se levantou e anunciou:
- Eu e Tonks temos que ir, coisas a fazer para a Ordem.
Despediram-se de todos e quando Lupin chegou em Harry avisou:
- Eu sei que você pretende se vingar sobre o que fizeram com Sirius, mas espere tudo ao seu tempo, lembre-se que você tem que reunir energia para a última batalha, não vá atrás de confusão. Pense muito no que vai fazer.
- Eu nunca vou atrás de confusão, normalmente elas vem atrás de mim. - defendeu-se Harry, porém uma parte de si dizia que isso não era bem verdade. Para sua surpresa Lupin riu.
- Claro a Pedra Filosofal com certeza você esteve sobre a Maldição Imperius, ou então você simplesmente caiu em um buraco que dava para a Câmara Secreta, ou você foi sequestrado por um testrálio e foi levado para o Ministério da Magia, achando que Sirius cor... - Lupin parou de falar, Harry tinha abaixado a cabeça e Lupin percebeu que uma lágrima queria rolar de sua face. - Desculpe, até as férias Harry.
Lupin foi até Tonks e deu um aceno com a cabeça para todos. Harry ergueu a cabeça e viu de relance que eles entrelaçaram as mãos antes de Lupin e Tonks aparatarem.
Um pouco depois da partida dos dois, entra uma garota que outrora era uma menininha de cabelos bem vermelhos, assustada e timída, que derrubava tudo que segurava ao ver Harry ou ele simplesmente olhar para ela. Mas agora ela esta uma linda mulher, seu corpo já havia desenvolvido, Harry olhava de boca aberta para a caçula dos Weasley, e Mione percebendo isso deu um cutucão em Rony, mas ela não foi a única a perceber, Gui também cutucou Carlinhos para ele ver a cena.
Foi quando Gina quebrou o silêncio e disse:
- Olá Harry - sentou ao lado do garoto e deu um beijo no seu rosto o fazendo corar descontroladamente.
- Ahh, olá Gina, como vai? - perguntou Harry desconcertado.
- Muito bem, faz muito tempo que você chegou?
- Não, Harry chegou agora. - interrompeu Hermione, e Harry lembrou que tinha mais gente na mesa.
A Sra.Weasley serviu o almoço, e os Weasley, Harry e Mione, passaram uma tarde gostosa. Ao anoitecer o Sr. Weasley chegou com os gemêos.
- O garoto esta bem, mas vai ter que passar a noite no St. Mungus, os Dursley até que entenderam bem e não fizeram muito escândalo. - explicou à todos.
- Bom crianças já está na hora de dormir. - avisou a Sra. Weasley.
Todos foram para seus quartos, Harry para o de Rony e Mione para o de Gina. Harry estava feliz, mas não conseguia esquecer Sirius e que o padrinho morrera por sua culpa, ainda não tinha contado para Rony e Hermione sobre a profecia, achava doloroso demais ter que repetir a história que ouvira de Dumbledore, Harry refletiu muito sobre isso enquanto estava no nº 4, e agora n'A Toca estava se sentindo um pouco melhor, Rony já começava a roncar e Harry também adormeceu.
Harry entrou dentro de uma casa, estava escura, caminhou até a sala de estar e se sentou na cadeira mais confortável que tinha ali, logo ouviu passos, mas não sacou a varinha nem se levantou no intuito de se enconder pelo contrário continuou ali como se a casa fosse dele e esperasse alguém, então as luzes se acenderam revelando um aposento com paredes verde e em cima da lareira apagada uma tapeçaria e no meio uma grande serpente de prata, parecia que havia algo escrito, algo que Harry não pôde ver, pelo aposento iluminado entrou uma mulher alta, loira com os cabelos bem cacheados soltos caídos nos ombros, ela estava com um robe cor rosa bebê era ninguém menos que...
- Narcisa Malfoy - Harry se adiantou mas não era sua voz que falava e sim uma voz fria e cortante. - Que prazer em reve-la.
Narcisa fez uma reverência e quando se levantou seus cabelos caíam lhe sobre os olhos acinzentados e cheia de rancor.
- O que trás o Lorde das Trevas na humilde casa dos seus seguidores mais íntimos?
- Como você viu nesse verão Dumbledore e Potter e aqueles aurores prenderam os meus melhores Comensais da Morte e preciso recrutar mais alguns se é que você me entende?! - disse Harry.
- Pode contar comigo sempre Lorde. - acrescentou rapidamente Narcisa.
- Você sabe que preciso de espiões em Hogwarts para mim, não é?
- Então o Lorde propõe que...
- Eu não proponho nada eu quero que seu filho seja um Comensal espião para mim.
- Mas Lorde, Draco é só uma criança, ele pode ser descoberto ou pior ser morto. - implorou Narcisa choramingando - já perdi meu marido não posso perder meu filho, por favor...
- Silêncio, eu quero seu filho como espião assim como os filhos de Nott, Parkinson, Crabbe, Goyle e todos os Comensais que tenham filhos em Hogwarts. - e terminou isso como se fosse a sentença de morte de Narcisa e quem mais fosse estar contra esse plano.
- Traga Draco aqui!- ordenou Harry "mas senhor ele esta dormindo" pediu Narcisa lamuriosa - Agora - sem dar ouvidos aos choros de Narcisa.
Harry olhou ao redor e percebeu que a lareira tinha se acendido e a cobra refletia as chamas dançando. Então Narcisa voltou com Draco que estava muito sonolento, mas ao ver Harry (já to ficando confusa com esse negócio Harry e Lorde das Trevas) ele acordou rapidamente e fez uma reverência, estava com um roupão verde escuro e mal amarrado mostrando partes do seu pijama também verde apenas de um tom mais claro.
- Draco eu preciso de um Comensal que me diga tudo que estiver acontecendo em Hogwarts. Eu preciso de você. - disse Harry sem rodeios e Draco assentiu com a cabeça. - Ótimo então venha cá. - Draco hesitou um instante e foi na direção de Harry que pegou a varinha dentro das vestes e apontou para Draco e logo em seguida o garoto revelou um braço muito longo e branco, Harry pegou no braço de Malfoy e apontou a varinha para o braço de Malfoy e disse:
- Brand Braquian - Malfoy gritou de dor, e a cicatriz de Harry queimou, o que fez ele acordar, Rony estava ao seu lado olhando assustado para o amigo.
- O que aconteceu por que você estava gritando?
- Draco agora é um Comensal da Morte.- ofegou Harry.
- O quê... - exclamou Rony como se aquilo fosse a coisa mais absurda do mundo.
Harry contou tudo sobre o sonho, e a cada palavra Rony ficava mais boquiaberto, então deitou mais um pouco na cama, mas não conseguiu dormir e pelo que parecia Rony também não, porém não tocaram mais no assunto até o dia seguinte quando contaram tudo para Hermione, que teve a mesma reação de Rony. Quando terminaram ela disse:
- Então Você-Sabe-Quem transformou Draco num Comensal? Harry você sabe o que isso significa?
- Claro significa que Draco agora vai fazer de tudo pra ter um duelo comigo e me lançar a Maldição da Morte...
- Nãão, ele quer um espião para ver os seus avanços e tentar descobrir o que Dumbledore está tramando, Harry você agora é uma ameaça ao Lorde das Trevas. Tome cuidado Harry tente parecer que você continua o mesmo do dia do duelo com os Comensais e...
- Mas eu continuo o mesmo e que avanços eu farei? - interrompeu Harry.
- E você terá mais chance se Voldemort resolver ser mansinho com você, entendeu?! - Continuou Hermione como se não tivesse sido interrompida.
- Não. - Harry respondeu sinceramente.
- Ah, deixa pra lá.
Estava um lindo dia lá fora, e todos os Weasley Harry e Mione foram para fora jogar quadribol, com excessão de Hermione e Gui que apitaram o jogo.
Harry Rony e Fred contra Gina, Jorge e Carlinhos, jogaram até a hora do jantar. Harry de repente se lembrou de algo que estava escrito na carta de Rony sobre Pitchitinho estar numa missão secreta e perguntou o que era para o amigo.
- Ele está a serviço da Ordem, pelo que parece Dumbledore que uma coruja que não chame tanta atenção, eu não entendo como Pitchinho não chama atenção ele é tão espevitado, não para de fazer barullho e... - Harry não ouviu o resto da frase, parecia que Rony tinha levado um baita susto, mas ao se virar para ver o que Rony estava olhando deixou o queixo cair.
- Pitchinho não é nenhum espevitado, ele só quer te mostrar que ele é capaz de ser muito melhor do que aparenta, ele uma coruja muito boa. - era Gina quem falava, e Harry ficou mais boquiaberto ainda ao ver como ela estava, usava um vestido azul bebê estilo básico, mas muito bonito, e seus cabelos estavam presos num coque muito bem feito, Hermione chegou logo atrás dela também estava linda com um vestido rosa no mesmo estilo de Gina.
- Para onde vocês vão? - perguntou Rony ao recuperar a fala.
- Vamos ao baile que haverá no Ministério, esqueceu Rony - respondeu Gina piscando para Rony. - mamãe vai ficar uma fera quando ver que vocês dois não estão prontos.
Eles subiram as escadas rapidamente, Harry foi tomar banho e logo em seguida foi Rony. Harry tirou as vestes à rigor do malão e se vestiu lentamente, logo Rony apareceu, colocou as vestes novas, eram muito bonitas, cor verde, que ficou muito bem nele.
Eles desceram e assim como eles, as meninas ficaram espantadas de verem como os meninos estavam bonitos, os Weasley já estavam esperando no carro que iria leva-los até lá. Ao contrário do velho Ford Anglia, esse carro era muito mais bonito, muito mais potente e muito maior.
Todos se acomodaram e seguiram em direção ao Ministério. Ao chegar lá o sr. Weasley foi verificar se era seguro desembarcar sem os trouxas verem ou Comensais escondidos, prontos para atacar. Aos poucos todos saíram do carro e foram em direção à cabine telefônica, Hermione e Rony foram e logo depois Harry e Gina, dessa vez não dava para ir todos apertados, pois iria amassar as vestes de todos.
Eles se indentificaram e lentamente começaram a descer, ambos sem trocar nenhuma palavra:
- Er... vo-você está li-linda - disse Harry tentando quebrar o silêncio.
- Obrigado - agradeceu Gina corando - você também tá um gato. - acrescentou tentando parecer descontraida.
Rony e Hermione já estavam no Átrio esperando por eles, ao contrário das outras vezes que fora no Ministério, hoje parecia muito mais feliz, estava cheio e tudo consertado e bem diferente da última vez que estivera ali, o bruxo e a bruxa estavam em seus lugares como antes e com uma aparência muito melhor, o mesmo acontecia com o centauro, o duende e o elfo.
O Sr. Weasley chegou atrás deles e os levou até o salão de festas, era um salão muito bonito, e cheio de gente também muito bem vestida, Harry avistou Cho Chang sentada em uma das mesas junto com a familia e uma amiga a dedo-duro Marieta Edgecombe, do outro lado do salão para sua infelicidade viu Draco Malfoy e sua mãe Narcisa, sentados a mesa junto com Crabbe e Goyle e suas mães, em outro canto avistou a Simas Finnigan um colega da Grifinória junto com a familia e Dino Thomas outro colega. Os dois ao ver os amigos vieram ao seu encontro, Dino na verdade viera ao encontro de Gina, que saiu de braço dado com ele, Harry sentiu suas entranhas escaldarem, Hermione percebendo isso disse:
- Tá tudo bem Harry?
- Tá só tô com vergonha, todos que passam ficam olhando para a minha cara. - respondeu Harry, o que era bem verdade, o pessoal só não apontava e cochichavam porque não estavam rodeados por crianças mal-educadas.
Eles seguiram até uma mesa onde se encontravam os Weasleys.
- Onde está Gina? - perguntou a Sra. Weasley olhando ao redor para ver se encontrava a filha.
- Saiu por ai com... - disse Hermione, mas parou ao levar uma discreta cotovelada de Rony.
- Umas amigas. - terminou Rony.
- Vamos dar uma volta por ai - sugeriu Harry.
Ao ter uma grande distância da mesa em que os Weasley se encontravam Rony disse indignado:
- Você quer que papai nunca mais deixe Gina voltar para Hogwarts?!
- Rony eu... mas por quê? - perguntou Hermione.
- Se papai descobre que a única filha mulher dele esta namorando ele vai me culpar para sempre por eu não ficar de olho nela.
- Desculpe, mas eu esperava uma reação mais sensata do seu pai, ou ele acha que Gina nunca vai namorar! - respondeu Hermione.
- Não é isso, ele só quer um genro especial para Gina, não por você ser famoso Harry, ele acha você perfeito para Gina. - disse Rony.
Harry ficou escarlate. Pelo seu nervosismo sem querer ele esbarrou em uma garota, derrubando todo o suco de abobóra na veste de ambos, as vestes da garota era vermelho sangue, a garota não ficou nervosa com ele pelo contrário ela sorriu ao ver ele balbuciar uma desculpa.
- Não se preocupe. - e com um aceno da varinha ela limpou as vestes de ambos.
Então Harry reparou em seu rosto, seus cabelos eram compridos quase na cintura e negros com algumas mechas roxas que a deixava ainda mais bonita, seus olhos castanhos penetrantes, não aparentava ter mais de dezesseis anos.
- Lais Simões - apresentou-se - seu nome é...
- Desculpe, Harry Potter. - disse ele sentindo corar.
- O famoso Potter, o-menino-que-sobreviveu, eu já li sobre você - Harry lembrou-se do seu primeiro ano em Hogwarts, Hermione Granger sua melhor amiga dissera a mesma coisa.
- Er... - deu um sorrisinho amarelo.
- Bom a gente se vê.
- Tchau.
Ao alcançar Rony e Hermione que tinham ido na frente para não atrapalhar mais. Hermione perguntou:
- Quem era aquela garota?
- O nome dela é Lais Simões. - respondeu Harry.
- Ela parece ser estudante, mas nunca vi ela em Hogwarts. - disse Hermione.
- Depois você diz que lê e sabe tudo né Hermione, ela pode ser de Beauxbatons. - retrucou Rony.
- Mas ela não falava francês ou tinha um sotaque esquisito. - disse Harry.
- Harry, Harry, Harry, você acha que todo mundo em Hogwarts são ingleses, ou que em Beauxbatons só tem franceses. - disse Rony deixando Harry e Hermione de boca aberta por saber algo tão informativo.
Eles não tinham nem ficado uma hora no Ministério quando o Sr. Weasley chamou para ir embora.
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