Gódrico Grifnória
CAPITULO DEZOITO
GÓDRICO GRIFNÓRIA
Kain estava no salão comunal, ainda festejando o jogo com o resto do time junto com Jack e Julia.
- Não, não – disse Julio rindo – vocês viram a cara do Christian quando Kain levou o balaço até Lucio?
Eles riram muito satisfeitos com o processo concluído, ainda bebendo seu suco de laranja, apreciava o momento de alegria, sabia que era muito divertido e tudo o mais, porém, algo assolava seus pensamentos, o sonho que tivera, do garoto do outro lado da parede.
À noite, no jantar, as pessoas começavam a acenar para Kain, outros falavam sobre sua descida e decidiram chamá-la de “A Descida Suicida”, a razão não foi tirada deles, Kain sabia que era verdade, a queda era suicida, mas por outro lado, foi muito divertido.
- Divertido? – perguntou Jack – você quase morreu! Você tem titica na cabeça, eh?
- Na hora eu sentia prazer em fazer isso – disse Kain – nada me assustava naquele momento, tudo parecia um parque de diversões!
- Parque do quê? – perguntou Julia.
- De diversões – completou Jack – é isso.
- E o que é um parque de “diversões” – perguntou Julia interessada.
- Nele há vários brinquedos – disse Kain – Montanhas-Russas, Carrosséis, Casa do Terror, Kamikazes...
Jack explicara tudo enquanto Kain revisava o seu livro A História da Magia, já que é sua primeira prova.
De repente uma silhueta apareceu em seu livro, Kain levantou para ver quem era, era Melissa, a apanhadora da Corvinal.
- Boa pegada! – disse ela – me desculpe se fui grossa com você em campo, é que eu perco o controle diante de um jogo.
- Não se preocupe – disse Kain – te entendo muito bem.
Os dois conversaram por um bom tempo, sobre Quadribol, além dos esportes de trouxas, já que Melissa era mestiça também.
- Bom – disse Melissa – deixe-me voltar para a minha mesa, até depois Kain!
- Arranjando amizade com Terciárias é? – perguntou Julia com uma cara de desconfiada.
Alguns minutos depois estavam jantando, Kain estava com tanta fome que poderia comer toda a janta da mesa.
Domingo, todos estavam com a cara enfiada nos seus livros, ninguém falara nada na sala comunal, era um silêncio tão impiedoso, que não dava nem vontade de ficar ali, ao menos se estudasse junto.
Os sons das penas riscando os pergaminhos era tão alto que doía a cabeça de quem entrasse ali, no caso, o salão tinha virado um campo de batalha estudantil.
- Aonde vai Kain? – perguntou Jack e Julia num coro.
- Biblioteca – disse Kain – preciso ver uma coisa e ter certeza.
Kain saiu da sala e se direcionou até a biblioteca. Chegando lá, tinham vários estudantes, de terciários a oitentistas.
Kain despejara suas coisas em uma mesa, e procurara por algum livro que indicasse o paradeiro de Antonio Luanne (Grande Auror que lutara contra o rei dos trasgos em 1702).
E achou um livro de capa dura, com um leão na capa, um que parecia o que estava em seu emblema, o da Grifnória.
Olhou a contra-capa e tinha um bilhetinho:
Biografia de Gódrico Grifnória
N° de série 00001
(Livro único)
Livro proibido para alunos sem permissão.
- Mas quem deixou aqui? – perguntou para si mesmo – ah, tanto faz, se eu ler escondido ninguém vai saber.
O livro falava sobre Gódrico e suas aventuras, decretos, lutas judiciais, e de sua arvore genealógica:
A arvore era tão grande, que a página era mágica, nela havia um vidro que fazia lembrar um quadro, Kain pegou sua varinha e começou a percorrer sobre a página mágica, que tinha um a imensa família que crescia cada vez que procurava a mais uma série de filhos, filhas, bisnetos, trinetos, tataranetos e finalmente o último neto e herdeiro: Michael Grifnória.
Na página ao lado dizia: Aponte na foto do herdeiro com sua varinha para obter maiores informações.
Kain fez, dando uma nova aparência á página ao lado:
Michael Lumini Grifnória
Data de nascimento: 22/12/1840
Data de morte: 25/02/1920
Michael morrera lutando contra Callisto Hisorin, grande bruxo das trevas do século 20, até Lord Voldemort aparecer e matá-lo. Indícios aplicados nos livros dão a informação que Michael foi o último herdeiro da Grifnória, apesar de ser verdade, o próprio título de herdeiro pode ser explicado na página 516, no capítulo, heranças mágicas.
Quando Kain fora abrir o livro para ler a página, viu alguém se aproximando da estante onde estava, Kain guardara o livro na estante numa velocidade incrível, e voltou a ler seu livro de história.
Estava anoitecendo, Kain estava cansado, as letras já não faziam sentido, suas pálpebras estavam caindo, estava sem fome, tinha almoçado bem, só queria ir para o dormitório e ter uma boa noite de sono.
Desceu até o Salão Principal só para passar o tempo e contar o que leu na biblioteca para Jack e Julia.
- Então você está me dizendo que não existe mais herdeiros da Grifnória nesse mundo? – perguntou Jack.
- Aparentemente... Sim – disse Kain.
Tudo estava calmo agora no salão comunal, os estudantes foram se deitar tinham medo de ficar até tarde estudando para lhe dar uma “Crise de Perda De Memória Repentina” na prova.
Kain tomou despiu-se, tomou banho, colocou o pijama e dormira, em um sono tão profundo, que nada lhe atingiria naquele momento.
E mais uma vez estava naquela sala escura e fria, cheia de poços de água suja, onde ruídos de uma batalha ocorriam do outro lado.
- Pensei que você não me visitaria mais! – disse o homem de negro.
- Quem é você? – perguntou Kain.
- Eu? Sou apenas um prisioneiro de sua memória – disse o homem – como pode ver, isso aqui, é algo que você criou, mas ao mesmo tempo existe.
- Como assim? – perguntou Kain confuso.
O homem se levantou e começou a andar pela sala escura, que agora havia uma porta, na verdade havia um pedaço de metal velho e grande que lembrava uma porta, e em cima havia um buraco, que dava um pouco de claridade a sala.
- Bom, muitas vezes - disse ele – coisas inexplicáveis acontecem de formas explicadas.
Olhou para Kain, e continuou – Como a bruxaria.
“Há alguns meses atrás, você a acharia estranha, você acharia estranha porque não tem conhecimento do que ela seja entende? É algo relativo Kain.
Assim como a existência de certas criaturas e magias para nós! Como eu disse: Tudo é relativo há um pensamento, só é estranha uma coisa, quando não há conhecimento ou resposta para ela ““.
- então você está dizendo que – disse Kain – isso aqui é estranho porquê não tenho conhecimento?
- exato! – assim como eu. Você deve estar se enchendo de perguntas sobre quem eu sou.
- E quem é você? – perguntou o garoto.
- Eu acho que não é a hora e nem o momento de saber quem eu sou – disse ele num tom de simplicidade – porém, lhe peço uma coisa, busque quem é você: Conheça a si mesmo!
- Calma! – disse Kain – você é bom ou mal?
- Sou algo que você criou! – disse ele – depende de você dizer se sou bom ou ruim. Mas lembre-se, quando esse sonho acabar, não deixe de tentar saber quem é você realmente!
- Mas o que isso tem á ver? – perguntou Kain, quando uma luz apareceu na sua frente.
- você decidirá Kain – disse ele – acredite em mim, você tem o maior poder de decidir, só você controla você mesmo!
E voltara em sua cama para mais um dia de aula.
- Caramba!
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