A despedida (Final 2)
Vítor dava os últimos ajustes na sua mala, enquanto os outros alunos de Durmstrang passeavam pelo navio, ou por Hogwarts.Na verdade, o rapaz não tinha a mínima vontade de sair dali.Queria permanecer sozinho, se isolar do mundo para sempre.Nunca imaginara um final de trimestre mais desanimado do qual estava passando agora.Suas forças para resistir aos olhares furtivos, e aos cochichos desagradáveis, estava mais do que esgotada.
Vítor quase não saia do Navio de Durmtrang mais.Também pudera, os únicos motivos por passar horas e mais horas perambulando nos corredores e aposentos do castelo, eram nas horas das refeições no Salão Principal, e a biblioteca.Mas agora, Poliakoff tinha a bondade de trazer alguma coisa para Vítor comer na cozinha do navio, e em relação às visitas à bilioteca, acabaram se tornando infrutíferas e cansativas.Hermione não aparecia mais lá, aliás, Vítor não a viu mais, desde a morte trágica de Cedrico Diggory.Nem ao menoa, as garotas que faziam ponto na biblioteca quando ele estava, apareciam mais lá.
Foi uma tristeza tão grande, que Vítor parecia doente.Nas raras fezes que Poliakoff lhe trazia algo, ele deixava uma coisa ou outra em seu prato, sempre pensando em Hermione, e nos bons momentos que passaram juntos, livres dessas preocupações, dessas dúvidas, cercados apenas, por um carinho forte e intenso, mesmo se vendo poucas vezes no ano.
Vítor fechou a última mala arrumada, e a colocou no chão, ao lado da sua cama d’água.Foi então, até a escotilha da cabine e ficou olhando por ela, a torre onde numa noite inesquecível, Hermione informou como sendo o seu domitório.Será que ela ainda pensava nele?Poderia o ter esquecido, logo depois desses transtornos que os separaram?Estaria lá em cima, por trás daquela janelinha com quadrículos?As muitas perguntas que Vítor tinha e fazia para si mesmo, sempre eram ignoradas, e sempre voltavam com mais força que nunca, toda vez que Vítor pensava em Hermione.Era uma dor pesada, que Vítor carregava dentro do coração, e não tinha coragem de desabafar com ninguém.Seus pais não escreveram, e Vítor duvidou que eles tivessem tentado falar com Dumbledore.Passavam para Vítor, mesmo sem saberem, uma forte independência, que muitas vezes, o deixou perdido e o fez chorar, em seus singelos tempos de infância.Agora, como desejava estar deitado sobre o colo de sua mãe, ou ouvindo palavras consoladoras de seu pai... mas eles estavam agora, a quilômetros de distância, em sua mansão, tomando todas as providências para se manterem longe dos olhos dos trouxas que ali, também conviviam.Se ao menos Hermione estivesse com ele, suas palavras inteligentes e seus gestos verdadeiros para consolá-lo...
Vítor soltou um urro de frustração e tristeza.Caminhou para a mesinha xadrez e se sentou em uma das cadeiras barris, pôs os braços sobre a mesa e colocou a sua cabeça morena, por entre eles, fixando no escuro, os retalhos quadrados da mesinha.Finos feixes de luz, entravam por entre as aberturas dos braços de Vítor.Um, refletia o seu narigão adunco, e suas sobrancelhas grossas e negras.Sua cara ficou carrancuda, fazendo o feixe de luz, tremeluzir em sua testa.Resolveu, então, seguir o exemplo de Poliakoff e dos outros, se levantou e saiu da cabine.
Não havia ninguém nos corredores do navio.Realmente, todos deviam estar do lado de fora da embarcação, aproveitando o sol.Ao sair pelo alçapão de madeira, Vítor focalizou os seus amigos, se divertindo sobre o cordame, nas amuradas e em cima do tombadilho.Poliakoff não estava à vista, Vítor logo percebeu.
-Procurando Poliakoff?-Perguntou uma voz atrás dele.Vítor se virou e viu que a voz pertencia a Plum.-Está ali em baixo.-E indicou com a cabeça, o pranchão desabado na terra.Se dirigiu para lá.Vítor, ao chegar em um certo ponto, observou em seu campo de visão, que Poliakoff não estava sozinho.Scarlett Ethel estava atrás dele, o abraçando melosamente, e por uma fração de segundos, antes de Vítor se retirar da vista dali de baixo, vira que Hermione estava lá também, e o encarou no momento mais errado para encarar com aqueles olhos penetrantes.
Sem pensar duas vezes, o rapaz se desembestou para dentro do navio, e de lá, para sua cabine.Quando chegou nos seus aposentos, o coração de Vítor batia descontrolavelmente, misturando a correria, e a surpresa.Vítor caminhou, massageando o peito, até a mesinha xadrez e lá sentou novamente.Hermone viera visitá-lo!Por mais triste que Vítor estivesse com ela, em sua cabeça, só havia um único motivo para ela estar fora do castelo, e bem perto de onde ele estava.
Com o tempo, os batimentos foram desacelerando, e Vítor não sabia se ficava feliz, ou nervoso.Desejara encontrar Hermione, antes de voltar para casa, mas aquiulo fora totalmente inesperado.Finalmente, ela o procurara para falar, seja lá o que fosse, com ele.Uma felicidade começou a se apoderar de Vítor.A raiva que sentia de Hermione, lutava bravamente, pelo espaço em seu coração, mas parece, que sua rival também não se dava por vencida.De repente, Vítor escutou batidas educadas na porta.
-Entrre.-Respondeu rapidamente, o coração dando um pulo.Foi muito rápido sua chegada.A felicidade em rever Hermione de pé, a porta ao seu lado, parou de lutar, e a raiva voltou com mais força ainda, ao ver aquele rosto sincero e meio temeroso na sua frente.
-Olá, Her-mi-o-nini.-Cumprimentou Vítor, meio secamente.Hermione procurou o rapaz, e assim que o focalizou, no canto da cabine, o encarou, encabulada.Vítor indicou a cadeira em frente, em forma de barril.A partir daí, passa a olhar para o tecido xadrez que forma a mesa.Só sente a respiração da garota, que denuncia sua posição.Logo, um barulho abafado, indica que ela se sentou na cadeira, em frente a ele.
-Hum, como vai, Vítor?-Vítor levanta a cabeça tão rápido, que Hermione o olha de olhos arregalados, mas logo dá um sorrisinho.Como Hermione tem a coragem de fazer uma pergunta daquelas?Como ela não sabe o que ele está sentindo naquele momento?
- Non ecstou nada pem, Hermi-o-nini.Nada pem.-Responde ele, encarando aqueles olhos penetrantes, se segurando com todas as suas forças, para não gritar.Hermione então, assume um ar de consolação.
-Bom, não fique assim.Eu também estou muito abalada com tudo o que aconteceu, sabe.Você-sabe-quem retornar ao poder, a morte de Cedrico Diggory, o comensal, tudo isso me atingiu muito...
-Me atingiu também, Her-mi-o-nini.-Interpôs Vítor.-Aliás, non só a mim, como todo mundo.
-Então você acredita que Você-sabe-quem, retornou?-Vítor abriu a boca, mas nada saiu.Na verdade, não chegara a pensar na hipótese de que Harry estaria mentindo para chamar a atenção.Contudo, Vítor sentiu que essa não era a resposta adequada para a pergunta feita por Hermione.
-Pom, eu...eu non sei dizerr.Focê acrredita?
-É claro que sim!-Respondeu Hermione, prontamente, e seu ar passou de passivo, para ofendido.-Harry nos contou tudo, e o que ele contou, é a verdade.O Ministro da Magia está tentando abafar tudo isso, para não ser demitido do cargo.Eu acho isso...
-Her-mi-o-nini, eu non querro falarr soprre icsto.-Interrompeu-a Vítor.Era verdade; não queria ficar falando disso, pois não era da sua conta, e já estava farto de se meter em problemas dos outros.Vítor lamentava muito, a morte de Cedrico, mas não conseguia pensar em outra coisa, que não fosse o seu futuro relacionamento com Hermione, se é que existiria um.
Hermione abriu a boca, mas a fechou, e depois, passou a olhar pro chão, absorta em alguma coisa.Vítor viu sua mão pálida em cima da mesinha xadrez, junto com a mão morena de Vítor.Sua mão começou a tremer.Ele sentiu um impulso em tocar na mão da garota, mas e se ela esquivasse?De repente, a mão de Vítor subiu no ar, e pousou em cima da mão de Hermione, sem ao menos o rapaz calcular melhor suas idéias.Ela levantou a cabeça, e olhou nos olhos de Vítor.
-Eu gosto de focê demais, Hermi-o-nini.Como nunca gostei de ninguém na minha vida.Eu sinto pelo Diggorry, pelo Potter, mas eu non posso deixarr de sentirr rraiva de non terr agüentado aquela mandiçon.-Tudo que Vítor sentia e guardava com rancor, foi extraído dele, como veneno.O que aconteceu no labirinto, a vergonha por qual passara ao sair dele, tudo saiu dele de uma vez só.
-Não diga isso, Vítor!-Disse Hermione, corada. .-A culpa não foi sua!Assim como a culpa não foi de ninguém.Fomos todos enganados, até Dumbledore.Agora já está feito, não podemos concertar mais nada.E teremos um longo caminho pela frente.
Vítor sentiu os olhos arderem.Sem dúvida, não agüentava a pressão, mas começou a preocupar-se com a reação de Hermione, se ele por um acaso, começasse a chorar.
-Eu podia terr ganho o torrneio.-Confessou, desviando o olhar triste de Hermione, para o chão de madeira.Vítor fingiu coçar os olhos, para esconder o que ele realmente estava sentindo, e transmitindo isso, através de lágrimas de rancor. .-Podia terr chegado à taça prrimeiro, e terr sido levado no lugar deles, se non fosse,... se non fosse...
-Vítor, me escute.Seja lá qual foi o desafio que te atrapalhou, qual o obstáculo que você teve de enfrentar, fique sabendo que eu já o considero um vitorioso.Você assumiu as condições de um verdadeiro campeão Tribruxo, e isso não é qualquer um que possa fazer.Você aceitou não ter aulas de extrema importância, pois, eu acredito que você esteja no último ano de Durmstrang...-Vítor, depois de enchugar os símbolos da sensibilidade do rosto, encarou Hermione, mas com medo de sair com a voz chorosa, apenas concordou com a cabeça.
-... para se arriscar a apenas ficar assistindo outro campeão de Durmstrang.Caramba!O seu nome foi cuspido do Cálice de Fogo!Você é um campeão para mim.Só que, Harry está precisando de companhia e compreensão, e ele só tem a mim e ao nosso outro amigo para tal missão.Mas eu jamais deixaria você sozinho, tanto que estou na sua frente agora.
Vítor sem querer, deu uma risadinha sufocada.Ficara, de repente, muito mais feliz, que nos últimos tempos.Afinal, Hermione não se esquecera dele.
-Eu entendo, Hermi-o-nini.Focê é especial, imporrtante parra mim.Mas sei como Potter deve estar se sentindo.-Confessou, Vítor com sinceridade.Estava começando a sentir uma vontade de abraçar Hermione.
-Que bom, ouvir isso, Vítor.-Respondeu a garota sorridente.Vítor notou que seus olhos estavam marejados.Talvez fosse esse o caminho, para conseguirem chegar a um acordo.Amizade, muitas vezes, é mais preciosa do que qualquer sentimento.
-Bom, seu amigo, Harry Potter, sabe enfrrentarr o perrigo.Sape fazerr coisas que eu non sei.O admirro muito.Ei, non chorre...
Agora sim, pesadas lágrimas caiam no colo de Hermione.Vítor, pego que meio de surpresa, se ajoelhou perante a garota, pegou suas mãos frias, e as tocou com seus lábios.Hermione o olhou, e começou a corar.Para o alívio do rapaz, ela deu um sorriso, encorajando Vítor, a esboçar um também.
-Ah, Vítor.-Sem esperar por um aviso, Vítor é invadido por uma onde de cabelos crespos e cheios de Hermione, ao abraçá-lo, com vontade.-Eu também gosto muito de você.
Sem nada a dizer, Vítor apenas abraçou Hermione, muito feliz.Fechou os olhos, e uma sensação muito boa percorreu o seu corpo curvado.
-Estou incomodando alguma coisa?-Vítor abriu os olhos, sem antes, não descolar de Hermione.Virou a cabeça, e via, parado na porta, Poliakoff, sorrindo debilmente.Embaraçado, Vítor tratou de se levantar, e estendeu sua mão para ajudar Hermione a fazer o mesmo.
-Nada, está tudo bem.Eu estou de saída.Er, até mais Vítor.Até mais.-Hermione limpou mais uma vez, as lágrimas na blusa, e saiu da cabine, apressada.
-Até logo.-Respondeu Poliakoff, quando Hermione passou por ele, para sair da cabine.
-Tchau.-Sussurrou Vítor, quase inaudível.Poliakoff se voltou para ele.
-É... pelo visto cheguei em má hora mesmo.Sabe Vítor, eu estive pensando... será que essa garota não pode dar um trato naquele cabelo, ou melhor naquela juba?Pelo menos, seria um pouco mais bonita para alguém como voc...
-Silencio!
Poliakoff continuou abrindo a boca, mas absolutamente não saia som algum.Vítor guardou a varinha, de volta no bolso, e terminou de ajustar suas malas, sendo observado pelo fuioso Poliakoff.
Vítor acordou bem cedo no dia seguinte, tão cedo, que encontrou Poliakoff ainda dormindo, com a boca escancarada.Durante alguns minutos, Vítor ficou deitado em sua cama, olhando para o teto, e sorrindo.Hermione invadira seus sonhos.Um paraíso muito verde, a grama orvalhada, as árvores balançando com o ritmo da leve brisa que tocava seu rosto, e sussurrava em seus ouvidos.Hermione viera correndo para ele, o abraçando e o jogando na grama macia e verdejante.Os dois riam e rolavam pelo gramado, até Vítor conseguir parar em cima de Hermione, e a beijar muito lentamente.A partir daí, o resto foi inevitável, o que acabou despertando-o.
O rapaz caminhava lentamente para o convés externo.Vítor levava consigo, uma toalha, e a varinha.Os corredores estavam vazios, e ele supôs que todos ainda estivessem dormindo.Vítor abriu o alçapão do navio, e uma forte luz alaranjada, cegou seus olhos por breves segundos.Realmente devia ser muito cedo, pois parecia que só agora que o sol estava nascendo, surgindo por trás das montanhas que rodeavam a escola.
Enquanto boiava, os olhos fechados automaticamente, pelo prazer que sentia, ao experimentar a água agradavelmente fresca, tocando-lhe o corpo seminu, Vítor repassava através das imagens e sons, o discurso de Dumbledore, dito em frente a todos, no Salão Principal, na festa de despedida.Fora realmente um discurso claro, mas por mais explícito que tivesse sido, Vítor ainda não sabia se acreditava ou não, nesta História da ressurreição de Lord Voldemort.Hermione acreditava, mas mesmo assim, era por causa de seu amigo, Harry Potter, do qual Vítor não tinha intimidade nenhuma.Por mais que quisesse ficar do lado de Hermione, se tratando nesse ponto de acreditar ou não, o rapaz não excluía a hipótese de que Harry Potter poderia estar inventando isso, apenas para chamar atenção, e que a morte de Cedrico, foi, infelizmente, um trágico acidente.
-Onde é que você esteve?-Perguntou Poliakoff, na hora em que Vítor pôs os pés dentro da cabine.Vítor não respondeu logo.Terminou de enxugar os cabelos molhados que lhe caiam na testa, e guardou a toalha.
-Eu estou falando com você, Vítor.
-Focê querr que eu cale a sua boca, Poliakoff?
-O que...?Mas é claro que não!
-Enton me faz o imenso favorr de non ficarr regulando a minã fida!
-Calma, esquentada.Eu só queria saber, porque soube por Bismuto, que os alunos de Hogwarts já estão aguardando as carruagens que irão levá-los para suas casas, entende.E naturalmente, você, como alguns insensatos, gostaria de ir lá, se despedir de certas pessoas.
Vítor registrara o que o amigo dissera, e mal fechara o malão, já o abrira novamente, retirara um pequeno papel e uma pena.Enquanto escrevia apressadamente na folha, era observado por Poliakoff.Se precipitara pela porta da cabine.
-VÍTOR!EI!VÍTOR!ODEIO QUANDO VOCÊ FAZ ISSO!
Mas Vítor já estava subindo os degraus de madeira,que levavam a outro corredor de cabines.Não ia perder a chance de se despedir de Hermione, por nada neste mundo.Ainda mais que, ele não sabia quando voltariam a se ver.O alçapão foi aberto com estrondo por Vítor, e ficou aberto, enquanto o rapaz corria para o pranchão do Navio de Durmstrang.
O saguão de entrada estava lotado, quando Vítor chegou.A carruagem de Beauxbatons estava pronta para partir.Os alunos de Hogwarts, ainda estavam aguardando o seu transporte para casa.Vítor deu uma boa olhada de cima a baixo, procurando algum sinal de Hermione.Por fim a encontrou , junto com seus amigos dos quais ele a vira, no primeiro dia que pôs os pés em Hogwarts.Foi se aproximando dos três discretamente, para não chamar atenção dos outros presentes.
-Como será que os alunos de Durmstrang vão voltar para casa?-Dizia o garoto de cabelos ruivos, para Harry e Hermione. -Vocês acham que eles são capazes de comandar aquele navio sem o Karkaroff?
-Karkaroff non camandou.-Respondeu Vítor, corajosamente, por trás deles. .-Ficou na cabine e deixou o trrabalho conosco.
Não vendo mais entrada, para continuar a conversa, Vítor se volta para Hermione.Esta, parecia congelada.
-Posso lhe darr uma palavrrinha?-Ele esperou demais.Talvez fosse porque esperava alguma coisa dramática acontecer.Mas essa dramaticidade não veio.
-Ah... claro... tudo bem.-Vítor respirou aliviado, e começou a andar, seguido por olhos e Hermione.Por fim, chegara ao outro extremo do saguão, e entrara em uma porta perto da escadaria de mármore.Sem respirar, a abriu e esperou que Hermione entrasse, para fechar.Depois, retirou o papel dobrado, e estendeu à ela.A garota o olhou com curiosidade.
-Ecste é o meu enderreço.-Apressou-se Vítor, a dizer.-Parra poderrmos nos corresponderr.Eu querria saperr... pom... se focê non poderria me darr o seu tambám?-Sem esperar a resposta, Vítor rapidamente vasculhou os bolsos, e retirou outro pedaço de papel, e uma pena.Teve medo da reação de Hermione, mas ela meramente guardou o endereço de Vítor e começou a ditar meio rápido, o seu próprio.Depois de um pouco de sufoco, para tentar escrevê-lo corretamente, o rapaz o guarda com exagerado cuidado, em seu bolso.
-Oprrigado, Hermi-o-nini.
-De nada.Bom, foi um prazer conhecê-lo, Vítor.-Hermione também foi rápida.Apertou a mão dura de Vítor, depois o abraçou.
Com tudo, com todos estes acontecimentos, esses distúrbios, essas turbulências de praticamente um ano inteiro de convivência, um ano que ficaria marcado para sempre em Vítor, uma despedida como aquela, não era digna mais, entre os dois.
-Hermi-o-nini, eu...
Vítor não conseguiu produzia nem unir mais palavras.Foi se aproximando de Hermione, compulsivamente, as mãos afrouxaram, ela o olhava, com uma face incrivelmente impassível e aqueles olhos penetrantes e castanhos... não resistiu, segurou os seus dois braços, chegou bem perto de sua face, sentiu a respiração acelerada de Hermione, antes de tocá-la os lábios.
Vítor viu milhares de estrelinhas, mesmo estando com os olhos fechados.Suas costas estavam ligeiramente inclinadas, e Hermione, por breves segundos, pareceu querer descolar seus lábios.Contudo, foi uma grande surpresa para Vítor, que ela tenha agarrado o seu pescoço e ter aprimorado o beijo, para além de um simples selinho.O rapaz segurava agora, na cintura de Hermione, sentindo muita vontade em escorregar sua mão um pouco mais.Antes de pensar na hipótese, um risinho os desperta e quando os dois se separam rapidamente, uma menina de cabelos longos e ruivos, e um outro garoto, estavam os observando, abobados.
Sem saber se eles viram ou não a cena, Vítor sentiu uma repulsa pelos dois.Como puderam estragar um momento tão cósmico como aquele?Olhou para Hermione que parecia ter um ataque a qualquer momento.Sua face, quase tão vermelha quanto os cabelos da ruiva.
-Eu... estou incomodando, Hermione?-Perguntou a garota, sem graça, e com um certo ar de riso, enquanto o garoto continuava a observá-los.
-Claro que não.Am, vamos Vítor?-Agradecendo por Hermione ter oferecido aquela idéias na hora certa, Vítor a acompanhou até os dois amigos.Parece que se quisesse um dia, reencontrar Hermione de nov, teria que aturar sua presença desde já.
-Eu gostava de Diggory.Erra semprre educado comigo.Semprre.Mesmo eu sendo de Durrmstrrang, com Karkaroff.-Vítor ficou carrancudo, como se desafiasse algum dos dois, a dizer alguma coisa a respeito.Graças a Deus, eles nada disseram.
-Vocês já tem um novo diretor?-Vítor respondeu com indiferença, e decidiu fazer uma despedida mais calórica.Apertou as mãos de Harry e do ruivo, e depois, quando já ia se retirando para os jardins, o amigo de Hermione e de Harry, o impede com palavras saídas à força.
-Pode me dar um autógrafo?
Vítor nada disse.Ficou realmente satisfeito que estivesse deixando uma boa impressão de sua pessoa.Vasculhou pela terceira vez, o bolso de seu uniforme, e assinou-o para o ruivo.
Assim que tomou distância do trio, ele se virou para Hermione, piscou e acenou baixo.A garoto sorriu como um gesto de despedida mais formal, mas o beijo, para Vítor, seria a melhor forma de se despedir daquela pessoa da qual amamos perdidamente.
-Levantar âncora!-Gritou Vítor, da proa do navio.
Todos os alunos já haviam tomado os seus postos, para porem o navio em movimento.Poliakoff estava pronto para a direção, o timoneiro na sua frente.Vítor foi até ele, e retirou a varinha.O amigo já começara a movimentar a embarcação para o centro do lago.
-Teletransporta-te!-Disse Vítor claramente, apontando a varinha para o centro do timoneiro.
Antes do Navio de Durmstrang ser engolido pelo redemoinho negro, Vítor dá uma última olhada para o castelo, e sorri.Tem certeza de que vai encontrar Hermione, e independente do dia ser mal, ou bom, vai ser o dia do seu novo renascimento...o início de uma nova vida.
FIM 2!
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Acabou!Quero agradecer por terem lido a minha fan fic e esperado ela terminar.Deixem seus comentários para eu ver se agradei!E como essa é a minha primeira fic e levou séculos para eu terminá-la, talvez ainda tenha erros (não os de ortografia, se bem que pode ter), mas de jus com o livro 4, que um dos meus preferidos.
Obrigado e até a próxima.
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