O Esconderijo
--Capítulo 1--
O Esconderijo
Um rio muito poluído serpeava entre as árvores de um local não muito agradável para as pessoas. Bem perto daquele rio um conjunto de casas e uma grande fábrica estavam estalados, mas tirando uma casa no fim da Rua da Fiação, fazia anos e anos que aquele lugar não era habitado. Voltando ao rio, perto dele havia um círculo onde não crescia grama há exatamente um ano, pois uma raposa velha e esquelética fora morta naquele local. Mesmo o corpo tendo se decomposto nunca mais nasceu grama ali. E exatamente naquele local um homem encapuzado acabara de aparecer do nada. Perto dele surgiram mais três vultos encapuzados que como ele também surgiram do nada. Os quatro foram andando pela antiga vila desabitada; quando chegaram a última casa da Rua da Fiação, o homem mais velho estendeu um papel para que os outros três lessem e depois queimo-o. De repente uma outra casa surgiu ali de frente para eles, uma casa tão suja quanto as outras, mas muito mais importante do que elas. Como se isso fosse muito natural, eles adentraram pela porta. Uma pequena sala de visitas esperava por eles. Assim que entraram todos tiraram os capuzes; havia dois homens e duas mulheres. O homem mais velho tinha cabelos negros e sebosos, e um nariz muito gordurento. O mais novo era louro e bem jovem, era também o mais assustado de todos. A mulher mais velha era morena e bem forte e não parecia querer estar ali. A outra tinha uma leve semelhança com a primeira, mas era quase idêntica ao rapaz louro parado a sua frente; ela também era loura e queria desaparecer do mundo. Passado alguns segundos o homem mais velho falou com uma voz fria e doentia:
- Draco, seu quarto fica lá em cima à direita – disse ele ao mais jovem, que assentiu e subiu. – Belatriz, o seu é ao lado do de Draco, pode subir se quiser.
A mulher chamada Belatriz olhou para ele como se sentisse nojo de estar ali e subiu para o quarto também. Ficaram só o homem moreno e a mulher loura. Os dois sentaram um de frente pro outro e antes de qualquer coisa a mulher se dirijiu ao outro:
- O que acontecerá agora Snape? – E uma lágrima escorreu do rosto dela. – O que o Lord das Trevas fará com meu filho Severo?
- Por enquanto é difícil saber, Narcisa. O Lord das Trevas tem ficado bem reservado com os seus planos.
- Ele vai matá-lo não vai? Vai matar meu filho não vai Severo? RESPONDA!
- Eu já disse que não sei Narcisa! Não vou negar que o Lord das Trevas ficou muito aborrecido com o que eu tive que fazer.
Mas antes que Snape pudesse dizer outra coisa, Narcisa se levantou e caiu aos pés dele. Chorava como uma criança de cinco anos de idade. E então pela segunda vez na vida, Snape sentiu aquele sentimento que ele só sentira por uma pessoa aos 17 anos de idade. Lembrou-se como se fosse ontem daquela jovem que vinha correndo ao encontro dele no Salão Comunal da Sonserina, para anunciar que Lúcio Malfoy e ela estavam noivos. Snape também lembrou da dor que sentiu nesse momento, a dor mais forte de sua vida, mais forte até da dor que ele sentiu ao matar a única pessoa que confiou nele nessa vida. Foi naquele que ele percebeu que sempre fora apaixonado por Narcisa Black. Mas perdera sua chance quando ela se casara com Lúcio Malfoy e deixara de ser a sua grande amiga, o seu amor secreto, para ser a esposa de um idiota, nos olhos de Snape. Mas agora ali naquela casa vendo a mulher que sempre amou deitada aos seus pés ele percebeu que nunca deixara de amá-la. Mas isso não vinha ao caso agora. Ele levantou a mulher e sentou-a na cadeira mais próxima, serviu-lhe um copo d’água e disse:
- Narcisa... Não se preocupe, eu vou proteger seu filho, nem que seja a última coisa que eu faça.
- Mas, e se alguém descobrir nosso esconderijo? – disse ela entre soluços e lágrimas – Tenho que Dumbledore sabia onde você morava.
- Não se preocupe com isso também, o Lord das Trevas é o fiel do Segredo e ele nunca revelará a ninguém o local dessa casa.
E dizendo isso lhe deu um grande abraço. A muitos quilômetros dali uma grande discussão estava chegando ao fim.
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