Gárgulas, cobras e inferis



Um jato de luz verde saiu da ponta da varinha de Snape e dirigia-se diretamente ao peito de Aslon, esse ficou parado, não esperava um ataque desse tipo sem aviso prévio, porém quando o jato estava a poucos metros de atingir seu alvo, um corpo ganhou vida e entrou na frente do jato de luz e bloqueou completamente ele.
-Corram! – berrou Harry – Eu cuido do Seboso.
-Não vamos sair daqui, Harry, nós vamos te ajudar. – berrou Hermione.
Outro jato de luz verde voou por cima da cabeça deles e foi mais uma vez bloqueado pelo inferi.
-CORRAM! – bradou Harry – eu tenho assuntos particulares com ele.
Eles então finalmente seguiram as ordens de Harry e aparataram para longe de lá.Agora só tinha no cemitério Snape e Harry.Os dois se olhavam friamente e se preparavam para o que podia ser o embate final, um combate de puro ódio e desprezo.
-Como vai o Voldemort, Snape? – disse Harry em tom irônico – Mande lembranças minhas para ele.É claro...Se você sair vivo daqui, coisa que eu receio que não vai acontecer.
-Não seja infantil, garoto – disse Snape – Você não tem coragem ou habilidade para me matar.Só porque melhorou em oclumência está se achando a reencarnação de Dumbledore.O mestre me mandou matar um homem e olha quem eu acho nessa missão idiota, Harry Potter, o mestre ficaria extremamente satisfeito comigo se eu o levasse até ele.
Harry sacudiu a varinha rapidamente e de sua ponta saíram adagas que foram lançadas na direção de Snape.Ele não se importaria se acabasse matando-o, um assassino como ele não merecia viver, porém Snape conjurou um reluzente escudo de prata que bloqueou a maldição.porém acabou por destruir o escudo completamente.
-Finalmente assumiu o seu amor as artes das trevas Potter? – debochou Snape.
-Você sabe que não. – disse Harry com desdém – Você vai fazer o que comigo me colocar em detenção? Ah... E como vai o seu aluninho preferido, Malfoy?
-Trabalho para o lorde – disse Snape. – Ele é bem mais poderoso do que você.
Snape fez o mesmo movimento cortante que Harry vira há dois anos no departamento de mistério, porém felizmente ele sabia como bloquear o feitiço e o fez, uma barreira de luz azul foi conjurada em volta de Harry refletindo o feitiço na direção de seu invocador.Snape desviou da onda de ar abaixando-se.
Antes que Snape pudesse ver, Harry apontou a varinha para as lápides que estavam próximas a Snape e sacudiu a varinha: mãos brotaram da terra agarrando as pernas de Snape furiosamente.Snape sacudia a varinha sem cessar, cortando dezenas de mãos e cabeças de mortos que estavam no cemitério e vinham na direção dele.Harry desaparatou :uma cobra apareceu numa cortina de fumaça negra e sibilou ruidosamente para Snape, enquanto os muitos inferis ainda investiam contra ele.
Harry reapareceu: um raio de luz vermelha saiu da ponta da varinha do garoto na direção dele, a cobra pulou para dar o bote enquanto os inferis pulavam incansavelmente em cima da cabeça de Snape,mas os inferi que mordiam e arranhavam Snape voaram em todas as direções, a cobra cravou suas presas fortemente no pescoço de Snape enquanto que o feitiço foi bloqueado por algum inferi que havia saído pelos ares.
Snape levou suas mãos, inutilmente, até a cabeça da cobra e puxava com muita força ela de seu pescoço.Outro jato de luz vermelha cortou o ar de alguma parte do cemitério na direção de Snape, ele sacudiu a varinha e o feitiço desapareceu no ar.A cobra que cravara as suas presas nele havia caído no chão e estava se preparando para um segundo ataque, até que ele apontou a varinha para ela e murmurou algo quase inaudível, a cobra voou longe e sumiu numa pequena nuvem de fumaça negra.
-Assim não vai ter graça – disse Harry rindo sarcasticamente – você se mexendo desse jeito o veneno vai se espalhar rápido demais e você vai morrer logo, que pena eu tava me divertindo vendo você tentando se livrar dos inferis.
Um jato de luz verde riscou o ar na direção de Snape para Harry e foi bloqueado dessa vez por uma lápide que chegou ao seu destino flutuando e com a força da maldição partiu-se em muitos pedaços.
-O Voldemort não vai ficar nada feliz se eu morrer pela suas mãos, então trate de se comportar e nada de Avada kedavra para você, meu querido professor -desdenhou Harry.
Snape já estava perdendo a consciência e a razão, lançava Maldições da morte para todas as direções que eram bloqueadas por inferis, túmulos, ou lápides.
-Cansei de brincar com você – falou Harry sério.
Harry apontou a varinha para Snape e murmurou “crucio”.Snape desabou no chão: a dor da maldição somada a dor do veneno de cobra que se espalhava pelo seu corpo devia ser insuportável, Snape berrava de dor e Harry gargalhava friamente, ele não estava se importando com o que iria acontecer com Snape ele queria vingar Dumbledore.
-HARRY VOCÊ VAI ACABAR MATANDO ELE ASSIM – gritou uma voz de longe.
-Quem se importa – bradou Harry.
Harry pode reconhecer as feições de Hermione que vinham do fundo do cemitério, saindo da neblina e da neve que encobria o lugar.
-ELE MERECE MORRER ESSE MISERÁVEL – berrou Harry.
-Eu sei que ele merece morrer, mas você não é um assassino, Dumbledore não ficaria feliz se ele visse isso. – disse Hermione.
Harry parou por um instante e pensou: de fato Hermione estava certa, Dumbledore não era a favor da morte, mas mesmo assim ele merecia sofrer cada segundo que ele estivesse vivo.Ele contou a profecia para Voldemort, por isso que os pais dele estão mortos, ele matou Dumbledore, ele caçoou de Sirius na ordem até que ele saiu para salvar Harry no departamento de mistérios.Mas mesmo assim Harry sabia que ele não poderia mata-lo e então parou de torturá-lo.
Harry apontou a varinha para Snape que continuava no chão, provavelmente com muita dor, o desarmou, após isso o estuporou.
-Vá para a sede da ordem e mande os outros irem para Hogwarts.
Temos perguntas para fazer para ele. – disse Harry para Hermione – ele é mais útil vivo.
E dizendo isso Harry segurou Snape pelo braço e aparatou.
Harry apareceu em Hogsmead segurando Snape, todos pararam e olharam quando ele apareceu: um garoto usando um manto marrom carregando um comensal da morte declarado não poderia ser boa coisa.Harry enfeitiçou o corpo de Snape e conjurou um patrono e pediu para abrirem os portões de Hogwarts, ele pouco se importou com a presença de outras pessoas na rua e muito menos com os olhares de esguelha que ele recebia.
Foi a passos largos, direto para o imponente castelo de Hogwarts, quando estava a poucos metros dos grandes portões, eles se abriram mostrando a grande presença de Rúbeo Hagrid.
-Como vai Harry – disse ele, passando os olhos pelo garoto e chegou até um Snape desacordado e flutuando. – O ...que...que..Snape??
-É o Snape, corra até madame Pomfrey peça para ela um antídoto para veneno de cobra mais forte que ela tiver.Rápido! – disse Harry.
-Você está ferido?Esse maldito te machucou? - falou Hagrid nervoso enquanto eles cruzavam os grandes portões.
-Não é para mim – disse Harry apontando para Snape – É para ele.
Ele nem chegou perto de me machucar.Agora faça o que eu te pedi.
Vou falar com a prof.Mcgonagall.
Hagrid correu à grandes passadas para a enfermaria do colégio enquanto Harry atravessava os grandes terrenos carregando Snape desacordado.
Harry entrou no castelo e seguiu até o salão principal onde Minerva já estava a sua espera, com uma cadeira pronta e um vidrinho pequeno com um liquido incolor.E a sua volta estavam os outros membros da ordem com feições sérias e contraídas.
-Coloque-o nessa cadeira e conjure cordas para prendê-lo – rosnou Moody.
Harry o fez sem hesitar, eles esperavam em silêncio até madame Pomfrey chegasse com o antídoto, eles o colocaram na boca sem cor de Snape.Eles se mexeu um pouco e em seguida já tinha dezenas de varinhas apontadas para ele, esperando uma oportunidade para azará-lo sem medo.
Eles empurraram o veritaserum para dentro da boca dele, se afastaram alguns metros dele.Harry testou as cordas, elas estavam bem amarradas, ele não tentaria nada lá, tinha dezenas de bruxos e bruxas da ordem.Harry aproximou-se dele e o reanimou.
Ele acordou assustado olhando a sua volta, até que percebeu que estava em Hogwarts e também cercado por dezenas de bruxos que apontavam suas varinhas furiosamente para ele.
-O que você foi fazer em Godric´s Hollow? – perguntou Harry friamente.
-Fui a serviço do Lorde matar um homem lá. – respondeu Snape rapidamente.
-Que homem? – perguntou Harry.
-Percival Aslon – respondeu Snape.
-Por que? – perguntou Harry.
-O mestre não me da muitas satisfações. – disse Snape.
-Aonde ele está? – falou Harry apontando a varinha para Snape.
-Os feitiços que tem naquele lugar me impedem de falar – disse Snape
-Draco Malfoy está vivo? – perguntou Harry com os olhos cheio de ódio.
-Sim – rosnou Snape.
Harry olhava com desprezo e ódio aquele homem, queria faze-lo sentir dor, queria matar o assassino de Dumbledore, até que se lembrou de uma pergunta que há muito queria que ele respondesse.
-Você sente remorso de ter entregado meus pais à Voldemort? – disse Harry.
-Não.
-Foi o que esperava. – disse Harry friamente.
-Você é fiel a Voldemort? – perguntou Harry embora já soubesse a resposta.
-Não. – disse Snape para surpresa de todos presentes.
-Então por que você matou Dumbledore? – rosnou Harry entre os dentes.
-Dois votos inquebráveis – disse Snape.
Todos mais uma vez se surpreenderam com Snape.
-Com quais pessoas? Qual foram os votos – disse Harry altivo.
-O primeiro foi com Narcisa Malfoy – disse Snape sem emoção – eu prometi a ela que ajudaria o Draco a matar o Dumbledore.
-E o segundo? – disse Harry preocupado com o que viria a ser o segundo voto.
-Alvo Dumbledore – disse Snape.
-Qual foi a promessa?E quando você a fez – rosnou Harry com ódio.
-Depois que eu passei para o lado de Dumbledore, na verdade eu só entrei na ordem por causa desse voto.
-E qual foi esse voto? – perguntou Harry impaciente.
-Obedecer Dumbledore incondicionalmente – disse Snape sorrindo com desdém.
-MENTIROSO!!! – rosnou Harry.
-CRUCIO!!!!CRUCIO!!!- berrou Harry
Snape não parava de se contorcer e gritar, berrava tão alto que todos os quadros acordaram.
-Pare Harry! – ordenou Minerva. – Ele não pode estar mentindo, esse veritaserum é muito forte.
-IMPOSSÍVEL!!! – rosnou Harry cancelando a maldição – ESSE MISERÁVEL VIU DUMBLEDORE IMPLORANDO PELA VIDA E O MATOU IMPETUOSAMENTE.
-Quem disse que Dumbledore pedia pela própria vida? – disse Snape com satisfação – Ele pedia para mim mata-lo e salvar o Draco, Dumbledore não podia ver ninguém sofrendo ameaça esse era seu maior ponto fraco.Ele me pediu para quando chegar a hora me matar e assim conseguir mais respeito do lorde das trevas.Dumbledore nunca imploraria pela própria vida.
Uma explosão de gritos ecoou pelo salão principal, todos agora falavam uns com os outros sobre a escolha de Dumbledore.Até que uma voz forte e aguda sobrepôs as outras.
-Vou falar com Dumbledore agora – berrou Harry.
-Você não pode – ralhou Moody com aspereza – ele não quer falar com você.
-E eu imagino que você esteja pensando em me impedir? – berrou Harry sacando a varinha.
-Harry não me obrigue a fazer isso – disse Moody também puxando a sua.
Mas Moody fora demasiadamente devagar para Harry, houve um forte estampido e um rumorejo, Moody voou alguns metros para o alto e depois caiu no chão desacordado.
-Imagino que alguém mais queira tentar? – disse Harry em tom de desafio.
O salão principal voltou ao silêncio normal, todos olhavam para ele com medo, respeito e algumas caras tolas de admiração.
-Foi o que eu pensei – disse Harry subindo as escadas em direção a sala do diretor.
Harry chegou até a gárgula de pedra da sala do diretor e subiu as escadas correndo, chegou até a porta e a empurrou porém ela estava fechada, Harry sacou a varinha explodiu a porta e entrou na sala onde vários quadros olhavam para ele com feições assustadas e algumas com reprovação, seu olhar passou pelos quadros de Fineus Nigellus, Armando Dippet, até focar-se em um homem com uma expressão serena e calma, ele tinha longos cabelos e barbas prateadas, olhos azuis que o encaravam por cima dos oclinhos de meia-lua.
-Bom dia Harry – disse Dumbledore calmamente – vejo que você não aceitou o que Moody lhe disse e veio visitar meu quadro não é?Venha puxe uma cadeira.
-O senhor me deve explicações – ralhou Harry ainda em pé.
-Apenas aproxime-se e se sente – disse Dumbledore que o estudava por cima dos oclinhos de meia-lua. – vou te responder tudo o que você quiser.
O garoto aproximou-se hesitante e puxou uma cadeira para sentar-se mais próximo ao quadro do velho diretor.




Aos leitores


O que acharam?????Eu sei que a briga Harry x Snape num ta la grande coisa mas, tem mais briga boa vindo nos próximos capítulos....vlw e naum esqueçaum de COMENTAR!!!!!!VOTEM TB!!!!
VLW


















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