O outro lado da moeda
“Pi pi pi...”
- Essa droga de despertador teima em tocar sempre na hora errada! – o homem se levantou da cama, ainda resmungando algo como “ah se isso fosse verdade...” e desligou o despertador, que parecia tocar cada vez mais alto, apenas para irritá-lo.
Ele se dirigiu ao banheiro e mirou o espelho com cuidado examinando cada parte de seu rosto. “Como ela estaria hoje em dia?”. Pegou a escova de dentes e colocou uma pasta de eucalipto. “É a preferida dela...”. Escovou os dentes e foi para a cozinha.
De repente, olhou para o relógio encima da geladeira. “Que droga! Outro atraso e é arriscado ela terminar o noivado!” . Voltou para o banheiro correndo e tomou um rápido banho.
Separou uma blusa esporte e uma bermuda e tentava vestir a blusa enquanto tomava uma xícara de café.
Antes de sair, deu uma ultima olhada no espelho. Desceu as escadas apressadamente, parando apenas para dar um olá para o porteiro.
Atravessou a rua, indo parar em uma praça e se dirigiu a uma moça de cabelos castanhos e cheios e um corpo bem moldado. Ela tomava um sorvete de costas para o prédio dele. Vagarosamente, se aproximou da jovem e disse, a abraçando:
- Olá amor, sonhou comigo? – a moça soltou um sorriso animado, sentindo que ele mantinha um sorriso galanteador.
- Claro, querido. Sonhei com o dia que você não se atrasava para uma caminhada. – riu feliz e se virou para Henry, dando-lhe um beijo de leve.
- Agora vamos nos exercitar. Estou precisando levantar os ânimos. Hummmm... saindo da dieta, né, benzinho! Se continuar assim não vai caber no vestido de noiva.
- Henry, querido, estou na minha mais perfeita forma... você que deveria emagrecer... – disse, batendo de leve no tórax musculoso dele.
Ele riu, irônico:
- Agora vamos se não caminharemos muito pouco.
Ele segurou a mão da noiva e partiu para uma caminhada, parando de vez em quando para verificar o tempo no relógio. Quando enfim passaram pela décima vez no ponto de partida, ela parou exausta, pedindo:
- Querido, eu tenho que trabalhar hoje a noite até tarde e não vou poder pegar a mamãe. Você faz isso para mim, não é? Afinal de contas, sem sogra, sem casamento...
- Tudo que meu amorzinho pedir... – respondeu dando-lhe um beijo, perdendo o pouco fôlego que lhe restava.
Ela saiu apressada e pediu um táxi, enquanto ele voltava para o prédio.
Assim que chegou em casa, pegou a toalha e foi tomar uma ducha de água fria. A água caia em seu ombro, dando-lhe uma sensação de conforto e paz. Ficou durante um longo tempo, fitando o vazio, lembrando de memórias que definitivamente não eram suas, mas ele sinceramente desejava que fosse.
Saiu do chuveiro e vestiu um pijama. Sorte a sua que não iria trabalhar hoje. Acordara significativamente mais melancólico que nos outros dias, com a estranha sensação de que a partir desse dia, nada seria como antes e sua vida mudaria radicalmente.
Ligou a televisão e passeou pelos canais até achar um noticiário que falava sobre a Inglaterra, seu país natal.
Ficou até o meio dia assistindo televisão até que resolveu que almoçaria fora.
Vestiu uma roupa social e foi para um restaurante de comida chinesa. Já estava enjoado de tanta massa que comia naquele país. Sentou-se em uma mesa bem discreta no canto do restaurante. O ambiente era fechado, e com luzes vermelhas dando um ar misterioso ao local. Havia uma pequena fonte que causava uma sensação gostosa.
Ele foi atendido por uma moça oriental, vestida com uma roupa também oriental. Ela anotou o pedido de Henry e foi passar para o cozinheiro.
Logo chegou o pedido e ele saboreou seu almoço compenetrado e extremamente calmo. Sequer ligou quando um garçom, sem querer, derramou um pouco de suco em sua roupa. Alguns minutos depois ela estava como antes.
Ele pagou a conta e resolveu passar em uma sorveteria ali perto.
Pediu um sorvete de limão, em homenagem à um velho amigo. Voltou para o carro e foi para casa.
Olhou para o relógio da cozinha. Eram duas horas da tarde e ele precisava pegar sua sogra no aeroporto de Veneza às cinco, e como de sua cidadela para lá eram duas horas, ele precisava sair às três.
Se sentou no sofá com os pés sobre um pufe e ligou a televisão. Passeou pelos canais até chegar em um noticiário que falava sobre a previsão do tempo:
- Muita chuva para hoje à noite! Cancelem todos os programas que tiverem ao ar livre, pois vem uma tempestade que deverá durar até amanhã à noite.
Henry olhou com tédio para o céu límpido que se via da janela da sala. “Como poderia ocorrer uma tempestade com um céu bonito daquele?”. O tempo definitivamente parecia bastante com seu humor: extremamente inconstante.
Olhou para seu relógio de pulso. Dez para as três. Estava na hora de ir.
Levantou-se lentamente, bastante desanimado com a tarefa que teria: enfrentar uma terrível tempestade com a sogra do lado.
Desceu as escadas pela terceira vez naquele dia e entrou no carro. Ligou o som e seguiu viagem.
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Hermione entrou no avião desconfortavelmente. Nunca gostara de voar. Desde Hogwarts, nunca tivera a mínima vontade de pilotar uma vassoura... exatamente o contrário de Harry, que se pudesse não descia da sua Firebolt... “Porque não parava de pensar nele?” se perguntou.
Se sentou em sua poltrona e esperou o avião decolar.
Pegou um livro e começou a ler ansiosamente. O avião levantou vôo. Ela agarrou o livro com mais força. Uns vinte minutos depois, a aeromoça passou oferecendo sanduíches e sucos. Ela não aceitou. Se colocasse alguma coisa na boca, definitivamente vomitaria.
Tentou ao máximo se concentrar no livro, mas percebeu que era a décima vez que lia o mesmo parágrafo:
- Com licença, senhora... está passando bem? – perguntou um senhor que sentara ao lado dela.
- Estou sim... só não gosto muito de aviões. – Deus sabia o quanto ela detestava voar. Pelo menos dessa vez não estava no lombo de um Hipogrifo ou de um animal que não conseguia sequer ver, como o Testrálio.
Encostou-se à poltrona. O que ela não fazia pela filha...
Depois de um tempo, desesperador para ela, o avião pousou. Aliviada, ela desembarcou e observou ao redor em busca de um cartaz com seu nome. Ouviu uma forte trovoada. Olhou novamente em volta até que viu: HERMIONE G. TAYLOR.
Seguiu em direção ao cartaz e foi levantando os olhos do letreiro até parar no rosto de quem o segurava.
Parou de súbito. Fitou o moço que lhe aguardava com uma expressão tão pasmada quanto a dela.
“Isso não pode ser verdade! Isso não pode estar acontecendo! Meu Deus, por que está deixando isso acontecer comigo? Eu atirei pedra na cruz?”, foi pensando enquanto caminhava lentamente em direção do rapaz:
- Harry Potter? – perguntou com a voz fraca, em um sussurro quase mudo.
- Nesse momento não, Hermione. Sou Henry Thompson, noivo da sua filha.
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Enfim um capítulo dois... Espero que estejam gostando. Vou fazer um pedido. Faça duas autoras felizes, comentem, entrem para essa campanha. Espero também que espalhem a nossa fic, caso esteja boa. Agradeço ao Gabriel (Harry Potter e o Irmão Bastardo) pelo primeiro comentário, sigam o exemplo dele, comentem!!!
Leiam HARRY POTTER E O MEDALHÃO DO PODER!!!!!!!!!!!!!!!!
EU APOIO DRACO E MURTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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