Esclarecendo a Situação II



Me lembre de não esquecer que te amo

Autora:
Thaís Potter Malfoy

Shippers: Harry/Hermione; Draco/Hermione; Harry/Gina; Ron/Luna.

Capítulo Nove – Esclarecendo a Situação II

- Hey, Mione... Ouvi dizer que você quer conhecer a história da doninha quicante. – disse Rony, e fez questão de fazê-lo enquanto ele, Harry e Hermione se dirigiam para os seus lugares na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Hermione olhou de relance para Draco e viu que o loiro ficara vermelho.

- Oh, sim. A Gina me disse que foi realmente engraçado! – ela disse, sorrindo, para provocá-lo. O grupo dos sonserinos rapidamente foi para o fundo da sala. Mas Rony aumentou o tom de voz.

- Foi o seguinte, Mione... Nós tínhamos um professor um tanto quanto louco em nosso quarto ano, e ele pegou o Malfoy tentando lançar um feitiço pelas costas do Harry. Então, ele simplesmente transfigurou o Malfoy em uma doninha e ficou balançando ele pra cima e pra baixo... FOI HILARIANTE!

- Como eu queria me lembrar disso – disse Hermione, rindo. Harry acabou rindo do jeito dos amigos, assim como o resto da turma da grifinória, que explodia em risadas.

- Eu acho que você deveria cuidar da sua vida, Weasley! – esbravejou Malfoy do outro lado da sala, com cara de poucos amigos. Hermione fez uma cara azeda ao ver Pansy Parkinson grudada no pescoço dele. Após Draco dizer isso, ela deu-lhe um beijo na face, sorrindo.

Rony levantou-se, pronto para ir para cima de Draco quando o professor Lupin entrou na sala, ordenando que cada um se sentasse em seu respectivo lugar.

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A semana não demorou a passar e, quando pôde perceber, Harry já estava acordando no sábado para o jogo de Quadribol contra a Lufa-Lufa. Ele logo tomou café na companhia de Rony e Gina, pois Hermione ainda não levantara, e depois eles foram para os vestiários. Logo, todo o time estava lá.

Todos se reuniram em circulo antes de começar o jogo e Harry lhes passava as últimas instruções. Estavam prontos para vencer a Lufa-Lufa, e este jogo poderia tirar definitivamente os Sonserinos do Campeonato; Harry tinha cada vez mais motivos para querer que isso acontecesse.

Além de sua antiga rivalidade com Malfoy e o pedido que Gina fizera, Harry tinha certeza de que ele tinha culpa na perda de memória de Hermione. Disso Harry jamais poderia se esquecer, e muito menos deixar barato a “brincadeira” daquele trapaceiro... Ainda mais sendo que ela ocorrera num momento delicado como aquele, em que ele precisava cada vez mais de Hermione ao seu lado – e com memória, preferencialmente.

- Ótimo, time. Eu quero o melhor de todos no campo hoje. Vamos tirar a vantagem da Lufa-Lufa e ainda garantir que os sonserinos não tenham a mínima chance de ficar com a taça, que por acaso pertence à Grifinória! – disse Harry, com mais raiva do que ânimo, embora adorasse quadribol.

A equipe toda aplaudiu e deu sinais de entusiasmo, enquanto Gina – a atual artilheira do time - ‘pulou no pescoço’ do namorado e iniciou um beijo quente. Depois, todos pegaram suas vassouras e rumaram para o campo de Quadribol. Estavam quase adentrando quando viram Hermione correndo em direção ao time; Harry parou para falar com a amiga e mandou o time seguir para o jogo, mas acabou ficando para trás acompanhado de Gina e Rony.

“Não era exatamente o que eu queria”, pensou Harry.

- Vim lhes desejar boa sorte. – disse Hermione, exibindo um sorriso radiante.

- Acho que vamos precisar – comentou Rony – O novo atacante deles é bom.

- Mas eu sou melhor – disse Gina, com um quê de arrogância. – Não é, amor?

Harry demorou um pouco para entender que ela falava com ele – Oh, é claro. E por isso está no time...

- Bom – começou Hermione, sem graça em frente ao casal 20 de Hogwarts – Eu vou indo, então... Bom jogo! – e ela beijou a face dos três amigos, sendo segurada por Harry quando chegou sua vez.

- Preciso falar com você... – ele disse. Hermione confirmou com a cabeça, e Rony e Gina foram deixados para trás quando os amigos começaram a caminhar a sós para o outro lado. Os dois irmãos acabaram indo para o campo e só depois Hermione iniciou uma conversa.

- O que você tem para dizer, Harry? – ela perguntou.

- É sobre a nossa conversa de segunda... – ele disse.

- Achei que não houvesse mais nada a dizer.

- A conversa ainda não acabou, Mione. Eu tenho algo a lhe dizer.

- É importante? – perguntou, preocupada.

- Eu considero muito importante... – disse Harry – É sobre... Nós dois.

Hermione corou um pouco – Então nós...

- É melhor não dizer nada agora... – ele advertiu-a – À noite eu volto a te procurar, okay?

Hermione confirmou com a cabeça, ainda relutante – Não pode ao menos adiantar o assunto?

Harry pensou durante um tempo e começou a se aproximar de Hermione, sem saber ao certo o que fazia. Por fim, chegou perto o suficiente para inclinar a cabeça alguns centímetros para o lado e fazer com que seus lábios se encontrassem; entretanto, não aprofundou o beijo.

Quando se afastou, a morena ainda tinha os olhos fechados, o que o fez sorrir. Depois, Hermione olhou-o, intrigada, mas também sorriu.

- Eu preciso ir. – ele disse. Harry se afastou e, quando estava muito longe, gritou: - TORÇA POR MIM! – fazendo-a sorrir.

Hermione suspirou e observou-o ir embora; estava eufórica. Toda vez em que ela e Harry se beijavam aquilo acontecia. Levou-se a perguntar a si mesma – como se não o tivesse feito o suficiente durante a semana toda – por que Harry mexia daquele jeito com ela. Aquele sonho/delírio que tivera alguns dias atrás ainda perturbava os pensamentos da morena.

Ela gostava de Draco, tinha certeza absoluta. Entre eles tinha uma coisa inexplicável que a fazia querer ficar com ele pra todo o sempre. É, eles tinham química. Mas toda vez que beijava Harry algo a deixava em conflito, como se fosse algo que sentira por ele antes de perder a memória. Seria sobre isso que Harry queria conversar?

Se fosse, ela estava ansiosa para ter aquela conversa e esclarecer o seu passado com Harry. Pensando bem, era óbvio que tiveram alguma coisa. Por que Harry a beijaria sem mais nem menos quando bem entendesse se não houvesse feito isso mais vezes? Ele parecia considerar Hermione mais do que uma amiga.

“É melhor parar de pensar nisso... Caso contrário enlouquecerei” Ela, então, virou-se para rumar à arquibancada e chocou-se quando viu o rosto de Draco enfurecido atrás de si.

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Uma chuva fina começara a cair quando Madame Hooch apitou e a partida teve inicio. Gina rapidamente pegou a goles e se dirigiu para as balizas adversárias, sem sequer pensar em passar a bola para algum de seus companheiros. Harry apenas riu do jeito da namorada, voltando a se concentrar no pomo-de-ouro.

“Gina se dirige para as balizas a toda agora... Olhem como o cabelo dela está bonito hoje!” comentava Luna. Harry sorriu quando a namorada marcou o primeiro ponto da Grifinória no jogo. “Boa, Gina! Esse gol foi um de seus melhores... Certo, professora, foi só um comentário”.

Harry deu uma olhadela para o apanhador da Lufa-Lufa e este parecia tão perdido quanto ele próprio. Então, Harry pôde dar uma igualmente rápida olhada para a torcida grifinória, que hoje trazia cartazes com seu nome e o de Gina. Harry passou os olhos por lá e não conseguiu encontrar o rosto de Hermione.

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Hermione ferveu de ódio quando o sonserino começou a bater palmas e sorrir ironicamente para ela. Mas não conseguiu proferir uma só palavra – ou azaração – quando viu Draco com os cabelos caindo sobre os olhos, vestindo uma camisa social verde-escuro que contrastava com seus olhos e tinha as mangas dobradas até a altura dos cotovelos. O maldito era realmente tão bonito.

- Que beijo mais meigo e inocente. Uau, Hermione – disse ele, sarcástico. – Não sabia que amigos faziam coisas assim... Preciso realmente me atualizar.

- Ele me beijou, Draco. Não pude fazer nada. – ela respondeu, cansada. Não queria discutir com o loiro.

- Oh, é claro. Qualquer um que chegue te beijando vai ser correspondido, pelo jeito. – ele alfinetou.

- Draco, eu não tenho tempo para isso. – ela disse, e já ia saindo, mas virando-se para ele novamente – E também não é como se você não ficasse por aí agarrando aquela Parkinson... Você não tem moral para falar de mim, Draco.

- Se eu quisesse te irritar, poderia dizer eu realmente continuo pegando a Pansy, mas gostaria que soubesse que eu a dispensei há algum tempo.

- Você nunca mais ficou com ela? Conta outra, Malfoy. Ontem na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas vocês pareciam estar bem entrosados.

- Ela continua se jogando em cima de mim, não posso fazer nada, muito menos dizer que tenho outra pessoa.

- E é exatamente isso que acontece comigo e Harry! Ou você quer que eu diga a ele algo do tipo: “Oh, Harry, desculpe-me, não posso te beijar porque estou saindo com Draco Malfoy e estou te traindo pelas costas, repassando informações para Voldemort só porque você me magoou no quarto ano”?

- Mas você poderia dizer que não pode beijá-lo simplesmente pelo fato de ele estar namorando! Não que isso realmente fosse um motivo válido, mas funciona com vocês, grifinórios. Você poderia muito bem ter dito isto – ele exaltou-se. Hermione baixou os olhos, no que Draco acabou se aproximando e levantando seu queixo, forçando-a a olhá-lo nos olhos. Ele passou a usar um tom de voz mais ameno, porém transparecia mágoa – Você gosta de beijá-lo. Vejo isso em seus olhos, Hermione. E é por isso que está me fazendo de palhaço.

- Não! Não, Draco, eu não quero brincar com os sentimentos de ninguém, muito menos com os meus próprios. Se eu deixei que os beijos acontecessem foi porque, como já lhe disse, estou confusa.

- ‘Os beijos’, é? Andam dando uns amassos por aí? Parece que você perdeu totalmente a noção do perigo, Granger.

- Pare de agir assim, está bem? – ela pediu – Se eu disser que não vai mais acontecer, podemos encerrar esse assunto?

- Uma última pergunta. Quantos beijos já foram desde que você resolveu acreditar em mim?

- Dois, se contarmos este. – ela respondeu, após hesitar.

- Parece que o Potter resolveu recuperar o tempo perdido – disse Draco, sarcástico. Ele passou a língua sobre os lábios, deixando-os molhados e, em seguida, passou a mão pelo cabelo; Draco Malfoy, pela primeira vez desde que o conhecera, parecia nervoso. – Eu vi seu sorriso, Hermione. Eu sei que é dele que você realmente gosta.

- Eu não vou mentir para você, Draco. – Draco Malfoy gelou até a alma, se é que era possível ficar mais gelada, ao ouvir estas palavras - Eu não sei o que sinto em relação ao Harry, mas não posso negar ou esconder meus sentimentos por você! Tem sido ótimo estar com você, te beijar, saber que você gosta de mim de verdade.

- Queria saber de onde você tirou esta conclusão. - Hermione paralisou, sem saber que Draco só dissera aquilo para deixá-la tão ferida quanto ele ficara ao vê-la beijando Harry.

- Os beijos... Você... Você simplesmente não pode estar fingindo... – ela engoliu em seco, não muito segura do que afirmava. Draco percebeu a insegurança dela ao ver uma lágrima fina escorrer em sua face, e percebeu que podia ter estragado tudo.

- Você finge, Hermione? Finge? – ele disse o mais seco que pôde.

- Você acha que eu estou fingindo, Draco? – ela perguntou. – No começo pode ser que estava, mas agora eu sinto algo muito forte por você que eu não sei o que é. Se eu não sentisse nada, poderia ter te dado às costas como fiz com Rony. Mas não, eu ainda estou aqui. E nem com muita força de vontade eu conseguiria... Deixa pra lá. – ela fez um vago aceno com a mão esquerda.

- Não conseguiria o quê? – Draco se aproximou – O quê, Hermione?

- Você não merece ouvir.

- Mas eu preciso ouvir. O que não conseguiria?

- Não conseguiria mais ficar um dia sem te ver. Acho que meu corpo depende do seu, minha boca depende da sua... Enfim, é ridículo esta conversa estar acontecendo. Posso dizer seguramente que, no momento, se tivesse que escolher entre você e Harry... escolheria você, mesmo sendo tão insensível comigo.

Draco ficou estático. Teria mesmo ouvido aquilo? – Então... gosta mais de mim do que dele?

- Eu queria poder afirmar com certeza. Tudo está tão confuso, Draco.

- O que você sente pelo Potter, afinal? Juro que jamais entenderei.

- Sabe, o Harry é inconstante. Quando eu acho que ele gosta de mim, ele encontra a Gina e a trata com o maior carinho do mundo, em frente a mim! E ele também não termina esse namoro, não o fez nem depois de eu ter terminado o meu com o Rony. Às vezes ele gosta de Gina, às vezes parece gostar de mim. E eu não sei em qual Harry posso confiar, são dois totalmente diferentes.

Hermione não teve certeza de que Draco ouvira as ultimas palavras, pois ele praticamente engolira as palavras ao se aproximar tanto da boca dela com a sua própria e dar-lhe um beijo estonteando, em público. A moça não pôde deixar de trazê-lo para mais perto usando mãos ágeis em suas costas e nuca enquanto ele puxava a cintura dela.

- Wow... Este foi o seu modo de dizer ‘está perdoada’? – ela perguntou, ao separarem-se.

Ele sorriu. Seu sorriso mais charmoso, que ela entendeu como um ‘sim’ - Hermione... Combinemos assim: nem eu nem você nos envolvemos com outras pessoas a não ser que seja estritamente necessário.

- Caso não saiba, Sr. Malfoy, isso se chama ‘namoro’. – disse Hermione, como quem não quer nada.

Draco fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. – Tudo bem, Hermione Granger, estamos oficialmente namorando, se você concordar, é claro. Mas é óbvio que concorda, porque qualquer garota daria tudo para estar no seu lugar.

- Apenas lembre-se de que eu não sou qualquer garota, Draco. E, sim, eu aceito. – ela sorriu, voltando a beijá-lo de modo fervoroso. - Draco, é melhor nos afastarmos agora... Alguém pode nos ver!

- Quem está me agarrando aqui é você, Granger. – ele encenou, sorrindo logo depois. - Não, ninguém nos verá, pode relaxar. Nem mesmo Filch perderia o grande Harry Potter em campo. – ele disse, sarcástico. Hermione sentiu que ele tinha, ainda, uma ponta de ciúme.

Foi então que ela se deu conta – Oh, meu Deus! O jogo!

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Harry ficou abatido. Mas sabia que Hermione não perderia um jogo seu, ela jamais perdera. Ela estava lá, com certeza. Devia estar perdida em algum lugar onde ele não pôde vê-la. Já havia se passado mais de vinte minutos desde o início do jogo, era impossível que ela não estivesse lá. “Você precisa se concentrar no jogo, Harry. Precisa ganhar!” ele pensou, voltando as atenções para o céu, à procura da esfera brilhante.

“Gina Weasley marca outro ponto para a Grifinória.”, gritou Luna, nos autofalantes. A torcida da Grifinória, abaixo dele, gritava como nunca tamanha era a euforia. “E com este, a Grifinória soma 80 pontos contra 30 da Lufa-Lufa! E lá vai Thomas Gerrard, em direção às balizas da Grifinória... Ele passa pelos batedores grifinórios, desvia dos balaços e ponto da Lufa-Lufa! 80 a 40 agora. É bom que Harry se apresse...”

A professora de Transfiguração deu mais um cutucão em Luna, dizendo algo sobre ela não poder torcer por nenhum dos times. A loira desculpou-se e, então, Harry não ouviu mais nada. O apanhador da Lufa-Lufa acabara de começar a perseguir o pomo-de-ouro do outro lado do campo, seria impossível alcançá-lo, mesmo com sua Firebolt. Mesmo assim, Harry foi naquela direção com a maior rapidez que conseguiu.

Por incrível que pareça – e talvez realmente fosse –, Harry conseguiu ficar lado a lado com o apanhador adversário. O pomo estava pouco mais de um metro à frente dos dois e Harry estava decidido a chegar lá primeiro. Impulsionou-se o mais que pôde na direção do pomo, ultrapassando um pouco o outro. Esticou a mão direita para, por fim, apertá-lo entre os dedos. Lá estava ele, segurando a bola dourada, sob os uivos e aplausos dos amigos que estavam contentíssimos com a vitória. Só não conseguia ver Hermione.

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Hermione estalou um beijo nos lábios de Draco e murmurou algo com ‘até mais’ antes de virar-se em direção ao campo de Quadribol. Porém, não conseguiu dar mais que dois passos e foi segurada pelo braço por Draco Malfoy, vendo-se obrigada a encará-lo novamente.

- Por quê não aproveitamos o tempo do jogo para ficarmos juntos? – ele perguntou, encostando a testa na dela e provocando um atrito gostoso entre seus narizes.

Hermione sorriu levemente – Não posso, Draco. Não posso dizer que tenha achado muito interessante esse tal ‘Quadribol’, porque eu não achei, mas meus amigos estão jogando e não quero perder. É importante para eles.

- E é importante para mim também. Só vou te deixar ir porque não quero que fuja no dia em que eu estiver em campo. – ele sorriu, maroto.

- Eu jamais perderia um jogo seu. – ela disse – Você fica incrível naquele uniforme... Quero uma foto de você vestindo-o, pode ser?

- Porque uma foto se você tem o Draco Malfoy ao vivo e a cores a qualquer momento? Um dia desses vou vestir o uniforme para você... – ele disse, as palavras carregadas de malícia.

Hermione mostrou a língua para ele. – Você é pervertido demais, Draco! Eu só quero a foto mesmo, obrigada. – ela olhou o relógio – É melhor eu me apressar, o jogo já começou há quase meia hora!

De onde estavam, conseguiam ouvir a reação da torcida a cada gol marcado e a narração de Luna Lovegood. “Olhem, parece que os apanhadores finalmente encontraram o pomo! Harry está chegando cada vez mais perto de Oliver Grast... Os dois estão lado a lado agora, quem será que pegará o pomo? Harry parece estar um pouco à frente de Grast agora. Eles estão numa velocidade incrível. Vejam, Gina Weasley marcou outro gol e... Harry Potter pegou! Ele pegou o pomo-de-ouro!”

Ouviram o campo explodir em euforia e Hermione viu Draco revirar os olhos, como se aquilo fosse patético.

- Está vendo, Draco! Perdi o jogo... Oh, meu Merlim, se eles souberem que eu perdi o jogo. Tenho que correr para lá.

E ela deixou Draco plantado do lado de fora do campo de Quadribol para sair correndo em direção ao meio do gramado, onde a torcida da Grifinória cumprimentava os jogadores do time.

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A primeira coisa que Harry pôde ver quando chegou ao chão foram os lábios de Gina vindo em direção aos seus próprios. O beijo intenso durou um bom tempo, lembrando-lhe a primeira vez em que beijara a ruiva, também durante uma comemoração de vitória no Quadribol.

Na verdade, até hoje não sabia porque fizera aquilo. Entrou na sala e sentiu o perfume floral de Gina, então não conseguiu pensar em mais nada, só em como ela era linda e o quanto a queria desde que se descobrira com ciúmes dela. Nenhum dos amigos pareceu se surpreender, então ele entendera que era óbvio que ele e Gina tinham que ficar juntos.

Harry separou-se da namorada e olhou em volta, recebendo os abraços e tapas nas costas dos companheiros de time e dos colegas de Casa. Exibia um sorriso enorme, e Gina lhe olhava com admiração e orgulho; Voltou a beijá-la.

- Mione! – ele ouviu Rony dizer, e Harry parou o beijo para falar com a amiga. Até o fim da partida, não conseguira localizá-la em meio à multidão.

- Parabéns! – disse Hermione, abraçando o ruivo. Harry olhou com raiva para as mãos de Rony, que alisavam a cintura de Hermione e a puxava para mais perto. Hermione era delicada demais para aquelas mãos tão grandes e rudes e nem um pouco sensíveis...

Harry saiu dos braços de Gina e praticamente arrancou a amiga dos braços de Rony para poder também lhe abraçar. Hermione lhe ofereceu um sorriso antes de seus corpos se aproximarem.

- Não te vi na arquibancada – ele sussurrou no ouvido da morena, fazendo-a arrepiar-se, de excitação mas também de medo.

- Ah, Harry... Eu... – mas antes que ela pudesse terminar a frase, uma garota loira juntou-se a eles e acabou puxando Harry para um abraço.

- Luna! – ele disse, sorrindo enquanto recebia o abraço. Tinha se apegado muito à Luna durante os últimos dois anos. – Sua narração foi ótima, como sempre.

Ela sorriu – Obrigada, Harry. Só achei que você pegou o pomo rápido demais. - Gina e Rony também se juntaram ao trio e Luna lançou um olhar atencioso ao irmão de Gina. – Olá, Ronald.

- Oi, Lu. – ele sorriu, e Luna pareceu derreter-se com o jeito de moleque que ele tinha. Nenhum dos outros pôde deixar passar despercebido o fato de eles estarem muito corados. – Tudo bem?

Luna respondeu com um simples aceno, assentindo. Logo, Gina sorriu para Harry e mordeu o lábio inferior, pouco antes de sussurrar no ouvido do namorado:

- Parece que ele vai finalmente dar uma chance a ela.

Harry sorriu e beijou a namorada mais uma vez, deixando Hermione embaraçada por estar no meio de dois casais, totalmente perdida e segurando a maior vela de toda a história. Resolveu, então, puxar assunto:

- Desculpe, mas eu acho que ainda não nos apresentaram desde que perdi a memória. – disse ela, para Luna que sorriu.

- É verdade... Eu sou a Luna. Luna Lovegood... - disse Luna.

- Ela está no ano da Ginny, Mione. – disse Rony, sorrindo para a loira, que o olhava sonhadora.

- Muito prazer, Luna. – sorriu a morena. - Desculpe-me perguntar, mas... Vocês dois têm alguma coisa? – perguntou e viu Ron ficar tão vermelho quanto seu uniforme. Luna, ao contrário, sorriu.

- Oh, não! Ronald e eu? Absolutamente não. – ela respondeu, lançando um olhar curioso a Ron. – Nem nunca tivemos, se é o que você quer saber. Rony não gostava muito de mim quando nos conhecemos, nem você, a propósito.

- Jura? – perguntou Hermione. – Isso é estranho, porque eu realmente simpatizei com você... – ambas sorriram.

- Pelo menos para tirar sua má impressão de mim a perda de memória serviu. – Luna comentou.

- Hey! – chamou-as Harry. – Vamos logo para a Sala Comunal da Grifinória!

- É, uma festa nos espera. – disse Gina.

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Hermione sentou-se em uma poltrona mais afastada na Sala Comunal, observando toda a bagunça de longe. Ela não agüentava mais. Não parava de pensar no quão mais feliz ela estaria se estivesse com o namorado... Ao lembrar da conversa que tiveram durante o jogo, ela sorriu.

- Sonhando acordada? – perguntou um garoto, aproximando-se dela. Era McLaggen.

Hermione sorriu. – Não, apenas feliz pela Grifinória ter ganhado o jogo.

- Seria uma vitória mais considerável se eu fosse o goleiro. O Weasley deixou passar cada bola! – Hermione olhou para o outro lado. – Desculpe, esqueci que é seu namorado...

- Ex-namorado. – ela disse, distraída. – Mas não importa, o que realmente importa é que é meu amigo e eu não gosto que você fale mal dele.

- Certo, eu peço desculpas mais uma vez. Não está mais namorando?

- Não, Ron e eu terminamos há algum tempo. – Hermione suspirou. – Depois que eu perdi a memória, achei estranho namorar. Quer dizer, eu não lembro de ninguém. Absolutamente ninguém.

- Mas parece que eu e você nos damos tão bem quanto antigamente. – ele piscou um olho, fazendo Hermione dar um sorriso para disfarçar o riso. – Agora que está sem namorado, pense melhor em aceitar o meu convite para o passeio de Hogsmade.

- Oh, eu tenho certeza de que seria ótimo, mas eu não estou exatamente querendo um encontro agora. Quem sabe daqui a alguns meses?

- Meses? Uau, Hermione. Não sei se posso te esperar tanto assim.

- Não precisa esperar. Se for pra acontecer, vai acontecer... – ela sorriu, assim como ele enquanto se levantava e acenava para ela, indo de encontro aos amigos.

Hermione bufou. Será que teria que suportar McLaggen assediando-a enquanto estava sem um namorado? Como queria poder assumir Draco publicamente pra poder beijá-lo onde quisesse, a hora que quisesse...

Hermione observou os amigos comemorando a vitória. Harry e Gina estavam aos beijos em um canto da Sala Comunal, e Ron estava conversando com Simas e Dino animadamente sobre o que acontecera no jogo – mas estaria beijando Luna se ela tivesse livre acesso a Sala Comunal Grifinória, com toda certeza. Quanto a ela... estava ali, sozinha na poltrona mais afastada, observando os amigos se divertirem. Mas aquilo não duraria muito tempo... Ela também tinha todo o direito de se divertir, afinal, e de passar algum tempo com o seu namorado.

Sorriu, levantando-se e saindo despercebida pelo buraco da Mulher-Gorda. Só dariam por sua falta dali a algumas horas, assim que a comemoração terminasse. Hermione Granger rumou para as masmorras. Se algum idiota perguntasse, ela era monitora-chefe, oras! Podia andar por onde quisesse.

Por fim, abriu a porta do quarto de Draco e não se surpreendeu muito ao encontrá-lo sentado em sua cama, com a toalha enrolada na cintura – outra vez – enquanto passava creme hidratante nas mãos. No entanto, o loiro pareceu assustado ao ver alguém entrar em seu quarto e só depois que percebeu que era Hermione ele parou de tentar esconder o creme hidratante atrás das costas.

- Assustado, Draco? – brincou Hermione – Devia trancar a porta.

Ele fez uma careta – Achei que estivesse ocupada demais comemorando com seus amiguinhos para passar algum tempo comigo.

Hermione fez biquinho e se aproximou da cama com detalhes verdes do namorado. Foi recebida com um olhar surpreso ao pular no colchão ao lado dele e lhe dar um beijo sutil. – A festa sem você não tem graça. Vou torcer pela Sonserina a partir de hoje.

Aquilo bastou para fazê-lo abrir um sorriso; E Hermione Granger deveria se orgulhar por ser a primeira mulher a fazer Draco Malfoy sorrir espontaneamente que não era sua mãe.

- Então eu acho que você deveria cuidar melhor do apanhador do time. Afinal, ele merece tratamento especial para ter um incentivo e ganhar os jogos...

- E o que sugere que eu faça, sr. apanhador? – Hermione entrou na brincadeira.

- Podia começar passando este creme – ele indicou o frasco de hidratante – nas minhas costas. Tenho certeza de que uma massagem sua só pode fazer bem...

- Só se eu ganhar alguns beijos em troca. – concordou Hermione. A morena sentou-se sobre ele, enlaçando-o com suas pernas e começou a espalhar creme pelas costas nuas do namorado, o qual já estava de bruços na cama de casal enorme.

- Vou te recompensar depois, Granger. Isso, é claro, se eu ganhar o próximo jogo contra a Corvinal.

- Ah, você vai ganhar, nem que eu tenha que azarar um por um de seus adversários.

- Não será preciso. Basta eu me concentrar na pequena comemoração que nós faremos após o termino do jogo.

Hermione não pode ver, mas teve certeza de que um sorriso malicioso iluminava as feições de Draco e começou a massageá-lo com mais força. – Eu disse que quero apenas beijos, nada mais. Não fique aí pensando besteiras, Malfoy.

- Eu? Oras, imagine só. Estou pensando em fazermos um piquenique ao ar livre e passarmos a tarde toda abraçados e dizendo melosas juras de amor.- ele disse, sarcástico. - Em que mais eu poderia pensar?

- Tudo bem, isso não me parece empolgante. Pensarei em algo para fazermos quando você ganhar o jogo.

Sem aviso, Draco levantou-se e a fez pular para o lado tamanho susto que levara. Ele aproximou-se e ficou por cima de uma Hermione arfante. Ela prontamente entreabriu os lábios à medida que ele ficava mais próximo de seu rosto, entretanto Draco desde para seu pescoço e passou a deixar um rastro de beijos até a orelha da morena, também beijando o local.

- Draco... – ela sussurrou. Porém a frase não foi concluída, pois a língua quente do sonserino invadia sua boca e o corpo dele a pressionava de um jeito que Hermione Granger sentia-se especial. Suas mãos logo envolveram as costas do loiro e o trouxeram para mais perto. Foi ele quem encerrou o beijo.

- Que tal irmos até a cozinha e pegar algo para comermos aqui?

Hermione fez um beicinho que dizia ‘mas ta tão bom aqui...’ enquanto observava Draco levantar-se. – Tudo bem então... – ela resmungou. – Não pode ser perigoso? E se alguém nos vir?

- É aí que está a emoção. – Draco sorriu enquanto segurava a sua mão e a arrastava para fora do quarto.

Hermione sorriu; Com certeza estava mais feliz com Draco – que se importava com ela, ou melhor, percebia que ela existia – do que sentada na Sala Comunal olhando os outros comemorarem algo com que ela nem se importava. Ele sim merecia toda sua atenção, inclusive seus sonhos, e não Harry Potter.

Então a morena percebeu que não fazia mais diferença se ela acreditava ou não na estória de Draco, porque havia uma ligação muito forte entre eles. Ela já não seria uma pessoa completa se não o tivesse por perto, de mãos dadas como estavam agora.

- Pensando em quê? – ele chamou a atenção de Hermione.

- Em quanto você me faz falta. É torturante pensar que daqui a pouco terei que voltar para a Grifinória... – ela respondeu, com simplicidade.

- E exatamente quanto eu te faço falta? – ele fingiu desinteresse.

- Mais do que você imagina, pode ter certeza.

- Hermione... nossa conversa de hoje me fez perceber que você também me faz falta. Quando eu te vi beijando aquele idiota... Sim, ele é um idiota, não sei porque me olha assim... O fato é que eu nunca me senti daquele jeito antes, com tanto ciúmes. Estou me achando um igual idiota agora por me mostrar tão sentimental perto de você. Nunca fui assim, odeio sentimentalismo.

- Eu sei. Até hoje, você era tão frio comigo. Mas, às vezes, um pouco de sentimentalismo é bom.

- Não, este tipo de coisa não combina comigo. Só quero dizer que, nesses últimos dias, você ocupou um espaço enorme no meu dia-a-dia e eu quero que você sinta o mesmo que eu estou sentindo por você. Por isso eu farei de tudo para que você esteja comigo porque quer estar, e não por causa dessa história de trair o Potter...

- Mas eu quero estar com você, Malfoy. Você é mesmo um idiota... Ainda não se deu conta?

- É claro que já, todas as mulheres em geral sentem isso. Só queria ter certeza de que a mulher que realmente me interessa sente isso também.

Hermione mostrou-lhe a língua e Draco veio ao seu encontro tão rápido que ela só soube o que estava acontecendo quando ele envolveu sua cintura e aprofundou o beijo que lhe dava.

Depois, afastou-se e continuou andando com seu modo presunçoso de agir, como se nada tivesse acontecido. Ao contrário dela, que estava parada desconcertada no meio do corredor...

Continua. (eu espero)

N.A.:
Oie, gente.
Perdoem-me, primeiramente. Eu não tenho o menor talento para escrever quadribol. Sei que o jogo foi incrivelmente curto, mas minha imaginação não foi fértil o suficiente para prolongá-lo. E eu não queria, também, prolongar muito porque o importante no capítulo são as cenas ‘meladas’, para mostrar que a Mione ta começando a se ‘desdividir’ entre Harry e Draco. Mas nada nessa fic é definitivo, então H/Hr’s não precisam se preocupar. Mas também não se acalmem, porque nem eu mesma sei o destino da fic.

Um beijo super especial para todo mundo que comentou/deixou reviews no capítulo passado. xD Muito obrigada mesmo, de coração! Espero que continuem lendo e comentando, principalmente. Realmente agradeço à:

Andressa Black
Srta. Granger Malfoy
Raah Black
Tanne
Julia_granger_potter
Beatriz Granger Malfoy
Fran_N.Medeiros
Fran Potter Granger
Ana Lívia
Anny Chien
sy_
MiaGranger28
Ariane


Até a próxima!

E a pergunta prevalece: Harry ou Draco? (vale ‘os dois’ como resposta... estou mesmo pensando em deixar a Hermione abrir um harém com os dois. Hiauehiauheuia)

Comentem, é muito importante!

Thaís Potter Malfoy.

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