Esclarecendo a Situação



Me lembre de não esquecer que te amo

Autora:
Thaís Potter Malfoy

Shippers: Harry/Hermione; Draco/Hermione; Harry/Gina; Ron/Hermione.

Resumo: Hermione sofre um ataque e acorda na enfermaria da escola, sem memória. Agora ela está totalmente perdida e não sabe se deve acreditar em seus sentimentos ou no que as pessoas lhe dizem.

Capítulo Oito – Esclarecendo a Situação.

Na terça-feira à noite, Hermione foi novamente para o quarto de Draco nas masmorras. Refletira muito sobre a conversa que tivera com Harry no dia anterior, e sentia-se suja, impura. Falaria com Draco, diria que acha erradas as coisas que ele disse que ela fazia, e que jamais faria algo assim novamente, principalmente se fosse para magoar Harry.

Quando Hermione entrou no quarto de Draco, ele não estava lá, mas um barulho vinha do banheiro, indicando que ele tomava banho. Ela resolveu esperar por lá até que ele saísse do chuveiro, para que pudessem conversar. E isso não demorou a acontecer. Só que, ao sair do banheiro, Draco estava apenas com a toalha branca amarrada à cintura.
“Eu devia saber” ela pensou, sorrindo para si mesma, embora constrangida.

- Hermione... – ele sorriu, sem se espantar por ela estar ali e rumando para o seu armário.

- Draco, eu preciso ter uma conversa séria com você. É realmente muito importante. – ela pediu.

- Se é sobre ontem, eu só tentei porque achei que havia chances de você me deixar ‘avançar o sinal’, se é que me entende...

- Não, não é sobre ontem. Aquilo não teve importância...

- Então quer dizer que eu posso fazê-lo sempre? – ele perguntou, escolhendo a camisa que usaria e, logo depois, a calça jeans.

Hermione sorriu com o jeito dele. – Você é inacreditável, Draco. Eu disse que tenho um assunto sério a tratar!

- Sou todo ouvidos. – ele respondeu. Hermione abriu a boca para falar, mas não disse o que ia dizer quando o viu levar as mãos à toalha e quase retirá-la.

- O QUE ESTÁ FAZENDO? – ela assustou-se.

- Vou me vestir, Hermione. – ele explicou, normalmente.

- E vai se vestir na minha frente? – ela perguntou, incrédula.

- Seria uma ótima oportunidade para você ver o que está perdendo. – ele piscou um olho para ela, examinando-a de cima a baixo.

Hermione não se conteve e começou a rir. Pegou uma almofada na cama dele e arremessou na direção de Draco, acertando-o no estômago. Quando ele levou as mãos à barriga para fingir que sentia dor, a toalha caiu, deixando Hermione paralisada com a visão do corpo nu de Draco. Ambos pararam de rir na mesma hora, e ela conseguiu, finalmente, virar-se de costas.

- Desculpe – murmurou.

- Sem problemas. – ele disse.

- Posso falar com você sobre o assunto que me trouxe aqui? – ela perguntou, ainda de costas para ele. Ouvi barulhos de gavetas abrindo e fechando, o que indicava que ele estava se vestindo.

- Achei que o motivo de sua vinda era ganhar alguns beijinhos. – ele disse, rindo.

- Eu realmente não sei se isso vai se repetir. Os beijos, eu digo. – ela disse; imediatamente, o barulho que Draco fazia parou.

- O que quer dizer com isso? – ele perguntou, irritado.

- Eu conversei com o Harry ontem à noite, Draco. Não acho nenhum pouco justo que eu o traía! O Harry é uma pessoa maravilhosa, não merecia que eu o passasse para trás. O futuro dele já é terrível demais para que eu o torne ainda pior. Não posso fazer isso. E se você não aceitar, creio que terei que me afastar de você.

Hermione virou-se para ele. Draco estava perplexo, olhando fixamente para ela, agora já vestindo uma calça jeans.

- Hermione, ouça. Não sou eu quem tem que aceitar alguma coisa, e sim o Lord das Trevas. Se você desistiu de ser nossa espiã, terá que se acertar com ele e somente ele. Se você ao menos se lembrasse do quanto o Lord é impiedoso, não desistiria, pela sua própria vida.

- Era aí que eu queria chegar. Voldemort é um ser inominável, tão cruel ele é. Como eu posso servir a alguém assim, que mais parece uma coisa, um monstro do que uma pessoa? Como eu poderia trair o meu melhor-amigo, uma das pessoas que eu mais sinto carinho em todo o mundo, para passar informações a Voldemort? Eu não tenho motivos para destruir ainda mais a vida de Harry. Não posso magoá-lo mais, Draco.

- Eu sabia que o Potter ia estragar tudo um dia! Eu sei que é dele que você realmente gosta, e agora isso... Quer simplesmente desistir! Como se isso fosse possível. Você não faz idéia do que o Lord das Trevas é capaz de fazer. Prefere se arriscar para não trair a confiança do seu queridinho? Aliás, deixe-me lembrá-la de que você já fez isso com ele diversas vezes, Hermione.

- EU NÃO PRECISO QUE VOCÊ ME LEMBRE! – Hermione gritou e uma lágrima escorreu por sua face. – Sinto-me culpada todos os dias por fazer isso com ele, okay? Acho que é algo que você nunca vai entender, Draco. Eu não sei como eu me tornei tão ruim a ponto de trair Harry, mas isso não vai mais acontecer.

- Hermione... Você esqueceu, por isso está assim. Por isso se sente culpada.

- Eu sei que esqueci, Draco, mas nada que o Harry tenha me feito algum dia pode ser um motivo para que eu faça algo tão horrível com ele!

Draco suspirou – Naquela época, quando ninguém sabia sobre A Profecia, o destino do Potter, você achou que o que ele fizera foi o suficiente para estragar a amizade de vocês. E, por isso, veio me procurar e me pediu para te ajudar numa pequena vingança. Eu, é claro, aceitei.

- Mas então... Se eu só queria uma pequena vingança, como acabei virando espiã de Voldemort?

- Você começou a me contar algumas coisas importantes sobre ele, e um dia eu fui torturado até ter que dizê-las ao Lord das Trevas. Ele, então, conversou contigo e pediu para você colher estas informações para ajudá-lo a destruir o Potter. O dom de persuadir as pessoas do Lord é imenso, Hermione. Você aceitou, embora relutasse. Ele encheu sua mente contra o Potter.

- E você não tentou abrir meus olhos?

- Por que eu faria isso? Quero mais é que o Potter se dane! E ter você do meu lado sempre era maravilhoso demais pra eu abrir mão.

- Draco... você pode me contar o que o Harry fez que me deixou tão aborrecida? – Hermione perguntou, cabisbaixa. Draco sentou-se na cama junto a ela.

- Bom... foi no nosso quarto ano. – ele começou. – Tem certeza de que quer saber?

- Quero... Não pode ser tão mal assim. Devo ter ficado irritada por ser imatura e infantil quando era mais nova... – ela afirmou, parecendo não acreditar muito no que estava dizendo.

- Okay... – ele concordou. – Você já deve saber que houve o Torneio Tribruxo aqui na escola nesta época. – ela confirmou. – Bom, houve também um baile, o Baile de Inverno. E, neste baile, parece que o Potter tinha convidado você, mas você não aceitou porque tinha aceitado o convite de outro garoto... O fato é que o Potter apareceu no Baile com a outra garota. Isso é até aceitável, mas ele beijou uma terceira garota lá, na frente da escola toda, sem se preocupar. E ele sabia que você gostava dele naquela época.

Hermione ficou estática. – Ele fez mesmo isso? Porque, se fez, era um completo idiota. Quer dizer, isso é futilidade... Ele quis se vingar de mim por eu não ter ido com ele?

- Bom, é basicamente isso. Mas ele ficou realmente estressado e enciumado quando você apareceu naquele baile com o Victor Krum. – Draco fez uma cara enjoada ao mencionar o nome dele.

- Krum? – ela perguntou, e logo depois sorriu. – Parece que não foi só o Harry que ficou com ciúme.

- Muito engraçadinha. Mas aquele cara é o maior babaca. As pessoas só gostam dele porque ele ganhou o título de melhor apanhador jovem do mundo. E eu não tinha ciúmes de você, eu te odiava, sabe.

- Oh, é mesmo. – ela murmurou - Eu não sei como vim te pedir ajuda! Você não é muito inteligente, Draco, eu podia me vingar sozinha!

Ele suspirou, entediado – Posso até não ser tão inteligente quanto você, Granger, mas meus planos de vingança são infalíveis.

- Granger, é? – brincou Hermione, fazendo cara de magoada em seguida. – Devo entender que você voltou a me odiar, Malfoy, e que posso esquecer toda essa história de espiã de Voldemort, namorada secreta...

Draco fez uma cara de safado e foi se aproximando perigosamente de Hermione. Quando percebeu, ele estava a beijando daquele jeito que só ele sabia. Puxou-a pela cintura para mais perto enquanto Hermione tentava dizer-lhe que não era a hora – sem sucesso, é claro. O loiro abafou o som da voz dela com sua língua e continuou o beijo; Hermione não podia fazer outra coisa senão se entregar completamente ao garoto que mais mexia com ela em todo o mundo.

Ela finalmente interrompeu o beijo, ofegante – Draco... O assunto é sério. Eu queria que você não voltasse a me interr---

Mas antes que ela pudesse completar a frase, Draco a beijou de novo, agora com mais intensidade, e mordia o lábio inferior de Hermione devagar algumas vezes. Ela puxou-o pelo pescoço para mais perto de si e acabou por bagunçar o cabelo molhado dele e fazendo caírem algumas gotinhas d’água na roupa dele.

- Ah, Hermione – começou Draco, com cara de cachorro sem dono – Podemos fazer um acordo. Você apenas finge que não surgiu nada de novo em relação ao Potter, que ninguém mais compartilha os planos da Ordem com vocês três... Podemos continuar nos vendo, não?

Hermione o olhou e, em seguida, sorriu. – Eu não ia agüentar ficar sem você mesmo.

Ele voltou a beijá-la. Depois, Hermione encostou-se ao corpo dele e fechou os olhos. Ficaram daquele jeito por um bom tempo, apenas na presença um do outro.

- É bom – ela disse, muito tempo depois.

- O quê? – perguntou Draco, confuso.

- O perfume do seu sabonete. É bom. – ela disse, aproximando o nariz do pescoço do namorado, e depois deixando um beijo ali.

Ele abraçou-a mais forte. – Na verdade, é o meu aroma natural, é irresistível. Faz parte do ‘combo Malfoy’.

- Mais essa agora, Draco? O que diabos vem a ser ‘combo Malfoy’? – ela perguntou, rindo dele.

- Oras! Por que você acha que eu tenho qualquer garota, embora não necessariamente, aos meus pés? – ele questionou, como se fosse óbvio. – Eu tenho todas as qualidades necessárias a um homem reunidas no ‘combo Malfoy’. Beleza, inteligência, elegância, e principalmente... o famoso charme Malfoy. – ele piscou um olho para ela, que agora estava o encarando com uma expressão divertida.

- O senhor que se atreva a usar o ‘combo Malfoy’ com alguma garota que não seja eu, ouviu bem? Não queira imaginar as conseqüências disso. – ela ameaçou.

- Alguém está com ciúmes? – ele perguntou, cheio de si e com um enorme e pretensioso sorriso. Hermione não respondeu, porque se dissesse a verdade o namorado ficaria ainda mais pretensioso. – Suponho que sim.

- Não é ciúmes, Draco. Eu apenas não quero que o meu homem-objeto fique circulando por aí. Quer dizer... Acho que eu e a Parkinson estamos de bom tamanho.

- A Parkinson? – ele brincou, ainda sorrindo. – Definitivamente, você está se corroendo de ciúmes de mim.

- Já vi que não dá pra discutir com um Malfoy... – Hermione se levantou.

- Aonde vai? – ele assustou-se.

- Acho que está tarde, não? – ela disse – Não quero que meus amigos pensem que eu estou fazendo coisas que não devia por aí. E muito menos que eles pensem que eu fui seduzida por um certo rapaz, dono do ‘combo Malfoy’ – ela deu um sorriso malicioso.

- Se dependesse de mim, eles pensariam isso, porque você realmente estaria fazendo coisas indevidas com o dono do ‘combo Malfoy’. – Draco deu-lhe uma piscadela.

- Pare com isso, Sr. Malfoy... – ela brigou – Eu pensei sobre o assunto e isso não vai acontecer tão cedo, ouviu bem? Agora eu vou indo. - Ela dirigiu-se a porta, mas não sem antes ser segurada pelo braço por Draco.

- Vai assim? – ele perguntou, como num déjà vú.

- Acho que desta vez meu fresquinho merece um beijinho. – ela disse, e depois se jogou sobre o loiro, beijando-o intensamente.

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Hermione chegou tarde na Torre da Grifinória, e tomou cuidado para entrar o mais silenciosamente possível no quarto das meninas, onde todas já dormiam. Trocou de roupa e deitou-se sorridente em sua cama de dossel, a imagem de Draco em sua mente. Definitivamente, o loiro estava tornando-se muito especial para ela, o que fazia com que ela tivesse certeza de que ele falava a verdade, era sincero com ela.

Lembrava-se do toque, a sensação eletrizante de ter os dedos tão frios queimando a pele de sua nuca enquanto se beijavam. Não conseguia dormir, estava mais envolvida do que nunca. Draco era tão... Perfeito. Seu príncipe encantado vestido de Malfoy mesquinho.

Algum tempo passou-se e Hermione percebeu que não conseguia dormir, estava sem sono. Tentara e sabia que teria aulas no dia seguinte, bem cedo, mas o sono não vinha. Então, resolveu adiantar a tarefa de Runas Antigas. A tarefa era só para dali a três semanas, e era complexa, mas não tinha nada melhor a fazer, afinal.

Abriu seu malão, ainda em silêncio, e tentou achar o livro de Runas Antigas, perdido em meio a roupas e pergaminhos. Tinha que arrumar aquela bagunça quando tivesse tempo... Finalmente achou o livro de Runas Antigas, mas quando o puxou do malão, ouviu um barulho de vidro rolando pelo chão.

Hermione acendeu sua varinha e procurou o que havia caído. Era um frasquinho minúsculo e redondo que continha um liquido semitransparente, talvez um pouco prateado. No rótulo, ela leu:

“Liquido para Devanear (Patenteado) - Um encantamento simples e você entrará em um Devaneio extremamente real, com super qualidades, fácil de usar, compatível com a lição média de escola e praticamente impossível de ser detectado (efeitos colaterais incluem expressão vaga e talvez baba). Permitido somente para maiores de dezesseis anos”. (*)

Tomada pela curiosidade, Hermione guardou o livro de Runas Antigas e se ateu ao fraco em sua mão. Voltou a deitar-se em sua cama, abriu o frasco e, sem medir conseqüências, tomou todo o conteúdo de uma só vez. Imediatamente, foi transportada para um outro lugar.

Descia uma escada, fruto de uma bifurcação. Um tapete vermelho encontrava-se sob seus pés e ela deslizava a mão docemente pelo corrimão de carvalho escuro. Sentia-se mais bela do que nunca, porém conseguia perceber que o seu corpo mudara. Ela estava mais velha, notava-se, e o volume de seu decote crescera consideravelmente, embora sua altura não houvesse mudado muito.

Hermione vestia um longo vestido vermelho-sangue de saia semi-rodada, uma sandália de salto e luvas compridas – atingiam os cotovelos – da mesma cor do vestido. Seus cabelos estavam soltos e sedosos, ainda cacheados, mas tinham o volume totalmente controlado.

Examinou o enorme salão para o qual ela se dirigia. O teto era alto e do andar de cima era possível observar todo o salão através de pequenas sacadas. Naquela noite, só havia uma mesa no canto do salão, fazendo com que todo o resto fosse destinado para a dança – havia uma pequena orquestra de quatro músicos na lateral, perto da saída. A toalha na mesa, e as cortinas para combinar, eram também vermelho-sangue. Tudo era extremamente convidativo e sedutor.

E só então ela notou; Na ponta da escada, como que a esperando, estava um rapaz alto e moreno, de olhos tão verdes quanto o possível, que a fez sentir um arrepio eletrizante na espinha. O smoking que o rapaz trajava o deixava ainda mais elegante e sedutor; Não bastasse isso, seu sorriso era lindo e transmitia calma e paz a Hermione. Aquele rapaz era Harry Potter, alguns anos mais velho.

Ao chegar à ponta da escada, o rapaz estendeu-lhe a mão e beijou as costas dela, mesmo que sobre a luva. Hermione sorriu intensamente para ele. Então, o rapaz deu-lhe o braço, ela aceitou.

- Como tem passado, Srta. Granger? – ele perguntou, ainda sorrindo e fazendo Hermione derreter por dentro. Todas aquelas sensações eram bem reais por fazerem parte de uma “fantasia”.

- Muito bem, Sr. Potter – ela respondeu. Não tinha bem certeza de que ele era Harry, mas seu subconsciente estava controlando tudo ali. – E o senhor?

- Já pedi para que a senhorita de chame apenas de Harry – ele piscou um olho. – Mas estou ótimo, obrigado.

- Que bom, Harry. – ela sorriu – Pode me chamar de Hermione, se quiser. Ou ainda de Mione. Meus amigos íntimos me chamam assim.

- O Sr. Weasley te chama assim? – perguntou Harry, sua expressão passou a ser dura. Hermione subentendeu que ele não gostava muito do “Sr. Weasley”.

- Não – ela respondeu, sem saber a verdade. – Minhas amigas, eu quis dizer. Meus pais também me chamam assim.

- Sim, eu notei. – ele voltou a sorrir.

- Devo entender que o senhor não gosta muito do Sr. Weasley? – ela perguntou, incerta.

- Ele tem um jeito estranho. – admitiu Harry – Falemos de algo mais construtivo... Soube que a srta. está pensando em dar um baile de debutantes?

- Oh, sim. – ela respondeu, enquanto o moreno puxava uma cadeira na mesa para que ela se sentasse e, logo depois, ele mesmo sentava-se à sua frente. – E o senhor já está convidado!

Harry sorriu, e Hermione mais uma vez paralisou-se. – Pode ter certeza de que eu não perderia a oportunidade de vê-la jamais.

Aquilo era um flerte? Bom, considerando que os dois estavam jantando juntos – e sozinhos, o que era muito significante – aquilo decididamente era um flerte. Harry a fitou por um longo tempo, sem dizer nada. A comida veio e a orquestra começou a tocar uma música romântica, deixando o clima mais quente.

- Está linda esta noite, Hermione. – ele finalmente disse. – Senti falta de você em minha viagem.

Hermione corou. – Obrigada, fico lisonjeada...

- A única coisa que me mantinha quente naquele frio da Islândia eram meus pensamentos. Queria voltar o mais rápido possível para reencontrá-la. Por isso inventei esse jantar... – ele esclareceu.

- Assim me deixa sem jeito. – ela sorriu. Ambos terminaram a sobremesa e, um segundo depois, Harry segurou sua mão sobre a mesa.

- Vamos dançar um pouco? – ele perguntou. Hermione deixou-se levar pelos olhos verdes tão sinceros e levantou-se, acompanhando Harry até o centro da ‘pista de dança’ que se formara ali.

A orquestra continuou tocando músicas românticas que foram dançadas pelo casal do inicio ao fim. Hermione acabara apoiando a cabeça no ombro forte do moreno, e este apoiava as duas mãos em sua cintura. O ritmo da música era lento, mas de seus corações era como uma música de rock agitada.

Poderia ficar ali para sempre, mas Harry chamou-a para o terraço, segurava sua mão. Pararam no parapeito e apoiaram-se nele, observando como os campos de trigo ficavam bonitos quando iluminados pela lua.

- Hermione... Eu pensei muito antes de propor-lhe este jantar. E... Eu tenho uma coisa de extrema importância para lhe falar. – ele começou, um tanto quanto nervoso.

- Pois diga, senhor Potter... Harry – ela sorriu ao ver o olhar de desaprovação dele ao dizer seu sobrenome.

Hermione tomou um susto ao vê-lo ajoelhar-se em frente a ela e retirar alguma coisa do bolso. Ela ficou paralisada, assistindo ao moreno abrir a caixinha preta em suas mãos e revelar um anel com uma pedra de diamantes enorme. Então, Harry respirou fundo e perguntou:

- Hermione Jane Granger... Aceitaria se casar comigo?

Hermione ficou com os olhos marejados e afirmou com a cabeça, sem palavras. Harry pegou sua mão direita e colocou ali o anel de noivado, beijando-o em seguida. O homem ergueu-se e inesperadamente beijou a moça à sua frente. O beijo era bom, intenso, e poderia durar para sempre...


Hermione acordou do ‘sonho’ e percebeu que estava com um sorriso bobo na face. Aquela poção realmente funcionava... e era demais! A única dúvida que a assombrava era o porquê de ter tido ‘alucinações’ com Harry e não com Draco.

É, parecia que o moreno dos olhos verdes ainda mexia muito com ela...

N/A.: Olá, pessoas! Ah, dessa vez eu não demorei tanto, não é?
Gostaram do capítulo? Eu já o tinha planejado há algum tempo, só faltava digitar mesmo. Espero que tenham gostado.
Beeeeijos, e até a próxima, Thaís Potter Malfoy.

(*) Eu não tenho certeza se o texto no livro 6 era esse, mas se não for é algo muito parecido.

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