A casa dos Potter



Harry estava descendo do noitibus em uma rua mal iluminada nos arredores de Londres. Ele havia deixado a rua dos Alfeneiros e partido em direção ao endereço que sua tia, horas antes de morrer, havia lhe entregado. Estava agora indo para a casa dos seus pais. A sua casa, onde nasceu e viveu durante o 1º e mais feliz ano de sua vida.

Ele parou em frente ao número 72 da rua Gold Miner e olhou para a fachada da casa que ali estava. Ela parecia já ter conhecido dias melhores, mas ainda conservava uma certa imponência. Era uma casa grande, com uma frente gramada, algumas árvores e uma fonte grande, cercada por anjos apoiados em um só pé.

Harry atravessou o gramado mal cuidado até chegar a porta. tentou a maçaneta, mas ela estava trancada. Sacou sua varinha, apontou para a fechadura e disse:

- Alorromorra!

A porta abriu em seguida, rangendo um pouco. Ele entrou e por segurança, fechou a porta e tornou a utilizar-se da varinha:

- Coloportus!

Ele queria aproveitar cada momento ali dentro. Era o seu lugar, a casa deixada por seus pais, e não queria que nada nem ninguém estragasse aquele momento.

Ao fechar a porta, ele olhou para dentro. Estava na sala da casa. Olhou para os móveis, ainda intactos, porém antigos, para uma grande lareira ao fundo, os sofás de veludo cor de vinho e imaginou seus pais em momentos a sós com ele ali. Com certeza teria sido feliz naquela casa.

Entre a sala e a cozinha havia uma escada que levava a parte superior da casa. Harry a subiu com pressa, ancioso por conhecer mais da vida de seus pais. Ao chegar no andar de cima, encontrou 3 portas fechadas. Entrou na primeira, que estava a sua direita e encontrou o quarto dele. O berço ainda posicionado próximo a janela, pequenos enfeites de elfos e fadas, objetos que lhe inspiravam uma ternura que ele mal chegou a conhecer.

Saiu do seu quarto com pressa de conhecer mais, e entrou na porta do lado esquerdo do corredor. Era o quarto de seus pais, onde uma grande cama de casal era circundada por um guarda-roupa em estilo rústico e 2 cômodas. Nesse momento, Harry quase chorou em imaginar a felicidade deles que havia sido ceifada por uma simples fofoca que Snape levara a Voldemort.

Ele saiu do quarto de seus pais com os olhos marejados e se dirigiu a última porta, no fim do corredor. Tentou abrir a porta, mas a mesma estava trancada a chave. Tentou sem sucesso utilizar o Alorromorra, mas nada da porta se abrir. Pensou durante alguns momentos e disse:

- Finito Encantum!

A porta instantâneamente se abriu e revelou uma espécie de escritório de seus pais, com várias anotações de feitiços e contra-feitiços, mas o que chamou realmente a tenção de Harry, foi uma caixa de madeira polida, em Marfim, ao canto. Na tampa dessa caixa havia as iniciais H.P. gravadas em baixo-relevo.

Ele se aproximou e tocou na caixa. Instântaneamente a tampa se abriu e ele viu de um lado um pergaminho e do outro um frasco com um conteúdo que Harry já vira antes... Memórias! Ele olhou em volta procurando por uma penseira, mas como não havia nenhuma, guardou o frasco com o precioso conteúdo em sua capa, abriu o pergaminho e o leu:

Querido filho,

Não sabemos que idade você terá quando estiver lendo estas linhas, e nem se será necessário que você as leia, mas em virtude dos últimos fatos, resolvemos escrevê-las.

Voldemort tem conquistado mais e mais seguidores, várias pessoas tem sido mortas pelos seus Comensais e o terror tem se espalhado em toda a comunidade bruxa.

Nós já o enfrentamos por 3 vezes, mas não o conseguimos vencer. Contamos com Dumbledore ao nosso lado, e temos certeza de que a vitória virá, porém, não sabemos a que custo.

Dumbledore nos revelou uma profecia que diz que Voldemort só será derrotado por um bruxo escolhido, quejulgamos que seja você. Torcemos para que você não tenha que carregar esse fardo, mas se for necessário, temos certeza que você o fará.

Caso nos aconteça algo, queremos que saiba que Sirius Black é seu padrinho e também nosso melhor amigo. Confiamos sua vida a ele, e confiamos a sua educação a Dumbledore.

Nós te amamos filho, e não importa o que aconteça, estaremos sempre com você, mesmo que em espírito e com todo o nosso coração.

Deixamos a você um frasco com nossas memórias mais preciosas. Que você possa vê-las e aprender o que for útil para você caso essa profecia se confirme.

Com amor,

Lilian e Thiago Potter!

A carta deixada por seus pais, juntamente com suas memórias mexeram com os sentimentos de Harry que começou a chorar copiosamente. Não de tristeza, mas de alegria por saber que mesmo após tantos anos, seus pais ainda o ajudavam na batalha que estava por vir.

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