As recordaçoes
Harry acordou bem cedo, era mais um dia, mas desta vez iria ser diferente. Arrumou a sua mala, tirou tudo o que lhe pertencia daquele quarto, levou tudo consigo. Ao sair do quarto onde passara os últimos verões, não se sentiu feliz, pelo contrário, cada vez que pensava que um dia iria sair daquele casa um sorriso desenhava-se nos seus lábios, mas agora não tinha a mesma sensação, tinha uma sensação de tristeza, iria sair dali, aquilo era a sua independência, a partir de agora não mais iria ter alguém que luta-se por ele, agora iria ser ele a enfrentar os perigos. Desceu as escadas, com a mala, e tudo o que lhe pertencia. Foi até a cozinha, onde encontrou sua tia.
- Bom dia! – Disse o rapaz. E apenas ouviu um leve resmungo vindo do lugar onde se encontrava sua tia.
- Hm... hoje vou-me embora…para sempre. – Surpreendentemente a tia, não se fez de indiferente, nem o insultou, virou-se olhou-o nos olhos.
- Hm…pois bem chegou a hora! – Segue-me, resmungou a tia. Dirigiram-se ao armário onde Harry havia dormido ate aos seus 10 anos.
- Entra – ordenou a mulher. Harry agora estava confuso, mas ao entrar dentro daquele armário, as más recordações invadiram o seu coração, e a raiva daquela família que nunca fora capaz do amar aumentou.
- Harry, não vou mentir, sabes também como eu que não suporto a tua presença nesta casa – disse a mulher num tom arrogante. – A única coisa que fez com que te atura-se durante todos estes anos foi a ameaça de Dumbledore. – Ao prenunciar o nome de Dumbledore um arrepio percorreu o corpo do rapaz.
- Ele…ele….esta morto. – Não era capaz sequer de dizer o nome do homem que tanto o ajudara.
- Eu sei...fui informada por uma mulher estranha que ao que parece era subdirectora daquela escola de loucos. Mas não é isso que te quero falar, esse tal Dumbledore deixou uma carta, entregou-me no dia em que te veio buscar no ano passado e junto com isso deixou uma caixa. Pediu que te entrega-se, portanto aqui esta. – Disse a tia tirando uma caixa de um canto do armário.
- Obrigada. Tia…eu queria pedir-lhe um favor…- ao ver que a tia não se prenunciara continuou. – Por acaso não tem alguma coisa que tenha pertencido a minha família, aos meus pais, alguma coisa eu que me faça recordar os meus pais…
- Aqui tens. – Respondeu a tia tirando uma outra caixa do canto do armário. – É tudo o que tenho, agora vá! Podes ir! Já não era sem tempo. E não voltes! Já atrapalhas-te muito as nossas vidas! Disse a tia ao sair do armário seguida de Harry.
- Com todo o prazer, não tem intenções de voltar nunca mais! Só queria avisar que todos corremos perigo, e para ter cuidado o mundo esta em guerra. Adeus.
****
Harry aparatou em Hogsmead, apesar de ainda não ter feito o teste de aparatacão. Percorreu a vila, em busca dos três vassouras. Na carta não dizia onde se devia encontrar com McGonall, mas Harry sabia que só podia ser ali.
Entrou calmamente, estava diferente apesar de seus olhos continuarem com a mesma cor, uma sombra de tristeza poderia ser observada nos seus olhos, quando olhados com muita atenção, mas não era apenas isso, o seu cabelo estava cada vez mais revolto, e estava uma ponta para cada lado o que lhe dava um ar muito menos certinho e muito menos Harry Potter o que sem duvida satisfazia o rapaz. Dirigiu-se a uma mesa ao canto do pub, onde Minerva McGonall se encontrava tomando uma cerveja amanteigada.
- Bom dia Potter!
- Bom dia professora!
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