Final, Holyhead Harpies vs Pud

A final do jogo era hoje, sábado, seria disputada entre Puddlemere United e Holyhead Harpies, Olívio e Scott estavam muito nervosos, quase não falavam, só ficavam parados com o olhar vidrado num ponto distante.
- Acho melhor nós começarmos a arrumar nosso malão. – falou Bia – Nós não sabemos que horas vai terminar o jogo.
- O Olívio já saiu? – perguntou Rony ao entrar na cozinha.
- Já, ele já foi pro campo. Por quê? – perguntou Mione.
- Ele esqueceu a vassoura. – falou Rony que estava do lado do Harry.
- Droga! Vou ter que lá entregar! – resmungou Ju enquanto preparava o seu café – Mas eu não saio daqui antes do meu café. – se sentou.
- Onde será que ele tá com a cabeça? – falava Rony enquanto se atracava com umas torradas e com um copo de suco de abóbora – Onde já se viu, esquecer a vassoura no dia do jogo...
- Pelo o que eu reparei, ele e o Scott estão muito nervosos, não falam quase nada a dias. – comentou Mione enquanto esquentava o leite.
- A Ju e a Bia não pararem de falar como as batedoras do Holyhead são fantásticas não ajudou muito. – implicou Natty.
- Mas nós estávamos apenas nos defendendo. – explicou Bia ofendida.
- Com licença. – falou uma voz na porta da barraca.
- O que que tu quer, pirralho? – perguntou Cris que colocava açúcar no café.
- Não me chama de pirralho. – falou o garoto irritado, ele parecia muito com a Cris, era quase a Cris de calças.
- Fala logo, pirralho. – falou Cris sem paciência se virando pra ele.
- Bia, pede pra ela parar de me chamar de pirralho. – pediu o menino com a cara emburrada.
- Pára de chamar o seu irmão de pirralho. – ordenou Bia com descaso enquanto passava manteiga no pão.
- Tudo bem. – falou Cris colocando leite na xícara. – Fala, peste.
O garoto ia reclamar de novo, mas resolveu falar logo o que tinha pra falar. – O papai pediu pra avisar que o jogo vai ser depois do almoço.
- Nós já sabíamos, peste, tem um calendário avisando. – disse Cris.
- Alguém pode ir pegar água? – perguntou Bem balançando a chaleira – A água que eu peguei ontem tá acabando.
- Deixa que a gente vai. – falou Cris. – Pirralho, vai ficar aqui?
- Não, já tô indo. Até mais. – falou o menino antes de ir embora correndo.
- Cris, você realmente quer ir pegar a água? – perguntou Natty com uma cara de preguiça.
- Bora, Natty. – disse Cris praticamente ignorando o pedido de Natty - Deixa de ser sedentária.
- Tudo bem, eu vou. – falou Natty meio contrariada.
- O que vocês vão fazer? – perguntou Bia à Harry e Rony.
- Vamos ajudar a desarrumar a barraca, e se der, a gente pretende jogar quadribol, né, Rony? – falou Harry.
- Claro, claro. – concordou o ruivinho.
- Então a gente se vê mais tarde, no almoço. – falou Cris antes delas saírem.
- Tchau. – falaram Ben, Rony e Harry.

- Cris, eu tô começado a ficar cansada. – reclamou Natty depois de meia hora andando.
- Natalie, você tá reclamando de cansaço desde que saiu da barraca. – falou Bia.
- Chegamos. – falou Julie apontando para uma parede cheia de bicas.

Cada uma estava enchendo sua chaleira, quando Ju começou a falar:
- Eu não tô me sentindo bem.
- O que houve? – perguntou Bia indo mais pra perto de Ju.
- Eu não sei, eu tô meio tonta, as coisas estão meio embasadas. – falou Ju.
- Será que você vai ter uma visão? – perguntou Natty, mas não deu para Julie responder, ela desmaiou.
- É, ela teve uma visão. – afirmou Mione – Acho melhor a gente levar ela pra fora da fila da água.
- Mas pra onde a gente vai leva ela? – perguntou Natty colocando a mão na cintura – Vamos sair puxando ela pelo acampamento até a nossa barraca?
- Eu não sei o que fazer, só sei que temos que tira-la daqui. – falou Bia. – Senão essas pessoas que estão na fila vão bater na gente.
- Com licença – pediu uma moça de cabelo castanho claro encostando no ombro de Bia. As três meninas estavam de costas para fila da água. – O que aconteceu aqui? – perguntou a moça assim que viu a menina desmaiada no chão.
- Bottine! – falou Cris quando ela, Bia e Natty se viraram pra mulher.
- Oi, meninas. – cumprimentou Satine – Que houve com a Lupin?
- Ela desmaiou. – falou Bia.
- Eu reparei – falou a mulher. – A minha barraca é aquela, - ela apontou para uma barraca bem próxima - acho melhor leva-la até lá. – sugeriu.
- Acho melhor mesmo. – concordou Mione.
A mulher fez um feitiço, ignorando completamente a proibição de faze-lo e Julie foi carregada em uma maca até a sua barraca.

- Que houve? – perguntou um homem alto que tentava arrumar um laço na cabeça de uma menina enquanto um garoto ficava correndo envolta dos dois. – Filhinha, depois o papai termina de arrumar o laço. – ele se levantou e foi falar com a esposa.
- Essa menina desmaiou na fila da água e essas daqui são as amigas dela. – falou Satine colocando Julie no sofá.
- E nós por acaso conhecemos essas garotas? – perguntou entre dentes.
- Nós somos feiticeiras. – respondeu Cris. – Quer dizer, nós quatro, a Mione é bruxa.
- Eu acho melhor eu acordar ela. – falou Natty levantando a manga do casaco de Ju.
- Que horas são? – perguntou Bia para a menina com um laço meio torto na cabeça.
- São onze e meia. – respondeu a bela criança consultando um relógio trouxa pendurado na parede da cozinha. – Pelo menos eu acho, não entendo muito dessas coisas trouxas.
- Obrigada. – Agradeceu Bia à menina. – Eu acho melhor você acordar ela logo, nós temos que estar duas horas no campo de quadribol pra assistir a final.
- Tá. – falou Natty colocando os dedos no pulso de Julie que rapidamente acordou dando meio que um pulo no sofá.
- Onde eu tô? – perguntou Ju se sentando no sofá – Quem são eles? – falou apontando para um homem alto e duas crianças.
- Oi, Lupin. – falou Satine – Essa é a minha barraca e esse é meu marido, Pierre, e meus filhos, Louise e Roah.
- Pode me chamar da Julie. – falou Ju com os olhos arregalados.
- O que você viu? – perguntou Mione.
- Eu vi Voldemort - Pierre deu um pulo ao ouvir esse nome, as crianças não ouviram, corriam um atrás do outro – e tinha umas pessoas estranhas, não dava pra ver a cara deles.
- Podem ser Comensais. – disse Natty – O Harry disse que os Comensais usavam máscaras quando ele os viu.
- Eles não usavam máscaras, eles usavam um sobretudo vermelho-sangue que tinha um capuz, isso é o que cobria o rosto deles. – a feiticeira passou a mão em sua testa – tinha, também, uma luz escura, muito escura, nem dava pra ver as coisas perto dela, as pessoas iam até ela e eu não os via mais.
- Pode ser um portal, não pode? – perguntou Mione – Eu li que os portais feitos com magia negra produzem uma luz muito escura.
- Alguém tem uma idéia de quem são esses homens de capa vermelha? – perguntou Bia.
O marido de Satine, Pierre, não estava mais lá ouvindo a conversa, ele teve que ir atrás dos filhos que saíram correndo barraca a fora.
- Eu não me lembro de conhecer nenhum clã que use especificamente capa vermelha. – falou Satine.
- Eu os vi com esse sobretudo, mas não quer dizer que seja uma cor especifica. – explicou a feiticeira.
- Eles tinham algo escrito ou desenhado no sobretudo? – perguntou Satine.
- Eu acho sim. Eu acho que tinha um grande círculo com uma estrela de seis pontas dentro no meio do peito.
- Estrela de Davi? – perguntou Natty.
- Exatamente.
- Não me lembro de nada, eu vou pesquisar, esse símbolo pode ajudar bastante, se eu descobrir alguma coisa eu aviso.
- Acho melhor a gente ir – falou Natty se levantando.
- Obrigada, Satine. – falou Cris quando elas estavam quase na porta.
- De nada. – falou ela – Natalie, já conseguiu ler alguma coisa?
- Não, continua tudo em símbolos – falou Natty desanimada – Até mais. – ela preferia não prolongar o assunto, odiava não conseguir ler o livro.
Elas foram pra barraca correndo, pois ainda teriam que se arrumar e almoçar.
- Oi, Ben! – falou Mione ofegante quando chegaram perto da barraca e viram Ben do lado de fora varrendo.
- Oi garotas! – falou ele acenando – Cadê a água? – perguntou ele assim que as meninas chegaram mais perto e ele as viu de mãos vazias.
- Eu sabia que estávamos esquecendo de alguma coisa. – disse Mione pensativa.
- A Ju teve uma visão e nós acabamos esquecendo da água. – explicou Bia.
- A Ju teve uma visão? Conte o que você viu, Ju. – pediu Ben.
As garotas contaram tudo, Ben ficou tentando lembrar se conhecia algum clã que usava especificamente casacos vermelho-sangue com uma estrela de Davi dentro de um círculo no meio do peito, mas ele, igual a Satine, não lembrava. Então enquanto ele escrevia uma carta para Zelda para contar o ocorrido, algumas meninas tomavam banho e outras se arrumavam.

- Vamos! – chamava Ben na sala. – Já tá quase na hora do jogo.
Passaram uns dez minutos e nada delas aparecerem na sala.
- Vamos logo! – gritava Ben que estava jogado no sofá – É só um jogo de quadribol, vocês não vão casar!
- Garotas. – comentou Rony balançando a cabeça negativamente.
- Pra que tanta arrumação? É só um jogo! Você estão lá pra ver, não pra serem vistas! – completou Harry.
- Não adianta dizer isso pra elas, elas simplesmente não levam isso a serio, ignoram. – brincou Ben.
- Estamos prontas! – falaram as cinco entrando na sala.
- Por que vocês demoraram tanto? – perguntou o elfo quando elas já estavam do lado de fora da casa.
- Somos cinco garotas para dois banheiros. – falou Natty.
- Ainda bem que eu e os meninos já tínhamos tomado banho, se não imagina a fila. – falou Harry.
- É tão engraçado você ser o nosso responsável, Ben. – comentou Natty de repente – Logo você...
Pra chegar nesse campo, eles tiveram que andar menos, pois esse campo era perto do acampamento do Puddlemere United. Vítor Krum ia encontrar com eles no campo.
- O que vocês fizeram enquanto estávamos fora? – perguntou a namorada quando se sentaram.
- Depois de ajudar Ben na desarrumação da barraca, fomos jogar. – respondeu Harry.
- E ganharam o jogo? – perguntou Bia.
- Claro! – falou Rony – Harry pegou o pomo bem rápido. - E vocês o que fizeram a tarde, se divertiram?
- Eu tive uma visão. – falou Ju enquanto pagava um vendedor de bala. – Querem? – pergunto ela oferecendo bala para Rony e Harry.
- Julie, você tem uma visão e fica oferecendo bala? – falou Harry impaciente.
- Por que? Vocês preferiam chocolate? – perguntou ela com uma cara inocente.
- Julia, não me faça de bobo! – censurou o primo.
- Vocês querem saber o que eu vi? – perguntou Ju se fazendo de desentendida.
- É claro, Julie Lupin! – disse Harry.
- O jogo de hoje é: Holyhead Harpies vs Puddlemere United. – falou a típica voz de aeroporto.
- Agora não. Depois a gente fala sobre isso, o jogo já vai começar. – falou Ju baixinho.
- FINAL DO CAMPEONATO DA PRÉ-LIGA. HOJE TEREMOS: O TIME GALÊS SÓ FEITO DE BRUXAS, COM AS MELHORES BATEDORAS DA TEMPORADA, COM VOCÊS O MAGNÍFICO HOLYHEAD HARPIES – nessa hora o time do Holyhead Harpies entrou no campo - vs O TIME MAIS VELHO DA LIGA, QUE TEM A SEU CRÉDITO VINTE E DOIS CAMPEONATOS DA LIGA E DUAS TAÇAS EUROPÉIAS, É CLARO QUE EU ESTOU FALANDO DO PUDDLEMERE UNITED – dessa vez quem entrou em campo foi o Puddlemere United.
- O Olívio tá tão lindo nessa roupa de quadribol! – comentou Ju com um grande sorriso bobo.
- Pelo amor de Deus, Ju! – falou Mione - Deve ser a sétima vez que você vê ele com essa roupa. – Vítor Krum que tinha acabado de chegar, não parava de rir com a cara que Julie fazia para Olívio que apertava a mão da capitã do Holyhead Harpies, Patrícia Kunkel.
- DAMOS INÍCIO A UM GRANDE JOGO! – falou o locutor assim que a juíza jogou a goles pra cima. – a posse é do Holyhead, Sigsworth voa na direção do gol, passa para Swindler que joga pra fora.
- Essa mulher só pode ser cega, o aro esquerdo completamente sem defesa, e ela joga pra fora! – falou Cris indignada.
- Calma, Cris – pediu Mione – Isso é bom para o Puddlemere United, lembra? Aquele aro esquerdo é do Olívio.
- Mas é péssimo para o quadribol! Como uma pessoa cega desse jeito pode jogar assim, profissionalmente?!
- A posse da goles é do Puddlemere, Wood devolve a goles para Konowitch que segue para o campo do Holyhead, Konowitch joga a goles para Sawchuck que sobe, e ele continua subindo, eu não consigo mais vê-lo – comentava o locutor – com ele também está subindo Feinberg, Sigsworth e Swidler, ele joga a goles pra baixo, Oseary PEGA A GOLES E MARCA! – grita o juiz animado – Posso garantir que vocês acabaram de ver um perfeito Poskoff Ploy.
- O passe foi perfeito, o meu pai deve tá muito alegre! – comemorou Cris quase se jogando da arquibancada de tanta animação. Ela e Ju não estavam mais sentadas, estavam em pé quase caindo da arquibancada.
O jogo foi seguindo muito bem, realmente era um grande jogo, boas defesas, boas rebatidas e bons ataques, digno de uma final. O próximo lance, foi um lance que realmente prova o quanto são boas as batedoras do Holyhead.
- E o balaço vem pra cima da Slater, e ela vai rebater brilhantemente, mas esperem, ela gira o bastão e rebate para trás, outro grande passe é feito aqui, hoje, esse se chama Bludger Backbeat. – falou o locutor muito empolgado. – Mas esse passe teve uma conseqüência, ela acertou Randy Baxter, apanhador do Puddlemere United. – Randy estava jogado no chão.
- Eu acho que ele não tá nada bem. – falou Ju se pendurando na arquibancada. – Por que eu não comprei um binóculo? – falou ela brigando consigo mesmo.
- Ele vai voltar pro jogo, só tá um pouco tonto. – garantiu Natty.
- Como você sabe? – perguntou Bia.
- Eu tenho os meus métodos. – falou Natty com um sorriso maroto.
- Randy Baxter volta para o jogo! – comunicou o locutor – Ele deve estar com muita vontade de ganhar esse jogo, não é qualquer um que volta logo depois de ter levado um balaço no estômago.
O jogo continuou sem nenhum dos apanhadores verem o pomo-de-ouro, já estava escuro e o Puddlemere United ganhava de muito do Holyhead Harpies. A Geri Bray, goleira do Holyhead, era muito frangueira.
- Já está escuro, mas parece que os apanhadores finalmente viram o pomo. – falou o locutor – Mas parece também que outro balaço vem pra cima de Baxter... e infelizmente acerta. – falou o locutor que parecia começar sentir pena de Randy, pois ele fez uma cara de dor – Susan Outlaw pega o pomo e ganha cento e cinqüenta pontos para Holyhead Harpies.
- Holyhead ganhou cento e cinqüenta pontos, mas eu acho que o Puddlemere ganhou. – comentou Harry alegre após fazer suas contas mentalmente.
- Eu acho que alguns de vocês já devem ter reparado que apesar do Holyhead ter pegado o pomo, Puddlemere ganhou. HOLYHEAD HARPIES 340 E PUDDLEMERE UNITED 400.
Muitas pessoa gritavam e pulavam, fazendo a maior algazarra. Olívio junto com o time chorava de felicidade (só não sabemos se o Randy estava chorando de alegria ou dor).
- ENTÃO, FICOU ASSIM, 1º LUGAR: PUDDLEMERE UNITED; 2º LUGAR HOLYHEAD HARPIES E 3º LUGAR: PRIDE OF PORTREE. – quando o locutor terminou de falar, os times que ficaram nos três primeiros lugares, subiram numa espécie de pódio.
Depois da premiação foram todos dormir, pois os jogadores mesmos estavam exaustos, já que jogaram durante onze horas e já estava tarde, eles tinham que embarcar amanhã na Estação King’ Cross até as onze da manhã.

Notas da autora: Bem, espero que vocês tenham gostado desse e do outro capítulo na competição da pré-liga, que eu tenho passado a exata emoção dos jogos! Eu sei que o Harry e o Rony ficaram apagados demais nesses capítulos, mas eu prometo tentar compensar nos próximo. Por favor, comentem. Bjus.

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