Pré-Liga




De manhã, as meninas (incluindo Mione) desceram exaustas, com grandes olheiras e mau humor.
- Bom dia garotas! – falou Lupin assim que viu as meninas entrarem na sala de jantar. – Dormiram bem?
- O pouco que dormimos, sim. – reclamou Ju que logo depois deu um beijo na bochecha do pai.
- Mas o dia seria bem melhor se nós tivéssemos dormido mais de cinco horas. – resmungou Cris.
Mione estava cansada também, porque tinha ficado até as três da manhã acordada esperando as meninas voltarem, mas após isso, se entregou ao sono e dormiu.
- Tomem. – falou Rony estendendo a mão que continha cinco envelopes – Uma coruja de Hogwarts deixou isso aqui hoje de manhã.
- Ela contém a lista de material e o resultado dos N.O.M.s. – falou Olívio que comia tranqüilamente.
- E você, Olívio? Recebeu alguma carta? – perguntou Natty em tom de deboche, sabia que Olívio odiava quando era confundido com um aluno.
- Recebi. – falou ele passando manteiga numa torrada calmamente.
- O que estava escrito? – perguntou Natty surpresa, ela não esperava ouvir essa resposta de Olívio, ainda mais com a calma que ele respondeu.
- O professor Dumbledor queria saber se eu estava interessado em continuar trabalhando em Hogwarts, já que o meu contrato terminou em agosto. – falou ele com descaso – A Hooch disse que não vai mais voltar, que a carreira dela como técnica do Canadá está indo muito bem.
- E o que você vai responder? – perguntou Ju ansiosa.
- Ainda não sei.
- Como assim você não sabe? – perguntou Ju indignada batendo com a sua carta agressivamente na mesa.
- É só brincadeira, é claro que eu vou continuar. – respondeu Olívio sorrindo.
- Que bom. – falou Ju toda boba.
- Dá pra vocês pararem de enrolar e abrirem logo essas cartas! – mandou Zelda.
- Nós não estamos com pressa. – garantiu Cris.
- Antes de vocês abrirem, no que vocês vão querem trabalhar? – perguntou Vicki animada.
- Eu vou quere ser jornalista ou fazer parte do Esquadrão de Feitiços Acidentais. – falou Ju.
- Você, revertendo feitiços acidentais? Isso é que vai ser um acidente! – falou Natty.
- O pior de tudo, é que eu sei. – falou Ju – Eu também queria ser Auror ou jornalista.
- De você a gente entende o motivo de tanta indecisão, você é a menina que tá em dúvida entre ser um cachorro ou uma abelha. – falou Sirius que continuava um pouco irritado com essa história.
- Tem certeza que você quer ser auror? – perguntou Lupin – É uma profissão muito arriscada e que deixa os pais com o coração na mão, sabe, filhinha única?
- Não! – falou ela muito indecisa – Eu não faço a menor idéia do que eu quero ser! – ela batia com a cabeça na mesa.
- Uma pergunta, só por curiosidade – disse Zelda debochada – O que você falou pra Minerva?
- Que eu queria treinar Trasgos. – falou ela com medo de levar um esporro de Zelda ou uma leve bronca de Lupin – Mas não se preocupe, eu já mandei uma coruja falando pra ela da minha indecisão e ela sugeriu que eu fizesse as matérias que os que pretendem ser os aurores fazem, pois é bastante abrangente. – falou ela antes que Zelda pudesse abrir a boca. – Viu? Tudo resolvido.
- Eu vou querer ser auror! – falou Harry determinado.
- Exatamente com Tiago e Lílian. – disse Sirius olhando para Harry, ele parecia estar lembrando de Tiago enquanto olhava para o afilhado, ele estava com os olhos meio cheios de água.
- Eu vou querer trabalhar no Departamento de Mistérios! – falou Bia.
- Eu quero ser curandeiro. – disse Mione.
- Eu quero inventar alguma coisa. – falou Natty com tom sonhador – Quem sabe um feitiço mais poderoso, ou uma poção que cure uma doença sem cura, ou uma nova vassoura ou qualquer coisa, eu só quero inventar algo útil para nossa sociedade. – falou Natty que parecia mais uma idealista.
- Mas você não falou isso pra Minerva, certo? – perguntou Sirius.
- Claro que não, bobinho! Acha que eu sou maluca? – falou Natty indignada.
- Não responde, não responde, não responde... – murmurava Ju para si mesma enquanto olhava para o teto – Conta até dez, mas não responde.
- Ainda bem, porque se você dissesse pra ela que quer ser inventora, eu acho que ela te jogava pela janela. – depois de falar isso ele deu uma pausa para beber um gole de seu café – Então, o que você disse pra ela? – perguntou Sirius.
- Eu disse que quero trabalhar no Departamento de Cooperação Internacional em Magia, coisa que não deixa de ser mentira, eu adoro conversar com bruxos de outras nacionalidades. São culturas diferentes, línguas diferentes, jeito de viver diferente...
- Nós já entendemos - falou Lupin – Mas pra ser inventora, você não precisa ser só inventora. Você pode trabalhar em outra coisa também.
- Eu sei. – falou ela sorrindo.
- Eu vou querer trabalhar no Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. – falou Rony.
- Só se for para trabalhar no Departamento mesmo, porque jogando quadribol você vai morrer de fome. – falou Olívio que estava bebendo o café.
- Olívio! – censurou Lupin – Não desanime o Rony.
- Vocês deviam me agradecer por ser sincero com o Rony, ao invés de ficar mentindo! – falou Olívio indignado – Talvez, graças o que eu acabei de falar agora, o Rony não vai ser um morto de fome
- O menino está sendo realista, - falou Sirius se metendo na conversa – Remo, você não viu aquele jogo lá em Hogwarts, acho que era Sonserina versus Grifinória? Grifinória versus Corvinal não foi o melhor jogo que eu já vi, mas o menino está melhorando. Eu nem quero falar em Grifinória versus Lufa-lufa (esse jogo eu não descrevi na fic passada, mas posso dizer que foi um jogo terrível, imagina a humilhação de quase perder para Lufa-lufa no quadribol!), só o Harry sendo um excelente apanhador, que ele é, pra grifinória ganhar da Lufa-lufa. – falou ele indignado.
- Sirius! – ralhou Lupin.
- Que?! Eu só tô falando a verdade! Isso não quer dizer que você não seja um bom garoto, longe disso, você é um ótimo garoto. – garantiu Sirius para Rony.
- A Cris ainda não falou o que quer ser! – lembrou Zelda – O que você quer ser, Cris?
- Jogadora de quadribol! – falou ela feliz – Ou talvez trabalhar no Puddlemere United ajudando o meu pai.
- Essa sim é uma que tem futuro! – falou Olívio.
- Concordo! – falou Sirius – Vocês viram os gols que ela fez? Para não falar nos excepcionais passes! – Cris ficou vermelha. Diferente de Rony, pois Rony ficou vermelho de raiva e Cris ficou vermelha de vergonha.
- Abram logo essas cartas. – falou Lupin.
- Tudo bem, pai. Mas foi você que pediu. – advertiu Ju.
Assim que as meninas abriram as cartas, as caras de cada uma expressava algo diferente: Mione e Bia olhavam felizes para o papel; Ju olhava com uma cara conformada; Cris e Natty olhavam felizes, não estavam rindo até de desgraça, mas estavam felizes.
- E aí? – perguntou Vicki.
- Eu me dei bem, minha nota geral dos N.O.M.s foi nove e meio. – falou Mione orgulhosa. – Só dei uma escorregada em Trato de Criaturas Mágicas, o pior é que eu sabia como lidar com um unicórnio, eu apenas fiquei nervosa.
- Tudo bem, Mione. – falou Zelda – Nove e meio é uma excelente nota.
- A minha foi nove! – falou Bia. – Eu sabia que ia tirar nove, tudo por culpa de Astronomia.
- A minha nota também foi nove, mas eu passei meio que raspando em Adivinhação, que humilhação! – falou Natty. – Eu tinha que ficar com zero no segundo trimestre! Eu tinha! – reclamou ela.
- A minha nota foi oito e meio, mas eu passei muito raspando em Poções, tudo por causa daquele zero! – falou Ju indignada. – O que me garantiu foi Defesa Contra as Artes das Trevas, Runas e Tranfiguração. Em Herbologia eu não fui muito bem, - comentava Ju – Eu fui bem nas provas práticas, mas nas escritas... – ela não parava de falar, talvez porque estivesse nervosa - mas o bom é que eu passei de ano! – concluiu ela dobrando a carta e guardando ela dentro do bolso - Tá feliz, papai? Passei de ano, e quase com louvor – brincou.
- Felicíssimo, querida, felicíssimo. – disse o maroto olhando carinhosamente para a menina.
- Continuando – falou Cris – Eu também fiquei com oito e meio nos N.O.M.s. Mas o meu grande problema foi História da Magia.
- E a de vocês garotos? – perguntou Sirius fazendo os garotos gelarem. – Pensaram que nós tínhamos esquecido de vocês?
- Tudo bem, eu começo – falou Harry um pouco contrariado – Mina nota nos N.O.M.s foi nove. – falou Harry – O meu problema foi em Poções e História da Magia. Apesar de descobrir que sem o Snape presente, eu até consigo fazer a maioria das poções.
- A minha nota nos N.O.M.s, - Rony respirou fundo – foi sete e meio. – Eu me dei mal em Poções, Transfiguração, História da Magia e Adivinhação. – ele estava um pouco desapontado – Mas como eu ia saber que o cara que me fez as perguntas de adivinhação não aceita qualquer desgraça? Que ele realmente entende de adivinhação?
- Nós temos que admitir que a Trelawney não é a melhor professora que existe. Sendo sincera, a maioria de nós só faz adivinhação para dormir na aula dela ou para zoar com a cara dela! – falou Cris tentando ajudar Rony, mas isso não ajudou.
- Eu prefiro dormir. – falou Natty dando sua opinião.
- Eu vou morrer! Minha mãe vai me matar. – falou Rony batendo com a cabeça na mesa.
- Você pode nos dar certeza disso? – perguntou Olívio sendo sarcástico, mas Rony estava tão desesperado, que nem reparou.
- Vai nada, - falou Bia – Jorge e Fred tiraram três nos N.O.M.s, e continuam vivinhos. – garantiu Bia. – Sua nota foi bem maior que a deles, juntas.
- E a média é seis, isso quer dizer que você esta um ponto e meio acima da média. – falou Ju.
- Tomara que a minha mãe pense assim também. – desejou Rony.
- Não se preocupa, sua mãe vai comigo e com a Yvonne comprar o material de vocês, eu converso com ela. – tranqüilizou Vicki.
- Obrigado, tomara que isso adiante. – agradeceu Rony ficando mais alegre.
- Que horas são? – perguntou Ben entrando na sala de jantar, ele ainda estava sonolento e coçava os olhos.
- Nove horas! – respondeu Bia.
- Que horas a gente tem que sair daqui, Olívio? – perguntou Harry.
- Onze e meia. – respondeu ele – No máximo.
- Então acho melhor a gente subir para arrumar as malas. – sugeriu Cris.
- Também acho! – concordaram as garotas. – Nos vemos aqui embaixo daqui a pouco. – falou Cris antes delas saírem da sala. Mione ficou lá embaixo com os garotos.
- Eu acho melhor a gente subir para arrumar o nosso malão também. – falou Harry.
- Também acho. - disse Rony.
- O meu já tá arrumado. – falou Olívio. – Mas quando vocês subirem eu vou junto, dá uma examinada na mala pra ver se eu não tô esquecendo nada.
- Olívio, vê se não esquece da vassoura. – brincou Rony ao ver o estado de nervos que o professor se encontrava.
- E você Ben, não vai arrumar o seu malão, não? – perguntou Zelda.
- Assim que eu terminar de comer. – falou ele antes de dar uma mordida num pedaço do bolo de cenoura que ele comia tranqüilamente. – A Emily pode ser maluca, mas cozinha muito bem, esse bolo tá muito bom.
- Ben, acelera, se você continuar a comer nesse ritmo, não termina antes do almoço. – brigou Mione pegando o prato de bolo que estava na frente de Ben.
- Tá bom, - falou Ben injuriado – eu vou fazer as malas, mas eu vou levar esse prato de bolo junto. – o elfo puxou o prato da mão de Mione e foi embora.
- Antes da gente subir, - falou Mione parando ao lado de Olívio e Rony na porta. – Vicki, você vai comprar o material, mas como a gente vai pegá-lo com você? – perguntou ele.
- Eu vou estar com o Lupin, Sirius e Zelda esperando vocês na estação King’s Cross. – respondeu Vicki.
- Como assim? Eu não vou ler os livros antes de ir para Hogwarts? – perguntou Mione desapontada.
- Você tem toda a viagem pra ler. – debochou Rony, o bruxo tinha um sorrisinho irônico nos lábios.
- Não, eu não tenho. – falou Mione se virando com uma cara carrancuda para o ruivo – Eu tenho reunião com os outros monitores assim que entrar no trem, por isso eu não terei tempo.
- Mione, não sei porque você se preocupa tanto, você vai ter mais de duzentos dias para ler esses livros em Hogwarts. – disse Rony.
- Nós temos que ler os livros antes, Rony, pelo menos uma parte dele. Os professores sempre fazem perguntas sobre o livro no primeiro dia de aula. Odeio ficar sem resposta, principalmente na frente do Snape. – disse a bruxa emburrada.
- Não me lembro de quando isso aconteceu. – provocou Rony – Você sempre tem resposta pra tudo, nunca vi coisa parecida!
- Acho que é hora da gente intervir. – falou Harry descendo alguns degraus da escada e parando ao lado de Rony e Mione - Vocês podem discutir lá em cima? Eu preciso arrumar a minha mala. – não houve resposta, eles pareciam não notar Harry.
- Vocês podem parar de discutir? – tentou Olívio, mas não obteve hesito.
- Novato – brincou Harry – Não adianta pedir, eles só param de discutir quando se cansam.
Como eles não pararam de discutir, Olívio e Harry encaminharam os amigos sutilmente escada a cima.

Onze e meia, todos esperavam Vicki descer para falar como eles iam chegar no estádio, ela tinha dito que tinha arrumado uma maneira melhor para eles chegaram ao Campeonato do que andando até o alto de alguma montanha, mas como, ela não tinha dito.
- Pronto, - falou Vicki entrando na sala – Vocês vão através de uma chave de portal.
- E como nós vamos achar essa chave do portal? Onde ela tá? – interrogou Olívio que estava afoito para chegar logo no acampamento, parecia que não jogava quadribol a um século.
- Essa é a minha surpresa, - ela deu um largo sorriso - a chave está no jardim, vocês não vão precisar andar quilômetros para acha-la.
Todos saíram correndo para o jardim, menos Bia e Natty.
- Por que vocês não saíram correndo também? – perguntou Vicki olhando para as duas como se elas fossem E.T.s.
- A curiosidade foi maior, - falou Natty – Você tem certeza que a chave vai estar no jardim?
- Verdade, porque se a chave não estiver no jardim, se prepara que o Olívio vai voltar enfurecido. – advertiu Bia.
- Vocês me deixam falar, mocinhas? – falou Vicki fazenda as duas se calarem e olharem para ela indignadas – Obrigada, - agradeceu – Eu tenho um amigo que trabalha no Departamento de Jogos e Esportes Mágicos...
- Sei, amigo! – falou Bia fazendo Vicki dar um sorriso meigo sem graça e ficar um pouco corada.
- Beatrice Dumbledore! – falou ela tentando dar uma bronca em Bia.
- Que é? – perguntou Bia em tom mal-criado.
- Mais respeito com a sua mãe! – falou Vicki. Bia deu nos ombros.
A feiticeira era um tanto ciumenta quanto o assunto era a mãe e algum pretendente a namorado, sempre ficava com uma tromba imensa nos começo.
- Continua, Vicki – pediu Natty. Elas estavam quase alcançando o grupo. – Você não terminou.
- Ah tá! – falou Vicki – Eu falei com esse meu amigo, e ele disse que ia tentar conseguir que mandassem a chave de portal aqui na casa, para não ser necessário disponibilizar uma escolta da Ordem da Fênix para acompanha-los.
- Mas por que ele atendeu ao seu pedido? Pelo o que eu sei vocês não estão tão explícitos assim, não podia dizer que era um favor pra ordem. Ele fez isso só por que você pediu? – perguntou Bia.
- O Harry tinha uma certa moral, até o ano retrasado quando disse que Voldemort tinha voltado. – comentou Natty – Mas acho que por agora ele não é um motivo tão grande.
- Primeiro: engana-se, Natty, com esse amigo, o famoso Harry Potter continua com moral, Nicholas acredita no Harry e principalmente, no Alvo; Segundo: Vocês são os únicos bruxos da zona oste que vão; Terceiro: foi com essa desculpa que ele conseguiu, prestem atenção, o responsável pela distribuição das chaves é fã doente do Puddlemere United, Nicholas disse que o goleiro do time tava aqui, e que ele podia ficar muito cansado e jogar mal se tivesse que ir até a chave, para não correr esse risco, por que a chave não podia ir até ele? – falou Vicki com um sorriso maroto.
- Eu sempre gostei desse menino! – falou Natty – Ainda mais agora que graças a ele eu não vou ter que andar.
- Bora? – perguntou Cris ao vê-las.
- Já acharam a chave? – perguntou Bia.
- Já! – falou Harry – é essa garrafa. – falou ele apontando para o objeto no chão – Pelo menos a gente acha.
- Acho melhor a gente tentar. – falou Olívio indo na direção de Ju – Eu ainda tenho que encontrar o time, ver o meu horário, falar com o técnico, montar o acampamento...
- Tudo bem, Olívio, já entendemos que você tem muito o que fazer. – interrompeu Natty.
- Então vamos! – concluiu Rony.
- Tchau mãe! – falou Bia dando um abraço e um beijo na mãe.
- Cuidado e juízo! – falou Vicki. Ao ver a cara de ‘eu não tô acreditando’ que Bia fazia, ela falou – Que é? Mãe bruxa também tem essas frescuras.
- Nossa! Pensei que não íamos conseguir chegar antes de vocês saírem. – disse Sirius que chegou correndo ao encontro dos meninos. Lupin o seguia de perto.
- Achei que vocês não vinham. – comentou Ju abraçando o pai.
- Vocês pensaram que nós íamos deixar vocês irem assim?
- Verdade, que tipo de pais desnaturados nós somos? – brincou o bruxo mais forte – Venham cá meus queridos – falou se direcionando a Natty e Harry – Cuidado, crianças, vários bruxos estarão lá, nós sabemos que nem todos são bons, certo? – ele parecia bastante apreensivo enquanto dava tapinhas no ombro dos dois.
- Tudo bem, Sirius, nós seremos extremamente cuidados. – garantiu o menino.
- Agora que vocês já se despediram de todos, vamos. – falou Olívio impaciente – Já são meio dia, nós tínhamos que sair daqui onze e meia.
- Olívio, calma, o acampamento não vai fugir. – garantiu Ju sarcástica.

Todos colocaram a mão na garrafa, que pra sorte deles realmente era a chave do portal, logo estavam num lugar cheio de bruxos que andavam de um lado para o outro apressadamente, crianças balançavam bandeiras de seus times, pessoas conversavam em idiomas diferentes, bruxos usavam as roupas trouxas que eles julgavam as mais adequadas, entre várias outras coisas que se espera num acampamento de quadribol.
- A chave, por favor. - Pediu um senhor assim que eles chegaram. Olívio entregou a garrafa para o homem, esse apenas jogou a garrafa num baú de coisas aparentemente inúteis.
- Os ingressos. – pediu uma mulher com a voz extremamente irritante.
Todos foram passando e entregando o ingresso para ela, mas quando chegou a vez de Olívio, que era o último, o bruxo já ia passando direto quando a mulher bloqueou a passagem dele.
- Que houve? – perguntou ele voltando ao mundo real, pois ele olhava para os lados como se estivesse no lugar mais fascinante do mundo, ficava meio esquisito quando o ar do quadribol invadia os seus pulmões.
- Sem ingresso não entra. – a voz irritante da mulher era pior que unha arranhando quadro negro.
- Mas eu sou jogador. – falou Olívio indignado.
- E eu sou Merlim. – falou ela que começava a se irritar. – Ingresso! – pediu a mulher novamente.
- Wood! – chamou um senhor baixinho - O que você está fazendo aqui fora? Devia estar arrumando acampamento como os demais, ou pelo menos aqui dentro pra poder assumir as suas responsabilidades como jogador. – brigou o homem. – Nunca vi tanto descaso!
- Bem que eu queria, Clifford. – disse Olívio para o técnico. – Mas essa senhora – falou o jogador se controlando para não voar na mulher. – Não acredita que eu sou jogador e não me deixa entrar.
- A senhora pode deixar ele entrar. – garantiu Clifford.
- E eu posso saber por quê? – perguntou a mulher.
- Porque ele é Olívio Wood, capitão e goleiro do time do Puddlemere United. – falou Clifford sem paciência também.
- Nunca ouvi falar. – disse a bruxa com descaso.
- Não me importa se a senhora já ouviu falar o não, o importante é que ele é um jogador e precisa entrar a senhora o conhecendo ou não. – Clifford é um tipo de pessoa que não tem muita paciência.
- Eu não vou abrir até ele me dar um ingresso ou o Senhor provar que ele é um jogador.
- Eu sou técnico do Puddlemere United, o que a senhora tá fazendo aqui se não sabe nem o básico sobre quadribol? – o bruxo tinha uma veia no pescoço quase saltando.
- Essa mulher não sabe no que tá se metendo, a veia tá quase pulando do pescoço dele, ela tá quase viva. – falou Olívio sozinho.
Clifford mexeu dentro de sua roupa trouxa. – eu tenho como provar que eu sou técnico. Se eu provar a senhora deixa o menino passar?
- Se você provar. – falou ela olhando duvidosa para Clifford.
- Aqui! – falou ele tirando um crachá de dentro da blusa – agora ele pode passar?
- Chega mais perto para eu ver o seu crachá. – disse a mulher colocando o seu óculos quadrado - Pode entrar. – falou a bruxa desbloqueando a passagem e deixando Olívio passar.
- Já era hora. – resmungou Olívio enquanto passava pela a mulher.
- Wood, vai ver os seus horários e vê se descansa, nós temos jogo amanhã.

- Tudo bem? – perguntou Ju para Olívio enquanto eles andavam de mãos dadas.
- Não! Na escola os professores só me tratam como aluno, e eu sou professor; e agora esta mulher pensa que eu sou um torcedor, mas eu sou um jogador! Estão me ouvindo? – gritou - Jogador! – falou Olívio desabafando.
- Olívio, você tá começando a ficar maníaco com isso. Você não é jogador oficial a muito tempo, por isso é que a mulher não te reconheceu, e outra todos os professores de lá te deram aula, então eles não te vêem como aluno e sim como Olívio, o aluno obcecado por quadribol. – falou Natty que também estava de mãos dadas com Harry.
- Concordo! – falou Rony ao lado de Bia – Completamente obcecado por quadribol.

- Ben e Mione, meus caros amigos velas como eu. – começou Cris ficando entre Ben e Mione, entrelaçando os braços. – O que nós vamos fazer aqui? Ver esses três lindos casais se divertirem?
- Não vejo nada melhor. – falou Ben sarcástico.
- Nós vamos ver os jogos e também, eles não são tão grudentos assim, nós vamos nos divertir. – falou Mione dando um sorrisinho forçado.
- Eu sei que eles não são tão grudentos, - falou Cris – Mas eu tenho certeza que nós vamos ter ótimos momentos como velas.
- Nós podemos sobreviver a isso. – falou Ben dando um abraço nas duas que quase as matou.
- Ben...por favor...solta...a...a...gente... – pediu Mione ofegante, ela e Cris tinham ficado meio sem ar por causa do abraço de Ben.
- Desculpa. – falou ele soltando as meninas
- Ben! Garotas! – chamou Olívio – Acho melhor nós andarmos mais depressa, ainda temos algumas coisas pra fazer antes de descansarmos em nossas barracas.
Todos foram para o tal acampamento que Olívio tinha dito. Assim que eles chegaram, o professor e Ju foram direto falar com um senhor que parecia distribuir as barracas, os meninos estavam lendo as revistas sobre quadribol e as meninas ficaram paradas dentro do acampamento observando o movimento.
- Estranho – falou Mione – Aquele bando de gente em volta de alguém, quem será que tá lá?
- Não sei - falou Natty se esticando para tentar ver.
- Eu também não consigo ver. – falou Cris na ponta do pé.
- Anãs! – falou Ju chegando perto delas. – Para vocês pequenininhas, eu aconselho chegar mais perto.
- Você tá vendo alguma coisa, por acaso? – perguntou Natty com um tom arrogante.
- Não muita coisa, é algum jogador de quadribol, eu acho. – falou Ju sem muita certeza. – Pra ter tanta gente assim em volta, só pode ser. Também pode ser alguém famoso que veio assistir o campeonato.
- Será que é o Kirley? – perguntou Natty animada.
- Não parece. – respondeu Ju.
- Então vamos ver, só para poder ter mais certeza. – falou Natty puxando as meninas.
- Que o Harry não te escute. – brincou Mione enquanto era puxada pela feiticeira.
As cinco se enfiaram no meio das garotas que cercavam um menino alto de cabelos escuros que autografava uma camisa do Kenmare Kestrels.
- Vítor! – gritou Mione ao ver o menino.
- Hermio-ni-ni! – falou Krum devolvendo a camisa para uma garota e passando no meio das outras meninas e indo na direção de Mione.
- O que você tá fazendo aqui? – perguntou ela depois de dar um abraço em Vitor Krum.
- Eu acho que rola um clima aqui. – brincou Cris falando com as amigas.
- Eu fui contratado pelo Kenmare Kestrels, eles querem recuperar a reputação do time.
- É, eu ouvi falar que esse time irlandês não tá com a reputação muito boa, que o time não tá jogando nada bem depois da saída do apanhador e de dois artilheiros. – falou Mione que parecia uma superentendedora de quadribol. – Eles vão até começar jogando com o Chudley Cannons pra vê se ganham.
- Eu ouvi a Mione falando sobre quadribol? – perguntou Bia incrédula.
- E com tanta segurança? – perguntou Natty boquiaberta.
- O pior de tudo é que ela falou coisas certas. – falou Cris olhando embasbacada para Mione.
- Eu não acredito, nem eu que namoro um jogador de quadribol sei tanto. Me pergunta a nacionalidade do Puddlemere United pra vê se eu sei. – falou Ju olhando para Mione sem piscar.
- É inglês. – falou Cris sem deixar de olhar para Mione.
- Você é uma vergonha não saber nada de quadribol, agora a Mione, se quer gosta muito de quadribol! Ela até suporta, mas não é nenhuma grande entendedora, quer dizer, pelo menos eu achava que ela não era. – falou Natty olhando para a menina espantada.
- Ainda mais porque você vai no Puddlemere United pelo menos uma vez por ano desde que você tinha oito anos. – falou Cris disfarçando, Mione estava olhando para elas. Elas sorriram e deram um leve aceno.

- Então a gente se vê por aí. – falou Mione.
- Amanhã de tarde, vai ser o jogo contra o Chudley Cannons, se você for assistir, depois nós podemos sair para comer alguma coisa. – sugeriu Krum.
- Tudo bem. - falou Mione antes de se virar e ir ao encontro das amigas.
- Quem é o gato? – perguntou Ju se abanando com as mãos de brincadeira.
- Quem? – perguntou Mione – ah, o Vítor.
- Então o nome é Vítor. – concluiu Bia.
- O nome dele é Vítor Krum; ele foi um o campeão da Durmstrang, uma das escolas que participaram do Torneio Tribruxo; foi o apanhador da Bulgária na última Copa Mundial de Quadribol e meu par no baile de Inverno. – falou Mione passando uma ficha do menino com um sorriso no rosto.
- Então quer dizer que eu não sou a única que sai com jogador de quadribol? – brincou a feiticeira.
- Mione, você pode nos explicar como você sabia tanto sobre o Kenmare Kestrels? Eu nunca soube que você era fã de quadribol! – perguntou Cris.
- Eu tinha lido isso numa dessas revistinhas que estão aqui. – falou ela apontando para uma mesa cheia de revistas sobre quadribol.
- Vamos, garotas? – falou Harry colocando a mão na cintura de Natty ao chegar perto das meninas.
- Vamos! – responderam saindo do acampamento, Mione parecia bem mais feliz.

- Olívio, por que demorou tanto? – perguntou Ju que estava ao lado de Olívio.
- O homem lá tava todo enrolado... – falou Olívio.
- Olívio, querido, - perguntou Natty com uma voz fingida – nós vamos ter que andar muito?
- Só temos que passar pelo acampamento do Holyhead Harpies, o nosso é bem pertinho. – respondeu ele consultando o mapa que tinha na mão.
- Quantas barracas você recebeu? – perguntou Harry.
- Eles queriam me dar duas barracas. – respondeu ele apontando para o rolinho pendurados em sua mochila. – Mas eu acho que uma tá de bom tamanho.
- Depende, quantos cômodos? – perguntou Rony – Caso você não tenha reparado, Olívio, somos um grupo grande.
- Eu sei. – respondeu – Mas essa barraca é o suficiente, ela tem: dois quartos, uma cozinha, uma sala e dois banheiros. Não é o suficiente?
- Acredito que sim. – falou Ben - As garotas dormem em um quarto e a gente dorme no outro.
- Droga! – resmungou o jogador - Não sei porque dessa idiotice de não poder fazer feitiços, ter que agir como trouxas, nós não somos trouxas! Essa mochila tá muito pesada!
- Nós estamos em território trouxa, por isso, só por precaução, nós temos que agir como trouxas. – explicou Bia impaciente – Pelo menos o máximo que conseguirmos.
- Voltando ao antigo assunto, - falou Harry – alguém sabe armar essa barraca. – falou ele apontando para a barraca enrolada que Olívio jogou no chão assim que chegaram no lugar que iam monta-la.
- Sem magia eu não sei! – falou Olívio emburrado.
- É uma boa hora pra gente aprender. – falou Harry olhando para barraca como se ela fosse um monstro.
- Sem querer mudar de assunto, - falou Rony – Onde o Jorge e o Fred estão acampados?
- Eles não devem ter chegado, o time combinou de armar a barraca uma perto da outra, e eu só vejo a barraca do Randy e da Nancy. – falou Olívio apontando para uma barraca azul-marinho com uma grande bandeira do Puddlemere United pendurada. – Os gêmeos só não vão ficar com a gente porque a Angelina e a Alicia vem com eles.
- A Kaite vem junto? – perguntou Ju que estava embaixo doa lona da barraca.
- Não Ju, ela não vem. – falou Olívio tirando a lona de cima de Julie. – Por que vocês não gostam dela?
- Elas eu não sei, agora eu não gosto, por vários motivos. – falou Ju ficando vermelha, ela fica assim quando está nervosa..
- Por exemplo? – perguntou Harry que lia o manual para montar a barraca.
Os meninos tentavam montar a barraca e as meninas estavam sentadas no chão.
- Um: graças a ela que colocou o namorado no meu lugar no time, eu não participei do time de quadribol ano passado; dois: ela fica olhando pra mim com uma cara de nojo toda vez que eu passo e eu odeio isso; três: ela dava em cima do Olívio quando ele era aluno da escola; quatro: ela continua dando em cima do Olívio, a única diferença é que agora ela tem um namorado e o Olívio tem uma namorada; cinco:... – Julie ia continuar a falar só que foi interrompida.
- Tudo bem Ju, já entendemos. – garantiu Rony.
- Pararam ela cedo, dá última vez que ela enumerou, chegou até o número dezoito. – falou Natty se espreguiçando.
- Vocês estão demorando demais. – reclamou Bia.
- Eu acho melhor vocês irem pegar água e lenha que nós arrumamos a barraca. – aconselhou Cris.
- Não, que isso, nós estamos quase conseguindo. – falou Harry perdido embaixo da lona, enquanto Ben tentava pregar um pedaço de madeira numa parte da lona, Olívio tentava levantar a lona e Rony tentava ajudar Olívio.
- Poupe-me disso! – pediu Ju.
- Vocês, agora, - falou Bia apontando para fora do acampamento. – Vão pegar água e lenha. – ao falar isso com seu tom ‘meigo’, os garotos não se mexeram – E NÃO ME FAÇAM REPETIR ISSO DE NOVO. – falou ela com um tom mais alto que chamou a atenção das pessoas à volta, e olha que as outras barracas estavam bem longe, pois os terrenos pertos estavam reservados para o resto do time do Puddlemere United.
- Nós já vamos. – falou Ben e todos eles saíram dali o mais rápido possível, sem olhar para trás.
- Agora que nós já nos livramos deles, e acredito que era esse o nosso objetivo, - falou Mione se levantando – como nós vamos arrumar a barraca? Porque eu não sei nem por onde começar. Vocês por acaso sabem montar a barraca?
- Não fazemos idéia. – falou Natty se levantando.
- E eu devia me acalmar com isso? – perguntou Mione olhando meio assustada para as meninas.
- Acho melhor nós começarmos logo, antes que escureça e agente ainda esteja na rua. – sugeriu Bia.
- Tudo bem. – falou Cris.
Assim que Cris terminou de falar, apontou para a barraca toda desmontada, se concentrou e lentamente a barraca começou a se montar sozinha ao lado dela, apontando para o lado de fora do lugar onde ia ficar a barraca, estava Bia, fazendo oq parecia ser um feitiço.
- O que elas estão fazendo? – perguntou Mione preocupada.
- A Cris está montando a barraca. – falou Natty como se isso fosse óbvio.
- Mas ela tá usando magia pra isso, nós não podemos fazer magia aqui, foi proibido. – falou Mione em um tom severo que lembrava o de Bia ou o de Minerva McGonagall.
- Aí está o trabalho da Bia, ela fez um feitiço que congelou a nossa imagem de cinco minutos atrás, aquela em que estávamos todas sentadas no chão conversando. Então ninguém que passa por aqui vê que a Cris está fazendo um feitiço. – falou Ju.
- Mas vão detectar magia aqui. – falou Mione surtando com a possibilidade de ser punida.
- Mione, todo esse lugar transborda magia, eles não vão detectar magia nenhuma. – garantiu Ju.
- Pronto! Acabei! – falou Cris. Bia parou de fazer o feitiço – Vamos entrar e desfrutar da nossa incrível barraca. – falou Cris ao lado da porta com um sorriso ridículo que fez todas as meninas rirem.

Elas entraram e aproveitaram para desarrumar uma parte da mala, tomar banho, e comer algumas tortinhas de abóbora que Luney havia mandado. Os garotos só chegaram um bom tempo depois.
- Vocês demoraram! – falou Mione assim que eles chegaram carregados de lenha e baldes d’àgua.
- Temos sorte de termos chegado! – falou Olívio ofegante jogando a lenha no chão.
- Ei! Ei! – falou Natty se levantando. – Podem tirar essa lenha daqui da barraca, agora! Vocês não vão sujar a barraca que nós tivemos tanto trabalho pra montar. – as meninas, inclusive Natty, prenderam o riso.
- Calma aí! – falou Olívio – Eu tive que quase matar pra conseguir essa lenha, eu não vou deixar ela lá fora pra alguém roubar.
- Calma, Olívio – falou Ju batendo no ombro dele - Vamos lá fora e vamos acendendo uma fogueira, os demais vão pra lá mais tarde, não vão? – perguntou ela quase impondo, todos ficaram em silêncio, então ela fez a pergunta de novo – Não vão? – todos ficaram olhando para ela durante um tempo e então responderam.
- Ah, claro! – falaram todos lá dentro.
- Que bom! – falou Olívio. - Por que eu já estava pensando que tinha lutado pela lenha à toa. – depois ele e Ju foram para o lado de fora.
- Por que ele tava reclamando tanto que foi difícil pegar a lenha? – perguntou Bia que estava esparramada no sofá da sala.
- Ele teve que ameaçar reprovar umas três crianças e também teve que disputar com um senhor a lenha. – falou Harry.
- Foi a cena mais bizarra que já vi, - falou Ben pensativo – Olívio e um senhor disputando a última tora de madeira...cena histórica...vou lembrar dela pra sempre que estiver triste...e com certeza, irei sorrir...
Depois que os garotos comeram, eles foram lá pra fora e ficaram envolta da fogueira conversando até amanhecer, por isso acordaram depois da hora do almoço, quer dizer, Mione acordou e acordou as meninas.
- Que houve, Mione? – perguntou Natty que foi a primeira a acordar com a inquietação da amiga.
- Já se passam das duas... já se passam das duas a muito tempo, como eu pude dormir até tão tarde? – falou Mione que andava de um lado para o outro tentando ajeitar o cabelo.
- E daí? – perguntou Natty se levantando e não dando muita importância para o fato de já ter passado das duas da tarde.
- O jogo do Vítor era as quinze para as duas. – ela soltou a sua tentativa de rabo-de-cavalo e seu cabelo armou.
- O importante – Natty levantou calmamente de sua cama e tentou ajudar Mione a arrumar o cabelo, mas o cabelo da bruxa estava especialmente rebelde essa manhã - não é chegar no começo, e sim no fim. Não é depois do jogo que vocês vão sair pra comer alguma coisa?
- É, mas...Ai! – Mione ia voltar a falar mas Natty penteou seu cabelo com muita força.
- Foi mal. – se desculpou a feiticeira.
- Mione, não me obrigue a levantar, arrume logo esse cabelo e vá logo pra esse tal jogo. – falou Ju que logo depois colocou um travesseiro em cima da cabeça.
- Tô pronta. Vocês querem alguma coisa? – perguntou Mione quando decidiu finalmente fazer um rabo-de-cabelo e ir embora.
- Quero que você saia rápido pra luz lá de fora não penetrar aqui dentro, nesse quarto. – falou Julie muito, mas muito mal humorada.
- Bora, Mione, antes que ela nos chute daqui. – disse Natty saindo junto com a amiga – Eu preciso mesmo comer alguma coisa, meu estômago está roncando.

- Ju. – chamou Bia balançando a menina.
- Que é? – perguntou Ju de uma forma um tanto quanto arrogante.
- Quando é o primeiro jogo do Olívio?
- Hoje à noite. – falou ela virando para o outro lado e voltando a dormir.
- Vai ser contra quem? – perguntou Bia.
- Contra o Pride of Portree. – falou Cris que parecia ter acabado de acordar, a outra feiticeira dormia pesadamente.
- Como você sabe? – perguntou Bia se levantando da cama.
- Por favor Bia, eu praticamente vivo quadribol. – falou Cris.
- Quando é que seu irmão e pai chegam?
- Hoje, só que mais tarde, mais ou menos pra hora do jogo. Mas pra que esse interrogatório?
- Por nada – respondeu – Só pra saber.
- Eu não tô querendo ser grossa, mas, por favor, eu quero dormir. Vocês não podem conversar lá fora? – pediu Ju quase gritando, ela tinha acordado, de novo.
- Nós vamos sair, mas daqui a pouco, a gente volta pra te acordar. – falou Bia depois que ela e Cris colocaram o robe.
- Até daqui a pouco. – falou Cris antes delas saírem.
Julie conseguiu dormir bastante tempo, mas quase morreu de susto, pois Olívio entrou no quarto desesperado com medo de chegar atrasado para o jogo.
- Olívio, que horas são? – perguntou Ju esfregando os olhos.
- São quatro da tarde. – falou ele desesperado se sentando na cama de Julie.
- E que horas é o jogo? – perguntou Ju depois de um longo bocejo.
- Sete. – falou ele que continuava desesperado.
Julie parou, respirou fundo e falou: - Olívio eu não acredito que as quatro da tarde você tá preocupado em se atrasar para um jogo que é as sete.
- Eu sei, mas é que faz muito tempo que eu não treino, e se eu não conseguir defender nada?
- Você se lembra que existe gente pior que você, aí está o Rony que não me deixa mentir. – falou Ju.
- Ju! – censurou Olívio. – Você não tá me ajudando. Gente com o Rony não vence campeonatos oficiais.
- Foi mal, eu tenho certeza que você vai conseguir defender, por via das dúvidas, junta o time e faz um mini-treino. – sugeriu Ju. – Você já tem fama de ditador mesmo, um treino a mais, um treino a menos em véspera de jogo não vai fazer diferença. – essa parte ela falou como se pensando alto, Olívio não ouviu.
- Boa idéia. – e ele ia saindo do quarto ainda meio desnorteado.
- Vai sair sem me dar um beijo? – perguntou Ju fingindo estar indignada.
Olívio parecia que tinha sido puxado de volta a terra, então, ele sorriu e sentou na cama de Ju, que também estava sentada e deu um beijo na namorada.
- Desculpa. – pediu ele.
- Tá desculpado. – falou Ju antes de dar vários beijos em Olívio. – Sabia que eu tava morrendo de saudade de você? – perguntou a feiticeira quando eles pararam de se beijar.
- Tô vendo. – falou Olívio voltando a beijar a namorada.
Meio que sem querer eles começaram a se beijar mais e mais e com mais intensidade, quando se deram conta, já estavam deitados na cama de Julie.
- Epa! – falou Ju empurrando Olívio que estava em cima dela pro lado, ela parecia acordar de um transe profundo - Eu acho melhor você ir pro treino. – disse a feiticeira muito corada e sem fôlego.
- Concordo. – falou Olívio levantando na mesma hora. Ele se inclinou para frente para dar um beijo de despedida em Julie, mas essa chegou para trás.
- Eu acho melhor não. – disse Ju com uma voz meio falha – Nós nos vemos depois. – então ele só deu um tchauzinho pra ela da porta.
Uma hora depois Ju saiu do quarto, ela já tinha tomado banho e se arrumado. Quando ela chegou na sala, só tinha Natty, Bia, Ben e Cris na barraca.
- Cadê os meninos? – perguntou ela assim que sentou à mesa da cozinha.
- Saíram para ver o treino de quadribol do seu ditadorzinho. – falou Natty que recolhia os pratos da mesa e dava para Ben lavar.
- O que a gente vai fazer agora? – perguntou Bia que estava com a cabeça apoiada na mão e parecia estar entediada.
- Acho melhor vocês irem tomar banho e se arrumar, eu e a Ju acabamos de arrumar a barraca. – falou Ben e Natty e Bia foram para o quarto pegar a roupa que iam vestir.
- Vocês sabem o resultado do Chudley Cannons vs Kenmare Kestrels? – perguntou Ju que arrumava as almofadas do sofá da sala.
- O jogo ainda não terminou. – falou Cris. – Eu fui lá dá uma olhadinha e nenhum dos apanhadores tinha visto o pomo.
- Mas se não acabar logo, como é que vai ter o outro jogo? – perguntou Ben.
- São três campos. – falou Cris tomando um gole de chocolate quente que estava em cima da mesa.
- A coruja trouxe o [i]Profeta Diário[/i]? – perguntou Ju se sentando no sofá.
- Trouxe, tá em cima da mesa. – falou Cris apontando pro jornal.
- Ben, será que você não podia fazer um sanduíche pra mim? – pediu Ju depois que pegou o jornal e se sentou à mesa da cozinha – eu tô faminta.
- Também, dormiu a manhã inteira! – ralhou Cris – Nunca vi alguém pra dormir tanto!
- Você tá convivendo muito com a Bia.- comentou Ju ainda sonada.
- Tudo bem, mas só porque eu também vou fazer um pra mim. – falou o elfo.
Quando Ben terminou de comer, Cris terminou de tomar seu chocolate quente e Ju estava quase terminando de ler o [i]Profeta Diário[/i], Natty e Bia apareceram na cozinha arrumadas.
- Podemos ir. – informou Bia.
Eles andaram durante um bom tempo até encontrar Mione e Krum que avisaram que o jogo ia ser no segundo campo de quadribol, pois eles definitivamente não sabiam em que campo ia ser.
- Eu já encontro vocês. – falou Ju assim que eles entraram no ‘estádio’.
- Aonde você vai? – perguntou Natty.
- Desejar boa sorte pro Olívio antes do jogo. – falou Ju dando um sorriso meio abobalhado.
- Sei...desejar boa sorte. – falou Natty deixando Ju corada, mas ela logo saiu correndo para tentar encontrar Olívio antes do jogo começar.
- Aonde nós vamos nos sentar? – perguntou Bia enquanto subiam uma escada que ficava ao lado da arquibancada.
- Ali. – falou Cris apontando para Harry e Rony que acenavam que nem doidos.
Elas sentaram ao lado dos garotos e esperaram durante um bom tempo até todos os comerciais dos patrocinadores passarem para o jogo poder começar.
- O jogo que vai começar agora é Puddlemere United vs Pride of Portree. – informou uma voz que parece aquela voz de aeroporto.
- E OS JOGADORES ENTRAM EM CAMPO! – gritou o locutor do nada, muitos torcedores se assustaram.
Várias pessoas gritaram e balançaram as bandeiras e os bonecos dos mascotes de seus respectivos times.
- E O JOGO COMEÇA! – declarou o locutor assim que o juiz jogou a goles para cima.
O jogo foi meio rápido, pois assim que jogaram a goles, a posse foi do Puddlemere United, e isso se repetiu por três vezes, permitindo que o time ficasse quarenta pontos na frente. A goles nem chegou perto dos aros do Puddlemere United, Randy viu o pomo e o capturou com quinze minutos de jogo.
- Puddlemere United venceu Pride of Portree por cento e noventa à zero.
Fãns enlouquecidos começaram a gritar, inclusive Rony que é fã incondicional do Chudley Cannons, porém todos sabiam como Olívio ficava chato depois que perdia um jogo, então agradeceram aos céus pela vitória do Puddlemere United.
Depois do jogo, todos foram comemorar num bar, só que procuraram não sair de lá muito tarde. Eles encontraram Mione e Krum lá e convidaram os dois para se sentarem junto com eles, Rony não gostou muito da idéia, Krum tinha pego o pomo e o Chudley Cannons perdeu...de novo.
Os dias no acampamento passaram com eles se divertindo muito e com muitas vitórias do Puddlemere United, o Kenmare Kestrels e Chudley Cannons foram eliminados na primeira etapa.

Notas da Autora: O Vítor está de volta na fic, mas eu ñ tenho capacidade de fazer o bendito do sotaque, então, por favor, interpretem. Esse capítulo foi bem grande, espero que vocês tenham gostado, que ele ñ tenha sido cansativo de ler. Comentem, por favor. Bjus

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