Um Dia Esquecido
Parte Um: Heróis, o Nascimento.
Capítulo um: Um Dia Esquecido.
Harry acordou em seu quarto. Estendeu o braço para pegar os óculos na escrivaninha e tentou, em vão, se lembrar com que sonhou. “Não devia ser nada de importante” pensou Harry. Alem disso hoje era seu aniversário.Levantou-se e olhou seu quarto na sede da Ordem da Fênix, era escuro e úmido, como sempre foi. Botou o jeans que normalmente usava e foi lavar o rosto no banheiro. Olhou para o próprio corpo. Um corpo de um adolescente de 16 anos cabelos escuros e olhos verdes que ficavam atrás de uns óculos velhos como ele próprio. Olhou sua testa no espelho e mirou sua cicatriz que estava entre seus cabelos desarrumados. Como odiava o dia que ganhou aquela marca, como odiava aquela maldita mansão que lhe lembrava Sirius e como odiava aquele que tinha causado tudo isso. Sirius.. Harry, agora, tentava aceitar na morte de seu padrinho e o fato de que ele jamais voltaria para aquela maldita casa. “Para com isso Harry! Pensar em morte logo de manhã”. Saiu do banheiro e abriu a porta do quarto em silencio e foi em direção a cozinha. Foi quando ouviu algumas vozes lá em baixo e desceu as escadas o mais silenciosamente que pode. Queria ouvir o que fosse, se fosse uma reunião. Mas só encontrou o Sr.Weasley lendo o Profeta Diário e Quim tomando seu café enquanto conversavam. Suspirou e ouviu uma voz atrás de si:
-Bom dia Harry! Eu não sabia que você ia acordar cedo hoje, ainda não preparei o café, mas eu faço para você.-Disse a Sra.Weasley tão rápido que Harry só teve tempo de responder “Tá legal”.
Olhou o relógio: sete da manhã. Harry se sentou com os olhos entreabertos.
-Olá Harry, bom dia!-falou o Sr.Weasley.
-Dia.-respondeu Harry ainda com preguiça.
-Bom dia Harry.-disse Quim.-Bem Arthur, já vou indo.-Quim se levantou e saiu.
Harry colocou os cotovelos em cima da mesa e depois apoiou a cabeça neles e esfregou os olhos.
Agora era a hora que vinha aquele “Feliz aniversário Harry!”. Mas ele não veio. Olhou para a Sra e o Sr.Weasley. Nenhum deles demonstrava algum interesse nele. O Sr.Weasley apenas lia o seu jornal e a Sra.Weasley estava virada para o fagão.“Será que eles esqueceram?” Pensou ele ficando mais infeliz ainda. De repente ele ouviu um barulho atrás de si, e se virou para ver quem tinha entrado.
-Bom dia!-disse Tonks bocejando e sem olhar para as pessoas dentro da cozinha .-Tudo pronto para o café?-depois notou que Harry estava ali -Ah! Oi Harry!-ela se sentou e continuou.-acordando cedo né garoto?
-É-respondeu ele emburrado. Nem Tonks tinha lembrado do aniversário dele. Olhou para a Sra.Weasley e repetiu a pergunta de Tonks-O café da manhã está pronto?-
-Sim, está.-disse a Sra.Weasley colocando ovos com bacon e uma xícara de chocolate quente na frente de Harry e dando uma xícara de café na mão do Sr.Weasley.
Harry bebeu um cole de café e olhou as pessoa em volta da mesa. Todos tinham esquecido de seu aniversário. “Calma Harry, eles devem estar com muito trabalho” pensou ele tentando se convencer “É, é isso eles estão com muito trabalho”, mas ao ver Tonks brincando com um pedaço de torrada essa possibilidade fugiu da sua Como ele queria que Rony estivesse ali. Mas ele e alguns irmãos Weasley (incluindo Percy que tomou vergonha na cara e tentava amenizar seu problema com a familia, Gui que tinha tirado umas férias e os gêmeos Weasley, que foram sobre ameaça de a Sra.Weasley de chorar dizendo que eles tinha abandonado ela) estavam na Toca (Carlinhos não conseguiu suas férias e ainda estava trabalhando como mensageiro de Dumbledore no exterior) porque a senhora Weasley tinha pedido para eles fazerem alguma coisa que Harry não sabia o que era, e nenhum deles estava preocupado em revelar. “Harry não deve ser nada importante. Se não Rony teria lhe enviado uma carta” refletiu Harry “Mas e se ele estiver escondendo algo? No quinto ano ele também não lhe enviou nenhuma carta para dizer que você estava sendo seguido”. E por falar nisso não recebeu um presente nem de Rony ou de Hermione ou de qualquer outra pessoa. Mas tinha que admitir que só ter Rony ou a Hermione ali seria uma melhora para o humor dele. Harry não os via desde o final do ano passado e estava se sentindo muito solitário desde então. Depois do café ele foi para o banheiro para escovar os dentes. Olhou mais uma vez aquela cicatriz e pensou o que faria no resto da manhã e se chocou com a única coisa a fazer: morrer de tédio. Mas não iria ficar em seu quarto ele ia andar um pouco.
O resto da manhã ele ficou vagando pela grande mansão olhando as paredes que antes tinham vários membros da família Black, alem de tapeçarias e estantes com medalhas de “Serviços Prestados ao Ministério”, mas tudo foi retirado pelo seu padrinho Sirius. Nesse momento ele estancou. Um pensamento veio em sua cabeça. O quarto de Sirius. Nunca tinha visto o quarto dele, talvez tivesse alguma coisa que padrinho possa ter deixado para ele. Ele saiu correndo para os andares de cima até chegar no ultimo. Ele, finalmente, parou na frente de uma porta de mogno com múltiplos entalhes na madeira, maçaneta dourada e o Brasão da família Black na parte superior. Ele olhou um pouco a porta e depois estendeu a mão para a maçaneta. Ele, lentamente, a girou e infelizmente estava trancada. -Droga!-esbravejou ele, largando a maçaneta.
-Calma Harry.-disse uma voz familiar atrás dele.-Ela vai abrir quando tiver que ser aberta.
Ele se virou e viu a figura de Lupin sorrindo. Seu rosto estava com uma cara mais doentia que o normal e estava com o rosto muito pálido, como se tivesse acabado de levar um susto, e usava suas roupas que pareciam mais velhas, mais surradas e mais desgastadas que o comum.
-Desculpe Professor.-falou Harry abaixando a cabeça. “Nem ele lembrou do meu aniversário” ele fechou o punho.
-Hora Harry! Para com esse negócio de Professor. Eu não sou isto a uns três anos. Chame-me apenas de Remo.-Continuou ele sorrindo.
Harry perguntou-se se Lupin sabia como abrir a porta:
-Infelizmente não sei abrir essa porta.-disse ele como se soubesse ler mentes e depois com um sorriso continuou- Mas ela vai abrir quando tiver que abrir, como eu já disse, mas agora vamos, temos que ir almoçar. Se você não comer Moly vai arranjar prata.
Harry entendeu a piada, Lobisomens são altamente alérgicos a prata, mas não riu, não estava com vontade de rir. Eles desceram para a cozinha e encontraram Tonks e Quim almoçando rapidamente, como se fosse o fim do mundo.
Ele teve um almoço calmo e tediante sem nenyhum comentário. Depois do almoço Harry pensou em subir para o seu quarto para descansar um pouco, mas a Sra.Weasley o chamou:
-Querido vamos ao Beco Diagonal, eu preciso comprar comida e quero que você me ajude com as compras.-depois ela sorriu e deu uma pequena respirada-O estoque está quase acabando. E vamos aproveitar e comprar seu material.-terminou a Sra.Weasley.
Não se lembravam do aniversário dele e ainda lhe pediam favores.Harry teve vontade de mandar a Sra.Weasley ir sozinha e ela mesmo carregar tudo mas esse pensamento passou quando ele olhou para a cara dela, então resolveu ir, além disso, não tinha nada para fazer mesmo.
Chegaram em Gringotes usando Pó de Flu, e logo a Sra.Weasley e eles logo estavam percorrendo os longos corredores em direção ao cofre de Dumbledore.
-Alvo é muito rico, ele que financia tudo.-explicou a Sra.Weasley.
-Sra.Weasley não é perigoso andar no Beco Diagonal agora que a guerra começou?-perguntou Harry preocupado, esquecendo um pouco dos próprios problemas.
-Não querido. O Beco é protegido por feitiços que eu nem sei pronunciar os nomes.-respondeu ela rindo.
-Eu não sabia que existia uma loja de comida bruxa aqui no Beco.-disse Harry lembrando que nunca vira nenhum mercado ali.
-É que só se encontra quando precisa.-começou ela.- Questão de espaço, sabe?- finalizou em um sorriso.
Eles foram em direção a um pequeno muro entre duas grandes lojas. Então, para a surpresa de Harry surgiu uma porta verde e azul onde tinha uma placa dourada com as inscrições : Especiarias Bruxas: Comidas Para Tudo e Para Todos. Harry entrou e seu queixo caiu com aquele visão.A loja era incrível, era maior que qualquer loja bruxa que Harry já tinha visto. As paredes eram brancas e azuis de vários tons diferentes mas que mau eram vistas por causa de tanta comida amotoada ali. Havia todas as comidas que Harry podia e não podia imaginar ou já ouvira falar. Enquanto a Sra.Weasley começava a fazer as compras na loja Harry olhava as comidas mais estranhas. Tinha desde Biscoitos de Sangue até Doce de Lesma. Ele continuou pela loja e de repente parou e deu uma pequena risadinha. Estava na “Seção Trouxa” que tinha logo de inicio sobremesas com um destaque para o picolé de limão que tinha grandes dizeres em anuncio: “Picolé de Limão o Preferido dos Diretores” e logo ao lado uma foto do Diretor Dumbledore comendo um picolé.
Depois de um tempo continuou a andar pela loja vendo o resto das comidas, embora Harry achasse impossível ver todas as coisas que tinham ali no tempo que tinha. Ele se divertiu tanto vendo aquelas comidas que nem viu quando Sra.Weasley acabou de comprar e pagar por tudo.
-Vamos Harry? -falou a Sra.Weasley atrás dele.
-Hã?Claro.-respondeu ele um pouco desanimado.
Eles então foram comprar o material de Harry, livros, tintas e o estoque de poções de Harry, que já estava no final. Eles aproveitaram e passaram na loja dos Gêmeos Weasley, que o receberam de braços abertos e muitos barulhos diferentes o que não deixou a Sra.Weasley muito satisfeita. Depois de um tempo entre os fogos e as bobinhas Harry perguntou:
-Vocês não deviam estar em casa?-
-Mamãe nos liberou por hoje.-respondeu Jorge estourando vários fogos.
Um tempo depois eles estavam indo embora por causa da grande insistência da Sra.Weasley, mas ela não percebeu quando eles botaram na bolsa dele um pacote de Pântano Portátil, Harry pensou que eles haviam feito isso graças ao premio do Torneio Tribuxo que ele havia dado para eles no quarto ano, mas ele só saberia do motivo mais tarde a noite.
Quando já estava ficando escuro e quando eles acabaram de comprar tudo, eles voltaram para Gringotes, com sacolas flutuando na frente deles, para usar a lareira. Chegando na casa de Sirius, Harry viu que as luzes estavam apagadas e ficou preocupado com a possibilidade de um ataque. Ele então botou a mão na veste para sacar a varinha quando tudo se clareou.
-Surpresa!—gritaram Lupin, Rony, Quim, Tonks, Gui e Sr.Weasley.
Harry estava tão abobado que ficou de boca aberta por uns dois segundos. Quando se recuperou falou uma coisa que fez todos ali na sala rirem.
-Vocês lembraram?-
Rony se aproximou dele,ainda rindo, botou a mão no ombro de Harry e falou:
-Isso deve estar afetando sua mente.-disse ele apontando para a cicatriz de Harry.-Claro que a gente não ia esquecer seu aniversário.
Não acreditou que ainda aquela manhã ele estava xingando todos como se nunca tivessem sido seus amigos por causa de um aniversário idiota, tinha esquecido na possibilidade deles estarem preparando uma festa surpresa, os Durleys nunca que tinham feito uma festa de aniversário (na verdade ignoravam esse dia fosse um dia especial) para ele. Então ele pensou e se sentiu um pouco culpado por tudo aquilo. O pessoal começou a bater parabéns e Harry deu um sorriso. Nunca tinha tido uma festa de aniversário na vida dele e agora o pessoal estava reunido para a comemoração.
Logo em seguida todos foram dando os presentes a ele: de Rony ele ganhou um Quadribol Através dos Séculos: Edição Revisada, mostrando as novas vassouras e com as novas regras para faltas e bloqueios. Quim e Tonks deram para ele um livro chamado: Manual do Futuro Auror e também lhe entregaram uma versão de mão do Espelho do Inimigo que Olho-Tonto pedira que eles entregarem para Harry (“Nesses tempos é melhor ele se precaver”. Foi o que ele disse de acordo com Quim.). Carlinhos deu a ele um orbe de tamanho de um punho chamada de Orbe das Raças, de acordo com ele quando se falasse o nome de uma espécie, uma ilusão deste ia aparecer. Harry pensou e se lembrou de seu primeiro ano e de Hagrid falou “Dragão Norueguês”, e aconteceu como Gui disse, uma versão ilusória deste em versão adulta surgiu do orbe e saiu voando pela sala assustando Tonks que estava distraída cortando o bolo. Depois de agradecer os presentes, e pegar um pedaço de bolo de chocolate Harry se sentou na poltrona do lado de Rony. E começou a falar:
-Então.-começou ele-É assim que Norberto deve estar hoje.-e olhou para Rony.
-É.-respondeu ele rindo e lembrando do primeiro ano em Hogwarts em que cuidaram do dragão que Hagrid tinha ganhado em um jogo de cartas com um estranho em Hosmegead.
-Ei!-disse ele lembrando de uma pergunta que ele queria fazer desde o começo da festa-Onde esta Hermione e Gina?
Rony olhou para ele e respondeu com desinteresse:
-Bem, para encurtar a historia, mamãe nos mando limpar toda casa por isso estávamos fora.-“Então era só isso”, pensou Harry “Viu Harry você ai duvidando dos seus amigos seu mané”- E Gina achando muito trabalho chamou a Mione para ajudar. Ai quando recebemos uma coruja da mamãe avisando sobre a festa uma semana antes compramos seus presentes, mas ai Gina pegou uma cataporazinha de dragão a dois dias atrás e Mione ficou cuidando dela. Mas.-disse ele metendo a mão no bolso.-Esse é de Gina!
Harry estendeu a mão para pegar um pacotinho que Rony jogou para ele. Harry abriu o pacotinho e encontrou um cordão folheado a ouro com um pingente oval. Harry ao olhar de novo viu que no pingente tinha a figura da cicatriz de Harry com a figura do Leão da Grifinória com a sobreposta a ela. “Nossa” pensou ele.
-Ela demorou duas semanas para fazer isso.-disse Rony com um tom de desinteresse.
Harry pegou o cordão e colocou no pescoço. Rony ia falar alguma coisa quando Lupin chamou Harry para um canto. Harry se levantou e seguiu para onde Lupin estava.
-Harry você não se perguntou porque eu não te dei o seu presente?-perguntou Lupin com as mãos atrás das costas.
-Na verdade, não.-respondeu ele. E ele nem se importaria de receber nada depois do que pensou de Lupin de Manhã, na verdade achou que merecia um belo soco na cara.
Lupin sorriu, tirou mão das costas e lhe entregou um livro de capa cor de sangue e título escrito em dourado: Animagia: Manual do Promissor Animago. Harry sorriu.
-Esse é o livro que seu pai e os outros usaram para se tornar animagos.-disse Lupin- Boa sorte. E por favor, Harry não conte a ninguém, eu teria um pequeno problema com Moly, sabe?-disse Lupin piscando para ele.
Dessa vez ele riu. Ele sabia. A Sra.Weasley iria falar que ele era somente uma criança e que não se devia se meter com essas coisas. Harry começou a folhear o livro. Pelo que viu tinha muito texto e poucas figuras, mas essas mostravam vários bruxos que se transformavam em diversos animais. De morcegos á onças. “Incrível” pensou quando fechou o livro. Logo depois voltou-se a sentar ao lado de Rony.
-Harry, os Gêmeos te deram o presente de Hermione?-perguntou Rony.
-O Pântano Portátil?-perguntou em resposta.
Rony deu um sorrisinho.
-Não parece coisa da Mione.-Harry olhou para o amigo esperando uma resposta.
-Acho que a culpa é minha.-ele se ajeitou na poltrona e continuou-Eu disse para ela que ela só dava livro e coisas educacionais e então apostei com ela que não conseguia dar outro tipo de presente para você. E digo que, infelizmente, perdi um galeão que eu não tenho.
Harry riu.
-Ei que livro é esse?-perguntou Rony curioso.
-Vamos lá em cima para eu te mostrar.-ele então se levantou e foi em direção ao seu quarto.
Entraram no quarto e Harry mostrou o livro a Rony. Ele pareceu fascinado pelo livro o que deixou o amigo bem surpreso. Rony começou a folhear o livro e seus olhos brilharam.
-Nossa!-começou ele.
-É eu sei.-Harry suspirou-Espero conseguir.
-Finalmente achei um livro no qual vou ter gosto de ler.-riu ele.
-É. Agora vamos voltar lá para baixo.-disse enquanto guardava o livro dentro do malão-Eles devem estar procurando a gente.
Eles desceram as escadas o mais rápido possível e Quim foi logo falar com Harry.
-Finalmente.-ai ele empurrou Harry para o meio da sala.-Queremos um discurso.Harry-
Nesse ponto Fred e Jorge já tinham chegado e gritavam em uníssono “Discurso! Discurso!”. Tonks deu a ele e Rony uma taça com um pouco de champanhe.
-Hum! Hum!-tossiu a Sra.Weasley para chamar atenção.
-Que isso Moly e só um golinho e alem disso os garotos são quase adultos.-riu Tonks
Harry foi parar na frente do sofá com todos olhando para ele e ele olhou para todos ali pensou em alguma coisa para falar. Pensou em agradecer a todos e brindar mas ai ele lembrou de uma coisa, de uma pessoa. Depois respirou fundo e começou:
-Eu sei que muito de vocês já devem ter ouvido isso em outras festas, mas eu estou muito feliz com todos reunidos aqui para o meu aniversário.-ele parou um momento e depois continuou-Eu também sei que discursos de aniversário são para agradecer presentes e a atenção dos amigos, mas o que eu quero é homenagear alguém que eu queria que estivesse aqui, alguém que para mim era especial.-disse, agora mais sério.
O sorriso das pessoas ali desapareceu e foi substituída por uma cara mais séria. Todos sabiam de que ele falava.
-Sirius foi amigo da maioria aqui e sempre tentou ajudar, embora nem sempre da maneira de que quisesse. Ele lutou bravamente contra Voldemort e seus seguidores, e não poderia morrer de forma mais honrosa do que defendendo aquilo que acreditava: a Ordem. Embora às vezes fosse irresponsável ele era um grande homem, pelo menos sobre a minha visão. Ele sofreu por anos em Azkaban pagando um crime que não cometeu. Depois que saiu ele ainda sofreu mais graças ao seu afilhado que ainda achava que ele fosse o assassino de seus pais. Mais tarde foi “condenado” a viver dentro de uma casa que odiava, mas mesmo assim ele demonstrou coragem e lealdade aos seus aliados e amigos. Por isso e outros motivos que, hoje, eu brindo seu nome. Em nome de uma das melhores pessoas que já conheci. –
Ele levantou a taça para cima. Os seus olhos estavam começando a lacrimejar.
-Porque para mim ele era mais que um amigo ou um padrinho. Ele era muito mais que isso. Ele era meu pai.-nesse momento todos levantaram as próprias taças.
-Em memória de Sirius Black eu o homenageio com um brinde e um momento de silêncio. – e todos falaram ao mesmo tempo “A Sirius Black” e antes de tomar seu champanhe Harry sussurrou para si mesmo.-Que seja lembrado eternamente.- e bebeu de uma vez.
Todos ali também fizeram o mesmo e depois abaixaram as cabeças em silêncio. Depois de um minuto Harry voltou a falar.
-Muito obrigado.- todos aplaudiram e ele foi se sentar na poltrona que estava antes e os outros voltaram a conversar, Rony veio e se sentou ao seu lado, mas antes que esse dissesse alguma coisa, alguém colocou a mão em seu ombro. Harry virou a cabeça, era Lupin.
-Belo discurso Harry.-
-Obrigado...Remo.-Lupin sorriu e foi falar com Tonks.
Depois virou para Rony e este falou:
-Nem sei o que falar.-ele estava completamente sério agora.
-Me conte como foi o seu verão.-disse Harry, Rony riu.
-Bem, tivemos que desgnomizar a casa toda ela foi invadida pelos gnomos.-
-Só? E por que demoraram Tanto?-
-Calma deixa eu falar.-e continuou sua narrativa do que aconteceu.
Pelo que parecia depois que acabaram de desgnomizar a casa e o jardim a Sra.Weasley os obrigou dormir lá até o aniversário dele para se certificarem que os gnomos não voltariam.
-Mas porque você não me enviou nada?-
-Eu até que pedi para mamãe me deixa-se escrever para você, mas a coruja poderia ser interceptada.-explicou ele.
-Vocês deixaram Mione e Gina sozinhas?-perguntou Harry preocupado.
-Bem vamos ver.-ele fez uma cara fingida de pensativo e começou a contar nos dedos.-Mione que fez a comida já que a Gina, nem Gui, Percy ou os Gêmeos pareciam saber cozinhar bem. Gina e Hermione foram as que mais trabalharam, principalmente limpando os quartos e tornando possível ágüem dormir neles. E claro papai é o fiel do segredo.
Harry estava impressionado. E Depois de um tempo disse:
-Eu realmente pensei que vocês tinham esquecido do meu aniversário. Eu realmente fiquei triste.-
-Que isso cara nós sabemos o que você já passou nos Dursley. Nós não faríamos isso com você. Sabemos que você não é que nem a gente.-completou.
-Como assim?- pergunto Harry, agora curioso.
-Você nunca nos deu nenhum presente de aniversário. Não que a gente se import...-
-Espera.-Hary demorou alguns segundos para absorver aquela informação. Os aniversários dos amigos. Como ele nunca perguntou quando era? Porque ele nunca deu um presente? “Talvez” pensou Harry “Você seja tão egoísta que só se importa com o próprio aniversário”. “Você estava reclamando que os outros esqueceram o seu aniversário quando você era o único a esquecer o aniversário dos outros”. Harry sentiu um enjôo na barriga e percebeu que sentia nojo de si mesmo.
-Por Merlin! Como isso foi acontecer?-disse Harry abaixando a cabeça e esfregando os olhos com as palmas das mãos.
-Que isso cara! Nós realmente não nos importa...-Rony tentou continuar, mas foi interrompido mais uma vez.
-Mas eu me importo. Eu nem ligo para o dia em que vocês fazem aniversário e agora você diz que não importa?-Harry agora estava quase gritando.-Eu vou tentar compensar.- E depois perguntou.- Que dia você e a Mione fazem aniversários?
-Bem. Eu dia primeiro de Março e a Mione dia 19 de Setembro, mas Harry...-
Rony ainda tentou argumentar, mas Hary encerrou o assunto
. A festa acabou cedo e eles foram dormir. Harry subiu em seu quarto junto com Rony e retirou os óculos e botou no criado-mudo, deitou-se em mesmo trocar de roupa e colocou a coberta sobre seu corpo e seu amigo fez o mesmo. Ele teria que dar um presentão para eles e depois deu um sorrisinho e pensou que os dias na Casa de Sirius seriam melhores que antes e dormiu tranqüilamente sem pesadelos e sim com muitos sonhos sobre Hogwarts.
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