Convocada Para Hogwarts



Deviam ser umas 7 horas da noite. Não muito tarde. O céu ainda não estava tão escuro, porém o luar já estava a pairar. Numa rua de Manchester, Inglaterra, estava uma imponente casa, cercada por um jardim impecavelmente bem cuidado e com uma aparência de dar inveja a todas as outras casas do bairro. Rose Smith, uma bem sucedida empresária, habitava a casa com a companhia – não muito desejável – de sua sobrinha – também não muito conhecida – Serena Smith. Esta por sua vez estava em seu quarto, dormindo profundamente, uma menina que acabara de completar seus 12 anos, cabelos compridos cacheados e pele morena.
Um som vinha além da janela. Algo emitia um barulho até em tão desconhecido para Serena. Vinha ficando cada vez mais forte como se estivesse se aproximando de forma bem rápida. Serena despertou. Mostrou seus olhos castanhos, mas não somente eles. Algo mais chamava atenção em seu rosto. Bem a cima de seus olhos, em sua testa, estava uma marca. A marca que Serena carregava com si desde seu nascimento, sem nem ao menos saber o porquê. Uma cicatriz. A cicatriz. Em forma de lua crescente que carregava em sua testa do lado direito. Serena levantou-se da cama. Ainda um pouco sonolenta, mas visivelmente curiosa, dirigiu-se a janela que estava aberta e possuía o luar bem a sua frente. Serena apertou os olhos. Estava ela realmente vendo o que achava que via? Ou seria somente um sonho? Não despertara de verdade?
Uma coruja que piava alto, vinha vindo em sua direção, e Serena reconheceu seu som àquele que a fez acordar. Ela estava chegando cada vez mais perto, quando inesperadamente pousou sobre a janela. Serena assustada recuou vários passos. Mas era inacreditável. Ela nunca que havia visto uma coruja tão de perto antes. Resolveu aproximar-se do animal, que somente agora de perto, observou que carregava um pedaço de papel no bico e por isso os pios abafados e diferetes. Não tinha nada a perder. Nunca ouvira falar de alguém que fosse atacado por uma coruja antes, então por que desperdiçar a oportunidade de conhecer esse misterioso animal que estranhamente lhe fez uma visita no meio da noite? Aproximou se com cautela, porém o bicho bateu fortemente suas asas soltando um piado ainda mais agudo, largando o pedaço de papel no chão, erguendo voou para novamente sumir pelos céus. Serena correu para a janela e viu a viu se afastando. Tentando ainda entender o porquê dessa inesperada visita, andou para trás e acabou pisando no papel. Apanhou-o e viu: Era uma carta. Selada na frente por uma estranha insígnia, que era destinada a sua pessoa, vinda de um lugar chamado Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
- O quê? – a garota lia e relia o envelope, e estava em seu nome realmente, com seu endereço certo. Mas como isso seria possível? Quem desse tal lugar chamado “Hogwarts” a conhecia? Se ninguém se importava com sua existência, nem mesmo sua tia, com quem morava se importava.
Serena estava pronta para abrir o envelope quando sua tia entrou no quarto:
- Mas que barulheira é essa, aqui?! – Serena escondeu a carta atrás de si mesma.
-Nada, nada tia!
-Mentira! O que é isso que está escondendo de mim?
-Nada eu juro!
-Mostre-me! – A Sr Smith invertira para cima da sobrinha, que desviara dela e pôs-se a correr fugindo da mesma pela casa.
-Serena Smith, sua menina ingrata!!! Venha até aqui!
Serena tropeçou no sofá, ficando ali mesmo retida.
-Não sei o que você esconde, mas eu quero agora mesmo! Mostre as mãos!
Serena mostrou a mão direita.
-A outra!
E mostrou, largando a carta atrás do sofá. A sra. Smith avançou novamente com muita violência sobre a menina e a arrancou de onde estava empurrando-a pra longe. Abaixou-se no vão do sofá e apanhou a carta. Seu olhos esbugalharam-se. Um pane tomou conta de seu corpo e as palavras lhe faltaram.
-Tia... – pedia Serena, uma das mãos sobre o braço forçado por sua tia e com os olhos já vermelhos inchados - ... Essa carta é pra mim... Tá no meu nome!.. O que é Hogwarts? O que isso tudo significa?
-Hogwarts! – agora virava-se para a garota, ainda com o ar tremulo porém decidido. – A escola de magia mais respeitada do mundo!
-Magia?.. Tia eu não estou entendendo...
-Sim, M-A-G-I-A! Bruxaria Serena, feitiços!
-Eu... Não entendo...
-Você é burra ou o quê?! Mas claro que isso?? Você é uma bruxa Serena!
-Uma o quê?
-BRUXA! VOCE É UMA BRUXA! BRUXA BEM COMO SUA MÃE E O INÚTIL DO SEU PAI!
-Não... não pode ser...
-Eu não acredito... Depois de um ano! Eu pensei que você tivesse sido salva da maldição de nascer como seus pais e nascesse normal! Mas não!! Nem isso você pode ser capaz de me evitar!! Já não bastasse eu ter que criar você sempre parecida com minha irmã para agora você também ser anormal como ela?? EU ODEIO VOCES ABERRAÇÕES!!!
Parecia que a cabeça de Serena iria explodir. As palavras de sua tia ecoavam dentro dela fazendo sentido e ao mesmo tempo confundindo ainda mais seus pensamentos.
-SE VOCÊ SEMPRE ME ODIOU, ENTÃO POR QUE ME ADOTOU, QUANDO MEUS PAIS MORRERAM??
-EU NÃO FIZ PORQUE QUIS!!! – ela agora segurava com muita firmeza o rosto de Serena – FIZ APENAS PARA MOSTRAR A MINHA FALECIDA IRMÃZINHA QUE AGORA, VOCÊ, A COISA MAIS IMPORTANTE DA VIDA DELA DEPENDIA DE MIM PARA SOBREVIVER!!! E MAIS!!! ELES NÃO MORRERAM SIMPLESMENTE!!! FORAM ASSASSINADOS PELO BRUXO MAIS TEMIDO DO MUNDO DAS ABERRAÇÕES!! VOLDEMORT!!! E NÃO POSSO DIZER QUE FIQUEI TRISTE COM A MORTE DELES!!!
Serena queria morrer. Como? De que maneira? Voldemort? ELE fora o culpado de Serena ter crescido sem seus pais e forçada a ser criada com muito sofrimento por sua tia durante doze anos?
-Mas a verdade... – agora soltando Serena e se acalmando – Essa carta me veio em boa hora... Posso enfim me livrar de você... Hogwarts é um colégio de período integral e você passará a morar nele! Lembro me até hoje, de sua adorada mãezinha, voltando para casa para as férias de verão... Contente e feliz por ter aprendido tantas macumbas novas...
Serena não sabia ao certo o que sentia. Estava começando a entender as coisas e a idéia de morar longe de sua tia foi lhe subindo à cabeça e se fazendo mais agradável a cada momento.
-Para você ver como sou uma boa tia... Arranjarei para você um guia, para que não se sinta sozinha no mundo das anomalias... Conversarei com uma amiga que também teve o infortúnio de ter em sua família alguém de origem bizarra como você! Faça suas malas Serena... Você vai para Hogwarts! – jogou a carta ao chão e foi para seu quarto. No segundo seguinte, Serena já estava com o envelope em suas mãos, apertando-o contra o peito emocionada:
-Não importa o que seja Hogwarts ou onde fique... Se eu estiver longe daqui... Já será o melhor lugar do mundo!... – Uma lágrima caiu sobre o pedaço de papel em suas mãos...
Serena ainda ajoelhada no chão, abriu a carta e começou a lê-la.
* * *
-Não, Rose, eu entendo... Claro, que eu faria esse favor, até porque você é minha melhor amiga, se não pudermos contar uma com a outra, com quem contaremos não é mesmo querida?... Não se preocupe, eu falarei com ele... Sim, amanhã está perfeito... Então está marcado... Novamente minha amiga, meus sentimentos... É incrível como gente decente como nós sejamos amaldiçoadas com esse tipo de coisa... Pois é... Então, até amanhã querida... Tchau!..- desligou e deu um forte suspiro- Ham, querido? Será que eu posso dar uma palavrinha com você?
***
-NÃO, NÃO E NÃO!!! COMO SE NÃO ME BASTASSE UMA ABERRAÇÃO EM MINHA CASA AGORA TEREI DUAS???
-Por favor, querido é apenas por um dia! Rose é minha amiga! Por Deus me permita isso sim?
-Tudo bem... você é quem sabe... Pois sim... Chame o moleque e avise o que ele deverá fazer... Que será um guia!..
-Sim, Valter... Harry Potter, venha até aqui agora!!!
*** NAO PERCAM.... LOGO LOGO O ENCONTRO DE HARRY E SERENA***

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