Harry
Havia acabado de voltar da sala do Snape. Na porta, havia uma guirlanda, mas nem com todos os nossos esforços pudemos espiar lá dentro. Na minha opinião, para colocar esta guirlanda, Minerva deixou Snape muito bravo. E, de certa forma, se eu fosse ele também não gostaria.
Rony entrou no dormitório e me fitou.
- O que é que você está fazendo?
- Lendo essas cartas que vocês me mandaram durante as férias.
- Correção, lendo a carta que Jane te mandou durante as férias. - falou ele com a carta que eu estava segurando agora em seu poder.
- É que agora chegou a vez de ler a carta dela, só isso! - me defendi.
- Aham... Sei... - continuou ele, sem a mínima intenção de tentar esconder a ironia de sua voz.
- Vou fingir que não escutei, afinal, não é nada disso que você está pensando!
- E como é que você sabe o que eu estou pensando?
- Não sei não, mas só pela sua cara já posso imaginar.
- Então você está imaginando que eu acho que você ta caidinho pela West?
Fiquei sem resposta. Só sabia que estava vermelho como um pimentão.
- Não enche Rony! - foi a única coisa que consegui dizer a meu melhor amigo.
- Eu só queria saber se você tava pensando certo, hora!
Preferi ficar calado e tomar a carta de sua mão. Dobrei-a cuidadosamente e a guardei junto a outras coisas. Antes que pudesse voltar para minha cama, uma coisa me chamou a atenção: Era uma foto de Jane. Ela estava em pé ao meu lado, sorrindo. Hermione estava com Rony, e Bichento nos separava. Parecíamos dois casais distintos. Lembrei-me do arrepio que senti quanto o braço Jane tocou o meu. E eu provavelmente sentiria isto novamente, já que ela iria comigo ao baile. Imediatamente me veio à cabeça a cena da noite anterior, quando ela havia dito que queria MUITO ir ao baile e eu havia respondido que lamentava. Dei um tapa em minha testa com raiva da minha estupidez e caí em minha cama com a foto em mãos.
Passei o dia imaginando em minha cama como seria dançar com Jane, sentir seu perfume, tê-la em meus braços e sussurrar em seu ouvido tudo o que agora tinha certeza que sentia. Confesso que foi muito difícil admitir que eu estava apaixonado por Jane West, filha do novo Chefe do Departamento de Transportes Mágicos, Jordan West. Mas agora que eu tinha consciência disso, entendi porque no fundo não queria chamar ninguém para vir comigo ao baile. No dia em que ia convidar Jane, a peguei com Harley, batedor do time da Corvinal. Depois disso vieram os treinos e a expectativa para o último jogo de Quadribol do ano, que me fizeram esquecer que devia chamar alguém. Felizmente eu não tinha par e ela não tinha aceitado o convite. Olhei um pouco para o teto, me lembrando de como havia a conhecido: Um belo dia, a amiga de Hermione que sempre sumia quando eu me aproximava me ajudou a fazer aquele maldito exercício de poções. Eu lembro como estava nervoso por não saber nada do que estava escrito, quando uma menina sentou-se ao meu lado na biblioteca e se ofereceu para me ajudar.
Olhei para o relógio ao lado da cama e respirei fundo: eram apenas 4:30 da tarde. Rony havia passado cada hora do dia conferindo a sua roupa a para ver se não faltava nada: se as meias não estavam trocadas, se o colarinho não estava amassado ou se as mangas não estavam compridas demais.
Já passavam das seis da tarde e Rony estava se arrumando. Desta vez ele mesmo certificou-se de que o seu smoking estaria adequado para o Baile de Natal. Eu tomei meu banho e coloquei meu smoking. Penteei cuidadosamente os cabelos e passei perfume nas mãos e espalhei um pouco sobre a camisa. Minhas mão tremiam só de pensar que teria Jane em meus braços. Só esperava não ser tão estúpido a ponto de perguntar-lhe se ela estava com sono caso seus lábios se aproximassem dos meus. Passei alguns minutos lutando contra a gravata que teimava em me sufocar. Quando finalmente consegui ajeitar a danada, percebi que tinha que colocar a faixa. Tentei colocá-la de todas as maneiras, mais sempre achava que ela não ficava do jeito certo. Depois de um hora de luta mais ou menos, achei que estava digno de comparecer ao baile acompanhado de Jane West.
Dei uma última olhada em frente ao espelho, ao lado de Rony. O smoking dele era igual ao meu: preto, com abotoaduras prateadas. Os cabelos dele estavam penteados e usava um perfume extremamente forte. Eu estava sentindo-me completamente ridículo. Não sabia como as garotas achavam aquilo elegante e bonito. Mais parecia um pingüim com problema de locomoção. O traje imobilizava meus movimentos. Não conseguia nem ao menos levantar o braço. Rony já havia descido, o que me impedia de ir perguntar-lhe se havia algo errado com meus trajes. Eu não tinha o costume de usar esse tipo de roupa, por isso para mim estava normal.
Depois de algum tempo em frente ao espelho, percebi que havia colocado a camisa ao avesso e abotoado os botões em casas erradas. Olhei para o relógio: dali exatamente vinte minutos eu teria que encontrar com Jane.
Arranquei a gravata e a faixa que tanto custei para arrumar e coloquei a camisa do lado certo. Peguei a gravata e, desta vez, consegui colocá-la rapidamente, pois já havia pego um pouco de prática. A faixa me custou sete preciosos minutos e quando olhei-me no espelho, faltava um minuto para encontrar Jane no Saguão de Entrada.
N/A_
Gente, obrigada pelos coments! Eu adoro vcs e prometo que vou continuar comentando e lendo suas fics (que por sinal são ótimas).
Beijos e espero que tenham gostado do capítulo.
Rebeca.
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!