“Porque eu te amo, tá legal?”
No dia seguinte, Anne acordou bem cedo para ir ao Corujal. O de sempre aconteceu, a coruja dela, voou para seu braço direito estendido. Serviu-a com algumas frutinhas, e quando menos esperava ouviu uma voz conhecida dizendo:
- Por que ontem, quando entramos no Salão Comunal, você saiu sem falar com a gente? – Por não ter visto Harry se aproximar, Anne tomou um susto e ficou olhando para ele, até conseguir dizer algumas palavras:
- Do que...Do que você está falando? – Estranhando por ela estar fazendo aquela pergunta, Harry diz:
- Você sabe. Ontem quando você viu a gente passando pelo quadro, saiu correndo, como se não quisesse falar conosco. A Hermione achou que fosse, porque você estava zangada com ela, mas mesmo depois que ela se desculpou e saiu do dormitório, você não desceu. O que está acontecendo? – Com a voz bastante nervosa, Anne diz:
- Eu não estou entendendo, Harry. Eu estava cansada, não queria conversa. – Harry começava a ficar estressado:
- Então, por que você anda diferente comigo? Ontem eu vi como você me olhou, enquanto falava que estava com “problemas pessoais”. Eu estou envolvido nisso, eu sei. Mas o que eu fiz? – Anne começava a falar mais alto com Harry:
- Pára, Harry! Eu não quero dizer mais nada.
- Mas tem que dizer. Eu quero me desculpar com você, e para isso, quero saber o que lhe fiz.
- Você não fez nada, está bem assim?
- Não, porque acho que você vai continuar estranha comigo. Por favor, me diga se eu lhe fiz algo. – Os olhos de Anne começavam a encher de lágrimas, e ela tentava dizer:
- Harry, você não fez nada. – Mas Harry ainda continuava a achar que ela escondia algo:
- Então, por que você está estranha comigo? E por que está chorando? – Anne começava a chorar, então gritando ela disse impulsivamente:
- Porque eu te amo, tá legal? E não agüento ver você andando com a sua namorada. Eu vi vocês se beijando, no dia que a gente se conheceu. E eu já tenho esse sentimento há tanto tempo, e quando começo a achar, que tenho chances com você...você está namorando. Então, eu comecei a achar que se eu lhe ignorasse, iria esquecer você, mas acho que é impossível. – Enquanto escutava essas palavras, Harry ia ficando cada vez mais vermelho de vergonha. Por um tempo Anne ficou calada, esperando ouvir algo de Harry, mas quando não viu reação dele, continuou a falar – Desisto. Tenho mais o que fazer. Com licença. – Então ela saiu do Corujal, com muitas lágrimas escorrendo sobre seu rosto.
Depois de um tempo, ela havia chegado no Salão Comunal da Grifinória. Estava fazendo bastante frio, e sua pele branca estava mais clara do que o normal. Seus cabelos pretos estavam soltos pelos ombros, e dos seus olhos azuis, já não escorriam mais nenhuma lágrima. Ficou sentada numa poltrona que ficava de frente para a lareira. Enquanto observava as chamas, esperava Isabelle descer, pois queria fazer algo naquele dia, em que começavam as férias de Natal. Minutos depois, Harry entra no Salão Comunal, ao mesmo tempo em que Isabelle sai do dormitório. No mesmo momento, Harry e Anne se olharam e os dois ficaram vermelhos, e Isabelle percebeu isso, até pensou em ficar parado, na porta do dormitório, mas Anne desviou seu olhar de Harry para a amiga, e foi ao encontro dela, falando:
- E aí? O que vamos fazer hoje?
- Hoje?
- É. Começaram as férias, lembra?
- É mesmo. Será que já tem neve lá fora?
- Podemos ver.
- Ok! Mas antes, que tal irmos ao Salão Principal tomar um chá? Estou morta de fome.
- Eu também. Vamos logo! Eu não quero ficar aqui, nem mais um segundo.
Quando elas desceram as escadas para atravessar o quadro, Harry pareceu tentar falar com Anne, que não lhe deu atenção, mas do lado de fora, Isabelle perguntou o que havia acontecido entre eles. Anne lhe contou o que havia acontecido. Isabelle ficou totalmente assustada:
- Como você conseguiu se declarar para ele?
- Já disse! Eu falei tudo de uma vez só. Mas nem quero pensar nele, agora. Estou chateada. Esperava ao menos que ele dissesse que nem tinha idéia do que eu sentia, mas ficou calado. Ai! Quer saber? Vamos logo para o Salão Principal, que eu estou de saco cheio dessa história.
- Está bem!
Não demorou muito para elas acabarem de comer. Quando Harry chegou, elas nem olharam para ele, que ficou só olhando para seu prato e nem conversou com Hermione e Rony, que depois vieram perguntar se elas sabiam de algo sobre ele estar assim, mas Anne só disse que depois precisava conversar com ela e logo se retirou com Isabelle.
Chegando ao lado de fora, a neve começava a cair e Anne e Isabelle ficavam cada vez mais admiradas. Não demorou muito para Hermione chegar e saber de toda a história. Ela disse que Rony estava com Harry, e numa hora dessas já deveria estar sabendo da história, também. As três se sentaram num banco e ficaram olhando a neve cair, até que Isabelle falou:
- Espero que em breve, o chão esteja coberto de neve. Acho que seria legal fazermos uma “guerrinha”. – Anne com um sorriso, diz:
- Seria muito legal. Acho que amanhã dará para fazer isso. – Hermione também sorrindo diz:
- Também espero isso. – Depois de mais um tempo vendo a neve cair, as três se levantaram para voltar ao interior do colégio, mas nesse momento Harry e Rony chegam ao encontro das meninas. Anne que estava branca que nem a neve, começou a ficar vermelha, e Harry também começava a ficar um pouco. Assim Rony falou:
- Bom, o Harry quer conversar com a Anne. Vamos deixar eles sozinhos. – Logo Hermione, Rony e Isabelle se retiraram e deixaram-nos sozinhos.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!