A Caminho de Hogwarts
O trem estava esperando os alunos, muitos pais estavam em volta dele, abraçando e abanando para seus filhos que agora estavam partindo, muitos para o primeiro ano em Hogwarts. Sentaram-se quase na última cabine, que estava vazia. Harry e Gina sentaram-se próximos, olhavam pela janela e cochichavam algumas coisas e em seguida riam descontroladamente.
– Isso está ficando irritante. – disse Rony baixinho. – Vou dar uma volta.
Caminhou até o início do trem, e lá encontrou Malfoy em uma das cabines, estava com Crabble, Goyle e Pansy e parecia extraordinariamente feliz em ver Rony do lado de fora, resolveu sair e encarar o ruivo.
– Desculpe, mas não pode entrar. – ironizou Malfoy abrindo a porta. – Não é para quem quer, é para quem pode.
– Entrar neste ninho de cobras? – perguntou Rony fazendo uma careta. – Nem sobre tortura.
– O que está fazendo aqui, Weasley? – perguntou Malfoy com cara de desprezo. – Se perdeu de seus amigos? Ohh, não se preocupe, sua namoradinha está vindo lhe buscar.
– Fique quieto, Malfoy. – disse Hermione pondo-se ao lado de Rony. – Nada do que possa dizer nos afeta de alguma maneira, você é extremamente insignificante, e tudo que diz é lixo para nossos ouvidos. Vamos embora, Rony.
Hermione o puxou pela manga da blusa alguns passos, Malfoy soltou uma longa e alta gargalhada e fechou a porta da cabine.
– Não me diga o que fazer, Hermione. – disse Rony soltando-se brutalmente. – Pare de me perseguir, me deixe em paz!
– O que há, Rony? – perguntou Hermione espantada.
– Pare de me seguir! – respondeu Rony voltando para a cabine onde Harry e Gina estavam.
Hermione ficou alguns minutos ali, tentando processar o que o garoto havia dito, voltou para a cabina alguns minutos depois com a cara extremamente fechada, estava muito magoada e ofendida. Rony não dissera nada, passou a viagem inteira olhando pela janela.
Chegaram em Hogwarts alguns minutos depois, Harry e Gina desceram juntos, assim que o trem parou Hermione pegou suas coisas e saiu batendo o pé sem dizer nada, nem esperar por eles. Passaram o dia inteiro se evitando, e raramente quando estavam juntos, não dirigiam olhares ou palavras um ao outro.
Depois do jantar, sentaram-se na sala comunal, que agora estava confortavelmente quente graças à lareira onde Gina sentou-se à frente.
– Silêncio... – disse Gina tentando quebrar aquele silêncio infernal.
Ninguém dissera nada.
– Ahn... – insistiu a menina novamente. – Deixe-me adivinhar.... vocês brigaram!
– Ah não. – disse Rony. – Não mesmo.
– Ora Gina, eu deveria ter algum motivo para estar brigada com seu irmão? – perguntou Hermione ignorando o que Rony havia dito.
– Esperava que você respondesse isso. – disse Gina.
– É. – disse Rony. – Você tem algum motivo para estar brava comigo?
– Eu? – perguntou Hermione levantando-se, foi até a escada. – Além de você ser um grosso e insensível? Não, nenhum motivo!
E assim ela sumiu pela escada. Rony deu uma risada forçada e foi para seu quarto, Harry e Gina ficaram alguns minutos se encarando, aquilo era muito estranho, estavam a apenas um dia em Hogwarts e os dois já haviam conseguido achar um motivo para brigar.
– Relação turbulenta. – ironizou Gina.
Harry riu daquilo e jogou-se ao lado da menina no sofá em que ela estava sentada, os dois se encararam por alguns minutos e então Harry apertou de leve as bochechas de Gina.
– Você é tão lindinha. – disse ele zombando dela. – Pequenininha.
– Pára com isso, Harry. – respondeu Gina rindo, estava adorando aquilo. – Isso é tão infantil.
– Quando se é criança tudo é mais fácil. – disse Harry sorrindo.
– Mas não precisa virar criança, literalmente. – disse Gina retribuindo o sorriso.
Os dois ficaram ali falando besteiras por alguns minutos, apesar da briga dos amigos eles riam alto e constantemente Gina dava um leve tapinha no braço de Harry.
– Ei. – dissera ele rindo. – Você me bateu!
– E o que tem? – retrucou ela com o estômago doendo das risadas. – Vai me bater também, é?
– Não que você não mereça. – disse Harry sorrindo. – Mas eu não costumo bater em garotas.
– Hum. – disse Gina rindo. – Ele é um cavalheiro. Quem diria...
– E você ama esse cavalheiro, não é mesmo? – dissera Harry sorrindo.
Gina o encarou séria, então Harry percebeu o que acabara de dizer, mesmo sendo brincadeira ela havia levado aquilo à sério. Harry aproximou-se devagar de Gina, e a garota encostou-se contra o sofá, Harry chegou devagar ao encontro dela, lhe deu um selinho, e depois um beijo demorado que fez o coração de ambos saltar até a garganta várias vezes.
Abraçaram-se e ficaram ali por alguns minutos. Gina sentiu seus olhos pesar, encostou sua cabeça contra o peito de Harry e ficou mais alguns instantes ali.
Harry beijou sua testa percebendo que a garota estava com sono.
– Vamos dormir. – disse ele delicadamente, deu-lhe um selinho. E foram para seus quartos
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