Paixão
Capitulo 32 – Paixão
-Sabe, ainda não me acostumei com esses malditos portais – Rony disse levantando-se do chão, pois fora o único que caíra ao chegarem em Hogwarts. Estavam no saguão de entrada e não parecia haver nenhum sinal de alma viva ou morta por ali.
-Bem... Eu vou primeiro falar com a Ginny, depois irei ver o Moody – Harry falou dando um passo a frente – ainda não sei quando partiremos, mas ficarei feliz se for amanhã... Não quero ficar muito tempo aqui, afinal não fizemos progresso algum...
-Certo – Hermione respondeu – vou despachar uma mensagem para meus pais dizendo que estou bem... Encontramos-nos no salão comunal um pouco ante do horário do almoço.
-Combinado – Harry falou e saiu na direção da ala hospitalar, Hermione se virou e foi na direção oposta e Rony ficou ali parado olhando os dois irem embora.
-Porque será que nunca perguntam minha opinião? – ele falou sozinho enquanto decidia para onde iria. Não queria ir para o salão comunal, pois com toda certeza se encontraria com sua mãe, e também ainda não podia ir lá, porque caia uma fina camada de neve. – droga... Maldito tédio... – ele disse colocando as mãos no bolso da calça e seguindo pelos corredores sem um rumo definido.
Harry seguia andando pelos corredores com uma certa pressa, não sabia se era porque estava nervoso com que iria falar com Ginny. Na hora em que vira o jardim da sua casa teve a idéia e queria falar com Ginny sobre ela o mais rápido possível, contornou uma estatua e chegou ao velho e conhecido corredor da Ala Hospitalar. Seguiu para uma porta um pouco antes da entrada do local onde dormira muitas vezes e bateu umas três vezes na porta.
Em seguida o silencio seguiu por um longo tempo até que quando o garoto batia de novo na porta ele ouviu passos e resmungos vindo de dentro do quarto. Uma ruiva de camisola apareceu na porta com os cabelos muito despenteados e com a cara de poucos amigos.
Ele ficou abobado ao vê-la. Estava com uma camisola azul claro de seda. Parecia um vestidinho, mas deixava suas pernas a mostra. Só havia duas cordinhas que seguram a camisola em Ginny. Ficou com as bochechas vermelhas e corou logo, porem tentou desviar da cabeça aqueles pensamentos indecentes.
Ginny ficou olhando para o garoto por alguns segundos até que finalmente percebeu quem estava a sua porta. Primeiro abriu a boca e depois pulou nos braços dele, fazendo-o recuar com o impacto.
-Harry – a exclamou feliz enquanto beijava o pescoço dele – você partiu ontem e... Porque voltou tão cedo... Já estava com saudade!
-É eu sei... – ele disse sorrindo – é que tivemos de voltar para ver o monstro e... Eu também já estava morrendo de saudades de você – os dois ficaram se beijando no corredor por alguns minutos até que Ginny o puxou para dentro do quarto.
-Não é bom ficarmos no corredor... – a garota falou olhando em volta – papai e mamãe podem passar por aqui... Ou pior a Madame Promfey pode sair da ala Hospitalar...
-É verdade... – Harry disse passando a mão nos cabelos com a intenção de despenteá-los ainda mais. – eu também queria perguntar uma coisa a você...
-O que é Harry? – perguntou esperançosa.
-Sabe... Quando saímos de Hogwarts pegamos um portal para a antiga casa dos meus pais...
-Eu lamento... ¬– ela falou entristecendo o olhar.
-Não! Foi ótimo ter ido lá... – Harry disse levantando o rosto dela com a mão fazendo os dois olharem se nos olhos – sabe... Eu já tinha ouvido falar muito dos meus pais, de como eram simplórios e bons, mas pela primeira vez eu pude ver como eram felizes... – estava com um grande sorriso e com os olhos emocionados – sabe... Eu sei que você gostaria de morar perto d’A Toca e tudo mais... Só que eu estava pensando – pausou e segurou nas mãos dela – de que poderíamos nos casar o quanto antes seu pai deixar, e ir morar na antiga casa dos meus pais...
Ginny ficou olhando para aqueles profundos e misteriosos olhos de esmeralda por uma fração de segundos, até que finalmente abriu um largo sorriso e pulou no pescoço dele, fazendo com que ele caísse deitado na cama dela e ela em cima dele.
-É claro que eu quero Harry! – o beijou apaixonadamente. – desde que esteja junto com você, para min qualquer lugar serve...
O garoto também abriu um longo sorriso e os dois começaram a se beijar longamente, cada beijo mais apaixonado e profundo que o outro. Harry lentamente foi subindo a camisola de Ginny.
Ela parou e olhou bem nos olhos dele, os dois se fitaram por um longo momento até que ela assentiu com a cabeça para que ele prosseguisse. O garoto retirou a camisola dela lentamente e até que ela ficasse semi-nua.
Ficou olhando como era lindo o corpo da garota. Depois de olhar para os seios agora sem nada por cima olhou para o rosto da garota que estava muito vermelho.
-Você quer mesmo...
-Sim Harry se for com você todo bem...
O garoto sorriu para ela que retribuiu o sorriso.
-Eu te amo Harry, e sempre irei te amar – ela sussurrou.
-Você sabe que para min, a coisa mais importante no mundo é o meu amor por você... – ele disse e a beijou de um jeito puro, sincero e apaixonado. – nunca quero te perder... Nunca.
Ele retirou as vestes e depois a beijou mais uma vez, os dois se beijaram delicadamente novamente, e o garoto deitou por cima dela.
(...)
Hermione acabara de sair do corujal. Tinha despachado uma das corujas gigantes que agora habitavam os corujais de Hogwarts. Na verdade eram as antigas corujas só que enfeitiçadas por uma alimentação mágica, assim se fossem interceptadas por qualquer pessoa iriam esquentar ao ponto de queimar o que estivesse carregando, claro que a coruja iria morrer.
A garota achava isso um tanto quanto cruel, mas concordava que se precisavam tomar medidas drásticas para que se impedisse que Voldemort e seus seguidores descobrissem alguma informação útil.
Desceu por uma longa escada ainda coberta de neve e entrou no castelo. Estava pensando no que fizera Harry mudar de idéia tão rápido. “Ele deve querer falar algo muito importante com o Moody, para podermos voltar, normalmente teríamos seguido sem a ajuda do Monstro...”. Ela pensou.
Estava um pouco confusa com os últimos acontecimentos, principalmente com o fato de ter de conviver com Rony o tempo todo e não falar com ele. Uma parte dela, uma bem pequena, dizia que ela deveria pelo menos falar com ele educadamente e tentar reatar a antiga a amizade que um dia eles tiveram, mas a outra parte dizia que nunca deveria perdoar o maldito porco chauvinista do Ronald Weasley, afinal ele era tão insensível e repugnante que não valia gastar sua saliva com ele.
O seu coração também estava dividido, ainda sentia uma grande solidão por não ter esquecido Rony, desde que acabara com ele, porem não queria tentar falar com o ruivo, mesmo sabendo que quando ele beijara a maldita Di-lua Lovegood eles não tinham nada. “Ele deveria ter o mínimo de consideração, e fora isso quem beijaria e louca da Di-lua Lovegood?”. A parte que no momento odiava a mediocridade de Rony falava para ela.
Embora estivesse com todos esses conflitos interno a garota não podia parar de pensar em como ajudar o amigo na sua missão. Fazia dias, mesmo antes de ter a idéia de que Regulo era R.A.B que procurava alguma pista do paradeiro de Voldemort, porem não tivera nenhum avanço.
Quando estava chegando ao salão comunal viu uma moita ruiva sentada à mesa. Havia alguns pratos em cima dela sujos.
-Alangmatum – Rony falou e a água que estava dentro de uma jarra começou a seguir a ponta da varinha dele. Levantou sua varinha com força fazendo a água subir bem acima da sua cabeça – Flamiger – ele disse e uma chama apareceu na ponta da varinha. A água começara a fazer o percurso de volta e vinha caindo na direção do garoto.
As chamas que saiam da ponta da sua varinha aumentaram e quando a água caiu uma imensa fumaça branca se formou sobre a cabeça dele.
Hermione ficou olhando a cena espantada, não sabia que Rony conseguia fazer feitiços tão complicados com o Alangmatum. Era realmente espantoso para ela que Rony conseguisse controlar tão bem a água, quando a fumaça começou a se dissipar a garota ainda espantada olhou para o local em que Rony estava e viu que seu cabelo estava ensopado.
Ela começou a rir. Riu um pouco alto demais fazendo o ruivo perceber sua presença, ele estava realmente surpreso com a visão que estava tendo, Hermione rindo. Fazia tempo que não vislumbrava isso.
Parou de rir e se aproximou do garoto.
-Aritudinis – disse tocando a varinha no corpo dele, a água que cobria boa parte do corpo dele desapareceu – não se molhe com esse tempo... Não vá ficar resfriado... – falou isso e seguiu até a ponta da mesa, onde alguns pratos apareceram.
Rony ficou olhando para Hermione abobado. Estava se sentindo uma besta quadrada, mas sentia uma ponta de felicidade pela garota ter falado com ele, ou melhor ter se importado com ele. Uma parte dele dizia para não se animar muito, mas a outra estava realmente contente.
Ficou ali sentado hipnotizado pela garota olhando-a tomar café. Sabia que aquilo era uma grande falta de educação, mas não podia resistir, e alem do mais ela tinha dado liberdade para ele fazer isso.
Depois de tomar todo seu café da manhã Hermione, agora um pouco irritada pelo fato do garoto ainda estar olhando para ela fixamente se levantou e foi-se embora do salão principal.
Harry se levantou e colocou suas vestes deu um beijo apaixonado em Ginny e saiu do quarto dela dizendo que precisava falar com Moody o quanto antes, e que voltaria mais tarde para vê-la.
Ele tinha um imenso sorriso de orelha a orelha. Não podia acreditar que finalmente o fizera. Amava muito Ginny, e desde o ano anterior sonhara com esse momento, sabia que sua primeira noite seria com a garota.
Já estava se segurando há muito tempo, porem não resistiu a essa oportunidade, uma parte sua dizia que era para ter agüentado mais um pouco apesar das provocações de Ginny. Só que o garoto já não ouvia suas personalidades, ele só tinha pensamentos nos longos cabelos cor de fogo de Ginny e no seu rosto cheio de sardas perfeitas, seu sorriso lindo e revigorante, seus lábios sedutores, seu nariz meigo e seus olhos misteriosos e desafiadores, como se pedisse para domá-los.
Ao continuar andando e pensando distraidamente na sua namorada o garoto acabou tropeçando no pé de uma estatua e rolou por alguns metros, até que parou todo desajeitado no chão.
Estava na entrada da sala de Moody e a porta estava entreaberta e o garoto não pode deixar de ouvir o que acontecia ali.
-Não vou tolerar erros Moody! Você me ouviu? Nenhum erro! – uma voz que Harry conhecia de algum lugar se pronunciava – eu preciso que ajude o Potter o quanto antes...
-Mas senhor o Potter partiu – Moody falou com uma expressão de medo na voz, o que fez Harry ficar serio e prestar atenção em cada palavra dita, pois nunca ouvira Moody falar com medo de ninguém, nem de Voldemort nem mesmo de Dumbledore.
-Pois o ajude da maneira que puder! Temos que destruir os últimos horcruxes do Lord das Trevas, ou melhor o Potter tem que destruí-los, parece que ele conseguiu uma imunidade contra ele temos que aproveita-la!
-Sim senhor, mas o senhor não deveria destruí-los pessoalmente?
-Não, até que sobre apenas um... Eu possuía dois em meu poder e agora só detenho em minhas mãos um, já que os amigos do Potter conseguirão destruir um deles com minha pequena ajuda... – um estalo baixo fez Harry levantar os ouvidos - Droga! Tenho que ir agora... Não me decepcione, e sim... Consiga total poder sobre os dragões...
O silencio veio e Harry colocou as mãos na boca para que Moody não ouvisse sua respiração, o velho homem começou a andar em voltas, fazendo algumas vezes um barulho estranho quando sua perna de pau batia no chão.
Harry estava bastante assustado, pois já não sabia se poderia confiar em Moody, achou melhor não conversar com ele, com muito esforço foi tentando recuar sem fazer ruído algum, porque se houvesse qualquer barulho Moody poderia vê-lo com seu olho-mágico.
Devagarzinho e com muita cautela ele conseguiu engatinhar por cerca de cinco metros até que ficou em pé e saiu andando sorrateira e silenciosamente.
Não podia acreditar que Moody estava traindo a ordem, e que estava obedecendo às ordens de alguém. Ficou realmente perplexo com o fato de um das pessoas que Dumbledore mais confiava estava traindo a sua confiança.
Sabia pelo menos que Moody estava obedecendo a ordens de uma pessoa que queria destruir os horcruxes de Voldemort, e parecia ser uma pessoa que sabia muito sobre eles, o garoto não entendeu direito a mensagem, porque estava tão absorto em seus pensamentos que não pode ouvir direito o que o homem dizia à Moody.
Correu por todo o castelo até chegar a um corredor aparentemente deserto, mas quando já virava para chegar às escadarias trombou de frente com alguém fazendo cair no chão.
-Ai – exclamou a garota.
-Mione! – Harry falou ajudando ela a se levantar.
-Harry... Porque tanta pressa? – Hermione falou ainda passando a mão nas costas.
-Eu não tenho tempo de explicar... Hum... – ele pausou um tanto quanto confuso – eu sei que não está falando com o Rony, mas preciso que vá chamá-lo agora, precisamos ir, vou chamar o Monstro o quanto antes...
-Mas... – replicou a garota.
-Não temos tempo – ele respondeu com um olhar severo – confie em min... Por favor, chame o Rony o mais rápido possível precisamos sair daqui. Juro que explicarei em breve...
A garota assentiu com a cabeça e foi na direção de onde estava vindo com uma cara de emburrada e com os pensamentos absortos em tentar descobrir o motivo da pressa de Harry.
-MONSTRO! DOBBY! Venham aqui agora! – ele falou os nomes em voz alta e depois sussurrou o restante da frase.
Alguns segundos se passaram até que dois elfos-domésticos, um mais estranho que o outro apareceram na frente do garoto. Monstro parecia irritado e ofendido, e Dobby que segurava o outro pelas vestes como se tentasse puxa-lo estava feliz.
-Maldito fedelho Potter fedorento, traidor da própria causa – Monstro sussurrava pelo canto da boca. – Chamou mestre – ele falou com uma voz bem diferente fazendo uma reverencia estranha – pirralho idiota...
-Quieto! ¬– Harry disse fazendo ele levar as mãos até a boca e ficar irritado com seu movimento. – Dobby... Obrigado por vir, eu sei que não mando em você e tudo mais...
-Ou não, para Dobby ser um grande prazer servir Harry Potter... Diferente desse ai Dobby saber o quão grande bruxo Harry Potter ser! – Dobby falou com um brilho nos seus grandes olhos.
-Certo, certo... Preciso da ajuda de vocês... Primeiro Dobby... – ele falou e Dobby abriu um longo sorriso ao ouvir seu nome ser pronunciado primeiro – preciso que dê um recado a Ginny Weasley, ela está num quarto ao lado da ala hospitalar, mas bata antes de entrar – ele olhou severamente para Dobby que balançou a cabeça como se tivesse entendido o recado – preciso que diga à ela que não pude ir falar com ela, mas que logo entrarei em contato... Diga que tive que ir embora o quanto antes, pois descobri algo importantíssimo... Depois preciso que você vá até a casa dos Black, estarei lá te esperando...
Monstro fez menção de falar, mas suas mãos estavam na frente de sua boca fazendo gerar um barulho estranho de sua boca.
-É só isso Dobby, quando você chegar lá explicarei o resto, você se importa em me ajudar?
-Não! Será um grande prazer para o Dobby ajudar ao grande Harry Potter, chegarei lá o mais rápido que puder, e se demorar muito irei punir Dobby severamente – disse o elfo balançando a cabeça afirmativamente.
-Nada de auto-punições... Agora vá – Harry respondeu irritado fazendo o elfo fazer uma reverencia e sumir.
-Agora você Monstro... – Harry se virou para o outro elfo que ainda tinha as mãos na boca – Iremos para a casa dos Black... Preciso que me mostre todos os pertences pessoais do Regulo Black, irmão do mais novo do Sirius...
-O que o fedelho Potter quer com as coisas da família Black, já não basta ter o monstro agora quer roubar as coisas do grande Regulo... ¬– Monstro começou a falar mais de repente sua mão esquerda foi de volta para sua boca e a direita socou sua cabeça, fazendo o bater de cabeça na parede, ele estava se punindo por ter desobedecido uma ordem.
-Não te interessa apenas irá cumprir... Onde estão a Mione e o Rony... – ele falou alto e olhou para o corredor por onde a garota havia desaparecido há alguns minutos.
Depois de olhar para o corredor por algum tempo, ele viu que dois vultos vinham correndo pelo corredor, Rony e Hermione vinham vindo com pressa juntos.
-O que aconteceu a Mione disse que me chamou urgentemente – Rony falou arfando de cansaço, tentando pegar fôlego. Harry olhou para Hermione espantado por ela falar isso de um jeito tão natural para o ruivo, mas ela só levantou os ombros. Ele olhou para Rony, sentindo um pouco de culpa pelo que acabara de fazer com a irmã dele, mas logo que ouviu os barulhos que saiam da boca de Monstro recobrou os pensamentos.
-Vamos embora... Agora!
-Porque – Rony perguntou.
-Não importa agora, explicarei quando chegarmos na casa dos Black... – Hermione tirou da mochila o globo coberto pela toalha – não... Não iremos por esse portal... Monstro como os elfos conseguem sair de Hogwarts?
O elfo pareceu irritado ao ouvir tal pergunta. Agora tentava manter as mãos na boca.
-Estou mandando você responder...
-Nós pegamos um portal que existe escondido no fim da cozinha... – ele disse irritado.
-Então porque os elfos não saem o tempo todo? – Harry perguntou.
-Porque todos receberão uma ordem de trabalhar “aqui” – Hermione respondeu – eles não podem descumprir a ordem, o único que não precisa obedecer-lhas é o Dobby, mas duvido que queira sair de Hogwarts... Eles só podem usar o portal quando mandam usa-los, e o único que pode dar ordens diretas como esta a eles é o diretor...
-Como sabe disso? – Rony olhou para Hermione surpreso, ela o ignorou fazendo-o se aborrecer, pois achara que ela voltara a falar com ele.
-Bem... Nos leve até ele Monstro... De lá vamos aparatar para a casa dos Black entendeu?
-Sim...
Os quatro seguiram correndo. Monstro primeiramente caminhava, mas Harry mandou que fosse mais rápido que eles, e mesmo a contra gosto ele saiu correndo em disparada.
Ao chegarem à frente do quadro de frutas, que era a passagem secreta para a cozinha, Monstro em vez que fazer cócegas nas frutas para que deixassem ele passar simplesmente enfiou a mão no quadro e apertou a pequena uva que estourou em sua mão.
O trio ficou olhando um pouco espantado para o elfo, mas de repente o quadro girou para frente revelando uma mesa com umas cinco cadeiras, em cima da mesa havia o mesmo vaso de frutas do quadro.
-Como iremos sair de Hogwarts? – Rony perguntou olhando confuso para a mesa e o vaso de frutas.
-Alem de traidor do próprio sangue ainda é burro! Porque o pobre e simplório Monstro não pode ser morto e degolado... Ah se a mãe do Monstro o visse obedecendo a ralé... Ah se minha nobre mestra me visse agora... – Monstro sussurrava melancólico.
-Monstro, aquele é o portal? – Harry pergunto, mas o elfo continuou a menosprezar sua vida e seu destino – Responda-me!
-Sim jovem mestre, ele é o portal... Maldito Potter nojentinho... – Monstro respondeu sem olhar nos olhos de Harry.
-Para onde ele nos leva? – Harry perguntou – não me faça perguntar novamente!
-Para onde quiser jovem mestre... É um portal universal, é para ajudar aos elfos à cumprirem as ordens do diretor... – Monstro olhou com desprezo para Harry.
-Um portal universal... – Hermione sussurrou espantada – nunca tinha visto um... Eles são muito raros, pois só um bruxo muito poderoso pode criá-lo... Monstro você esta ajudando muito, obrigada...
-Era só o que faltava uma sangue-ruim agradecendo ao Monstro... – Monstro olhou com nojo para a garota - O que a grande mestra iria...
Rony deu um chute nas costas de Monstro fazendo-o parar de falar. Harry e Hermione olharam espantados para ele, mas nenhum dos dois disse nada.
-Monstro, cale-se e vamos... Vá para o largo Grimauld. E me espere lá na frente da casa número 12, entendeu? – Harry falou quebrando o silencio.
-Sim jovem mestre.
-E não fuja ou fale com ninguém a não ser eu, fique parado lá! Agora vá na frente.
O elfo saiu mancando com umas das mãos nas costas bem onde Rony o chutara, ele sentou-se e tocou no vaso de frutas, e logo desapareceu.
-Agora nós vamos... – Harry disse e Rony e Hermione assentiram com a cabeça e o seguiram – pensem na velha entrada do largo Grimauld, conseguem lembrar dela?
Os dois novamente confirmaram com a cabeça, cada um sentou em uma cadeira e no sinal que Harry fez com a mão eles tocaram no vaso de frutas e sentiram as cadeiras desaparecerem debaixo de si.
Rony caiu meio que tropeçando e escorregou e quando ia cair de cara numa poça de lama sentiu ser puxado pela sua camisa. Harry o segurava com certa dificuldade.
-Eu realmente odeio portais... Obrigado cara – Rony disse depois que conseguiu ficar em pé.
-Onde esta o maldito elfo? – Harry falou olhando em volta – MONSTRO! APAREÇA.
O elfo veio correndo e tropeçando detrás de um velho pneu, parecia que tinha se agachado para se esconder.
-Vamos entrar... Você sabe o segredo do portal que guarda a casa não? Ordeno que nos deixe entrar. – Harry falou olhando com raiva para Monstro, agora que estavam de volta ao largo Grimauld, lembrou que Monstro era um dos culpados da morte de Sirius.
Monstro se adiantou e colocou a mão na maçaneta demorou um pouco como se recusasse a abrir a porta da casa dos seus antigos mestres, mas logo girou a maçaneta. Harry sentiu uma pontada no estômago ao ver a entrada da casa. Foi inevitável um grande nó na sua garganta.
Lembrou de todas as vezes que encontrava Sirius sentado em uma poltrona desanimado por estar trancado dentro da casa e não poder sair. Rony e Hermione pareceram entender o que o garoto estava sentindo e ficaram calados, ele respirou fundo e olhou irritado para Monstro.
-Quero que me leve até onde Regulo guardava seus bens mais preciosos, quero que me mostre tudo do Regulo... E quero que fique calado e só responda quando eu perguntar algo entendeu? – Harry falou e Monstro com muito desgosto balançou a cabeça respondendo que sim.
Monstro subiu as escadas e foi seguido pelos três que pareciam muito curiosos e cautelosos ao mesmo tempo.
O elfo parou de frente para uma porta no fim de um corredor escuro no primeiro andar, eles nunca tinham parado para reparar nesse quarto, talvez porque ficasse no fim do corredor, ou talvez porque não gostassem muito do largo Grimauld na época em que passaram um tempo lá.
Eles ficaram esperando que o elfo abrisse, mas ele não se moveu.
-Abra a porta Monstro.
Monstro ficou calado e não respondeu ou se moveu.
-Monstro, estou mandando você abrir a porta.
Continuou parado.
¬-Porque você não quer abrir a porta? Responda!
-Monstro não pode... Ser ordem da mestra, nem as ordens do fedelho Potter podem fazer com que Monstro abra a porta do quarto do mestre Regulo... Se Monstro abrir a porta terá que se matar e o pirralho Potter impediu-o de se matar... – Monstro tinha um sorriso malicioso na cara ao ver os olhos espantados de Harry.
-Harry o Monstro não pode descumprir ordens de um mestre antigo... – Hermione disse. Ela também parecia igualmente espantada.
-Droga...
Harry se adiantou e colocou a mão na maçaneta. Ele a girou com cautela.
Nada aconteceu.
-Esta trancada – Harry falou parecendo estar aliviado.
-Já esperávamos por isso... Acho que é inútil tentarmos o Alohomora... Melhor tentar derrubar a porta do jeito trouxa... Plectis – Uma mão enorme foi conjurada da varinha de Hermione e derrubou não só a porta, mas uma grande parte da parede.
Rony e Harry olharam espantados para Hermione e depois recuaram um pouco, pois uma parte do teto desmoronou fazendo uma grande quantidade de poeira cair em cima deles.
-Philacae – Hermione gritou e um jato roxo saiu de sal varinha.
Quando a poeira finalmente baixou, eles puderam ver que Monstro estava preso dentro de uma jaula encantada, com barras da mesma cor do jato roxo que saíra da varinha de Hermione a poucos instantes – ele tentou fugir... Não pode contar nada a Voldemort, mas não pode fazer nada se ele conseguir ler a mente dele...
-Certo... Se você esta dizendo – Harry disse ainda espantado.
-Maldito elfo... – Rony disse olhando para Monstro.
-Não tente sair da jaula... Nem fugir... É uma ordem... – Harry disse olhando para Monstro – vamos... Para o quarto do Regulo...
Eles entraram pela passagem que Hermione havia feito e olharam para o quarto. Não havia nada de estranho ali. Só uma taça em cima do criado mudo.
-Não pode ser... É a taça de Humplepuff!
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