Preparativos do casamento...
Capítulo dois: Preparativos do casamento…
Chegando no quarto, Hermione pegou sua mala e colocou em cima da cama. Já ia começar a arrumar suas coisas quando, repentinamente, Fred e Jorge aparataram ao seu lado.
- CRAQUE! – Hermione tomou um susto tão grande que quase caiu da cama.
- Ah, MEU DEUS! – gritou. – VOCÊS QUEREM ME MATAR DE SUSTO?
- Credo, Hermione! Pára de gritar! – Jorge pediu, colocando as mãos nas orelhas.
- É isso aí! O susto já passou, né? – Fred perguntou, sentando na cama.
- É. Já passou… - Hermione comentou, colocando a mão no coração.
- Muito bem… Viemos lhe fazer uma pergunta. – Fred falou.
- Certíssimo! Será que podemos lhe fazer essa humilde pergunta? – Jorge perguntou.
- Já perguntaram… Mas podem fazer outra. – Hermione afirmou.
- Vamos ser bem diretos.
- Você gosta do Rony?
- O QUE? – Hermione gritou, indignada. – Que pergunta sem sentido!
- É… - Jorge começou.
- Gosta. – Fred completou. A garota bufou, irritada.
- Vão embora agora! Não quero mais saber de nada disso! – mandou, empurrando-os para fora do quarto. Os gêmeos se olharam.
- Hermione…
- Nós podemos…
- Simplesmente…
- Aparatar. – e sumiram. E esse sumiço repentino quase fez Hermione bater de cara na porta. Sua sorte foi que alguém a segurou bem a tempo.
Ela fechou os olhos com força e segurou fortemente o braço que a amparou.
- Hermione… O que houve? – a garota abriu os olhos no mesmo instante e olhou para a pessoa. Soltou-se rapidamente, como se tivesse levado um choque.
- RONY! O que você… está… fazendo? – perguntou, andando involuntariamente para trás.
- Vim te chamar. Mamãe pediu pra avisar que o almoço está pronto. – Hermione ainda andava pra trás, ofegando. – HERMIONE! CUIDADO! - De repente, ela escorregou em alguma coisa e caiu de bunda no chão!
Perdão. Devo ressaltar que ela caiu realmente de bunda no chão, mas amorteceu a queda. Rony tinha se aproximado (involuntariamente), e tentou segura-la. O problema era que, Hermione não tinha chance de salvação. Tinha se desequilibrado totalmente e ia cair de qualquer jeito. Mas ele, como bom cidadão que era, tentou ajudar a amiga. E isso resultou em muito barulho, muita dor e, acima de tudo, muita confusão.
Hermione só não caiu de bunda porque, no último momento, Rony rodou com ela e acabaram trocando de lugar. Ele ficou por baixo, e ela por cima. O resultado? Bem, ele resmungou muito, e ela ficou gemendo e comentando que estava toda doída.
Primeiro foi Gina. Tinham caído no chão porque a amiga tinha se desequilibrado e puxado ela junto. Tinha ficado toda machucada e reclamou o caminho inteiro: da Toca até a Ordem. Agora Rony tenta ajuda-la e, acaba sofrendo as conseqüências. Coitadinho.
- Rony… - Hermione chamou.
- Hum… - o garoto dá um sinal de vida.
- Obrigada. – ela disse. Ele se virou rapidamente para olha-la.
- Como?
- Obrigada por tentar me ajudar. – ela volta a dizer, se levantando. Ele também se levantou.
- Não há de quê. – e acrescentou baixinho: - Disponha.
- O que disse?
- Nada… É só… - Rony ficou nervoso de repente. Começou a se remexer inquieto.
- O que houve, Rony? Está com algum problema? – Hermione perguntou preocupada. Isso porque ele estava realmente muito nervoso. E com as orelhas vermelhas.
- NÃO! – berrou. Depois, percebendo que tinha gritado, se arrependeu: - Desculpe.
- Tudo bem.
- Pois é… - os dois não sabiam o que falar. Estavam sem assunto.
- Então… Por que você veio me chamar mesmo? – Hermione perguntou curiosa.
- Por que…? Ah! – ele fez uma expressão de entendimento. – Mamãe pediu para avisar que o almoço já está pronto e que era para descer.
- O QUÊ? E VOCÊ SÓ ME DIZ ISSO AGORA? – Hermione gritou, indignada.
- Acho que não temos tempo para discutir, Hermione. Estão nos esperando. – Rony a cortou, indo em direção à porta.
- Espere! – ela chamou. Foi até ele e sorriu.
- Desculpe. – e o beijou na bochecha. Depois, saiu correndo do quarto.
Rony tocou no lugar que Hermione o beijara e suspirou. Pensou um instante na possibilidade de convida-la para ser seu par no casamento. Será que ela aceitaria? Não soube responder a si mesmo e tentou espantar esses pensamentos da cabeça. Deu uns três tapas na sua testa e saiu, seguindo Hermione direto para a cozinha.
Chegando lá, viu que Harry e Gina já estavam comendo, junto com Hermione.
- Estou morto de fome! – Rony comentou, sentando na cadeira e pegando uma grande tigela de galinha. Gina revirou os olhos.
- Normal. – comentou. Harry e Hermione abafaram risadinhas.
- Agora comam! Não quero ver ninguém desnutrido! – a Sra. Weasley falou.
- Verdad. Senhorra Weasley est complitament cerrt. – Fleur falou, entrando na cozinha, seguida por Gui e Carlinhos. Gina se levantou num salto.
- Gui! Carlinhos! – gritou, indo em direção a eles. Abraçou os dois. – Que bom que estão bem!
- Eu estou muito melhor do que antes. – Gui falou. Ainda estava cheio de cicatrizes no rosto, mas estava melhorando consideravelmente.
- Eu estou normal. – Carlinhos comentou, sentando-se à mesa. Gina voltou ao seu lugar.
- Tudos eston muit bem! – Fleur comentou, sorrindo feliz e balançando os longos cabelos prateados. Harry olhou para Rony e viu o tão conhecido sinal de atordoamento.
- Rony… Rony! Você está bem? – Hermione perguntou preocupada. Ele continuou a comer, mas fez um aceno com a cabeça (vermelha…).
- Então? Quais são as novas? – Harry perguntou.
- Novas? Que novas? – Rony perguntou atordoado.
- Segura a baba senão ela cai! – Gina comentou rindo. Ele lançou um olhar furioso.
- Cala a boca. – falou.
- Rony! Não fale assim com sua irmã! Peça desculpa! – Sra. Weasley exigiu. Ele bufou.
- Foi ela quem começou, mãe! – retrucou.
- Ronald Weasley! Se você não pedir desculpa para a sua irmã AGORA, vai ficar de castigo por um mês! – a Sra. Weasley falou, ameaçadoramente.
- Eu não tenho esse tempo, mãe… - Rony comentou baixinho.
- O que disse, mocinho?
- Desculpe, Gina. – ele pediu.
- Está desculpado. – a garota falou, sorrindo. Harry sentiu o estômago embrulhar. E não era por causa da comida.
- Depois do almoço vocês quatro vão direto para a sala. O casamento vai ser no terraço, mas vamos ter que arrumar as coisas aqui em baixo para quando os convidados chegarem. Entenderam? – a Sra. Weasley falou tudo isso muito rápido. Rony tinha a cabeça zonza.
- Entendi. – comentou. Os outros acenaram com a cabeça.
- Ótimo. – confirmou, satisfeita. Pensou um pouco e depois falou: - Aliás, Rony e Hermione vão para o terraço. Harry e Gina para a sala.
- Entendemos, Sra. Weasley. – Hermione falou.
- Ótimo. Agora… Fleur, querida. Venha comigo olhar os últimos detalhes do vestido, está ficando lindo! – a Sra. Weasley saiu da cozinha, puxando Fleur com ela.
- Anh? – indagou Harry, confuso. Há duas semanas atrás a Sra. Weasley vivia xingando Fleur e agora eram amiguinhas?
- Mamãe ficou tão sensibilizada com o amor de Fleur por Gui que decidiu ser mais amável com ela. Descobriu que é uma boa amiga. – Gina falou, como se lesse seus pensamentos.
- E você? – perguntou.
- Eu? Eu o quê?
- Ainda está em pé de guerra? Ou está sendo mais… amável?
- Estou tentando. Está difícil, mas estou tentando. Juro! – acrescentou, ao ver a cara de Harry. Ele riu.
- É você quem sabe, Gina. – ele comentou. Depois, se levantou da mesa e foi direto para a sala. Tinha terminado o almoço. Gina pousou os talheres na mesa e fechou os olhos um instante. Em seguida, fez o mesmo que Harry: levantou e foi para o aposento ao lado.
Hermione e Rony ficaram sozinhos na cozinha. Não pensem que esqueci de Gui e Carlinhos. O primeiro até tentou seguir a mãe e ver o vestido da noiva, mas ela não deixou. Então Carlinhos o puxou e foram até um dos quartos, arrumar as coisas. Portanto, só restaram Rony e Hermione na cozinha fria e grande da casa.
- Você não cansa de comer? – ela perguntou de repente. Rony se assustou. Tinha esquecido que a amiga estava ali.
- Que susto! – comentou para uma Hermione risonha. – Mas não… não que eu saiba, pelo menos.
- Que coisa sebosa, Rony. – ela comentou, ao vê-lo pegar uma coxa de galinha com a mão e lamber. – Isso é realmente nojento.
- Por que não experimenta? – ele perguntou, oferecendo a coxa recém lambida.
- Não, obrigada. Acho que já comi o bastante. – a garota comentou, enojada.
- Ah, qual é? Come aí, vai! É gostosa! – ele insistiu, balançando a coxa na frente de Hermione. Ela se esquivava, com uma cara de nojo…
- Não… Rony… você… não quero… NÃO! – gritou, indo para trás. – AHHHHHH! – gritou desesperada. Rony até tentou segura-la, mas suas mãos estavam escorregadias, devido às belíssimas e suculentas coxas de galinha.
- Mione? – ele perguntou receoso, ao vê-la gemendo de dor atrás da mesa. Colocou a coxa (de galinha) em cima da mesa cuidadosamente e começou a andar em volta da mesma.
- Ai… - um gemido veio de alguém chorando. – Hic… hic… hic…
- Você tá bem? – ele perguntou novamente. A garota estava encolhida. Abraçou as pernas e enfiou a cabeça nos braços.
- Pode (hic), ir embora (hic). Estou (hic) bem. (hic) – e fungou. Rony, com um grande peso na consciência, percebeu que a garota estava chorando. Então, fez uma coisa que nunca faria em qualquer outro caso.
Lavou as mãos. Foi até a pia e abriu a torneira. Depois de limpar bem a mão e o rosto, fechou a torneira e se enxugou. Em seguida, arrumou o cabelo e suspirou. Virou e foi em direção a Hermione.
- Mione… - chamou, agachando-se. Ela se remexeu, desconcertada. - Você está bem? – perguntou preocupado. Mais soluços, mais lágrimas e mais fungadas. Rony começou a se desesperar. Ela parecia incontrolável.
- (hic) Estou. Só estou (hic) um pouco (hic) doída. – ela respondeu, limpando as lágrimas e levantando a cabeça. – Dá pra me ajudar, por favor?
- Claro. – ele respondeu, puxando-a. E o tom mandão que ela tinha usado ajudava na hora de ordenar alguma coisa. – Mas da próxima vez seja menos grossa, por favor.
- Desculpe. – Hermione pediu, levantando e arrumando a roupa. – Vou indo pro terraço.
- Hermione… Temos que ir para a sala. – Rony consertou.
- Não… Harry e Gina vão para a sala, nós vamos para o terraço. Você não ouviu sua mãe falando, Rony? – a garota perguntou, receosa.
- Não… Então vamos… - e subiram para o terraço.
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Harry, que tinha chegado primeiro na sala, resolveu sentar no sofá e esperar por Gina. E a Sra. Weasley, claro.
De repente começou a tocar uma música. “Não resisto a nós dois”.
- Não me convida pra dançar? – perguntaram. Harry se virou. Sorriu e pigarreou.
- A senhorita me concede essa dança? – perguntou. Gina sorriu.
- Claro. – e foram para o meio da sala.
Eu gosto de você
Eu penso em você
Eu só respiro você
Gina colocou seus braços em volta do pescoço de Harry, e ele a enlaçou pela cintura. Dançavam calmamente. Sorriam tranqüilos.
Eu tento te esquecer
E te deixar pra lá
Mas não consigo
Não dá
- Harry…
- Oi…
- Vou sentir sua falta.
Sonhos perdidos
Que não saem do meu coração
Que vem mesmo que eu diga não
Ele a olhou e sorriu tristemente, lhe acariciando o cabelo.
- Eu também. – eles ainda dançavam. Harry a olhava, fascinado. Ela era tão linda. Os olhos cor de mel refletindo as luzes da sala. Os cabelos ruivos e brilhantes. Ele não resistiria. Ele queria. Ela queria.
Os rostos foram se aproximando lentamente. E, quando os lábios finalmente se encontraram, estavam tão quentes quanto seus corpos, sedentos de paixão. Ele não resistia a ela. Ela não resistia a ele. Ele enlouquecia quando a via. Tudo que ela lhe pedisse, ele faria. Sabia que ia se arrepender depois, mas não resistia a ela. Não resistiria. Era impossível.
Mas é só te ver
Pra enlouquecer
Faço tudo que você quer
Vou me arrepender depois
Mas eu não resisto a nós dois
Ou não
Agora se beijavam com tanta emoção, que esqueceram do mundo. Esqueceram de tudo. Só existiam eles dois. Ela era tudo que ele queria. Ele era tudo que ela queria. O desejo aumentava a cada toque tímido, a cada beijo ousado, a cada palavra sussurrada, carregada de amor. Tudo foi ficando cada vez mais selvagem. As carícias mais íntimas, os sussurros mais ausentes e o desejo maior. Ele tinha que tê-la só para ele. Ela o deixava sem sono. Sempre sonhava com ela. Sempre virava a noite, sem ter no que pensar. A não ser Voldemort.
Você é mel e sal
Você é o bem e o mal
Você me deixa sem sono
Sem ter você pra mim
Eu fico meio assim
Feito um cãozinho sem dono
- Eu te amo. – e se entregaram de corpo e alma ao amor.
Sonhos perdidos
Que não saem do meu coração
Que vem mesmo que eu diga não
Nada podia estragar aquele momento. Seria eterno. Ele não era nada sem ela.
- Harry… - ouviu-a chamá-lo. Estava deitada sobre o corpo dele. Ambos perdidos nos olhos de seus companheiros.
- Sim…
- Quando você vai embora?
- Não sei… Acho que depois do casamento. Por quê?
- Quero ir com você.
Mas é só te ver
Pra enlouquecer
Faço tudo que você quer
Vou me arrepender depois
Mas eu não resisto a nós dois
Ou não
- Gina… Você não sabe o que está pedindo. Está se expondo ao perigo.
- Eu sei. Mas eu quero ficar com você, Harry.
- Não. Minha resposta é “não”.
- Como sempre…
- Não posso correr o risco de te perder, Gina. Entenda… - ela sorriu.
- Eu entendo. – e beijou-o novamente.
Eu já me condenei
Por ser como eu sou
Mas já me perdoei
É por amor
- Harry! Gina! Onde estão vocês? – gritaram do lado de fora. Eles se olharam. Riram e começaram a se vestir. – Ah… Aí estão vocês.
- O que temos que fazer, mamãe? – Gina perguntou, arrumando o cabelo despreocupada.
- Que música linda! Onde arranjaram? – Sra. Weasley perguntou, indo até o rádio bruxo.
- É uma cantora trouxa, mãe. Wanessa Camargo. Adoro as músicas dela. São muito perfeitas. – e olhou para Harry. Ele sorriu.
- Concordo plenamente com a Gina, Sra. Weasley. Que tal se colocasse umas músicas dela na hora da dança do casamento? – Harry sugeriu.
- Boa idéia, Harry! Vou fazer isso! Ah! – e virou-se para sair. – O trabalho de vocês é arrumar essa sala e transforma-la num salão de dança.
- O quê? – Gina gritou, incrédula.
- Harry já pode usar magia, então comece assim, Harry. Boa sorte. – e saiu. Gina ainda estava boquiaberta. Por fim, foi até uma cadeira e se jogou nela.
- Tudo bem. Boa sorte com a arrumação. – ele a olhou, sem acreditar no que ouvia.
- Como?
- Ainda não posso usar magia, Harry. Então você limpa tudo sozinho. Depois eu vejo se ficou tudo certinho, tá? – e piscou o olho pra ele.
- Espera aí… Você tem dezesseis, certo?
- Dezesseis? Dezesseis o quê? – perguntou desconfiada.
- Anos.
- Com “os” ou “us” no final?
- GINA!
- Tudo bem, desculpe. Tenho dezesseis sim. Por que?
- Por que aí você pode usar magia! – Harry explicou. – Lembra de Fred e Jorge? Eles começaram a usar magia com… dezesseis também! Tá aí! Você também pode!
- Ah, não… - ela murmurou entediada.
- Anão é um homenzinho pequeno, mocinha. Trate de se levantar e vir me ajudar! – Gina se levantou relutante. Olhou-o e riu.
- Você é um bobo, Harry. – ele riu e se aproximou.
- Eu sei… – e a beijou. - Mas só quando fico perto de você.
Mas é só te ver, Pra enlouquecer, Faço tudo que você quer
Vou me arrepender depois, Mas eu não resisto a nós dois, Ou não
N.a: Oi, pessoas! Tudo bem? Normal comigo… Bom, essa é uma pequena fic. Só tem três caps. Ok? Bom, foi só pra avisar mesmo… Comentem e votem, por favor! Beijos!
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