Mais problemas para Dumbledore



Hermione acordou sete e meia da manhã, vestiu-se devagar e com sua varinha no bolso, desceu até o saguão. Sophie e Martin já estavam lá, em seguida chegou Paris e Bruna. McGonagall chegou no local oito e quinze da manhã, passou-lhes algumas instruções e então a professora Sibila Trelawney apareceu na porta.
Conduziu os alunos até uma sala grande, haviam cinco grandes estufas, com uma mesa, uma bola de cristal, uma xícara e um pequeno livro. A estufa era completamente fechada e paredes separavam elas, fazendo com que os competidores pudessem enxergar o que estivesse apenas na sua frente.
Hermione odiava lugares fechados, sentia-se sufocada e as vezes desesperada, mas aquela estufa não era necessariamente pequena, porém muito menor que uma sala de aula, Harry, Rony e Gina chegaram cedo, e puseram-se bem em frente à garota que agora já estava sentada em sua estufa, era exatamente a do meio.
– Escutem com atenção. – disse McGonagall calmamente. – Pela manhã teremos apenas uma etapa, os alunos que se classificarem participarão da final, durante a tarde de hoje. Mais detalhes serão dados após as provas.
– Bem, a prova consiste em adivinhar o que está acontecendo, e achar algum meio de se livrar disto. – disse Sibila animada. – Durante esta etapa, soltaremos alguma espécie de “gás” em suas estufas, em cada uma haverá um antídoto diferente. A tarefa de vocês é descobrir que tipo de gás é essa, usando a bola de cristal, devem também tentar adivinhar a dos outros concorrentes. Escreverão no livro, ao lado direito de vocês, o tipo de gás, seus e de seus concorrentes, a hora em que você e eles sairão daí e como irão fazer isso. A pessoa que conseguir completar estes quesitos poderá usar sua varinha para abrir a porta, e somente para abrir a porta. A porta não será aberta se o livro não estiver completo. Serão revisados os livros e então saberemos quem acertou mais e quem saiu em menos tempo, a pessoa que conseguir mais pontos, e as duas seguintes irão para a final. Estão todos prontos? Então vamos começar!
Logo os alunos viram o gás começar a subir, o primeiro era vermelho, o segundo verde, o de Hermione era amarelo, o quarto era azul e o quinto laranja. Hermione passava sua mão por cima da bola de cristal e balançava a outra mão no ar para afastar a fumaça da bola, que a essa altura quase cobria seu rosto.
Alguns minutos depois as estufas estavam cheias de gás, mal se podia enxergar as pessoas lá dentro. Do lado de fora os professores conversavam tranqüilamente quando se ouviu um estrondo forte na porta, Bruna Silva fora a primeira a sair de lá, com os aplausos dos alunos de sua escola, e a comemoração da Diretora Morgana.
Harry, Rony e Gina viram Bruna comentar alguma coisa com Morgana e em seguida esta foi falar com Dumbledore. Dumbledore foi até a professora Sibila e lhe falou alguma coisa que a fez rir descontroladamente.
– Será que está acontecendo alguma coisa errada? – perguntou Gina
Sua voz foi abafada pela segunda porta que se abriu, Martins saiu por ela radiante, seus colegas o aplaudiram, e logo ele se sentou no meio deles e pregou seus olhos na estufa de Hermione.
– O que está acontecendo? – perguntou Gina um pouco assustada. – Por que ela não sai?
– Calma ainda há três alunos lá. – disse Harry.
Mais uma vez um estrondo forte fez abrir em suas frentes mais uma porta, Sophie saiu calmamente como se fosse feita de cristal e caminhou até seu diretor abraçando-o delicadamente, ficaram ali olhando para as últimas duas estufas que estavam repletas de gás.
A outra porta abriu-se logo em seguida, era Paris que agora parecia um pouco assustada, Malfoy e seus amigos riam alto por Hermione não ter conseguido sair. Paris olhou assustada para Sibila que parecia muito tranqüila. Paris caminhou rapidamente até lá, e disse alguma coisa à professora que a fez reunir os outros competidores. Os professores começaram a se mobilizar, Dumbledore caminhou rapidamente com Hagrid até a porta de Hermione. Todos os alunos puseram-se de pé nesta hora com caras preocupadas, exceto Malfoy e seus amiguinhos, é claro.
– O que está havendo? – perguntou Rony.
– Hermione? – bateu Hagrid com força na porta. – Está me escutando? Afaste-se! Ouviu bem? Afaste-se!
Houve um estrondo, Dumbledore havia aberto a porta, o gás começou a sair e logo foi mandado para longe por Moody. Harry, Rony e Gina tiveram a impressão de terem visto Hermione jogada no chão. Hagrid se abaixou e saiu com Hermione desmaiada em seus braços.
– Leve-a para Pomfrey. Rápido. – disse Dumbledore para Hagrid.
Hagrid saiu por entre os alunos que olhavam assustados, Harry, Rony, Gina e Krum correram atrás dele. Chegaram à ala hospitalar mas foram proibidos de entrar, Hagrid logo saiu, porém sem notícias.
– O que aconteceu? – perguntou Gina.
– Parece que algum engraçadinho andou brincando um pouco. – disse Hagrid tristemente irritado. – Um pouco mais daquele gás e não teria salvação.
– Ela vai ficar muito tempo aqui? – perguntou Krum preocupadíssimo.
– Acredito que não. – disse Hagrid. – Não estava machucada, só muito intoxicada, acho que em um ou dois dias estará nova em folha. Pomfrey é muito boa, meu rapaz.
– Circulando. – disse Pomfrey aparecendo na porta. – Não precisam ficar aqui, garotos, a Srta Granger será liberada para visitas apenas amanhã.
– Ela ao menos está bem? – perguntou Harry.
– Sim. – disse Pomfrey. – Está consideravelmente bem. Mas como disse não há condições de receber visitas hoje, se vocês forem embora e deixarem ela descansar talvez amanhã já possa sair.
– Não podemos dar um oi rápido? – perguntou Gina.
– Cinco minutos. – disse Pomfrey finalmente. – Preciso sair um rapidinho, mas quando voltar quero que vão embora.
Harry, Rony, Gina e Krum entraram no quarto, Hermione estava um pouco pálida e com a boca ressecada. Ela estava fitando o teto como se estivesse perdida em pensamentos que a prendessem em outro lugar. Estava realmente parecendo muito doente.
– Ei. – disse Gina sorrindo. – Como você está.
Hermione encarou-a rapidamente e forçou um breve sorriso.
– O que foi que aconteceu? – perguntou Krum.
– Eu tentei sair de lá. – disse Hermione devagar. – Eu sabia que era gás tóxico, mas não consegui adivinhar tudo a tempo, eu não consegui abrir a porta, tinha que adivinhar tudo antes, mas estava me sufocando, estava me matando. Eu não consegui, diga a Dumbledore que eu não consegui, eu tentei, eu me esforcei, mas não consegui. Diga-lhe que sinto muito por ter feito Hogwarts se envergonhar.
– Não precisa dizer nada disso, Srta Granger. – disse Dumbledore que entrava sorrindo pela porta, segurou a mão de Hermione que agora chorava. – Nada disso era para ter acontecido, não foram esses os planos.
– Eu sinto muito. – disse Hermione.
– Não, eu que sinto muito por tudo isto. – retrucou Dumbledore massageando a mão de Hermione com carinho. – As coisas vão ficar bem agora, Sibila disse que suas anotações foram muito boas, de acordo com o tempo que ficou desmaiada lá dentro. Ela disse que quinze minutos antes da primeira pessoa sair você havia descoberto a penúltima pista para abrir a porta. Foi tudo um golpe de azar, você foi a melhor, Srta Granger.
– Eu não me importo com isso. – disse Hermione. – Eu não queria prejudicar você, Dumbledore. As pessoas irão culpar o Sr.
– Não se preocupe com isso. – disse Dumbledore, soltou sua mão e saiu sorrindo pela porta.
Pomfrey entrou logo em seguida, Krum beijou a testa de Hermione e retirou-se da sala, Gina a abraçou forte Harry e Rony fizeram o mesmo. Hermione ficou alguns segundos segurando a mão de Rony, quando finalmente a soltou, ele sorriu antes de fechar a porta.
Apesar do incidente, nenhuma outra prova fora realizada com estufas ou gazes, a prova da tarde não fora adiada, mas fora trocada por questões que os estudantes deveria responder usando a bola de cristal. A campeã foi Bruna Silva de Branagh, a primeira a perceber que o gás de Hermione era tóxico.
Quarta foi o dia de Artimancia, as provas foram mudadas do vinho para a água, várias cartas chegaram até as mãos de Dumbledore, mas aquele não fora um incidente tão grave como fora o de Cedrico, e Hagrid costumava dizer que isso apenas fortaleceria mais ainda Dumbledore em Hogwarts, pois Hermione poderia ter morrido, mas isso não acontecera.
– Quando provarem que aquele Lúcio causou isso, pedirão desculpas de joelhos por todo este incomodo a Dumbledore. – dizia Hagrid irritado.
Logo pela manhã foram até a ala hospitalar, Krum já estava lá, sentado ao lado de Hermione, que ainda dormia. Rony sentou-se do outro lado da cama, Gina e harry ao seu lado. Ela parecia mais corada e sua boca estava voltando ao normal. Uma pequena coruja entrou voando pela janela e largou uma carta em cima de Hermione. Era da Sra Weasley, mas Harry não a abriu, pois Krum estava ali.
– Preciso tomar café. – disse Vítor em voz baixa.
– Pode ir. – disse Gina. – Nós ficamos aqui.
– Me chamem quando ela acordar. – disse Krum saindo pela porta.
– “Como ela está? – Harry começou a ler. – Não se aproximem de Lúcio, ouviram bem? Não quero nenhum de vocês metido nisto! Já basta o que aconteceu ontem! Espero que Hermione melhore logo. Mandem notícias. Molly Weasley”.
– Lúcio Malfoy foi longe demais para sair impune. – disse Rony irritado. – Ele quer destruir Dumbledore, mas quer acabar conosco também.
– Oi. – disse Hermione acordando.
– Oi Mione! – disse Rony sorrindo, mudando o assunto. – Como você está hoje?
– Oh, muito melhor. – disse Hermione. – Quando vou poder sair daqui?
– Logo. – disse Gina sorridente.
Ficaram alguns segundos em silêncio, Hermione arrastou devagar sua mão até o encontro da de Rony, que estava em cima do colchão, segurou-a delicadamente.
– Vítor pediu para que fosse avisado quando você acordasse. – disse Harry. – Se quiser podemos chamá-lo.
– Ahh, tudo bem. – disse Hermione sorrindo de leve.
– Vem comigo, Gina? – perguntou Harry. E os dois saíram pela porta.
– Quem ganhou? – perguntou Hermione.
– Isso não é importante, Mione. – disse Rony.
– Eu sei que não. – respondeu Hermione. – Mas eu quero saber.
– Bruna. – respondeu Rony finalmente. – De Branagh.
– Uhum, eu sei. – disse Hermione que olhava para sua mão, que agora segurava a de Rony.
– Você nos deu um susto e tanto! – disse Rony rindo.
– Ai eu sei. – disse Hermione sorrindo, depois voltou a encarar sua mão.
– No que está pensando? – perguntou Rony depois de alguns segundos em silêncio.
– Eu fiquei com tanto medo de nunca mais ver você. – disse Hermione com lágrimas brotando-lhe dos olhos. – Harry, Gina. Eu só queria sair de lá, para poder estar com vocês, mas eu não consegui e foi tão terrível e assustador. Porque todas às vezes estivemos juntos, e eu não tinha ninguém para me ajudar a sair dali...
– Desculpe. – disse Rony sem jeito, aproximou-se da cama. – Não queria fazê-la lembrar dessas coisas.
– Eu nem consegui esquecer. – disse Hermione abraçando-o, continuava a chorar. – Mas foi tudo minha culpa, vocês haviam me alertado, eu podia ter desistido, mas eu fui estúpida demais para desistir disso, e fiz isso por um motivo tão tolo que agora me sinto uma garota mimada e ridícula.
– Você sabe que não é nada disso. – disse Rony abraçando-a forte, afagava seus cabelos ondulados. – Eu também teria ido, Mione. Você estudou muito para estar lá, e é normal que você quisesse participar.
– Mas eu não fazia questão. – disse Hermione. – Eu fiz isso por causa do que Luna falou de Lilá, ela sempre quis ter...
– Hermioniie. – disse Krum abrindo a porta, ignorou o fato dos dois estarem abraçados e foi até junto dela. – Está chorando? O que houve?
– Estou bem. – disse Hermione afastando-se de Rony.
Ficaram conversando alguns minutos antes de Pomfrey pedir para que saíssem, Harry e Gina desceram para tomar café, Rony ficou esperando que Pomfrey o deixasse entrar novamente, e para sua raiva, Krum ficou ali também.
– Pode ir tomar café. – disse Krum.
– Não estou com fome. – disse Rony paciente.
– Por que está aqui? – perguntou Krum irritado. – Vá procurar sua namorada, e deixe que eu cuido da minha.
– Luna está bem, e não precisa de mim agora. Hermione precisa de mim, precisa de seus amigos. – disse Rony.
– Não precisa. – disse Krum. – Harry disse que ela estava se sentindo muito bem, e quando eu chego ela está em prantos? Olha em que estado você a deixou! Hermioniie não precisa de alguém que a faça lembrar o que aconteceu a toda hora. Saia daqui Weasley.
– Não vou. – retrucou Rony.
Algumas horas depois, Pomfrey proibiu-os de ficarem ali, suas breves discussões incomodavam o descanso de Hermione, que lá de dentro escutava as vozes deles. “Vocês estão piorando as coisas” disse Pomfrey, e então os dois saíram dali.
Rony encontrou com Harry e Gina na sala comunal, estavam conversando, mas não pareciam muito felizes. Estavam desanimados, era quase nove horas da noite e Gina descansava sua cabeça no braço da poltrona em que estava sentada. Harry estava esticando em um pequeno sofá olhando para a lareira.
– Como ela está? – perguntou Gina.
– Parece que sai amanhã. – disse Rony jogando-se em uma poltrona. – O que fizeram hoje?
– Cuidamos um pouco de Lúcio. – disse Harry. – Não podemos arriscar que ele faça mais alguma coisa.
– Já falaram com Hagrid? – perguntou Rony.
– Não. – respondeu Harry. – Queríamos que você fosse junto, mas pelo visto...
– Vamos amanhã cedo. – disse Rony sorrindo. – Depois de passar na Ala Hospitalar, é claro.
– Tudo bem. – disse Gina rindo. – Já falou com Luna? Ela está muito irritada com você.
– Por que? – perguntou Rony. – Não vejo nenhum motivo para ela estar... ah meu Deus, hoje ela iria competir, e eu... Oh não!
Rony saiu rapidamente pelo buraco na parede, foi até o refeitório atrás de Luna e por sorte ela estava lá, sentada com a cara fechada servindo-se. Rony ficou parado na porta esperando ela terminar de comer, o que não demorou.
– Oi. – disse ele quando ela passou.
– Oi, Ronald. – respondeu Luna, continuou caminhando. – Como está sua amiguinha?
– Desculpe por não ter ido hoje. – disse Rony sem jeito. – Eu realmente sinto muito, eu me esqueci completamente, por favor Luna, me desculpe.
– Tudo bem Rony, eu te desculpo. – disse Luna encarando-o.
– Obrigado. – disse Rony sorridente aproximando-se para beijá-la.
– Eu te desculpo. – disse Luna empurrando-o. – Mas não quero mais ser sua namorada, Rony. Você foi muito insensível hoje. E eu não posso entregar meu coração a alguém que não esteja disposto a fazer o mesmo!
Rony não dissera nada em relação aquilo, sentiu uma sensação estranha de alívio e dor cortar seu coração, a garota virou-se e sem dizer mais nada subiu as escadas, Rony apenas a acompanhou com os olhos.

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Meus caps extras acabaram... ^^ ... axo q só findi q vem agora... ahhh...
Po, comentem aí, por favoooor... preciso d animação pra continuar escrevendo, força aíííí.... brigadão pra qm leu... c eh q algm leu... ahh sqc..
Bjinho

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