Uma reconciliação...?



Ele se sentia muito culpado sim,só não queria falar com ela sobre isso...Pois,certamente ele se sentiria constrangido por tal situação e também não tinha um pingo,um resto de coragem para olha-la na cara,depois de ouvir verdades saídas diretamente da boca dela...Verdades que doíam,verdades doentias que o faziam se sentir mal...Ninguém gosta de ouvir as verdadeiras verdades sobre si mesmo,afinal...Machuca.Seu orgulho estava ferido,e isso fazia com que ele sentisse um nó entalado em sua garganta o que o impedia de falar somente uma letra.Luna achava que se ele estivesse se sentindo culpado mesmo,ele iria falar com ela e ao menos pedir desculpas,mas ele não conseguia....Ele tentava,mas não conseguia,sempre tentava se aproximar dela,mas algo ainda o impedia...Era como se algo lhe dissesse em sã consciência que ainda não era a hora exata.Ela tentava poupar o peso que ele carregava em suas costas,mas ela também não sabia como.

Os dias foram se passando e cada vez mais,aquele clima chato e constrangedor entre os dois e principalmente sobre Hogwarts.Todos os olhavam,sem expressão certa,e sempre estavam observando os dois,se caso alguma hora se esbarrassem pela castelo.Mas também outro clima “estranho” estava se formando entre os dois,eram olhares pra cá,olhares pra lá.Os dois se olhavam com cautela e discretamente para que os demais não percebessem.Cedrico ás vezes chegava á 5 minutos olhando-a,mas Luna não agüentava e sempre desviava...

Como de costume,era hora do almoço e como Luna nunca sentira fome nesse horário,ela estava andando pelo castelo e milagrosamente neste dia,ela não estava estudando.Ela andava por Hogwarts a admirando cada vez mais por cada detalhe escupido nas paredes e tentando conhece-la de cabeça aos pés.Ela estava andando pelo corredor do banheiro das meninas quando ela vê que alguém pelo outro lado,também vinha andando,calmo e tristonho...............................................................Era Cedrico.

Eles se olharam desconcertados,e passaram devagar,um do lado do outro,Cedrico não pôde mentir que sentiu uma oculta atração ao vê-la acanhada,mas tentou se livrar desse pensamento passageiro,mas ao mesmo tempo,muito fixo.Luna brecou um pouco nos passos,só para ver a reação dele.Quando ele já estava á um centímetro atrás dela,ele pensou consigo mesmo:
“Não....Eu tenho que falar com ela!!...” – Com muito esforço,ele a pegou pelo braço a virando para si mesmo e disse olhando fundo nos olhos dela e sério,o que realmente a fez se assustar,pois,ela nunca vira Cedrico dessa maneira,parecia até uma mudança de espírito:
-Lovegood...Eu preciso falar com você...-ele olhou um pouco ao redor para verificar se não havia ninguém mesmo ali ou se alguém estava chegando.

Luna o olhou um pouco pasma e assustada,mas logo reagindo de tal maneira surpreendente e irreconhecível,ela disse:
-Tá...

-Venha...-sem mais demoras,ele a pegou pelo braço e a levou para a Sala Precisa com muita cautela,pois,alguém poderia pega-los...E ainda juntos.

Chegando na sala,ele trancou a porta por pensamento e se virando á ela...Ela começou a falar:
-Você quer falar comigo sobre aquele dia,no jantar não é?

-É...-disse ele nervoso.

-Muito bem....Pode começar...-disse ela,se pondo a ouvi-lo.

-Lovegood...Eu nem sei por onde começar...

-Bom...Diggory...O que você está sentindo de mim agora?Raiva,ódio?

Ele não respondeu,então,ela tinha certeza que sim...
-Diggory...Eu não entendo o porquê de você me odiar tanto,sério...O que eu fiz á você??
...Olha...Eu juro que eu não te odeio,nunca te odiei,muito menos por isso,mas...-disse ela começando a ficar com os olhos inchados e vermelhos,fazendo algumas lágrimas rolarem automaticamente por sua face...-Parece que você me abomina!Eu sinto que ás vezes você quer me matar,me exterminar da face da terra e em parte eu sei que isso é verdade e eu sei que você sente isso.....Mas eu não tenho culpa se o seu pai não gosta do meu,mesmo assim,isso não era motivo para você ofende-lo...Quando você me odeia sinto que são 1.000 pessoas me odiando e eu sinceramente queria saber o porquê disso tudo.Eu...Eu...Eu só queria te dizer que eu me sinto mal quando os outros me odeiam,ainda mais sem motivos,porquê,eu nunca fiz mal a ninguém...E me sinto mal fazendo os outros se sentirem mal também mesmo eu não sabendo o motivo.Eu não quis te humilhar aquele dia na frente de todos ou algo do tipo,mas você me forçou á dizer coisas que eu não queria...Eu nunca tinha feito aquilo e acabei provando...Bom,eu quero dizer que disso tudo,eu me sinto mal,sabendo que você está se sentindo mal por mim,sem motivos...

Luna estava chorando e falando tudo isso sem respirar frente á ele,o que o deixou com dó dela,ela mesmo sabendo tudo o que ele havia feito com ela,ela ainda se importava com o próximo e ele estava tão admirado com esta qualidade dela que ele nem sabia o que dizer á ela...
-Eu....Sinto muito...-ele apenas conseguiu dizer isso,nada mais.

-Diggory...Eu estou aqui,chorando na sua frente,praticamente chorando pra você e você só consegue me dizer que sente muito?-ela faz uma pausa esperando resposta que não obteve-Olha,eu só queria que você dissesse uma palavra que demonstrasse sentimento...-ela disse esperando resposta de novo,ela chorava amargamente,o que o fazia se sentir culpado por ela estar fazendo isso...

Quando ela percebe que ele não conseguia dizer nada,ela se sentou em uma poltrona vermelha-vinho que havia ali.Apoiou seus cotovelos em seus joelhos e ela começou a chorar.Ele sentia que ela estava sofrendo,e ele se sentia um idiota por não conseguir fazer nada.Luna chorava tão desesperadamente que ele não agüentou,afinal,ele tinha sentimentos sim,só tinha medo de mostra-los á ela.

Ele se ajoelhou frente á ela,e a chamou pelo primeiro nome...Mas ela nem notou nessa hora,lógico...
-Luna...Não quero que você fique assim....

Luna chorava,mas estava atenta ás palavras dele,que pareciam muito bizarras á ela.Ele não disse mais nada,mas,agora,era como que se seus corpos mandassem em si mesmos,eles se encaixaram estranho mesmo em um abraço forte e caloroso e ambos suspiraram sem fôlego ao sentir o toque íntimo entre os dois.Eles estranhavam,afinal,nunca tinham se abraçado,e não sabiam como receber um ao outro de forma....Convidativa digamos.Os braços dele a enlaçavam pela cintura e ela segurava nos braços dele,com sua cabeça encostada no ombro dele,a deixando confortável...Estranhamente.Ele a abraçava como se já a conhecesse á muito tempo e ela era como se fosse uma flor delicada na mão de um ser humano...O que fez Cedrico rever suas convicções e conceitos.Ele se sentia esquisito,bizarro,estranho,enfim...Originando desses sentimentos ao estar abraçado á ela....Ele estava anestesiado e ele estava gostando do abraço,ele não pôde mentir....

Ele gostava de sentir o toque nas mãos dela nos braços dele,os apertando de leve,como se procurasse algum tipo de refúgio e conforto.Ele gostava de sentir os cabelos dela,macios,abaixo de seu queixo e a maneira de como ela se recostava no ombro dele,de uma forma inocente,mas ao mesmo tempo atrativa.Ele gostava de poder segura-la pela cintura seguro,a deixando relaxada em seus braços e segura de si.Ele gostava de saber que o coração dela não batia acelerado como antes quando ela sentia medo dele,e sim calmo....Uma espiritualidade,que ele nunca soubera,que seria capaz de algum dia,transmitir isso a alguém.




Continuaaaaa

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