Cartas para Petúnia Dursley
Harry havia tirado um peso enorme de dentro de si, desde de que falara com Dumbledore, e não sabia se ficava extremamente feliz em voltar uma última vez à Hogwarts em setembro, ou se ficava preocupado em ter como atual missão encontrar e destruir todas as Horcruxes, antes de voltar. Mas essa não era a hora de pensar em nada disso. O garoto só pensaria nisso quando voltasse para a casa dos tios.
Harry estava passando pela enorme porta do Salão Principal, que ainda estava vazio, com exceção de alguns alunos mais novos que já tomavam café (o mais velho deles parecia ser terceiranista), quando sentiu uma mão pesada às suas costas.
- Crabbe? Goyle? – perguntou Harry quando se virou e, deu de cara com os dois brutamontes que outrora defendiam Draco Malfoy, antes que este fugisse com Severus Snape, o maior traidor que Harry já conhecera.
- Para onde o Draco foi? – perguntou Goyle, com um tom de voz asperamente ameaçador.
- Não sei – disse Harry, sinceramente.
- É melhor nos responder, Potter – ameaçou Crabbe, estalando os dedos da mão.
- Você acha mesmo que se eu soubesse, eu ainda estaria aqui olhando para cara de idiotas puxa-sacos como vocês? – perguntou Harry, depois de colocar a mão no bolso e se certificar de que ainda havia uma varinha ali.
Crabbe fechou os punhos e quase acertou um soco em Harry, que pulou pra trás. Goyle partiu para cima de Harry, que puxou a varinha e atingiu Goyle com um Estupefaça não-verbal bem no peito, lançando-o pra cima da mesa da Corvinal, quando sentiu os ossos da mão que segurava a varinha se partirem com o soco potente que Crabbe lhe deu. A varinha caiu e rolou pra debaixo da mesa da Grifinória. Crabbe se lançou pra cima de Harry, derrubando-o no chão, pondo-lhe as mãos no pescoço e começando a estrangula-lo. Harry pôde sentir todo o ar lhe fugir, enquanto Crabbe lhe apertava fortemente a garganta. Mesmo sem ar, Harry tentava apanhar a varinha que estava a alguns palmos dele. Se ela estivesse um pouquinho mais perto, um dedo mais próxima...
- Petrificus Totalus! – disse alguém às costas de Crabbe.
Crabbe tirou automaticamente as mãos do pescoço de Harry, juntou os braços aos troncos e caiu, duro feito pedra, ao lado do garoto, que agora tentava sugar com a boca o máximo de ar que podia. Harry pegou sua varinha e levantou. Não nenhuma surpresa ver Gina Weasley parada próxima a porta do Salão de Entrada, guardando a varinha nas vestes.
- Obrigado, Gina – disse Harry, ainda arfando.
- Parece que eles pretendem vingar a fuga de Malfoy e Snape, não é? – perguntou a garota. Ela não parecia nem um pouco ressentida pelo que Harry lhe dissera no dia anterior, sobre ter de deixa-la e seguir sozinho em sua missão.
- Realmente é o que parece... – disse Harry. Ao contrário de Gina, Harry se sentia incomodado com a situação.
- Ei, você, garoto – disse Gina a um dos poucos alunos que estavam no Salão, um corvinal nanico, que estava de boca aberta pela cena que vira há pouco – Chame a professora Minerva, diga a ela que temos problemas por aqui.
- Você sabe onde Rony e Hermione estão? – perguntou Harry a Gina.
- A Hermione estava no salão comunal quando eu passei por lá. Parece que ela tinha acabado de receber mais uma das cartas de Krum – disse Gina, minimamente chateada.
- O Rony não deve ter gostado muito, não é mesmo? – perguntou Harry.
- Bem... ele não tinha acordado ainda quando saí, mas...você conhece o Rony – disse Gina.
Harry balançou a cabeça positivamente. Harry tinha chegado naquele momento aterrador que sempre chegara quando conversava com Cho, a falta de assunto. Harry começou a brincar com a varinha nas mãos, enquanto Gina parecia achar engraçado e divertido um rasgo na gola das vestes. De repente, quando Harry tomara coragem pra dizer que ia sair para procurar Rony, ele ouviu gritos e berros que vinham de longe e ficavam cada vez mais audíveis, como se as pessoas que discutiam tivessem se aproximando.
- EU JÁ DISSE QUE NÃO TEM NADA DE MAIS NESSA CARTA, RONALD! – berrava Hermione, ao entrar, com um envelope nas mãos, no Salão Principal.
- AH, CLARO QUE NÃO! NADA DE MAIS, NÃO É? O QUE ELE QUER AGORA? CONVIDAR VOCÊ PRA IR VISITÁ-LO NA BULGÁRIA DE UMA VEZ POR TODAS? – gritava Rony, entrando atrás de Hermione no Salão. Os alunos que já estavam por lá olharam espantados para a cena.
- Ei, pessoal – disse Harry, indo até os dois – Que escândalo é esse?
- Escândalo? Harry, eu fui obrigada a sair do Salão Comunal porque o Ronald estava dando mais uma das crises dele – disse Hermione.
- Não é uma crise, Hermione! – gritou Rony.
- Então qual o nome que você dá para uma série de gritos e berros, seguidos de pisões de pé no chão e xingamentos a alguém que me manda uma carta que eu não te permiti ler? – perguntou Mione, séria e muito brava.
- Existe uma palavra de cinco letras que define isso muito bem – disse Gina.
- Por que você não me deixa ler a carta então? Está com medo, é? – disse Rony.
- Eu não devo nada a você, e só não mostro a carta, porque acho um abuso você querer mandar nas coisas que eu recebo ou deixo de receber – berrou Hermione – Mas... quer saber de uma coisa? Quer ler? Toma – ela esticou o envelope para Rony – Leia. Divirta-se!
Rony pegou o envelope desconfiado, tirou a carta de dentro e leu. Seu rosto foi ficando menos sério, ao final da carta parecia quase arrependido.
- Nunca imaginei que o Krum te escreveria desejando condolências pela morte de Dumbledore – disse Rony, abaixando a cabeça.
- Isso é porque você é muito infantil, Ronald – disse Hermione, séria – Jamais entenderia o que existe entre Vítor e eu. Você cresceu, mas continua a mesma criança de onze anos que eu conheci naquele Expresso de Hogwarts há seis anos! – Hermione estava arfante quando terminou. As pessoas já estavam entrando com mais freqüência no salão. Todas elas passavam olhando para Rony e Hermione.
- Eu não sou assim – disse Rony, ainda de cabeça baixa, e com a voz fraca.
- Sabe, eu devia ter aceitado o pedido de namoro de Vítor ao invés de... – Hermione parou no meio da frase, como se fosse dizer uma coisa errada. Harry desconfiou do que seria.
- Ao invés de o quê? – perguntou Rony, levantando a cabeça.
- E você ainda pergunta, Rony? – perguntou Gina, claramente indignada com a pergunta.
- Eu não estou entendendo – disse Rony. Era evidente que ele entendera, mas não queria demonstrar.
- Você tem medo, Ronald! Medo! – gritou Hermione, saindo do salão, andando de costas – Uma coisa que o Vitor jamais teve. Essa é a diferença entre vocês. Você é um medroso com medo de demonstrar o que sente!
Hermione virou de costas e estava saindo a passos largos do salão, quando Rony correu até ela, decidido. Harry nunca pensou que Rony tivesse realmente coragem de fazer o que fez, não na frente de todos ali no salão, mas ele fez. Ele puxou Hermione pelo braço, virou para ele e a beijou. Todo o salão foi tomado por uma onda de silêncio jamais vista. Gina sorriu, assim como Harry. Ambos desviaram o olhar um do outro, quando esses se encontraram.
- Existem lugares onde a privacidade pra esse tipo de coisa é maior do que no salão principal, Srta. Granger e Sr. Weasley – disse a professora Minerva, surpresa, entrando no salão.
- Ah... desculpe, professora – disse Hermione, desgrudando-se de Rony, assustada – Isso não acontecerá mais.
- Não no salão principal – disse Rony, rindo, segurando a mão de Mione.
- E, vocês? Sentem-se e voltem às suas refeições – gritou a professora para os bisbilhoteiros que observavam Rony e Mione.
Os dois dias em que Harry permaneceu em Hogwarts foram bastante diferentes do que ele esperava. Rony e Mione passavam a maior parte do tempo juntos, conversando sobre algumas coisas e namorando. Harry passava esse tempo sem os melhores amigos com Neville, Simas e Dino; enquanto Gina era vista conversando com as gêmeas Patil ou Luna freqüentemente. Como o prometido, Harry não foi mais falar com Dumbledore, nem perguntou sobre ele com algum professor quando os via no corredor. Os professores, aliás, estavam tendo algum trabalho em reconstruir as partes destruídas do castelo, durante a invasão dos Comensais e Rufus foi visto, na manhã de despedida de Harry de seu sexto ano em Hogwarts, tentando refazer os feitiços protetores que Dumbledore tinha feito antes de morrer. Harry achou muito difícil que Rufus pudesse fazer os mesmos feitiços que Dumbledore, mas não comentou com ninguém.
Harry decidira, nessa mesma manhã, voltar a Sala Precisa para pegar o livro do Príncipe Mestiço de volta. Embora fosse difícil de engolir, o livro de poções de Snape era realmente muito útil, e possuía feitiços poderosos, que poderiam ser importantes durante sua caçada à Horcruxes.
- Vocês finalmente se entenderam não é mesmo? – perguntou Harry, para Rony e Hermione, na carruagem guiada pelos testrálios, que levava ao Expresso de Hogwarts.
- É... uma hora isso teria de acontecer mesmo – disse Hermione, sentada ao lado de Rony.
- Só falta você e Gina, certo? – perguntou Rony. Hermione deu uma cotovelada nele, com cara de quem repreende algo.
- Isso não vai acontecer, Rony. Não enquanto Voldemort ainda estiver vivo – disse Harry.
- Você já tem um plano em relação as Horcruxes, Harry? – perguntou Mione.
- Hoje eu peguei o livro do Snape de volta. Talvez lá possa haver algum feitiço ou alguma coisa pra me ajudar – disse Harry.
- Snape não sabe sobre as Horcruxes, Harry – disse Rony – Duvido que algo nesse livro possa te ajudar.
- Talvez Harry tenha razão, Rony – disse Mione – Snape é tão ambicioso quanto Você-Sabe-Quem, quem sabe, ele não descobriu algo sobre Horcruxes durante sua adolescência também.
- Mas daí a ele escrever num livro de poções que todos podem ler, Mione? – disse Rony.
- Bom, ele não foi muito precavido quando escreveu feitiços como Levicorpus e Sectusempra em seu livro pessoal, não é? – disse Harry – Fora que as Horcruxes são realmente coisas difíceis de serem feitas, eu acho. Ele poderia escrever tudo sobre elas, e duvido que alguém que lesse tentasse fazer.
- Nesse ponto Rony tem razão, Harry – disse Hermione – Pensando bem, é uma idéia bem tola mesmo escrever sobre Horcruxes num livro escolar. Ele teria tantas outras formas de fazer isso, caso soubesse o que são.
- Chegamos ao Expresso – disse Harry, quando a carruagem parou.
A viagem até a estação de King Cross em Londres foi lenta e transcorreu devagar. Harry resolveu ficar sozinho em uma cabine, enquanto Rony e Hermione, como monitores, vigiavam o trem. Harry leu grande parte do livro de poções do Príncipe Mestiço, enquanto o trem corria para o início de mais umas longas férias que aguardavam Harry com os Dursley. Harry não encontrou nada de muito significativo até a parte em que Harry lera o livro e suas anotações nos cantos das páginas.
- Até daqui a um mês, Harry – disse Rony, enquanto ele, Harry e Mione passavam pela passagem de saída da estação nove e meia.
- Assim que eu fizer aniversário, sairei dos Dursley e irei para o casamento de seu irmão, Rony – disse Harry – Depois disso, bem... , vocês já sabem.
- Queremos ir com você, Harry – disse Hermione.
- Não, não podem! Essa é uma tarefa minha, não de vocês.
- Não vamos discutir agora. Pense sobre isso durante as férias, Harry. Quando nos encontrarmos no casamento de Gui, conversamos mais sobre isso, certo Hermione? – disse Rony.
- Tudo bem. Sentiremos saudades, Harry – disse Hermione, abraçando o amigo.
- Eu também sentirei falta de vocês – disse Harry. Os Dursley já podiam ser vistos esperando Harry na porta da estação. Duda estava mais gordo do que nunca; tia Petúnia estava séria e parecia bastante concentrada em Harry e; tio Valter estava carrancudo, olhando alguns dos outros alunos bruxos que saiam da plataforma nove e meia, para encontrar seus pais.
Harry despediu-se uma última vez de Rony e Mione e seguiu para encontrar os tios e o primo.
- Vamos, garoto – disse tio Valter.
- Vocês sabem que essa é a última vez que eu volto pra casa de vocês, não sabem? – disse Harry.
- Não estamos tristes em saber disso, Harry – disse tia Petúnia.
- Igualmente, tia – disse Harry – Esse é um momento que eu espero a dezesseis anos.
- Enquanto esse momento não chega, entre no carro, garoto – disse tio Valter, rude.
Já fazia cinco dias que Harry estava na casa dos Dursley. Esses dias tinham sido um pouco melhores do que foram anos antes. Talvez os Dursley tivessem finalmente optado por deixar Harry em paz, devido aos últimos dias do garoto em sua casa, ou talvez estivessem ocupados demais com os problemas escolares que Duda vinha tendo na escola (ele estava preste a ser expulso, Harry descobrira em seu primeiro dia de volta aos Dursley). Harry só sabia que estava satisfeito em não ter tia Petúnia ou tio Valter lhe incomodando sobre o que fazer.
- Garoto – disse Petúnia, falando com Harry pela primeira vez desde a volta do garoto – Estamos indo para um almoço na casa dos Jackson, e vamos deixa-lo aqui sozinho.
- Tudo bem, podem ir – disse Harry, folheando as páginas de seu livro de feitiços.
Tia Petúnia saiu e fechou a porta do quarto de Harry. Minutos depois o garoto ouviu o ronco dos motores e o carro indo embora. Foi nesse exato instante que Harry sentiu muita fome e decidiu descer para comer alguma coisa na cozinha, pois sem os Dursley lá, ele tinha mais liberdade.
Harry desceu e preparou um sanduíche com suco, e enquanto comia, pensava em como seria sua vida depois que saísse dos Dursley para sempre. Todos os momentos (noventa e nove vírgula nove por cento ruins) na casa dos Dursley perpassaram em sua mente. Tudo. As cartas de Hogwarts entrando ensandecidas para dentro da casa dos Dursley; Dobby fazendo o pudim de tia Petúnia flutuar e cair na mulher do chefe de tio Valter; tia Guida, irmão de tia Valter, se transformando num balão e voando pela cozinha; os Weasley entrando na casa dos Dursley pela lareira; os dementadores atacando Duda na rua das Magnólias, dois anos antes; tia Petúnia recebendo uma carta de Dumbledore. Uma carta de Dumbledore. Harry lembrava-se claramente do que ela dizia: Lembre-se da última, Petúnia. Que última? Harry nunca se questionara muito sobre isso, mas agora que estava sozinho em casa e podia investigar, a curiosidade brotou nele rapidamente.
Harry subiu as escadas e encontrou a porta do quarto dos tios fechado, mas não trancado. Harry entrou, sem nem piscar. O quarto dos tios era extremamente limpo. O edredom sobre a cama imensamente liso e bem posto. Os armários lustrados brilhavam através das cortinas de rendas brancas absolutamente claras e limpas.
Harry começou a abrir todos os armários e gavetas. Lançando todas as roupas pra cima, ele procurava pelas cartas, pois é claro, se Dumbledore mencionava uma última, deveria haver outras anteriores. Harry abria tudo muito rápido. Em menos de cinco minutos dez gavetas já tinham sido vasculhadas e todas as roupas estavam jogadas no chão, espalhadas, desdobradas, amarrotadas. “Tia Petúnia enlouqueceria se visse isso”, pensou Harry.
Mas então enquanto jogava alguns vestidos de tia Petúnia no chão, Harry viu. Era uma caixa de madeira pequena, porém grande o suficiente para guardar muitas e muitas cartas. Harry não podia acreditar quando pegou a caixa e a abriu. Muitas cartas, quase umas cem, estavam sobrepostas umas as outras dentro da caixa, e todas elas estavam escritas com a mesma letra fina, a de Dumbledore. Harry sentou na casa e pegou uma aleatoriamente para ler.
"Petúnia Dursley,
Como vai o Harry? Espero que o esteja tratando bem. Por que não responde mais às minhas cartas, Petúnia. Assim posso começar a ficar preocupado. Sabe que eu deixei Harry sob seus cuidados e você tem uma recompensa mais do que merecida não acha?
Enfim, quero que você saiba que eu espero que o Harry esteja tendo do bom e do melhor
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore
13 de outubro de 1986"
Então tia Petúnia ganhava alguma coisa pra cuidar de Harry durante todos esses anos? Harry sempre achou essa história de ela concordar em cuidar de Harry muito suspeita.
Harry pegou outra carta para ler, uma carta antiga, provavelmente uma das primeiras que tia Petúnia recebera.
"Petúnia,
Preciso de sua assinatura em um formulário de liberação de cinco mil galeões para o Sr. Lúcio Malfoy. Parece que os duendes estão sendo pressionados por ele para fazer um trabalho rápido.
O formulário segue anexo a esta carta. Por favor, assine-o para que os duendes possam liberar tamanho dinheiro.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore.
14 de dezembro de 1992."
Duendes? Liberação de dinheiro? Harry estava começando a gostar menos dessas cartas, mas sua curiosidade em descobrir a tal “última”, fez ele abrir mais uma carta.
"Petúnia Dursley,
Você não deve saber quem eu sou. Sou Alvo Dumbledore, chefe da Ordem da Fênix, na qual sua irmã trabalhava contra as forças malignas de um bruxo poderosíssimo que pretendia acabar com o mundo dos bruxos e dos trouxas (pessoas que não fazem magia).
Ele bruxo, chamado Voldemort, foi derrotado hoje em circunstâncias suspeitas, pelo seu sobrinho Harry, depois que seu irmã e o marido dela, Thiago Potter, morreram para tentar defender o menino.
Eu acredito que Lord Voldemort não morreu totalmente, e que um dia ele vai voltar. Enquanto ele não volta e enquanto Harry estiver sob a proteção de alguém do seu sangue (o sacrifício de sua irmã provocou esse proteção em Harry), ele estará seguro até que possa enfrentar seu destino, que é destruir Voldemort, quando este retornar.
Alguns seguidores de Lord Voldemort, conhecidos no mundo bruxo como Comensais da Morte, viram atrás de Harry para tentar mata-lo com certeza, mas se ele estiver morando com você, ninguém poderá fazer mal a ele, nem mesmo os Comensais, os quais eu espero que sejam presos e sejam levados à Azkaban (a prisão dos bruxos) pelos dementadores (os guardas do local).
Saiba que Harry tem uma imensa fortuna deixada em seu cofre no Gringotes (o banco dos bruxos), e que este também faz parte da herança deixada por seu pai, Thiago. Tal herança será deixada sob os cuidados do parente mais próximo a Harry, no caso você. E a senhora também poderá usufruir o dinheiro do garoto para seu cuidado próprio e pessoal e para tornar sua vida um pouco mais agradável, mesmo longe dos pais; mas isso só acontecerá se a senhor aceitar o garoto em sua casa a partir de agora, e se comprometer a cuidar dele até que complete dezessete anos, maioridade bruxa, e o efeito da proteção de Lílian acabe.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore"
Harry estava atônito. Aquilo que ele estava lendo não podia ser verdade. Petúnia Dursley tinha sido por dezesseis anos gerente do Gringotes em seu lugar, aproveitando todo seu dinheiro, sua fortuna. Harry tinha morado mal, vivido mal, tinha sido tratado mal, enquanto os Dursley comiam, bebiam, viviam e compravam presentes caros para Duda com seu dinheiro, com a herança de sue pai! Harry não queria acreditar. Foi quando alguém magro e com cara de cavalo apareceu sob a porta espantada com a carta nas mãos de Harry, a caixa azul aberta e as roupas espalhadas no chão.
- Está na hora de te contar tudo, não é? – disse tia Petúnia.
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