O Primeiro Contato
De volta para a Alemanha, Salazar Malfoy aproveitava os últimos dias de férias lendo livros sobre Hogwarts e ajeitando suas coisas para a mudança de escola. Ainda não havia dito nada para Talena e estava adiando a notícia o máximo que podia para não se incomodar com a garota, mas só tinha mais uma semana na Alemanha e tinha que contá-la ainda nesta...Pensara em deixar o país sem avisa-la, porém mais tarde pensou melhor e viu que seria pior, já que a morena armaria um grande escândalo. No final das contas, a forma mais razoável que encontrou, foi manda-la uma carta contando tudo no último dia de férias para que ela não viesse a importuna-lo.
Finalmente ficaria livre de todos da antiga escola, incluindo Talena que só veria nas férias, o que era ótimo já que a garota era literalmente grudenta.
De malas prontas e com um sorriso irreconhecível estampado no rosto, ele esperava pelo pai para a viagem, fazia 17 anos hoje.
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Londres havia mudado pouco desde a última vez que visitara – também, isso apenas fazia meio ano. Ela olhava para as paisagens de um jeito tanto quanto tristonho, o lugar era lindo, mas ela simplesmente não queria morar ali, não mesmo. Estava aquecível, já que era julho, ou seja, verão. A casa que os pais compraram era realmente ampla, confortável, agradável e bonita, mas tinha certeza que sentiria muita falta da antiga. Arrumou suas coisas no novo quarto, que diferente do antigo tinha um banheiro,e desceu para o jantar, que por um acaso, passaram todos em silêncio. Subiu para banhar-se. Abriu o pino e o girou, deixando a água morna encher a banheira. Enquanto isso se analisava no espelho. Não se achava uma garota realmente maravilhosa e atraente, mas se achava bonita na medida do possível. Na verdade ela realmente estava linda, todos a falavam isso, mas ela pensava que era apenas para ela se animar. Tanto fazia, agora a banheira já estava quase cheia. Despiu-se e entrou cuidadosamente para que não deixasse água transbordar. Fechou o pino e deitou-se na banheira encontrando a posição mais agradável. Ficou ali por tanto tempo pensando nas coisas que tinham ocorrido entre ela e Vitor, que quando saiu pode perceber que todos estavam dormindo.
Decidiu fazer o mesmo. Quando foi acordada pela mãe, não sentia a menor vontade que fosse de se levantar, mas mesmo assim o fez – tinha de comprar os materiais para a escola.
Lavou a face e desceu ainda de pijama para tomar o café da manhã que diferente do jantar, transcorreu com uma conversa entre todos da família. Ao terminar, ajudou a mãe e então subiu para o quarto onde escovou os dentes no banheiro e finalmente trocou de roupa: pôs uma saia jeans azul clarinho e um uma camiseta rosa de alça que a deixava com um corpo realmente maravilhoso, mostrando todas suas curvas. Vestira-se da forma que se vestiria se fosse comprar os materiais no Brasil. Sabia muito bem que vários olhares ingleses seriam lançados para ela numa espécie de interrogação pelo vestuário, mas ela pouco se importava, não mudaria seus gostos de roupas de verão.
Não era a primeira vez que iria ao Beco Diagonal, mas pode se sentir mais animada ao comprar os materiais novos. Sempre que vinha até a Inglaterra, praticava seu inglês mais intensamente do que em casa, mas mesmo assim podia sentir que todos a olhavam de um jeito diferente ao ela abrir a boca, e pareciam perceber que ela não era dali. O sotaque era totalmente inconfundível. Seu pai lhe dissera que isso era bom, pois mostrava de onde ela realmente era, mas naquele momento ela queria simplesmente parecer uma nativa para que não a ficassem enchendo de perguntas do tipo : “De onde você é?”, e depois coisas sobre a Amazônia e etc. Era normal fazerem essas perguntas quando ela visitava o país,e ela sempre achara legal, mas agora simplesmente ela não agüentava, apenas queria comprar seus materiais em paz.
Se Helenna se sentia meio tristonha, era só olhar para o irmão que veria a desgraça em pessoa. O garoto tinha uma expressão realmente triste estampada na cara que a fazia se sentir mal pelo fato de reclamar o tempo todo para si própria sobre a mudança. Andrew deveria(como estava), sofrendo muito mais do que ela com aquilo tudo, afinal teve de deixar o amor da sua vida por algum tempo, correndo o risco de por tudo a perder.
Ela notou na folha de materiais que apenas faltavam os livros e então avisou a mãe, que os induziu até a Floreios e Borrões. Maíra e Harry se prontificaram a achar os diversos livros da lista para o filhos para que eles pudessem descansar um pouco olhando outros livros.
Andrew deixara Helenna na seção de história da magia enquanto procurava a de quadribol. O fato de comprar novos livros do esporte favorito pareceu melhorar a cara do irmão, o que deixou Helenna mais aliviada, pois estava começando a ficar preocupada com o irmão gêmeo.
Olhava os livros de forma fascinada, eram tantos que ela não sabia qual escolher para complementar com o seu do ano letivo. Olhava tudo com tanta atenção que mal pudera perceber que ao seu lado encontrava-se uma figura fazendo o mesmo que ela, e que a faria ficar sem palavras ao esbarrar e ver minutos depois.
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O garoto de cabelos castanhos e olhos verdes penetrantes olhava cheio de expectativas para os vários livros de quadribol que ali se encontravam.
- Ei, esse aqui é ótimo, acho que deveria levar. – disse uma voz feminina ao lado dele apontado para o livro a sua frente. Ele tinha uma capa roxa e o título era escrito em letras douradas. Reconhecera-o, era “O Quadribol no Mundo” que ele estava desesperado para comprar e que ainda não havia saído no Brasil. Soltou um grande sorriso e pegou o livro olhando para o lado e vendo uma garota muita bonita e baixinha em relação a ele. A garota tinha os cabelos negros e cachos maravilhosamente definidos que caiam até a metade das costas. A pele era pálida, mas bonita...parecia ser a pele mais macia que ele já teria visto. Mas o fato da garota ser extremamente bonita não o balançou em quase nada e ele manteve a postura.
- Estava em busca deste por bastante tempo, obrigado. – agradeceu gentil – Sou Andrew Potter, e você?
- Você disse Potter? – perguntou ela com os olhos arregalados – Você é parente do grandioso Harry Potter?
- Ah... – Andrew fez uma cara de “não agüento mais isso, vou dizer só meu nome da próxima vez” – Sou filho dele.
- Filho? Nossa que legal! – disse ela sorridente estendendo a mão – Alicia Smith, prazer.
- Digo o mesmo.
- E então, o que faz aqui? Pelo que sei Harry Potter, a esposa e os filhos mais novos moram no Brasil.
- Nós morávamos...- Andrew odiava o fato de todos saberem sobre a vida dele – Nós mudamos agora para cá.
- Que máximo! – o sorriso da garota agora se estendia de orelha a orelha – E onde você e sua irmã vão estudar?
- Hogwarts. – disse indiferente.
- Não acredito! – a garota deu um pulinho – Eu estudo lá!
- Nossa, que legal. – disse o garoto de forma irônica, mas ela pareceu não perceber.
- Espero que entrem na Lufa-Lufa, sabe, eu sou de lá.
- Ah, quem sabe, não é? – o castanho sabia muito bem que queria ir para a Grifinória, mas não poderia simplesmente dizer a garota que “Sem chances, até parece que eu vou para Lufa-Lufa”, já que pareceria muito grosseiro da parte dele – Bem tenho que encontrar minha irmã, meus pais já devem estar terminado as compras.
- Espero poder conhece-la em breve. – disse Alicia animadamente.
Andrew apenas sorriu e se retirou da seção a procura da irmã.
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Os livros que tinha na mão haviam caído no chão em resultado do esbarrão que havia dado naquela garota que
havia ao seu lado, mas pouco se importava, era a garota mais linda que havia visto em toda sua vida. Os cabelos castanhos ondulados iam até um pouco acima da metade das costas, os olhos verdes o lembravam esmeralda, e eram tão lindos que pareciam machucar só de olhar. A pele um pouco queimada do sol parecia ser a melhor coisa para ser tocada naquele momento, e o corpo...era maravilhoso. Um pouco mais baixa que ele, a garota apresentava curvas que o deixava extasiado só de olhar.
Ela o analisava por completo não acreditando no que via. Um garoto com os cabelos loiros um pouco desarrumados, talvez pelo fato de terem se esbarrado tão fortemente que ela podia até agora sentir seu braço doer. Mas aquilo não importava, o que importava era que estava a frente de um príncipe inacreditavelmente bonito. A pele era branquíssima, os traços nobres, os olhos azuis acinzentados transmitiam a ela algo diferente, um misto de frio e calor realmente estranho, e por fim, o loiro possuía um corpo realmente maravilhoso.
O olhar dele parecia a puxar, ela queria ir até ele e o abraçar e começar a beija-lo, independentemente se houvessem tantas pessoas ali, ela só conseguia vê-lo, e era aquilo que estava importando naquele momento. Mas ela simplesmente não podia, não podia beijar uma pessoa da qual nem conhecia.
Ele sentia o mesmo, sentia vontade de abraça-la forte e leva-la para longe dali, só para ele. Olhar para ela era como se encontrar depois de tanto tempo, e ele não queria deixar de sentir aquela sensação por um minuto sequer. Era a garota mais linda que havia visto em toda sua vida.
- Helenna! – uma voz familiar a trouxe de volta daquele sonho, a fazendo perder o contato visual que ali mantinha com aquele garoto – Vamos procurar os pais, eles já devem ter terminado...vamos.
- Eu já vou...- respondeu ela ao irmão e voltou a olhar para o loiro que agora ajuntava seus livros pelo chão. Ela se agachou e ajudou-o . Mudou o idioma para falar com ele quando ele levantou para se retirar após agradecer – Qual o seu nome?
- Salazar... – a voz arrastada dele transmitia a ela um arrepio gostoso na nuca – e o seu?
- Helenna...
- Vamos de uma vez! – falou em português um Andrew irritado puxando a irmã pelo braço.
A castanha manteve o contato visual com o belo garoto até que o perdesse de vista. A partir daquele momento ela
tinha certeza que nunca esqueceria aquele loiro, e ele tinha certeza do mesmo.
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Ela acordou feliz pela primeira vez nos últimos meses: havia sonhado com o garoto da tarde do dia anterior.
Levantou cantarolando uma música qualquer e tomou um rápido banho. Pôs uma roupa leve e desceu para o café da manhã, ela só não imaginava que encontraria a maioria dos seus amigos e de Andrew, incluindo Natasha e Vitor, sentados em uma mesa que por um acaso, era muito maior do que a que tinha antes ali. Ficara muito surpresa, afinal nem ela lembrava que aquele era o dia do aniversário dela e do irmão. Deu um gritinho frenético e foi cumprimentar a todos animadamente, não esperaria tanto se lembrasse que estava mudando de idade.
Todos traziam presentes magníficos e diziam que sentiam muita falta deles, o que logo a fez chorar. Andrew parecia não querer desgrudar da namorada durante a manhã inteira. No café da tarde Maíra pôs na mesa todos os quitutes gostosos que só ela sabia fazer e que os gêmeos amavam. Tudo naquele dia estava sendo maravilhoso para Helenna, exceto o olhar que Vitor ficava lhe lançando, aquilo estava começando a deixa-la desconfortável.
Conversava animadamente com Camila quando foi puxada pelo ex-namorado até o quintal.
- Mas o que...
- Eu quero te dar uma coisa. – o garoto tinha uma expressão muito séria estampada na face.
- Uhm. – Helenna não sabia o que sentir naquela situação. O garoto puxou do bolso uma corrente de ouro branco e depositou na mão da garota.
- Quero que use...
- Mas...puxa vida, não precisava Vitor. – ela não sabia o que dizer.
- Claro que precisava, onde já se viu? Depois de tudo que passamos juntos, todos os momentos lindos e agradáveis, eu simplesmente tinha que te dar isso. Quero que se lembre sempre de mim...deixe-me por. – ele pegou a corrente da mão dela e pôs em seu pescoço – Fico do jeito que imaginei... – riu.
- Obrigada... – ela estava desnorteada. Ele sempre fazia coisas fofas em relação a ela, mas invés de se sentir feliz por isso, ela se sentia pressionada.
O resto do dia transcorreu muito bem, Helenna estava se sentindo ótima pelo fato dos amigos estarem ali e sentia
o irmão estava muito melhor: Andrew e Natasha não se desgrudavam por um minuto sequer.
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Sonhara com a castanha. E como havia sido bom. Não que ele quisesse fazer aquilo de cara com ela, se é que você entende, mas simplesmente fluiu e ele sonhou que estavam exatamente em sua cama fazendo amor. Acordara suado e se dirigiu ao banheiro. A temperatura estava infernalmente quente para ele e ainda por cima sonhara com aquilo, era realmente demais. Na banheira não conseguia parar de pensar no sonho – era impossível. Ele deveria estar louco, mal conhecia a garota e já tinha sonhos com ela. Não podia dizer que estava apaixonado, claro que não! Um Malfoy não se apaixona, e além do mais ele nem ao menos tinha trocado muitas palavras com ela...mas sabia seu nome...Helenna. Soava tão bem, que ele repetia várias vezes enquanto se lavava. Estava se sentindo um idiota repetindo o nome dela e se calou.
“Que ridículo, é só mais uma qualquer que me atraiu fisicamente” pensou bufando ao se lembrar das vestes da garota, que realmente a deixavam gostosa “Deve ser falta de sexo”. Então se lembrou de Talena, tinha de escrever a carta, já que partiria para Hogwarts no dia seguinte. Mergulhou pela última vez na larga banheira e saíra pegando uma toalha com o nome King’s Garden Hotel bordado e se secou. Ao sentir a felpuda toalha branca tocar sua pele, tremeu por inteiro. Imaginou como seria ter Helenna o secando. Sentia-se extremamente excitado ao imagina-la nua o fazendo carícias pelo corpo.
Não agüentou e tocou no membro inferior começando então a fazer os familiares movimentos. Após se satisfazer, lavou-se rapidamente e se secou tentando não pensar na garota. Pôs uma camiseta preta e uma calça jeans.
Desceu para tomar o café e quando voltou ao quarto, procurou por um pedaço de papel e começou a escolher as palavras que colocaria para Talena. Depois de algum tempo de reflexão dos modos que a fariam enlouquecer menos, ele terminou a carta e a pôs dentro de um envelope no qual endereçou e pôs o remetente. Entregou a Venza, sua coruja, e por fim deitou-se na cama observando o teto. Não conseguia parar de pensar na tal Helenna, e o pior é que era no corpo dela já que não conhecia nada mais dela além da imagem, voz e nome. Mas podia deduzir, não é mesmo? O garoto que havia vindo falar com ela era muito parecido com a castanha, deveria ser o irmão. E ele falava em uma linguagem que provinha do latim. Salazar era fluente em espanhol já que seu pai o obrigou a aprender enquanto menor, além de inglês e francês, por isso percebeu que era um tanto quanto parecido. E agora, pensando, ele pode ter certeza de que se tratava de português. Seria ela de Portugal? Não...o sotaque não se encaixava. Só poderia ser brasileira. “Brasil” confirmou suspirando. Perguntava-se se a veria novamente. “Provavelmente não,” pensou com uma cara que se alguém que não o conhecesse acharia que ele estava um tanto quanto desanimado “se ela é brasileira deveria estar aí só pra visitar, e além do mais, amanhã vou para a escola, tornando impossível revê-la durante a permanência na cidade”.
Salazar só não sabia que ela também estava indo estudar em Hogwarts.
Eu sei que faz o senhor tempo que não tenho mais postado, e que o capitulo tá bem pequeno, mas é que eu ando meio desanimada se é que vocês me entendem...
***: pra quem le
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