Ajudando Dumbledore a Escapar
Enquanto Severo estava com Narcisa, Lúcio estivera conversando com Andrômeda na sala comunal:
- Você deveria escrever para os seus pais, Andie. A Narcisa quase foi morta por um lobisomem dentro de Hogwarts.
- Eu sei. Mas Dumbledore já deve ter feito isso.
- Eu duvido. Eu tenho sérias razões para acreditar que Dumbledore tentará encobrir o acidente.
- Ele não faria isso.
- Então porquê ele nos prendeu na sala comunal a noite inteira? Porquê ele deixou Severo ir ver Narcisa e não nós? Obviamente ele já convenceu Severo a se calar e como é um covarde deve ter passado a responsabilidade. Ele sabe que Narcisa jamais faria qualquer coisa suja que ele pedisse. Mas Narcisa fará qualquer coisa que Severo pedir, ela sempre o escuta.
- Eu não sei, Lúcio.
- Você não se importa com o que aconteceu com ela, não é? É meio que sua vingança por ela ser a favorita dos seus pais. Você vai deixá-la pensar que eles nem se importaram com o fato de ela ter sido atacada dessa maneira.
- Não é nada disso. – seu tom de voz subiu, ela estava se descontrolando –
- Eu já deveria saber. Você é uma Black. E tem mais da Bellatrix em você do que você quer acreditar.
Ele foi para o seu dormitório, onde Rabastan já estava há um bom tempo. Ele quis subir logo e tomar a frente de Lúcio, falando com Narcisa primeiro, mas Lúcio acreditava que essa era uma oportunidade que não deveria ser desperdiçada.
Andrômeda ficou refletindo sobre o que Lúcio dissera. Cada palavra sua machucando-a profundamente. Ela se importava com a irmã. Não queria ficar igual a Bellatrix de maneira alguma. Foi arrancada de seus pensamentos por um ronco mais alto do professor, que estava jogado em uma poltrona.
Eles haviam tentado escapulir logo que o professor pegara no sono, mas ele acordara assim que eles tentavam passar pela poltrona. A cena se repetira mais algumas vezes, até que eles desistiram. Mas não foram dormir. Nenhum deles conseguira pregar os olhos naquela noite. Principalmente Severo.
Decidida, Andrômeda correu para o seu quarto. Quando Lúcio e Rabastan desceram, Slughorn não estava mais ali, o que só aumentou a suspeita de Lúcio de que o professor fingira que estava dormindo a noite toda. E ele queria saber o motivo. Andrômeda desceu apressada em seguida e trombou com eles na saída da masmorra.
Lúcio espiou discretamente e viu que a menina carregava uma carta. Uma enorme satisfação o dominou. Ele seguiu para a Ala Hospitalar, resignado pela presença de Rabastan. Ele teria que dar um jeito de ficar a sós com Narcisa.
Quando entraram, encontraram Narcisa e Severo abraçados. Quando ela os viu, sorriu. Eles se aproximaram da cama. A competição feroz dera lugar a um constrangimento inesperado.
- O quê aconteceu ontem, Narcisa? – foi Rabastan quem falou –
- Eu ainda estou processando os eventos de ontem á noite. Mas eu estou bem.
- Dumbledore terá que dar alguma satisfação. Essa escola deveria ser segura. – Lúcio não pôde conter-se – Ele tentará encobrir o incidente. Eu aposto.
Ninguém respondeu, mas todos concordaram internamente. Todos, exceto Severo. Dentro dele, uma série de questões e argumentos favoráveis e contra Dumbledore vinham e iam. Ele não sabia exatamente o que pensar. Só sabia que não entregaria a cabeça de Remo para seus amigos e para o Sr. Black, e não entendia o porquê. Talvez porquê ele achasse que Narcisa tinha sua parcela de culpa, ou talvez porquê sua própria cabeça estivesse em risco por ele quase ter matado ouro aluno usando magia negra. E isso ele não podia ignorar. Não queria ser expulso de Hogwarts e acabar como aquele guarda-caças patético, ele era extremamente talentoso, não merecia esse fim deprimente.
Logo Madame Pomfrey os expulsou dali, dizendo que eles deveriam ir para a aula. Também acrescentou que muito provavelmente Narcisa seria liberada no dia seguinte, o que os aliviou. Andrômeda não apareceu.
Logo depois que saíram, a porta da Ala Hospitalar abriu-se e fechou-se sozinha. Narcisa olhou intrigada. Aquilo não poderia ser o vento. E realmente não era. Do lado de fora, Tiago, Sirius e Pedro apareciam, à medida que iam tirando a capa. Depois de confirmar que não haviam sido vistos, dispararam em direção ao salão principal.
Narcisa espiou o biombo e tentou imaginar quem estaria ali. Não havia voltado sua atenção para aquele leito antes. Madame Pomfrey logo percebeu as tentativas da garota de descobrir quem era o ocupante misterioso e fez de tudo para distraí-la.
Então Andrômeda entrou e finalmente a atenção de Narcisa mudou de alvo. As duas não chegaram a conversar. Apenas ficaram se olhando, até que a enfermeira empurrou a garota porta afora.
Narcisa comeu um pouco. Ficou muito entediada e queria sair dali logo e ir assistir suas aulas. Não sentia mais dor, nem cansaço.
No dia seguinte, Narcisa voltou a sua rotina. Assim que foi liberada, foi correndo tomar café com os amigos. Não sem antes tentar uma última vez descobrir quem estava lá. Tentativa frustada.
Quando entrou no salão, todos os olhos se voltaram para ela. Ela ainda estava com um aspecto doentio, um tanto pálida, mas linda como sempre. Correu para os braços de Severo e depois abraçou os garotos.
- Graças!! Comida de verdade. Aquela que Madame Pomfrey me enfiou garganta abaixo era insossa demais.
Todos riram. Estavam contentes que Narcisa estivesse de bom-humor. Ela havia dito que processaria os acontecimentos, mas na verdade tinha esquecido completamente deles. Lúcio e Rabastan fizeram de tudo para diverti-la, até que Avery veio correndo chamá-los e eles saíram em disparada para a aula de Astronomia.
Severo e ela se dirigiram para Defesa Contra Artes das Trevas, animados.
- Você pode pegar minhas anotações depois.
- Obrigada, Severo. E falando em anotações, Sexta temos que entregar o relatório quinzenal da monitoria.
- Nós não fizemos muitas anotações, é verdade.
Mas a menina ficou calada e pensativa.
- Eu acho que não tem necessidade de incluir o incidente no relatório. Já foi encaminhado as autoridades de qualquer maneira.
- Você sempre sabe o que estou pensando Severo. É verdade. Mas não custa nada consultar a profª. McGonagall.
Eles assistiram suas aulas normalmente. Narcisa só estava fraca na aparência, pois sua habilidade e sua concentração não haviam sido afetados.
Depois da aula ela tomou um banho e encontrou com Severo na sala comunal. Esperava encontrar com Lúcio também, mas ele tinha treino de quadribol aquela tarde, ela soube. Conformou-se e pôs-se a fazer os deveres que tinha acumulado, com a ajuda do amigo.
Os dois terminaram uma parte e foram jantar. Narcisa estava feliz por voltar a comer com os amigos. O salão principal estava cheio e pela primeira vez ela gostava do barulho e dos risos altos dos outros estudantes, que ainda incomodavam Severo da mesma forma.
Logo depois, Lúcio entrou acompanhado de Rabastan e Avery. Qualquer aluno de outra casa diria que ele era extremamente metido e que ficava se exibindo por aí, com os colegas aproveitadores em seu ombro o tempo todo, mas o pessoal da Sonserina só conseguia enxergar dois garotos que não podiam ser mais legais, e o bobão do Avery tentando se roubar um pouco do seu brilho.
Eles se juntaram aos dois e conversaram animados. Lúcio ficava contando detalhes engraçados do treino e eles riam. Severo era sempre um tanto mais reservado, mas não conseguia se conter quando Lúcio imitava o Potter se exibindo para a sangue-ruim.
Quando eles voltaram às masmorras, todos estavam exaustos, mas Narcisa insistiu com Severo que eles ficassem e terminassem mais duas lições pelo menos e ele atendeu o pedido da garota.
No dia seguinte, eles não encontraram com os garotos. Comeram rápido e seguiram para a aula. Estavam em Tratos de Criaturas Mágicas e Narcisa estava torcendo o nariz para a tarefa enquanto Severo tentava disfarçar o fato de que não estava fazendo nada, enquanto seus dois companheiros terminavam o desenho do Tronquilho, quando Hagrid veio em direção a eles.
Narcisa não gostava do guarda-caças nem um pouco, ele era rude e lhe dava arrepios. Mas ele foi justamente falar com ela.
- Narcisa?
Ela ficou revoltada de imediato. Não sabia de onde aquela intimidade havia vindo. Apenas amigos e familiares a chamavam pelo primeiro nome. Até mesmo seus professores preferidos como McGonaggal, Zeller ou Slughorn a chamavam de senhorita. E ela fazia questão daquela formalidade.
- Senhorita Black pra você. – falou em um tom calmamente arrogante, enquanto se levantava graciosamente –
- Me desculpe. – ele ficou sem graça e não sabia como proceder – É que seus pais estão aqui para vê-la.
- Meus pais? Onde?
- Estão na sala do professor Dumbledore. Ele mandou chamá-la.
- Obrigada. – ela era uma menina educada e continuaria assim, embora houvesse muita arrogância em seu tom –
- Eu vou acompanha-la.
- Não precisa. Eu conheço o caminho.
Ele ficou mais uma vez sem saber o que fazer e enquanto isso ela saiu andando rapidamente e quando ele se deu conta ela já estava bem além do seu alcance.
Enquanto caminhava pelo castelo, ela pensava no motivo que seu pais teriam. Era provável que já soubessem do ataque, é claro, mas o que a atormentara era a decisão que eles haveriam de tomar com relação ao incidente. Mas a decisão dela já estava tomada.
Ao parar em frente à gárgula lembrou-se que não sabia a senha. Arrependeu-se de ter saído tão rápido e não ter pego a senha. Gemeu à idéia de que teria que voltar e encontrar o guarda-caças.
- Algum problema senhorita Black? – era a professora McGonagall –
- Meus pais estão a minha espera e eu não tenho a senha, professora.
- Cerveja amanteigada.
Narcisa não entendeu e estava começando a se perguntar se a maluquice de Dumbledore era contagiosa quando ouviu a gárgula movendo-se atrás de si. “Que excêntrico.” – pensou.
A professora a acompanhou até o escritório.
- Mamãe. Papai.
Ela cumprimentou os dois com um beijo na bochecha e se sentiu um tanto aliviada que aquilo não tivesse se transformado em uma conferência familiar com Bellatrix enfrentando o diretor.
- Boa tarde, professor. – ela completou – Então, o que vocês estão fazendo aqui? – ela conseguiu esconder bem a ansiedade –
- Como assim, Narcisa? – sua mãe nem deu tempo ao pai para abrir a boca – Ficamos horrorizados quando recebemos a carta de Andrômeda.
- Vocês receberam uma carta de Andrômeda? Eu pensei que o diretor escreveria ele mesmo.
- Eu escrevi. Mas creio que sua irmã foi mais rápida.
- Você não está segura aqui, Narcisa. – foi seu pai quem falou – Eu e sua mãe concordamos que você deveria ir para Beauxbatons.
- Que besteira!! Eu estou muito segura aqui. Eu fui atacada na floresta proibida e provavelmente esse é um dos motivos pelo qual ela é proibida. Porquê é perigosa. E como monitora eu deveria saber muito bem que entrar na floresta a noite e sozinha era imprudente.
Ninguém entendeu o porquê Narcisa havia culpado a ela mesma sem pensar duas vezes. McGonagall parecia um tanto aliviada, e os pais de Narcisa ainda se recuperavam da surpresa. Mas Dumbledore sabia que daí viriam mais questionamentos e ele não poderia se esconder atrás da vontade de seus alunos de acobertarem o incidente para sempre. Mas ele também foi surpreendido.
- O que você foi fazer na floresta, então? – perguntou o pai, ainda sem entender –
- Eu não me lembro. Provavelmente era algo sem importância. – não podia admitir que estava perseguindo o primo, pois não o encontrara e não tinha provas de que seus olhos não haviam lhe pregado uma peça e quase custado sua vida. – Talvez eu me lembre depois. Foi um experiência traumática. Eu ainda estou processando. Mas eu não quero mudar de escola, eu estou bem aqui. Eu estudo aqui a tantos anos, Andie e Bella também estudaram, é a primeira vez que algo assim acontece e eu tenho certeza de que será a última.
Dumbledore sabia que aquilo estava muito errado e que ele não deveria deixá-la fazer aquilo. Mas como contrariaria tudo que a menina havia dito e colocaria a cabeça de dois alunos na guilhotina? Ele apenas ficou calado.
Os Black aceitaram aquilo e foram embora. McGonagall os acompanhou. Quando Narcisa ia deixando a sala, Dumbledore a chamou.
- Você não precisava ter feito aquilo.
- Não se preocupe. Eu não fiz por você ou por quem quer que seja que você esteja tentando proteger. Eu fiz por min.
Ela saiu dali muito irritada. Tinha quase certeza que Dumbledore tinha mentido sobre ter enviado uma carta que não chegou a tempo e ela fora obrigada a salvar a cabeça dele. Uma sensação de alívio misturava-se a uma forte repulsa pelo que tinha acabado de se passar naquela sala. Pensou que fosse vomitar, mas conseguiu se conter.
A professora McGonagall passou na direção oposta. Ela voltou ao escritório de Dumbledore e o encontrou pensativo.
- Eu não sei o que deu na Narcisa, mas foi melhor assim.
- Infelizmente, Minerva, eu tive que escolher fazer o que era fácil, ao invés do que era certo.
- E você considera certo expulsar dois excelentes alunos, ou até mais?
- Para protegê-los eu acobertei uma mentira, deixei Narcisa levar a culpa.
- Ela jogou a culpa em cima de si mesma. Ela deve ter seus próprios motivos. Assim como você teve os seus, Alvo. No seu coração os alunos sempre vem primeiro. Foi uma infelicidade algo assim acontecer, mas ela teve razão. Foi a primeira em muitos anos e será a última.
- Assim eu espero.
Foi direto para a sala comunal e se deitou em um sofá, estava quieto, todos estavam nas suas aulas. Ela estava se sentindo muito mal.
A porta se abriu com um estalo e Narcisa levantou-se num pulo. Mas era apenas Lúcio, seguido de Rabastan.
- O quê vocês estão fazendo aqui?
- Temos um tempo vago agora. Mas eu duvido que esse seja o seu caso, seu horário é tão cheio. – foi Rabastan quem respondeu. –
- Eu não estou me sentindo bem.
Os dois correram para se sentar ao lado dela no sofá.
- O que você tem? – perguntou Lúcio apoiando a cabeça dela no seu ombro –
- Eu acabo de vir de uma reunião com meus pais e Dumbledore.
- E como foi? – os olhos azuis do garoto brilhavam –
- Foi péssimo. Eu tive que dizer que a culpa foi toda minha, que eu não deveria ter entrado na floresta e meus pais aceitaram e foram embora.
- Por que você fez isso Narcisa?
Lúcio levantou de súbito. Ele estava ficando vermelho. Sua raiva transparecendo em seu olhar, assustando a menina. Rabastan a puxou para si e a abraçou.
- Calma Lúcio.
- Eu fiz porquê eu tive que fazer Lúcio. Eu não tive escolha. Você não acha que eu queria tirar o pescoço de Dumbledore da guilhotina, acha?
- A única coisa que eu acho é que você desperdiçou um ótima oportunidade para tirarmos esse amante de sangues ruins de Hogwarts. Foi muita estupidez.
Narcisa abriu a boca como se fosse argumentar, mas as palavras não saiam. Ela tornou a fechá-las e tentou entender. Lúcio já havia se retirado às pressas. Rabastan a abraçou mais forte e afagou seus cabelos.
- Calma, linda. O estúpido aqui é ele.
Narcisa quis chorar, mas se conteve porque aquilo não merecia suas lágrimas. Ela tinha dado certa razão a ele, mas a maneira como ele tinha agido com ela não tinha desculpa. Ficou deitada no peito de Rabastan um bom tempo. Ele a abraçava carinhosamente. Ela necessitava daquele conforto.
Narcisa não tinha condições de assistir aulas, mas se matasse mais uma, alguém certamente perceberia. Foi para Aritmancia. O professor Vector logo percebeu que a garota não estava bem. Ela sempre fora capaz de deixar qualquer questão que a estivesse perturbando fora da sala de aula, mas a imagem de Lúcio gritando não parava de aparecer na sua frente e ela estava errando insistentemente em sua tarefa.
Aquela seria sua última aula e ela ficou agradecida por isso. Subiu direto para o dormitório, mas demorou a pegar no sono. Quando finalmente conseguiu dormir, seu sono foi perturbado por Lúcio e Bellatrix.
Acordou muito cedo. O Sol ainda não tinha nascido. Sentou-se na sala comunal e pegou uma pilha de deveres para fazer. Quando já tinha terminado o de adivinhação, o de runas e o de feitiços, subiu para se trocar.
Quando entrou no salão principal, viu Severo comendo sozinho. Sentou-se ao lado dele e puxou um prato de torradas para si.
- O que houve com você ontem?
- Eu fiquei indisposta.
- Antes ou depois que brigou com Lúcio?
Ela não respondeu. Ele também não insistiu.
- Eu tive um pesadelo horrível com Bellatrix essa noite. – resolveu omitir a presença de Lúcio no sonho – Eu achei que estava livre.
- Como assim?
- Desde criança eu sonho muito com Bellatrix. Quando é um pesadelo é porquê provavelmente ela está em perigo. Tenho tido pesadelos constantemente desde que ela saiu de Hogwarts.
- Que coisa estranha.
- Por que estranha?
- A Bellatrix exerce essa enorme influência sobre você e você ainda tem um monte de sonhos que denunciam a condição atual dela. Não é normal, Narcisa. Você deveria tentar manter sua mente fechada. É melhor irmos andando.
- Pode ir, eu irei em seguida.
Ele a deixou e ela ficou sentada, pensando sobre o que ele tinha dito. Ela não havia entendido o que ele estava querendo dizer. Ficou intrigada. Apenas voltou a realidade quando Lúcio e Rabastan entraram no salão e logo o pessoal de Sonserina os cumprimentava entusiasticamente. Lembrou-se que o jogo estava próximo. Pegou suas coisa e saiu correndo antes que eles chegassem perto dela. Quando passou por eles apenas murmurou um “Bom dia, Rabastan”, e recebeu um murmúrio de volta.
N/A: Por favor, continuem comentando.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!